O Papel da Corretagem no Sucesso Acadêmico
Este artigo analisa como as corretoras influenciam as carreiras científicas e as disparidades de gênero.
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Índice
- Como a Intermediação Afeta Carreiras
- O Valor da Colaboração
- A Importância da Intermediação
- Investigando Intermediação e Gênero
- Resultados da Pesquisa
- Entendendo a Dinâmica da Colaboração
- Representação de Gênero na Intermediação
- Descobertas sobre Desigualdades de Gênero
- Conclusão: O Papel da Intermediação no Sucesso Acadêmico
- Fonte original
- Ligações de referência
A ciência vive de trabalho em equipe. O sucesso dos cientistas muitas vezes depende de quem eles estão trabalhando. Colaborações podem abrir portas para crescimento na carreira e reconhecimento, mas muitos ainda não entendem totalmente como essas conexões se formam. Este artigo investiga a ideia de intermediação na academia, especialmente entre físicos ao redor do mundo. Intermediação se refere a criar novos laços entre pessoas que não trabalharam juntas antes, mas têm um colaborador comum.
Como a Intermediação Afeta Carreiras
Nossa pesquisa mostra que quem se envolve em intermediação no começo da carreira tende a ter resultados melhores depois. Não só eles entram em mais colaborações, mas também têm um impacto maior em sua área. Esse processo parece criar uma situação onde alguns indivíduos se destacam enquanto muitos outros passam despercebidos. Curiosamente, esse padrão afeta tanto homens quanto mulheres de forma semelhante. Porém, as mulheres frequentemente começam em posições mais baixas e têm menos oportunidades de networking em comparação com os homens. Como a intermediação tem um grande papel no avanço da carreira, incentivar os jovens cientistas a se envolverem nessa prática poderia ajudar a reduzir as desigualdades existentes no sucesso acadêmico.
Colaboração
O Valor daEsforços colaborativos permitem que os cientistas aproveitem opiniões e ideias variadas. Equipes formadas por parcerias novas ou em andamento podem levar a melhores resultados, como aumento de produtividade e inovação. Ao buscar novas colaborações, os Acadêmicos geralmente recorrem às suas Redes existentes, pedindo a colegas de confiança por apresentações. Esse processo é o que chamamos de intermediação.
Aumentar o número de colaboradores não se trata apenas de ter muitos co-autores; a qualidade desses colaboradores também importa. Por exemplo, publicar junto com pesquisadores experientes em revistas respeitáveis melhora significativamente as chances de cientistas menos experientes publicarem nessas mesmas revistas depois. A posição dos cientistas dentro de suas redes de colaboração frequentemente prevê seu sucesso futuro, como visto por meio de citações e reconhecimento posteriores.
A Importância da Intermediação
A intermediação é essencial para fomentar a inovação. Ela atua como uma ponte entre diferentes partes das redes de colaboração. Em setores públicos, a intermediação leva a mais oportunidades para colaborações futuras. Isso sugere que o mesmo pode ser verdade na academia, onde alguns artigos bem citados ganham citações adicionais ao longo do tempo. Portanto, a intermediação pode ter efeitos duradouros nas carreiras dos cientistas, criando uma concentração de sucesso em um pequeno número de indivíduos enquanto muitos outros ficam para trás.
As mulheres são particularmente prejudicadas nesse processo devido à sua entrada mais tardia na área e maiores taxas de desistência, levando a lacunas de Gênero persistentes em trabalhos publicados e citações. Embora essa lacuna exista globalmente, ela é especialmente pronunciada em disciplinas como física. As mulheres geralmente colaboram com outras mulheres, o que pode limitar seu acesso a novas parcerias e oportunidades de networking. Participar de intermediação dentro desses grupos pode apenas empurrar as mulheres ainda mais para as margens da academia, aumentando a segregação.
Investigando Intermediação e Gênero
Precisamos entender melhor como gênero e intermediação interagem na academia. Para abordar isso, avaliamos como participar da intermediação influencia as conquistas dos acadêmicos ao longo do tempo. Analisamos uma grande rede construída a partir de colaborações em física e definimos intermediação como a criação de conexões entre dois autores que têm um colaborador em comum, mas não trabalharam juntos antes.
Resultados da Pesquisa
Nosso estudo revela uma forte ligação entre o envolvimento de um cientista na intermediação ao longo de suas carreiras e suas conquistas finais, medidas em termos de publicações e citações nas revistas da American Physical Society. Investigamos se participar da intermediação é um processo cumulativo, observando a participação em cinco estágios de carreira e examinando como as mulheres participam da intermediação.
Nossos achados indicam que os cientistas que conseguem mais até o fim de suas carreiras também tendem a ser mais ativos na intermediação ao longo de suas trajetórias. Os indivíduos mais bem-sucedidos, em particular, tendem a acelerar seu envolvimento na intermediação com o tempo. Envolver-se em intermediação nos estágios iniciais de uma carreira costuma levar a um aumento de participação nos estágios posteriores. Esse efeito cumulativo é especialmente forte entre os cientistas de maior sucesso.
Surpreendentemente, essas tendências se aplicam igualmente a homens e mulheres, mesmo que as mulheres comecem suas carreiras mais tarde e seu envolvimento na intermediação seja menos frequente. A primeira ocorrência de eventos de intermediação somente com mulheres apareceu cerca de 80 anos depois que as mulheres publicaram pela primeira vez na área, enquanto para os homens isso aconteceu muito mais cedo.
Entendendo a Dinâmica da Colaboração
A natureza da colaboração entre três autores cria uma rede no momento de sua primeira publicação conjunta. Analisamos a distribuição das durações de carreira, desde a publicação inicial até a final, para levar em conta as variações entre as carreiras. Categorizamos essas carreiras em cinco estágios com base em sua duração, para que possamos entender melhor como o envolvimento na intermediação se correlaciona ao sucesso acadêmico geral.
Ao separar os cientistas em grupos de impacto com base em suas conquistas, podemos observar tendências em sua participação na intermediação. Nossa análise revela que cientistas que eventualmente ganham maiores níveis de reconhecimento tendem a se envolver mais em intermediação ao longo de suas carreiras. As diferenças entre os cientistas menos bem-sucedidos permanecem constantes, enquanto pequenas diferenças entre os cientistas mais bem-sucedidos tendem a se transformar em vantagens significativas na carreira.
Representação de Gênero na Intermediação
Para ver como o gênero impacta a intermediação, rastreamos o número de autores femininos e masculinos ativos ao longo do tempo. A participação das mulheres na intermediação continua significativamente mais baixa do que a dos homens. Os homens são muito mais propensos a atuar como intermediários, muitas vezes colaborando com cientistas mulheres mais juniores.
As mulheres geralmente ocupam posições mais júnior quando se envolvem na intermediação, enquanto os homens costumam fazê-lo em estágios mais avançados de suas carreiras. Quando mulheres e homens colaboram juntos, as mulheres estão sub-representadas nas fases seniores em comparação com seus colegas homens. Eventos de intermediação que apresentam um cientista homem sênior apresentando uma cientista mulher júnior ocorrem com mais frequência do que o contrário.
Descobertas sobre Desigualdades de Gênero
Nossa pesquisa mostra que a entrada tardia das mulheres na física e suas taxas mais altas de desistência contribuem para as desigualdades de gênero em sucesso acadêmico. Apesar de as mulheres experimentarem benefícios semelhantes à intermediação, como os homens, elas costumam estar sub-representadas em papéis críticos.
A participação das mulheres em eventos de intermediação tende a ocorrer em fases iniciais de suas carreiras, enquanto os homens participam mais tarde. Como resultado, muitas mulheres acabam nas margens, limitando seu acesso a oportunidades que poderiam ajudar no desenvolvimento de suas carreiras.
Conclusão: O Papel da Intermediação no Sucesso Acadêmico
O sucesso dos cientistas depende fortemente de redes colaborativas que conectam indivíduos de diversos antecedentes e experiências. Nossos achados destacam a importância da intermediação na formação de carreiras acadêmicas e na influência de como reconhecimento e impacto são distribuídos.
Promover oportunidades de intermediação entre cientistas em início de carreira poderia ajudar a criar um ambiente acadêmico mais equitativo. Ao olharmos para o futuro, entender como a intermediação afeta o sucesso e como o gênero molda essas relações será essencial para abordar as desigualdades que persistem nos círculos acadêmicos.
Ao reconhecer o papel significativo da colaboração e networking na pesquisa científica, podemos dar passos significativos em direção à criação de caminhos mais inclusivos para todos na academia. Pesquisas futuras devem se concentrar nos diversos canais de colaboração, na natureza das relações e em seus efeitos combinados no sucesso profissional, enriquecendo nossa compreensão de como construir uma comunidade acadêmica mais equitativa para todos.
Título: Cumulative Advantage of Brokerage in Academia
Resumo: Science is a collaborative endeavor in which "who collaborates with whom" profoundly influences scientists' career trajectories and success. Despite its relevance, little is known about how scholars facilitate new collaborations among their peers. In this study, we quantify brokerage in academia and study its effect on the careers of physicists worldwide. We find that early-career participation in brokerage increases later-stage involvement for all researchers, with increasing participation rates and greater career impact among more successful scientists. This cumulative advantage process suggests that brokerage contributes to the unequal distribution of success in academia. Surprisingly, this affects both women and men equally, despite women being more junior in all brokerage roles and lagging behind men's participation due to their late and slow arrival to physics. Because of its cumulative nature, promoting brokerage opportunities to early career scientists might help reduce the inequalities in academic success.
Autores: Jan Bachmann, Lisette Espín-Noboa, Gerardo Iñiguez, Fariba Karimi
Última atualização: 2024-07-16 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.11909
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.11909
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
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