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# Ciências da saúde# Epidemiologia

Relação entre obesidade e risco de câncer colorretal explorada

Estudo investiga proteínas do sangue que influenciam o risco de CCR em pessoas com sobrepeso.

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Estar acima do peso ou ser obeso tá ligado a um risco maior de desenvolver câncer colorretal (CCR). Mas, os motivos exatos desse link ainda não tão totalmente claros. Descobrir fatores que podem ser mudados pra reduzir esse risco de câncer pode ser importante. Um fator possível a se observar são as Proteínas que tão no sangue.

Pesquisas mostraram que estar acima do peso pode mudar os níveis de várias proteínas no nosso sangue. Essas mudanças podem ajudar a explicar como a Obesidade afeta o risco de CCR. Porém, ainda não se sabe se e como essas mudanças nas proteínas tão relacionadas ao risco de câncer devido à obesidade.

O que é a Randomização Mendeliana?

A randomização mendeliana (RM) é um método que os cientistas usam pra entender se uma coisa causa outra. Nesse caso, eles podem usar informações genéticas pra ver se existe uma ligação entre obesidade e risco de CCR. Como os genes são passados de forma aleatória, esse método pode dar resultados mais confiáveis do que estudos antigos que só observam as pessoas.

Tem diferentes formas de RM. Algumas olham pra fatores únicos, enquanto outras podem considerar vários fatores ao mesmo tempo. Esse estudo tem como objetivo ver se as proteínas no sangue ligam a obesidade ao risco de CCR, usando formas avançadas desses métodos.

Desenho do Estudo

O estudo seguiu uma série de passos pra descobrir as relações entre obesidade (medida de diferentes maneiras), proteínas e risco de CCR. Primeiro, os pesquisadores examinaram a relação entre obesidade e CCR. Depois, olharam como a obesidade afeta os níveis de proteínas no sangue. Em seguida, investigaram como essas proteínas poderiam influenciar o risco de CCR. Por último, avaliaram se alguma proteína atuava como intermediária na ligação entre obesidade e risco de CCR.

A análise foi feita usando software estatístico e incluiu uma análise detalhada de dados de estudos anteriores sobre genética, proteínas e câncer colorretal.

Fontes de Dados

Os dados usados no estudo vieram de vários grandes projetos de pesquisa. Esses incluíram medições do índice de massa corporal (IMC), relação cintura-quadril (RCQ), casos de CCR e níveis de proteínas no sangue. Os dados foram coletados de populações principalmente na Europa e algumas na Ásia Oriental, mostrando uma grande variedade de backgrounds genéticos.

Os pesquisadores focaram em proteínas medidas em amostras de sangue, que foram coletadas e processadas usando uma plataforma especializada que permite analisar muitas proteínas ao mesmo tempo. Essa plataforma utiliza ferramentas únicas que conseguem ligar e medir várias proteínas com precisão.

Os pesquisadores definiram regras rigorosas pra incluir dados na análise pra garantir que os achados fossem o mais confiáveis possível.

Análise Estatística

O estudo se baseou em três princípios principais pra sua análise. Primeiro, precisavam garantir que as ferramentas genéticas que usaram estavam diretamente ligadas à obesidade. Segundo, tinham que confirmar que não havia outros fatores externos afetando a ligação entre genética e CCR. Por último, garantiram que as ferramentas genéticas não estavam ligadas diretamente ao CCR, exceto através do seu efeito na obesidade.

Usando diferentes métodos estatísticos, os pesquisadores verificaram a confiabilidade dos achados e buscaram por qualquer incoerência. Eles usaram abordagens variadas pra garantir que as evidências que surgiram fossem sólidas e confiáveis.

Encontrando Conexões

No primeiro grande passo da análise, a equipe olhou como estar acima do peso se conecta ao risco de CCR. Eles descobriram que níveis mais altos de IMC e RCQ estavam de fato ligados a um risco aumentado de CCR tanto em homens quanto em mulheres.

No segundo passo, examinaram a relação entre obesidade e proteínas no sangue. Identificaram várias ligações entre obesidade e muitas proteínas, com mais conexões encontradas em participantes do sexo feminino em comparação aos masculinos.

O terceiro passo focou em ver como essas proteínas estavam relacionadas ao CCR. Os pesquisadores identificaram várias proteínas que pareciam estar ligadas ao risco de CCR. Contudo, garantiram que as associações identificadas eram consistentes e robustas.

O Papel do GREM1

No passo final, os pesquisadores se concentraram em uma proteína específica chamada GREM1. Eles investigaram se essa proteína poderia agir como um mediador entre obesidade e risco de CCR. Os achados sugeriram que o GREM1 poderia de fato desempenhar um papel nessa conexão, especialmente nas mulheres.

O GREM1 já foi previamente relacionado ao CCR e é conhecido por ser expresso em vários tecidos, incluindo tecido adiposo e intestinos. Essa proteína pode ajudar a regular processos críticos para o desenvolvimento do câncer.

A análise revelou que, nas mulheres, a relação entre obesidade e risco de CCR enfraqueceu quando considerado o GREM1, indicando que essa proteína pode ajudar a explicar a ligação entre obesidade e câncer.

Interpretação dos Resultados

Os resultados destacam os amplos efeitos de estar acima do peso nas proteínas do sangue, e como proteínas específicas podem influenciar o risco de câncer. O estudo apresentou fortes evidências de que o GREM1 atua como um mediador, especialmente para mulheres, sugerindo que entender essa proteína pode ser importante pra pesquisas futuras e intervenções visando reduzir o risco de CCR.

Conclusão

Essa pesquisa fornece insights significativos sobre como estar acima do peso pode influenciar o risco de câncer colorretal através de mudanças nos níveis de proteínas no sangue. Enquanto o GREM1 se destaca como um possível jogador chave nessa relação, o estudo também indica que muitas outras proteínas podem estar envolvidas.

Mais pesquisas são necessárias pra entender completamente essas conexões e o papel do GREM1 no risco de CCR relacionado à obesidade. Investigações futuras poderiam explorar como modificar os níveis dessa proteína ou outras proteínas relacionadas poderia ajudar a reduzir o risco de desenvolver câncer colorretal em indivíduos que estão acima do peso.

No geral, esses achados enfatizam a importância de lidar com a obesidade não só pra controle de peso, mas também pelo seu potencial papel na redução dos riscos de câncer através de caminhos bioquímicos envolvendo proteínas no sangue.

Fonte original

Título: A proteogenomic analysis of the adiposity colorectal cancer relationship identifies GREM1 as a probable mediator

Resumo: Adiposity is an established risk factor for colorectal cancer (CRC). However, the pathways underlying this relationship, and specifically the role of the circulating proteome, is unclear. Utilizing two-sample Mendelian randomization and colocalization, based on summary data from large sex-combined and sex-specific genetic studies, we estimated the univariable (UV) associations between: (I) adiposity measures (body mass index, BMI; waist hip ratio, WHR) and overall and site-specific (colon, proximal colon, distal colon, and rectal) CRC risk, (II) adiposity measures and plasma proteins, and (III) adiposity-associated plasma proteins and CRC risk. We used multivariable MR (MVMR) to investigate the potential mediating role of adiposity- and CRC-related proteins in the adiposity-CRC association. BMI and WHR were positively associated with CRC risk, with similar associations by anatomical tumour site. 6,591 adiposity-protein (2,628 unique proteins) and 33 protein-CRC (8 unique proteins) associations were identified using UVMR and colocalization. 1 protein, GREM1 was associated with BMI only and CRC outcomes in a manner that was consistent with a potential mediating role in sex-combined and female-specific analyses. In MVMR, adjusting the BMI-CRC association for GREM1, effect estimates were attenuated - suggestive of a potential mediating role - most strongly for the BMI-overall CRC association in women. These results highlight the impact of adiposity on the plasma proteome and of adiposity-associated circulating proteins on the risk of CRC. Supported by evidence from cis-SNP UVMR and colocalization analyses, GREM1 was identified as a potential mediator of the BMI-CRC association, particularly in women, and warrants further experimental investigation.

Autores: Matthew A Lee, C. A. Hatcher, E. Hazelwood, L. J. Goudswaard, K. K. Tsilidis, E. E. Vincent, R. M. Martin, K. Smith-Byrne, H. Brenner, I. Cheng, S.-S. Kweon, L. Le Marchand, P. A. Newcomb, R. E. Schoen, U. Peters, M. J. Gunter, B. Van Guelpen, N. Murphy

Última atualização: 2024-02-13 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.12.24302712

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.12.24302712.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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