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Vínculos genéticos entre serotonina e ansiedade

Pesquisas mostram como diferenças genéticas afetam as respostas de ansiedade às mudanças de serotonina.

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Índice

A Serotonina é uma substância química no cérebro que tem um papel importante em regular o humor e as emoções. Os pesquisadores estudaram como a serotonina afeta nossos sentimentos, principalmente em casos de Ansiedade e transtornos de humor. A maioria dos estudos focou nas diferenças de como os cérebros das pessoas processam a serotonina, que pode mudar por causa da genética ou outros fatores.

No entanto, revisões recentes questionaram a importância das diferenças genéticas relacionadas à serotonina na causa de problemas emocionais. Elas também analisaram os efeitos de um método que reduz temporariamente os níveis de serotonina e seu impacto na ansiedade. As pesquisas indicam que nem todo mundo reage da mesma forma quando os níveis de serotonina caem, principalmente em termos de se sentir ansioso ou com medo.

Diferenças Individuais na Resposta às Mudanças de Serotonina

As pessoas mostraram reações variadas a reduções temporárias nos níveis de serotonina. Algumas podem se sentir mais ansiosas ou com medo do que outras quando a serotonina está baixa. Isso pode estar ligado a diferenças genéticas e traços de personalidade. Alguns estudos se concentraram em uma variação genética específica relacionada à serotonina, mas não produziram resultados claros sobre sua conexão com transtornos emocionais.

Um Gene importante nesse processo é o TPH2, que é responsável por produzir uma enzima que ajuda a fazer serotonina. Diferenças nesse gene podem influenciar a quantidade de serotonina produzida no cérebro, especialmente em áreas que regulam as emoções.

O Papel do TPH2 na Emoção e Ansiedade

Pesquisas mostram que variações genéticas no TPH2 estão ligadas à quantidade de serotonina produzida e à forma como as pessoas respondem emocionalmente. Alguns estudos sugerem que certas variações nesse gene podem tornar as pessoas mais sensíveis a mudanças nos níveis de serotonina, levando a um aumento da ansiedade.

Por exemplo, variações específicas do gene TPH2 podem afetar a atividade em áreas do cérebro, como a amígdala, que está envolvida no processamento do medo e ameaças, e o córtex pré-frontal, que ajuda a regular as emoções. Quando os níveis de serotonina caem, indivíduos com certas variações do TPH2 podem ter respostas intensificadas a estímulos temerosos ou agressivos.

Visão Geral do Estudo

Para entender melhor o papel do gene TPH2 na ansiedade, foi realizado um estudo com 51 homens jovens saudáveis. Os participantes passaram por uma série de avaliações que incluíam um método para reduzir temporariamente os níveis de serotonina, chamado de depleção aguda de triptofano (ATD). Também havia um grupo de controle que recebeu um placebo.

O estudo tinha como objetivo ver como as mudanças nos níveis de serotonina afetariam as sensações de ansiedade e a atividade cerebral em resposta a rostos emocionais. Os participantes tinham diferentes perfis genéticos, o que permitiu aos pesquisadores perceber como essas diferenças influenciavam suas respostas.

Configuração do Experimento

Antes do experimento, os participantes foram avaliados quanto a vários fatores, como níveis de ansiedade e estresse. Eles receberam o tratamento ATD ou um placebo, com semanas de intervalo para permitir a recuperação dos tratamentos anteriores.

Durante o experimento, os participantes viram rostos expressando diferentes emoções-medo, raiva, felicidade e neutralidade. Isso permitiu que os pesquisadores observassem como as reduções de serotonina afetavam a capacidade deles de identificar e responder a essas emoções.

Resultados

O estudo descobriu que indivíduos com uma variante genética específica (os portadores GG) relataram níveis mais altos de ansiedade quando os níveis de serotonina estavam reduzidos em comparação ao placebo. Em contraste, indivíduos com outra variante (os portadores TT) não mostraram mudanças significativas na ansiedade.

Quando a atividade cerebral foi medida, os portadores GG também mostraram atividade reduzida no córtex pré-frontal ao responder a rostos medrosos e raivosos durante o tratamento ATD. Isso sugere que seus cérebros tinham menos capacidade de regular as respostas emocionais quando a serotonina estava baixa.

O estudo confirmou que existe uma ligação entre a constituição genética e as respostas emocionais às mudanças de serotonina, mostrando que algumas pessoas podem ser mais vulneráveis à ansiedade em certas condições.

Descobertas Comportamentais

A precisão dos participantes em identificar emoções variou dependendo das expressões faciais mostradas. Eles se saíram melhor ao reconhecer rostos raivosos e medrosos em comparação com rostos felizes ou neutros.

Curiosamente, os participantes levaram mais tempo para responder durante o tratamento ATD em comparação ao placebo, indicando que a redução dos níveis de serotonina afetou a velocidade de processamento deles e as respostas emocionais.

Atividade Neural e Ansiedade

Uma análise mais aprofundada revelou que as mudanças nos níveis de ansiedade estavam associadas a alterações na atividade cerebral. No grupo GG, houve uma correlação significativa entre o aumento da ansiedade e a redução da atividade no córtex pré-frontal ao processar rostos medrosos. Isso significa que, à medida que os sentimentos de ansiedade aumentavam, a capacidade do cérebro de regular as emoções diminuía.

Implicações das Descobertas

Esses resultados têm implicações importantes para entender a ansiedade e seu tratamento. Eles sugerem que fatores genéticos podem influenciar como os indivíduos respondem a tratamentos que modificam os níveis de serotonina. Por exemplo, a eficácia de medicamentos como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (SSRIs), que são comumente usados para transtornos de ansiedade e humor, pode variar com base no perfil genético de cada um.

Entender essas influências genéticas pode ajudar a personalizar as estratégias de tratamento para os indivíduos, potencialmente melhorando os resultados para aqueles que sofrem de ansiedade ou transtornos de humor.

Conclusão

No geral, essa pesquisa ilumina como as diferenças genéticas no gene TPH2 podem afetar os sentimentos de ansiedade e as respostas emocionais a estímulos externos quando os níveis de serotonina são temporariamente reduzidos. Ela enfatiza a importância de considerar os perfis genéticos individuais no estudo da regulação Emocional e do tratamento da ansiedade.

Explorar mais essas variações genéticas pode levar a abordagens mais eficazes e personalizadas para gerenciar a ansiedade e os transtornos emocionais relacionados no futuro.

Fonte original

Título: A central serotonin regulating gene polymorphism (TPH2) determines vulnerability to acute tryptophan depletion-induced anxiety and ventromedial prefrontal threat reactivity

Resumo: Serotonin (5-HT) has long been implicated in adaptive emotion regulation as well as the development and treatment of emotional dysregulations in mental disorders. Accumulating evidence suggests that a genetic vulnerability may render some individuals at a greater risk for the detrimental effects of transient variations in 5-HT signaling. The present study aimed to investigate whether individual variations in the Tryptophan hydroxylase 2 (TPH2) genetics influence susceptibility for behavioral and neural threat reactivity dysregulations during transiently decreased 5-HT signaling. To this end, interactive effects between TPH2 (rs4570625) genotype and acute tryptophan depletion (ATD) on reactivity towards angry, neutral and happy faces were examined in a within-subject placebo-controlled pharmacological fMRI trial (n = 51). An a priori genotype stratification approach of extreme groups (GG vs. TT) allowed balanced sampling. While no main effects of ATD on neural reactivity to threat-related stimuli and mood state were observed in the entire sample, accounting for TPH2 genotype revealed an ATD-induced increase in subjective anxious arousal in the GG but not the TT carriers. The effects were mirrored on the neural level, such that ATD specifically reduced ventromedial prefrontal cortex (vmPFC) reactivity towards threat-related stimuli in the GG carriers. Furthermore, the ATD-induced increase in subjective anxiety positively associated with the extent of ATD-induced changes in vmPFC activity in response to threat-related stimuli in GG carriers. Together the present findings suggest for the first time that individual variations in TPH2 genetics render individuals susceptible to the anxiogenic and neural effects of a transient decrease in 5-HT signaling.

Autores: Benjamin Becker, C. Liu, K. Li, Y. Zhang, X. Zheng, M. Fu, C. Sindermann, C. Montag, H. Zhang, S. Yao, Z. Wang, B. Zhou, K. M. Kendrick

Última atualização: 2023-03-20 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.18.23287402

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.18.23287402.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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