Novas Descobertas sobre Como Percebemos o Toque
Um estudo revela como o toque visual afeta emoções e percepções, com diferenças de gênero.
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Índice
- Fatores que Influenciam a Percepção do Toque
- Diferenças de Gênero na Resposta ao Toque
- Limitações da Pesquisa Atual
- A Necessidade de um Novo Banco de Dados de Vídeos
- Criação do Banco de Dados de Vídeos
- Testando os Vídeos
- Reações Específicas de Gênero ao Toque
- Analisando a Qualidade Hedônica
- Importância do Banco de Dados
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Ver o toque pode nos contar muita coisa. Quando a gente assiste alguém sendo tocado, rapidamente percebemos detalhes importantes sobre o toque em si e como a pessoa pode estar se sentindo. Esse entendimento vem do nosso cérebro reagindo às informações visuais que vemos. Às vezes, as pessoas até sentem sensações no próprio corpo quando assistem outras sendo tocadas. Isso foi mostrado em vários estudos onde as áreas do cérebro relacionadas ao toque se ativam quando observamos outros sendo tocados.
Mas, enquanto sabemos que assistir ao toque pode nos afetar, ainda tem muita coisa que a gente não entende completamente. Não sabemos como processamos os detalhes específicos do que vemos quando se trata de toque ou como interpretamos sentimentos como medo ou excitação.
Fatores que Influenciam a Percepção do Toque
Vários fatores mudam como nos sentimos em relação ao toque que observamos. Por exemplo, ver alguém sentindo dor geralmente nos faz ter respostas empáticas mais fortes do que ao ver um toque neutro. A parte do corpo que está sendo tocada, como a pessoa está posicionada e quão real o toque parece também pode afetar nossos sentimentos.
Muitos estudos usam visuais que diferem de várias formas, tornando difícil determinar quais fatores específicos estão influenciando nossos sentimentos. Pesquisas mais focadas usando visuais controlados são necessárias para examinar como coisas como medo, excitação e resposta emocional moldam nossos sentimentos sobre o toque.
Diferenças de Gênero na Resposta ao Toque
Pesquisas mostraram que homens e mulheres podem reagir de maneira diferente ao ver alguém sentindo dor. Mulheres tendem a sentir mais ao assistir esses tipos de toque. Isso levanta questões sobre se homens e mulheres percebem o toque de forma diferente. Alguns estudos não encontraram diferenças significativas em como homens e mulheres avaliam vários aspectos do toque, mas pode haver diferenças ao olhar para tipos específicos de toque, como o toque doloroso.
Investigar como homens e mulheres avaliam diferentes aspectos do toque visual pode nos ajudar a entender melhor essas diferenças.
Limitações da Pesquisa Atual
A maioria das pesquisas atuais usou visuais simples, como uma mão sendo levemente tocada por um lápis. Embora esses sejam bons para estudar alguns efeitos básicos, eles não capturam como as experiências de toque podem ser complexas na vida real. Muitos estudos olham para o toque em um contexto social, focando em interações gerais em vez de detalhes sensoriais específicos. Isso mostra a necessidade de uma melhor coleção de visuais que reflitam uma ampla gama de experiências de toque.
A Necessidade de um Novo Banco de Dados de Vídeos
Para preencher essa lacuna, criamos um banco de dados de vídeos que mostra diferentes tipos de interações de toque. O Banco de Dados de Vídeos de Toque Validados (VTD) consiste em 90 vídeos mostrando duas mãos se engajando em várias interações táteis. Esses vídeos variam em como fazem as pessoas se sentirem-se são agradáveis, desagradáveis ou dolorosos. Nosso objetivo era criar um recurso confiável para estudar como processamos esses toques visualmente.
Criação do Banco de Dados de Vídeos
Os vídeos consistem em uma mão feminina vista de uma perspectiva em primeira pessoa contra um fundo escuro. Esses setups simples ajudam a manter o foco no toque em si. Nos asseguramos de cobrir uma gama de sentimentos, de neutros a dolorosos, com atenção cuidadosa a como as interações foram apresentadas.
Para vídeos neutros, usamos toques suaves com muito pouca pressão usando objetos seguros ou outra mão. Vídeos agradáveis mostraram toques suaves e lentos que pareciam confortantes. Vídeos desagradáveis e dolorosos apresentaram toques mais intensos, como o uso de uma seringa ou beliscando a pele. Cada vídeo foi elaborado para representar uma experiência distinta enquanto mantinha uma abordagem consistente na apresentação.
Testando os Vídeos
Para garantir que os vídeos funcionassem como planejado, recrutamos 350 participantes para avaliá-los. Os participantes foram convidados a classificar cada vídeo com base em como se sentiram sobre ele. Eles categorizaram os vídeos como neutros, agradáveis, desagradáveis ou dolorosos, e avaliaram a intensidade dessas sensações. Os participantes também avaliaram quanto de Ameaça ou excitação cada vídeo transmitiu.
A análise mostrou uma forte consistência nas classificações de excitação e ameaça, indicando que os vídeos capturaram efetivamente diferentes sentimentos. Ao comparar homens e mulheres, os homens tendiam a categorizar mais vídeos como neutros, enquanto as mulheres frequentemente os classificavam como dolorosos e relataram maior intensidade para vídeos dolorosos. Isso sugere que as mulheres têm uma resposta emocional mais forte a visuais de toque negativo.
Reações Específicas de Gênero ao Toque
Embora ambos os gêneros tenham avaliado a excitação de forma semelhante, as mulheres classificaram os vídeos como mais ameaçadores em geral e foram mais propensas a classificá-los como dolorosos. As mulheres também avaliaram vídeos dolorosos como mais intensos do que os homens. Essas descobertas indicam que as mulheres podem ser mais sensíveis a visuais que mostram experiências de toque negativo em comparação com os homens.
Analisando a Qualidade Hedônica
Nossa pesquisa nos permitiu examinar de perto como diferentes tipos de toque são percebidos. Por exemplo, descobrimos que toques agradáveis muitas vezes provocaram níveis mais altos de excitação. Toques dolorosos e desagradáveis também tiveram classificações semelhantes para excitação, mostrando como nossos sentimentos podem se sobrepor dependendo da natureza do toque.
Incluímos uma categoria neutra no banco de dados, permitindo comparações entre toques emocionais e neutros. Essa abordagem abrangente permite que os pesquisadores entendam mais sobre como diferentes tipos de toque afetam os indivíduos.
Importância do Banco de Dados
O VTD é um recurso valioso para estudar como percebemos o toque. Inclui uma ampla variedade de vídeos que podem ajudar os pesquisadores a investigar como as pessoas respondem a diferentes tipos de toque, além de experiências apenas neutras ou dolorosas.
Ao incluir vários tipos de toque no banco de dados-tanto agradáveis quanto desagradáveis-podemos entender melhor nossas Respostas Emocionais e físicas a experiências de toque visuais.
Conclusão
Resumindo, nosso estudo mostra que podemos explorar sistematicamente como percebemos o toque através de um banco de dados de vídeos bem organizado. A inclusão de múltiplos tipos de interações táteis com detalhes visuais próximos permite uma compreensão mais profunda de como o toque influencia nossos sentimentos e reações. As descobertas enfatizam que existem diferenças de gênero na avaliação do toque observado, particularmente em contextos dolorosos.
À medida que os pesquisadores continuam a estudar a percepção do toque visual, o acesso a uma variedade de vídeos ajudará a descobrir as maneiras sutis como o toque impacta nossas emoções e pensamentos. O VTD se estabelece como uma ferramenta importante para essas investigações e visa aprimorar nossa compreensão do toque visual.
Ao examinar esses aspectos sob a ótica do toque visual, abrimos a porta para uma conversa mais ampla sobre nossas experiências sensoriais e como elas afetam nossas interações no dia a dia.
Título: The validated touch-video database
Resumo: Visually observing a touch quickly reveals who is being touched, how it might feel, and the broader social or emotional context, shaping our interpretation of such interactions. Exploring these different dimensions is crucial for understanding how we process tactile experiences in ourselves and empathise with others. However, much of the existing research on visual touch perception has relied on simplified or static stimuli, which fail to capture the dynamic complexity of real-world tactile interactions. To address this, we introduce the Validated Touch-Video Database (VTD), a set of 90 videos depicting tactile interactions with a stationary left hand, viewed from a first-person perspective. In each video, a second hand makes contact either directly (e.g., with fingers or an open palm) or using an object (e.g., a soft brush or scissors), with variations across dimensions such as arousal, threat, hedonic qualities, touch type, and the object used. Validation by 350 participants (283 women, 66 men, 1 non-binary) involved categorising the videos as neutral, pleasant, unpleasant, or painful and rating levels of arousal and threat. Our findings reveal high inter-subject agreement, with painful touch eliciting the highest arousal and threat ratings, while neutral touch served as a baseline. Women rated the videos as more threatening and painful compared to men, suggesting potential gender differences in assessing touch stimuli with negative valence. The VTD provides a comprehensive resource for researchers investigating the sensory and emotional dimensions of observed touch.
Autores: Sophie Smit, A. N. Rich
Última atualização: 2024-10-12 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.10.31.565058
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2023.10.31.565058.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
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