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# Estatística# Gestão de riscos# Probabilidade# Aplicações

Avaliação do Risco Sistemático nos Mercados Financeiros

Uma olhada em como medir o risco sistêmico e seu impacto na estabilidade financeira.

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Índice

O risco sistêmico é a chance de uma grande falha em um sistema financeiro que pode levar a um colapso. Esse risco pode surgir de problemas em uma empresa individual ou em toda uma indústria. As conexões entre os negócios fazem com que os problemas possam se espalhar rapidamente, levando a grandes problemas econômicos. Eventos como quedas de mercado ou falências de bancos mostram o verdadeiro perigo que o risco sistêmico representa.

Um exemplo notável de risco sistêmico aconteceu durante a crise financeira global de 2008. A falência de um único banco de investimento, o Lehman Brothers, desencadeou um colapso financeiro mundial. Essa crise mostrou quão ligados estão as instituições financeiras, causando pânico generalizado e quedas nas economias de todo o mundo. Outro exemplo é a crise da dívida soberana europeia que começou em 2010, onde os níveis de dívida em vários países ameaçaram a estabilidade financeira na Europa.

Desde essas crises, os reguladores têm feito esforços significativos para criar regras e estruturas para gerenciar e entender melhor o risco sistêmico. Inicialmente, esses esforços se concentraram nos bancos, mas depois se expandiram para incluir também as seguradoras. Uma associação global foi formada para estabelecer diretrizes para identificar empresas que poderiam representar riscos sistêmicos para o sistema financeiro.

Medindo o Risco Sistêmico

Em resposta ao risco sistêmico, várias métodos foram propostos para medi-lo. Algumas dessas medidas incluem CoVaR (Conditional Value-at-Risk), CoES (Conditional Expected Shortfall) e MES (Marginal Expected Shortfall). Esses métodos analisam como o risco de uma entidade pode se espalhar para outras, permitindo uma melhor compreensão do panorama geral de risco.

Uma abordagem recente é chamada de Joint Marginal Expected Shortfall (JMES). Essa ferramenta busca ver como o comportamento de risco de uma entidade impacta outra ou o risco total do sistema, especialmente quando um nível específico de estresse é alcançado. Essa medida considera duas entidades em vez de uma, tornando a análise mais completa.

A Importância da Análise do Mercado de Ações

Analisar os mercados de ações é crucial porque ajuda a entender como os riscos são transmitidos entre ações individuais e como os diferentes mercados se influenciam. Agrupando os preços das ações em índices regionais, podemos obter insights sobre o desempenho econômico e identificar potenciais efeitos de contágio.

Nesta exploração, vamos aplicar várias medidas de risco sistêmico, incluindo JMES, para ver como o mercado de ações dos EUA influencia outros grandes mercados.

Termos e Definições Chave

Para esta discussão, vamos esclarecer alguns termos e definições chave. Vamos usar variáveis aleatórias (v.a.) para representar diferentes resultados financeiros e suas probabilidades relacionadas. Funções importantes incluem funções de distribuição acumulada (CDF) e funções de sobrevivência (SF), que ajudam a entender a probabilidade e os extremos das perdas.

Expected Shortfall (ES)

O Expected Shortfall estima a Perda Esperada durante quedas severas do mercado. Ele fornece uma visão mais abrangente do que métricas mais simples como o Value-at-Risk (VaR), que só considera perdas potenciais até um certo limite sem detalhar o que acontece além desse ponto.

Embora o ES seja útil, ele tem limitações na avaliação do risco sistêmico, já que medidas tradicionais não consideram a interconexão entre várias entidades. É aqui que novas medidas como o JMES se tornam valiosas.

Entendendo o Joint Marginal Expected Shortfall (JMES)

O JMES expande as ferramentas existentes ao avaliar riscos de forma conjunta entre duas entidades, incorporando suas interações e dependências. Ao focar no potencial de uma entidade em dificuldades influenciar outra, o JMES fornece uma análise mais refinada dos riscos sistêmicos.

A medida JMES avalia como o perfil de risco de uma entidade pode afetar outra quando certos níveis de estresse são alcançados. Essa abordagem captura melhor os efeitos de eventos que podem levar a grandes interrupções no mercado.

Propriedades do JMES

O JMES tem várias características notáveis. Ele é projetado para manter certas propriedades que são essenciais para uma gestão eficaz de riscos, como a invariância à translação, o que significa que os resultados não mudam se os níveis de risco mudarem uniformemente. Outra característica importante é a comonotonicidade, onde os riscos de duas entidades se movem juntos, o que apoia a capacidade da medida de capturar dependências de forma eficaz.

Comparação com Outras Medidas

Comparado com medidas tradicionais como VaR e ES, o JMES oferece uma perspectiva mais completa sobre os riscos sistêmicos. As medidas tradicionais muitas vezes avaliam os riscos de forma isolada sem considerar como as entidades se afetam mutuamente. O JMES permite que reguladores e analistas financeiros olhem mais a fundo nos riscos potenciais que podem surgir das interconexões do mercado.

Medidas de Contribuição

Além de medir os shortfalls esperados, o JMES também envolve analisar as contribuições para os riscos sistêmicos. Essas medidas de contribuição destacam quanto risco uma entidade adiciona a outra em um cenário conjunto. Isso pode informar decisões sobre a gestão da exposição ao risco e a implementação de salvaguardas apropriadas.

Duas principais medidas de contribuição são baseadas no JMES: uma calcula a diferença entre as contribuições das entidades, e a outra avalia as razões relativas dessas contribuições. Essa análise dupla fornece uma imagem mais clara de como os riscos se transferem e se amplificam entre entidades interconectadas.

Avaliando o Risco nos Mercados Financeiros

Para avaliar os efeitos de contágio de risco nos mercados de ações, devemos considerar dados empíricos. Usando dados históricos de índices como o Standard & Poor's 500, podemos aplicar o JMES e suas medidas de contribuição para analisar os efeitos de contágio. Isso é crucial, pois fornece validação do mundo real das estruturas teóricas desenvolvidas.

Aplicação do JMES na Análise do Mercado de Ações

A aplicação real do JMES em índices de mercado de ações pode mostrar sua eficácia. Analisando os preços de fechamento diários de vários índices ao longo de um período determinado, podemos avaliar como a angústia em um mercado (como o dos EUA) pode influenciar outros, como os da Europa ou Ásia.

Por meio de resumos estatísticos e análises, podemos encontrar padrões de contágio de risco e respostas entre os mercados financeiros. Ao identificar essas relações, investidores e reguladores podem se preparar melhor para potenciais quedas de mercado.

Conclusão

Em resumo, o risco sistêmico representa uma ameaça séria à estabilidade financeira. A introdução de medidas como o Joint Marginal Expected Shortfall fornece uma ferramenta poderosa para avaliar riscos entre entidades financeiras interconectadas. Analisando as contribuições de risco e os efeitos de contágio, obtemos uma compreensão mais clara de como os mercados se influenciam durante períodos de dificuldade.

À medida que os sistemas financeiros continuam a evoluir, a necessidade de ferramentas robustas de medição de risco como o JMES se torna cada vez mais importante. Ao empregar essas ferramentas, agências reguladoras e analistas financeiros podem gerenciar proativamente o risco sistêmico, garantindo que os mercados permaneçam resilientes a choques e crises no futuro. Através do estudo e da aplicação contínua dessas medidas, podemos trabalhar em direção a um cenário financeiro mais estável.

Fonte original

Título: On Joint Marginal Expected Shortfall and Associated Contribution Risk Measures

Resumo: Systemic risk is the risk that a company- or industry-level risk could trigger a huge collapse of another or even the whole institution. Various systemic risk measures have been proposed in the literature to quantify the domino and (relative) spillover effects induced by systemic risks such as the well-known CoVaR, CoES, MES and CoD risk measures, and associated contribution measures. This paper proposes another new type of systemic risk measure, called the joint marginal expected shortfall (JMES), to measure whether the MES of one entity's risk-taking adds to another one or the overall risk conditioned on the event that the entity is already in some specified distress level. We further introduce two useful systemic risk contribution measures based on the difference function or relative ratio function of the JMES and the conventional ES, respectively. Some basic properties of these proposed measures are studied such as monotonicity, comonotonic additivity, non-identifiability and non-elicitability. For both risk measures and two different vectors of bivariate risks, we establish sufficient conditions imposed on copula structure, stress levels, and stochastic orders to compare these new measures. We further provide some numerical examples to illustrate our main findings. A real application in analyzing the risk contagion among several stock market indices is implemented to show the performances of our proposed measures compared with other commonly used measures including CoVaR, CoES, MES, and their associated contribution measures.

Autores: Tong Pu, Yifei Zhang, Yiying Zhang

Última atualização: 2024-05-13 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2405.07549

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2405.07549

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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