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# Ciências da saúde# Medicina genetica e genomica

Novas descobertas sobre a síndrome nefrótica e o gene WT1

Pesquisas mostram variantes críticas que afetam a síndrome nefrótica ligadas ao gene WT1.

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As variantes do gene WT1As variantes do gene WT1afetam a saúde dos rins.sobre a genética da síndrome nefrótica.Estudo revela descobertas importantes
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A Síndrome Nefrótica (SN) é uma condição que afeta os rins e causa vários problemas de saúde. Um gene importante envolvido na síndrome nefrótica é chamado WT1. Esse gene tem um papel chave no desenvolvimento e na função de certas células do rim chamadas podócitos. Quando o WT1 é interrompido, pode levar a diferentes problemas de saúde, incluindo síndrome nefrótica isolada, tumores e outras diferenças de desenvolvimento.

Splicing Alternativo do WT1

O gene WT1 pode produzir diferentes versões de sua proteína através de um processo conhecido como splicing alternativo. Esse processo envolve diferentes segmentos do gene sendo combinados de várias maneiras para criar variantes de proteínas. No WT1, existem duas formas principais chamadas KTS+ e KTS-. Essas formas têm funções semelhantes, mas ligeiramente diferentes. Normalmente, KTS+ é encontrado com mais frequência do que KTS- em rins saudáveis.

Quando variantes ocorrem perto da forma KTS+, elas podem interromper o splicing e levar a uma condição rara chamada Síndrome de Frasier. Essa síndrome inclui problemas como disgenesia gonadal masculina, síndrome nefrótica e, às vezes, tumores.

Identificando Variantes que Interrompem o Splicing

Os pesquisadores têm trabalhado para encontrar todas as variantes possíveis que poderiam interromper o splicing no gene WT1. Eles se concentraram especificamente em uma seção chamada exon 9. Para isso, criaram um teste laboratorial especial para ver como mudanças no DNA afetam o splicing. Esse teste analisou um grande número de variantes genéticas para determinar seus efeitos.

Ao analisar todas as variantes conhecidas na região do exon 9, os pesquisadores conseguiram identificar oito variantes já ligadas à Síndrome de Frasier e outras condições renais. Eles também descobriram muitas outras variantes que poderiam interromper o splicing, mas que não tinham sido relatadas anteriormente.

Como os Experimentais Foram Realizados

Os cientistas usaram um método específico para estudar o gene WT1. Eles pegaram certas células renais e introduziram versões modificadas do gene WT1. Cada uma dessas versões tinha diferentes mudanças genéticas para ver como afetam o splicing.

Depois de fazer essas mudanças, os cientistas extraíram RNA das células para ver quais versões da proteína foram produzidas. Eles mediram o equilíbrio entre as formas KTS+ e KTS-, além de qualquer caso onde a proteína estava faltando partes, chamado de "exon skipping".

Resultados dos Testes

Os testes mostraram que a maioria das variantes que mudam o splicing estavam próximas das áreas onde o splicing acontece. Entre as várias variantes testadas, apenas uma pequena porcentagem realmente mudou como o splicing funcionou. A maioria dessas mudanças disruptivas aumentou a quantidade de KTS- em comparação com KTS+ ou causou a completa exclusão do exon 9.

A maioria das variantes conhecidas que levam à Síndrome de Frasier reduziram o uso do KTS+ significativamente. Em contraste, muitas variantes consideradas benignas não mostraram impacto significativo no splicing.

Descobrindo Variantes Desconhecidas

Durante suas investigações, os pesquisadores descobriram 16 novas variantes que pareciam interromper o splicing, semelhantes às variantes prejudiciais conhecidas. Essas novas variantes ainda não estão listadas em bancos de dados científicos, mas podem contribuir para casos de síndrome nefrótica.

Além de buscar o que é prejudicial, eles também encontraram variantes que pareciam aumentar o uso de KTS+. Essas variantes podem estar envolvidas em diferentes condições, como diferenças no desenvolvimento sexual.

Importância dessas Descobertas

Entender essas variantes é crucial para diagnosticar e tratar pacientes com síndrome nefrótica. Essa pesquisa fornece informações importantes que podem ajudar os médicos a interpretar testes genéticos para pacientes que possam ter problemas renais.

Para indivíduos com sintomas, mas sem um diagnóstico claro, esse conhecimento pode levar a testes melhores e tratamento mais precoce. Também pode ajudar a diferenciar entre variantes que são inofensivas e aquelas que podem causar sérios problemas de saúde.

Conclusão

A pesquisa realizada no gene WT1 e suas variantes ajuda a construir uma imagem mais clara de como as mudanças genéticas podem impactar a saúde dos rins. Ao identificar várias variantes disruptivas de splicing, os cientistas podem oferecer testes genéticos mais precisos e melhores ferramentas de diagnóstico para a síndrome nefrótica.

Esse estudo sistemático fornece insights úteis para pacientes e profissionais de saúde, abrindo caminho para uma melhor compreensão e manejo de doenças relacionadas aos rins. A pesquisa contínua sobre variantes genéticas e suas implicações para a saúde continuará a ser uma área significativa de interesse na medicina.

Fonte original

Título: High-throughput splicing assays identify known and novel WT1 exon 9 variants in nephrotic syndrome

Resumo: Frasier Syndrome (FS) is a rare Mendelian form of nephrotic syndrome caused by variants which disrupt the proper splicing of WT1. This key transcription factor gene is alternatively spliced at exon 9 to produce two isoforms ("KTS+" and "KTS-"), which are normally expressed in the kidney at a [~]2:1 (KTS+:KTS-) ratio. FS results from variants that reduce this ratio by disrupting the splice donor of the KTS+ isoform. FS is extremely rare, and it is unclear whether any variants beyond the eight already known could cause FS. To prospectively identify other splicing-disruptive variants, we leveraged a massively parallel splicing assay. We tested every possible single nucleotide variant (n=519) in and around WT1 exon 9 for effects upon exon inclusion and KTS+/- ratio. Splice disruptive variants made up 11% of the tested point variants overall, and were tightly concentrated near the canonical acceptor and the KTS+/- alternate donors. Our map successfully identified all eight known FS or focal segmental glomerulosclerosis variants and 16 additional novel variants which were comparably disruptive to these known pathogenic variants. We also identified 19 variants that, conversely, increased the KTS+/KTS- ratio, of which two are observed in unrelated individuals with 46,XX ovotesticular disorder of sex development (46,XX OTDSD). This splicing effect map can serve as functional evidence to guide the clinical interpretation of newly observed variants in and around WT1 exon 9.

Autores: Jacob Kitzman, C. Smith, B. B. Burugula, I. Dunn, S. Aradhya, J. Lai Yee

Última atualização: 2023-03-20 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.14.23287117

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.14.23287117.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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