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Desigualdades de Gênero na Ciência Acadêmica: Desafios e Soluções

Analisando as lacunas de gênero nas áreas científicas e estratégias pra melhorar isso.

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Diferenças de gênero em áreas acadêmicas como a física são um problema bem conhecido. Apesar do aumento no número de mulheres nessas áreas, elas ainda enfrentam desafios para compartilhar e aprender Conhecimento científico. Este artigo investiga como essas disparidades de gênero existem, focando nas redes de Colaboração entre cientistas e como isso pode afetar a distribuição do conhecimento.

A Situação Atual

Nos últimos anos, mais mulheres entraram no campo da ciência, especialmente em áreas como a física. No entanto, o aumento no número não significa que a igualdade de gênero foi alcançada. As mulheres ainda enfrentam várias desvantagens, como menor produtividade, desigualdade salarial e menos reconhecimento do que seus colegas homens.

Desafios para Mulheres na Ciência

Pesquisas mostram que as mulheres encontram muitos obstáculos que afetam seu engajamento na academia. Embora o número total de pesquisadoras tenha aumentado, muitas mulheres ainda não recebem o mesmo nível de crédito ou Oportunidades que os homens. Por exemplo, elas costumam ter menos colaborações, o que pode limitar o acesso ao conhecimento e a oportunidades futuras, como bolsas e posições de professor.

Na física, as mulheres representam apenas cerca de 15% da força de trabalho. Embora a porcentagem tenha aumentado lentamente ao longo do tempo, muitas barreiras, incluindo preconceitos históricos e pressões sociais, ainda estão em jogo. Essa diferença provavelmente vai persistir sem mudanças significativas em como as mulheres são tratadas nessas áreas.

Fluxo de Conhecimento e Colaboração

Adquirir e compartilhar conhecimento na ciência não é tão simples quanto parece. O conhecimento é moldado por relacionamentos e colaborações entre cientistas. As maneiras como os cientistas colaboram podem influenciar diretamente como o conhecimento é compartilhado e aprendido.

A premissa é que o conhecimento não está disponível livremente para todos; ele muitas vezes depende de conexões sociais e geográficas. Para realmente entender tópicos complexos na ciência, laços próximos com pessoas que têm mais conhecimento são frequentemente necessários. Essas colaborações ajudam os cientistas a aprender uns com os outros e expandir sua compreensão.

A Importância das Redes de Colaboração

As redes de colaboração mostram como os cientistas estão conectados através de seu trabalho. Essas conexões refletem as dinâmicas sociais que permitem que o conhecimento flua. Quando os cientistas coautoram artigos, eles formam uma rede onde o conhecimento pode se mover de uma pessoa para outra.

A maneira como essas redes evoluem ao longo do tempo pode afetar significativamente como o conhecimento se espalha. Para mulheres, fazer parte de uma rede menor, com menos colaborações, pode dificultar sua capacidade de acessar e compartilhar informações de forma eficaz.

Métodos de Pesquisa

Para analisar as disparidades de gênero na disseminação do conhecimento, Pesquisadores examinaram um grande conjunto de dados de publicações científicas que cobrem várias décadas. Ao criar uma rede que mostra como os cientistas colaboraram ao longo do tempo, eles conseguiram observar como o conhecimento se espalhou entre os autores.

O estudo teve como objetivo identificar se as mulheres enfrentavam atrasos na aquisição de conhecimento em comparação aos homens. Também avaliou se as mulheres levavam mais tempo do que os homens para compartilhar informações com outras pessoas em suas redes.

Observações dos Dados

Os dados mostraram que, em média, as mulheres tinham menos colaboradores do que os homens. Essa diferença desempenha um papel crítico na forma como o conhecimento é adquirido e compartilhado. As descobertas destacaram que, mesmo com o aumento no número de mulheres na área, a capacidade delas de acessar e compartilhar conhecimento continuava limitada.

Quando os pesquisadores modelaram como o conhecimento flui através das redes de colaboração, descobriram que, de modo geral, as mulheres experimentavam atrasos. Quando o conhecimento se espalhava a partir de homens, ele chegava a mais pessoas mais rapidamente do que quando começava de mulheres. Esse atraso significa que as mulheres podem perder oportunidades de participar de novas discussões e colaborações.

Avaliando a Justiça na Compartilhamento de Conhecimento

Dois aspectos principais foram analisados para avaliar a justiça no fluxo de conhecimento: aquisição e difusão. Aquisição refere-se à rapidez com que os indivíduos aprendem novas informações, enquanto difusão diz respeito à velocidade com que o conhecimento viaja de uma pessoa para outra.

Ao olhar para a maneira como o conhecimento foi compartilhado de forma justa, ficou evidente que as mulheres estavam atrasadas. Em situações onde o conhecimento começou a se espalhar a partir de um autor masculino, as mulheres eram alcançadas mais rapidamente do que quando a disseminação começava a partir de autoras femininas.

As métricas usadas para avaliar a justiça revelaram uma tendência consistente: o sistema favorecia os acadêmicos homens em relação às acadêmicas mulheres tanto na aquisição quanto no compartilhamento de conhecimento.

Diferenças de Gênero nos Padrões de Colaboração

Entender os padrões de colaboração é essencial para abordar essas disparidades. Os dados indicaram que as mulheres tendiam a colaborar menos frequentemente com um grupo diversificado de cientistas. Com o tempo, essa homofilia-ou a tendência de colaborar com indivíduos semelhantes-tornou-se mais pronunciada, o que isolou ainda mais as mulheres dentro da rede.

Esse padrão sugere que as conexões sociais desempenham um papel crucial na forma como o conhecimento é disseminado. Os homens são mais propensos a colaborar amplamente, permitindo que eles circulem o conhecimento mais amplamente. Em contraste, os padrões de colaboração das mulheres costumam restringir seu acesso à informação e limitar sua capacidade de espalhar o que sabem.

O Impacto do Tempo na Transferência de Conhecimento

Um fator adicional entra em cena ao considerar como o tempo influencia o compartilhamento de conhecimento. As mulheres normalmente entram no campo mais tarde do que os homens e muitas vezes têm carreiras mais curtas na academia. Essas questões temporais podem amplificar os desafios que enfrentam ao construir redes extensas.

A análise revelou que, mesmo com a diminuição da diferença de gênero, as dinâmicas de colaboração continuam a favorecer os homens. Portanto, focar apenas em aumentar o número de mulheres na ciência pode não ser suficiente para corrigir as disparidades existentes.

Consequências a Longo Prazo da Disparidade do Conhecimento

A diferença persistente na aquisição e disseminação de conhecimento pode levar a desvantagens a longo prazo para as mulheres no campo. Atrasos no acesso à informação podem dificultar o crescimento da carreira e limitar oportunidades para colaborações importantes.

Além disso, as redes formadas através de colaborações têm impactos duradouros na carreira de um cientista. Se as mulheres estão consistentemente de fora, podem perder avanços críticos, o que pode afetar suas trajetórias profissionais por anos.

Intervenções Sugeridas

Para abordar essas disparidades, é necessário olhar além de simplesmente aumentar o número de mulheres na ciência. Intervenções potenciais incluem promover colaborações diversificadas e abordar os fatores que levam as mulheres a deixar a academia.

Incentivar as mulheres a participar de uma ampla gama de projetos colaborativos pode ajudar a expandir suas redes e seu acesso ao conhecimento. Além disso, políticas voltadas para reter mulheres na academia podem ajudar a fechar a lacuna no compartilhamento de conhecimento.

Conclusão

As disparidades de gênero na ciência acadêmica são complexas e multifacetadas. A persistência dessas Desigualdades sugere que uma abordagem focada é necessária para incentivar a justiça na disseminação do conhecimento.

Simplesmente aumentar o número de pesquisadoras femininas provavelmente não produzirá oportunidades iguais na aquisição e compartilhamento de conhecimento. Compreender e abordar as dinâmicas da colaboração pode fornecer um caminho mais claro para alcançar maior justiça e diversidade na comunidade científica.

Esforços para promover a participação igual devem considerar os fatores subjacentes que afetam as experiências das mulheres na ciência. Ao fomentar ambientes que apoiem colaborações diversificadas e retenham acadêmicas, a comunidade acadêmica pode começar a enfrentar as questões sistêmicas que perpetuam as disparidades de gênero no compartilhamento de conhecimento.

Fonte original

Título: Gender disparities in the dissemination and acquisition of scientific knowledge

Resumo: Recent research has challenged the widespread belief that gender inequities in academia would disappear simply by increasing the number of women. More complex causes might be at play, embodied in the networked structure of scientific collaborations. Here, we aim to understand the structural inequality between male and female scholars in the dissemination of scientific knowledge. We use a large-scale dataset of academic publications from the American Physical Society (APS) to build a time-varying network of collaborations from 1970 to 2020. We model knowledge dissemination as a contagion process in which scientists become informed based on the propagation of knowledge through their collaborators. We quantify the fairness of the system in terms of how women acquire and diffuse knowledge compared to men. Our results indicate that knowledge acquisition and diffusion are slower for women than expected. We find that the main determinant of women's disadvantage is the gap in the cumulative number of collaborators, highlighting how time creates structural disadvantages that contribute to marginalize women in physics. Our work sheds light on how the dynamics of scientific collaborations shape gender disparities in knowledge dissemination and calls for a deeper understanding on how to intervene to improve fairness and diversity in the scientific community.

Autores: Chiara Zappalà, Luca Gallo, Jan Bachmann, Federico Battiston, Fariba Karimi

Última atualização: 2024-07-24 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2407.17441

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2407.17441

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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