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# Biologia# Bioinformática

Nova ferramenta melhora o estudo das interações entre patógenos

Uma nova ferramenta simplifica a análise da expressão gênica de patógenos em células infectadas.

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Ferramenta de Análise deFerramenta de Análise dePatógenos Simplificadaentre genes de patógenos e hospedeiros.SPQ simplifica o estudo das interações
Índice

Micróbios e vírus podem infectar células vivas, mudando a forma como essas células funcionam. Pra entender essas interações, é importante estudar como a infecção altera a forma como uma célula hospedeira expressa seus genes, junto com como o micróbio ou vírus expressa os próprios genes. Essa compreensão pode ajudar a descobrir como as infecções funcionam e identificar maneiras de tratá-las.

A recente pandemia de COVID-19 destacou a importância de estudar tanto o hospedeiro quanto o vírus. Os pesquisadores estão agora examinando células individuais durante a infecção pra saber como o corpo reage a diferentes Patógenos.

Métodos Atuais e Seus Desafios

Os pesquisadores geralmente infectam linhagens celulares ou animais com patógenos conhecidos pra investigar como essas infecções impactam a Expressão Gênica. Essa análise integrada pode revelar os mecanismos por trás das doenças causadas por esses patógenos e ajudar a encontrar alvos potenciais para tratamentos.

No entanto, os métodos existentes pra estudar a expressão gênica durante infecções muitas vezes enfrentam desafios. Por exemplo, ao analisar dados de Sequenciamento de RNA de célula única (scRNAseq), os cientistas geralmente têm que seguir etapas complicadas pra processar e alinhar os dados lidos tanto do hospedeiro quanto do patógeno. O processo atual pode ser demorado e complicado, tornando difícil analisar grandes conjuntos de dados de forma eficiente.

Uma Nova Ferramenta: scPathoQuant

Pra lidar com esses desafios, uma nova ferramenta chamada scPathoQuant (SPQ) foi desenvolvida. O SPQ simplifica o processo de análise da expressão gênica de patógenos a partir de dados de sequenciamento de célula única. Ele reúne todas as ferramentas de bioinformática necessárias em uma biblioteca Python fácil de usar que pode ser executada com um único comando. Isso reduz a carga de trabalho dos pesquisadores e acelera o processo de análise.

O SPQ faz passos-chave, incluindo:

  1. Extraindo leituras não alinhadas do genoma do hospedeiro.
  2. Mapeando as leituras isoladas para o genoma específico do patógeno.
  3. Contando identificadores moleculares únicos (UMIs) pra quantificar os níveis de expressão gênica.
  4. Integrando os dados resultantes de volta no conjunto de dados original pra análise posterior.

Ao simplificar esses passos, o SPQ permite que os usuários examinem facilmente tanto a expressão gênica do hospedeiro quanto a do patógeno.

Como Funciona o SPQ?

O SPQ começa extraindo leituras não alinhadas, que são as sequências que não corresponderam ao genoma do hospedeiro, usando uma ferramenta chamada SAMtools. Depois, ele alinha essas leituras ao genoma do patógeno usando bbmap ou bowtie2, que são conhecidos pela velocidade e precisão.

Uma vez que as leituras estão alinhadas, o SPQ conta as leituras mapeadas usando HTSeq, fornecendo informações detalhadas sobre a expressão geral do patógeno e genes específicos. O programa então integra esses dados de volta no conjunto de dados original, permitindo que os pesquisadores vejam como os patógenos afetam a expressão gênica do hospedeiro.

O SPQ também fornece saídas úteis, como gráficos de violino mostrando a distribuição das contagens de patógenos e mapas de cobertura das leituras alinhadas ao patógeno.

Testando o SPQ

A eficácia do SPQ foi testada usando dados de estudos publicados anteriormente. Esses estudos envolveram infecções com HIV e SARS-CoV-2, ambos conhecidos por impactar significativamente a saúde humana.

No caso do HIV, os pesquisadores compararam os resultados obtidos usando o SPQ com os de métodos tradicionais como CellRanger. Eles descobriram que o SPQ forneceu resultados comparáveis, identificando com precisão as células infectadas com HIV. A correlação entre as contagens de leituras de diferentes métodos foi forte, confirmando a confiabilidade do SPQ.

De forma semelhante, o SPQ foi testado com dados de infecções pelo SARS-CoV-2. Os pesquisadores usaram dados de scRNAseq de células epiteliais brônquicas humanas infectadas com o vírus. O SPQ identificou com sucesso as células infectadas e forneceu contagens precisas das leituras de RNA viral. Os resultados mostraram uma alta correlação com os obtidos do CellRanger, indicando que o SPQ se sai bem em detectar leituras virais.

Co-infecções e Seu Impacto

Entender como múltiplas infecções afetam a expressão gênica do hospedeiro é crucial pra desenvolver tratamentos. O SPQ pode detectar múltiplos patógenos em uma única análise, facilitando o estudo de co-infecções.

Por exemplo, pesquisadores usaram o SPQ pra identificar tanto SARS-CoV-2 quanto outro vírus chamado metapneumovírus em amostras de tecido pulmonar de um paciente. O SPQ mostrou o número de células infectadas e a abundância de cada vírus, ajudando os pesquisadores a entender como essas infecções podem interagir.

Comparando SPQ com Outras Ferramentas

Além do SPQ, existem outras ferramentas projetadas pra detectar leituras de patógenos em dados de sequenciamento de RNA de célula única, como ViralTrack, PathogenTrack e Venus. No entanto, essas ferramentas geralmente exigem etapas de pré-processamento complicadas e podem ser menos eficientes que o SPQ.

Quando o SPQ foi comparado a essas ferramentas usando os mesmos dados de infecção pelo HIV, os resultados foram consistentes em todos os métodos. Apesar das pequenas variações nos resultados devido a diferentes algoritmos, o SPQ demonstrou um bom desempenho, exigindo menos tempo computacional.

Conclusão

O SPQ representa um grande avanço na análise das interações patógeno-hospedeiro. Sua capacidade de simplificar o processo de detectar e quantificar a expressão gênica de patógenos faz dele uma ferramenta valiosa pra pesquisadores.

Essa ferramenta não se limita apenas a infecções virais; ela também pode analisar bactérias intracelulares. Ao fornecer um método fácil pra estudar infecções em nível de célula única, o SPQ capacita os cientistas a entender melhor como os patógenos afetam seus hospedeiros e pode levar ao desenvolvimento de novas terapias.

Os pesquisadores podem acessar o SPQ e seus conjuntos de dados associados pra contribuir ainda mais com a compreensão da comunidade científica sobre as interações patogênicas. Com o SPQ, o futuro do estudo das infecções parece promissor, permitindo pesquisas mais eficientes e eficazes na área.

Fonte original

Título: scPathoQuant: A tool for efficient alignment and quantification of pathogen sequence reads from 10x single cell sequencing data sets

Resumo: Currently there is a lack of efficient computational pipelines/tools for conducting simultaneous genome mapping of pathogen-derived and host reads from single cell RNA sequencing (scRNAseq) output from pathogen-infected cells. Contemporary options include processes involving multiple steps and/or running multiple computational tools, increasing user operations time. To address the need for new tools to directly map and quantify pathogen and host sequence reads from within an infected cell from scRNAseq data sets in a single operation, we have built a python package, called scPathoQuant. scPathoQuant extracts sequences that were not aligned to the primary host genome, maps them to a pathogen genome of interest, here as demonstrated for viral pathogens, quantifies total reads mapping to the entire pathogen, quantifies reads mapping to individual pathogen genes, and finally reintegrates pathogen sequence counts into matrix files that are used by standard single cell pipelines for downstream analyses with only one command. We demonstrate that scPathoQuant provides a scRNAseq viral and host genome-wide sequence read abundance analysis that can differentiate and define multiple viruses in a single sample scRNAseq output.

Autores: Leanne Susan Whitmore, J. Tisoncik-Go, M. Gale

Última atualização: 2024-01-31 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.07.21.549987

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.07.21.549987.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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