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Justiça em Redes Neurais Bayesianas

Analisando a justiça individual em modelos bayesianos em comparação com redes neurais tradicionais.

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Nos últimos anos, modelos de aprendizado de máquina, especialmente os de aprendizado profundo, têm sido usados em várias tarefas importantes. No entanto, tem crescido a preocupação sobre como esses modelos lidam com a justiça. Justiça é tratar todo mundo de forma igual e não discriminar com base em características sensíveis, como gênero ou raça. Isso é especialmente importante quando os modelos são usados em áreas como contratações, empréstimos ou aplicação da lei.

O que é Justiça Individual?

Justiça individual é uma abordagem específica que garante que indivíduos semelhantes sejam tratados de forma semelhante por um modelo. Isso significa que se duas pessoas forem parecidas de acordo com certas características, as previsões do modelo para elas também devem ser próximas. Esse conceito é diferente da justiça de grupo, que foca em garantir que diferentes grupos sejam tratados de forma justa no geral.

Modelos de aprendizado de máquina, especialmente redes neurais (NNs), podem aprender inadvertidamente preconceitos presentes nos dados em que são treinados. Se os dados de treinamento tiverem preconceitos, os modelos podem reforçar esses preconceitos, levando a um tratamento injusto de certos indivíduos. Portanto, medir e melhorar a justiça nesses modelos é uma área de pesquisa crucial.

Redes Neurais Bayesiana

As redes neurais bayesianas (BNNs) são um tipo de modelo que fornece uma maneira de estimar a incerteza nas previsões. Em vez de aprender apenas um conjunto de pesos (os parâmetros do modelo), as BNNs aprendem uma distribuição de pesos possíveis. Isso permite que as BNNs capturem a incerteza, tornando-as potencialmente menos sensíveis a pontos de dados individuais e, como resultado, possivelmente mais justas.

Justiça em Configurações Adversariais

A relação entre justiça e robustez adversarial também é importante. Ataques adversariais envolvem mudar ligeiramente a entrada de um modelo para enganá-lo a cometer erros. A maneira como um modelo responde a esses ataques pode nos contar muito sobre sua robustez e justiça. Se um modelo é robusto contra ataques adversariais, ele também pode ser mais justo, porque não é facilmente influenciado por pequenas mudanças na entrada.

Objetivos do Estudo

O objetivo do estudo é investigar como a justiça individual nas BNNs se compara às redes neurais determinísticas tradicionais. Usando métricas de justiça e avaliando modelos em conjuntos de dados bem conhecidos, a pesquisa busca oferecer insights sobre se as BNNs são realmente mais justas do que seus equivalentes determinísticos.

Compreendendo a Metodologia

Para estudar a justiça, são usadas métricas específicas para medir como indivíduos semelhantes são tratados pelo modelo. O estudo busca pares de indivíduos que são similares com base em uma métrica definida e verifica se as saídas do modelo para esses indivíduos também são semelhantes. Os métodos projetados para medir a justiça também incluem técnicas que modificam métodos de ataque adversarial existentes para focar na justiça.

Dois novos métodos são chamados de Fair-FGSM e Fair-PGD, que adaptam ataques padrão com base em gradiente para levar em conta a justiça individual. Esses métodos são usados para medir quão justas as BNNs são em comparação com modelos tradicionais em várias condições.

Avaliação Empírica

O estudo conduziu experimentos usando BNNs com várias arquiteturas e configurações. Os resultados foram comparados com redes neurais determinísticas e ensembles profundos. Os experimentos foram realizados em dois conjuntos de dados: o conjunto de dados Adult e o Folktables.

As descobertas indicaram que as BNNs tendiam a ser mais justas do que suas contrapartes determinísticas. Mesmo que todos os modelos aprendessem algum nível de preconceito, as BNNs mostraram consistentemente um nível mais baixo de injustiça em suas previsões.

Fatores que Afetam a Justiça Individual

A pesquisa também explorou como diferentes escolhas arquitetônicas, como o número de camadas ocultas e neurônios, afetavam a justiça individual. Modelos mais complexos costumavam ter dificuldades com ataques adversariais, mas as descobertas revelaram um resultado contra-intuitivo. Embora redes mais profundas geralmente levassem a uma queda na robustez, elas também tendiam a melhorar a justiça individual.

O estudo determinou que, à medida que o número de neurônios aumentava, a justiça diminuía. Isso provavelmente acontece porque um modelo mais complexo pode se ajustar demais a exemplos de treinamento específicos, levando a uma menor generalização entre indivíduos semelhantes.

Métricas de Similaridade

O conceito de métricas de similaridade desempenha um papel crucial na definição de como a justiça é calculada. O estudo analisou especificamente métricas ponderadas e a distância de Mahalanobis, que consideram as relações entre várias características de entrada. Essas métricas ajudam a estabelecer uma imagem mais clara do que significa ser "semelhante" no contexto dos dados usados para o treinamento.

Resultados em Diferentes Modelos

Os experimentos produziram mapas de calor que mostraram estimativas de justiça para os vários modelos. Esses mapas de calor mostraram que as BNNs treinadas com métodos específicos eram geralmente mais justas em ambos os conjuntos de dados. As descobertas também destacaram que a escolha do método de inferência, se era Inferência Variacional ou Monte Carlo Hamiltoniano, influenciava os resultados. Métodos mais sofisticados como Monte Carlo Hamiltoniano levavam a uma melhor justiça em comparação com os mais simples.

O Papel da Média Bayesiana

Outra observação crucial foi o efeito da média bayesiana nas previsões. Ao fazer a média das previsões de várias amostras extraídas da BNN, foi notado que a justiça das previsões melhorava significativamente. Isso sugere que ter múltiplas realizações de peso ajuda a suavizar os efeitos dos preconceitos que podem estar presentes nas previsões de uma única amostra.

Conclusão

Resumindo, o estudo forneceu insights importantes sobre como a justiça individual pode ser avaliada em Redes Neurais Bayesianas e contrastou essas descobertas com modelos determinísticos. Destacou os benefícios de empregar BNNs em tarefas onde a justiça é uma preocupação. A pesquisa mostrou que as BNNs podem ser intrinsecamente mais justas do que suas contrapartes determinísticas e enfatizou a necessidade de considerar como diferentes métodos de inferência podem afetar essa justiça.

As descobertas têm implicações importantes para o design e a implementação de modelos de aprendizado de máquina, especialmente em aplicações sensíveis onde a justiça é crítica. À medida que a pesquisa avança, entender o equilíbrio entre desempenho e justiça em aprendizado de máquina continuará a ser uma área de foco importante, moldando o futuro do uso equitativo dessas tecnologias poderosas.

Esse diálogo e pesquisa contínuos são essenciais para garantir que modelos de aprendizado de máquina contribuam positivamente para a sociedade, sem perpetuar preconceitos e desigualdades existentes.

Fonte original

Título: Individual Fairness in Bayesian Neural Networks

Resumo: We study Individual Fairness (IF) for Bayesian neural networks (BNNs). Specifically, we consider the $\epsilon$-$\delta$-individual fairness notion, which requires that, for any pair of input points that are $\epsilon$-similar according to a given similarity metrics, the output of the BNN is within a given tolerance $\delta>0.$ We leverage bounds on statistical sampling over the input space and the relationship between adversarial robustness and individual fairness to derive a framework for the systematic estimation of $\epsilon$-$\delta$-IF, designing Fair-FGSM and Fair-PGD as global,fairness-aware extensions to gradient-based attacks for BNNs. We empirically study IF of a variety of approximately inferred BNNs with different architectures on fairness benchmarks, and compare against deterministic models learnt using frequentist techniques. Interestingly, we find that BNNs trained by means of approximate Bayesian inference consistently tend to be markedly more individually fair than their deterministic counterparts.

Autores: Alice Doherty, Matthew Wicker, Luca Laurenti, Andrea Patane

Última atualização: 2023-04-21 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2304.10828

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2304.10828

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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