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# Ciências da saúde# HIV/AIDS

Novas Perspectivas sobre a Persistência do HIV em Uganda

Pesquisas mostram padrões únicos de latência do HIV em Uganda, destacando diferenças de gênero.

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O HIV é um vírus que afeta o sistema imunológico e pode levar à AIDS se não for tratado. Quem tem HIV precisa tomar remédios chamados terapia antirretroviral (TAR) pra ajudar a controlar o vírus. Essa terapia impede que o vírus se multiplique e mantém o sistema imunológico funcionando melhor. Mas, mesmo com a TAR, um pouco de HIV ainda pode ficar no corpo, se escondendo em algumas células imunes.

Reservatório Viral Latente

Uma das razões pela qual o HIV pode persistir é um grupo de células imunes conhecido como reservatório viral latente (RVL). Essas são principalmente células T CD4+ de memória em repouso, que podem ficar no corpo por bastante tempo. Essas células são encontradas não só no sangue, mas também em vários tecidos. Enquanto a TAR ajuda a parar novas infecções, ela não elimina o vírus que já se integrou nessas células. Como resultado, o RVL pode continuar a crescer ao longo do tempo, o que torna difícil se livrar completamente do vírus.

O Desafio de Erradicar o HIV

Eliminar o RVL através da TAR padrão pode levar muitos anos – estimativas sugerem cerca de 75 anos ou mais. Esse tempo longo significa que, para muitos, o HIV se torna uma condição vitalícia. Enquanto a pesquisa sobre o RVL tem se concentrado em pessoas de países ricos, a maioria das pessoas vivendo com HIV está na África.

Pesquisa em Uganda

Estudos recentes analisaram de perto o RVL em Uganda, onde pesquisadores descobriram que os níveis de RVL competente para replicação (RC-RVL) eram significativamente mais baixos do que o observado na América do Norte. Essa descoberta levanta questões sobre por que há diferenças entre essas populações. Uma ideia é que o RVL pode diminuir mais rápido em ugandenses.

Pra investigar isso, pesquisadores realizaram um estudo de 2015 a 2020, coletando amostras de sangue de ugandenses que já estavam com a carga viral suprimida-sua carga viral estava bem baixa devido ao uso constante da TAR. Uma mudança no tratamento aconteceu em 2018, quando um novo tipo de TAR foi introduzido em Uganda, usando medicamentos conhecidos como inibidores de transferência de fita de integrase (INSTI). Essa mudança ofereceu uma chance de explorar seus efeitos no RVL.

Participantes do Estudo

O estudo incluiu indivíduos dos Distritos de Rakai e Kyotera em Uganda. Os participantes precisavam estar em TAR por pelo menos 18 meses e manter uma carga viral baixa. Os participantes iniciais foram inscritos em 2015, seguidos por outros em 2016. As amostras de sangue coletadas durante o estudo foram processadas pra isolar diferentes células imunes pra análise.

Os pesquisadores usaram um método chamado ensaio de crescimento viral quantitativo (QVOA) pra medir a quantidade de HIV competente pra replicação nessas amostras. Esse método ajuda a estimar quantas unidades infecciosas estão presentes em um milhão de células T CD4+ de memória em repouso.

Mudanças Depois da Mudança de Tratamento

Depois da mudança para o novo regime de TAR, os pesquisadores analisaram quaisquer mudanças no RC-RVL ao longo do tempo. Eles coletaram dados antes e depois da introdução do novo regime. Uma observação interessante foi que o tamanho do RC-RVL aumentou temporariamente após a mudança para o novo tratamento.

Inicialmente, o estudo descobriu que o RC-RVL parecia estar aumentando logo após o início da nova TAR. Isso foi surpreendente porque a expectativa era que o novo tratamento ajudasse a reduzir os níveis do reservatório. No entanto, foi notado que muitos participantes mostraram níveis mais altos de RC-RVL logo após a troca de tratamentos.

Análise Longitudinal

Pra entender melhor as mudanças, os pesquisadores analisaram dados de todos os participantes ao longo do tempo. Eles viram que, antes da mudança pra nova TAR, o RC-RVL estava diminuindo gradualmente. Mas logo após o início do novo tratamento, os reservatórios cresceram. Após cerca de um ano, no entanto, os níveis começaram a cair novamente.

Os resultados indicaram que o aumento inicial no RC-RVL pode ser um efeito temporário. Os pesquisadores apontaram que esse padrão não era consistente com a evolução viral a longo prazo, sugerindo que o aumento não estava ligado à replicação contínua do vírus.

Diferenças de Gênero

A maioria dos participantes do estudo era mulher. Os pesquisadores notaram que as mulheres tinham níveis de RC-RVL mais baixos em comparação com os homens, o que apoia outras descobertas que mostram diferenças de gênero em como o vírus se comporta no corpo. Esse aspecto importa porque pode influenciar as estratégias de tratamento e manejo para várias populações afetadas pelo HIV.

Implicações para Pesquisas Futuras

O aumento temporário no RC-RVL após o início do novo tratamento levanta questões sobre seus potenciais efeitos no manejo do HIV. Se esse padrão se mantiver em diferentes populações, pode impactar como os profissionais de saúde abordam o tratamento e estratégias de cura para o HIV.

É crucial que os pesquisadores determinem se esse aumento temporário ocorre em outros grupos que mudam pra tratamentos similares. Entender se essa mudança reflete um verdadeiro aumento no tamanho do reservatório ou indica uma mudança no tipo de células infectadas latentemente é vital. Isso pode ter implicações significativas pra encontrar maneiras eficazes de tratar e possivelmente curar o HIV.

Conclusão

A luta contra o HIV continua desafiadora, especialmente em entender como o vírus pode persistir mesmo com a TAR. A pesquisa realizada em Uganda oferece insights valiosos sobre o comportamento do vírus em uma demografia diferente comparada à América do Norte. As descobertas destacam a necessidade de estudos contínuos pra explorar as complexidades do tratamento do HIV, o papel do gênero e a natureza do reservatório viral latente. Com uma melhor compreensão, os profissionais de saúde podem desenvolver estratégias mais eficazes pra gerenciar e possivelmente erradicar o HIV no futuro.

Fonte original

Título: Temporary increase in circulating replication-competent latent HIV-infected resting CD4+ T cells after switch to an integrase inhibitor based antiretroviral regiment

Resumo: The principal barrier to an HIV cure is the presence of a latent viral reservoir (LVR) made up primarily of latently infected resting CD4+ (rCD4) T-cells. Studies in the United States have shown that the LVR decays slowly (half-life=3.8 years), but this rate in African populations has been understudied. This study examined longitudinal changes in the inducible replication competent LVR (RC-LVR) of ART-suppressed Ugandans living with HIV (n=88) from 2015-2020 using the quantitative viral outgrowth assay, which measures infectious units per million (IUPM) rCD4 T-cells. In addition, outgrowth viruses were examined with site-directed next-generation sequencing to assess for possible ongoing viral evolution. During the study period (2018-19), Uganda instituted a nationwide rollout of first-line ART consisting of Dolutegravir (DTG) with two NRTI, which replaced the previous regimen that consisted of one NNRTI and the same two NRTI. Changes in the RC-LVR were analyzed using two versions of a novel Bayesian model that estimated the decay rate over time on ART as a single, linear rate (model A) or allowing for an inflection at time of DTG initiation (model B). Model A estimated the population-level slope of RC-LVR change as a non-significant positive increase. This positive slope was due to a temporary increase in the RC-LVR that occurred 0-12 months post-DTG initiation (p

Autores: Andrew Davidson Redd, R.-C. Ferreira, S. Reynolds, A. Capoferri, O. Baker, E. Brown, E. Klock, J. Miller, J. Lai, S. Saraf, C. Kirby, B. Lynch, J. Hackman, S. Gowanlock, S. Tomusange, S. Jamiru, A. Anok, T. Kityamuweesi, P. Buule, D. Bruno, C. Martens, R. Rose, S. Lamers, R. Galiwango, A. Poon, T. Quinn, J. Prodger

Última atualização: 2023-05-16 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.05.12.23289896

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.05.12.23289896.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/

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