Monitorando Variantes da COVID-19 Através da Análise de Esgoto
Rastreando as mudanças do SARS-CoV-2 usando amostras de esgoto para a saúde pública.
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Índice
- Programa GenomeTrakr
- Vigilância de Águas Residuais
- Métodos de Laboratório
- Controle de Qualidade
- Estruturação e Compartilhamento de Dados
- Painel Interativo
- Exercício Piloto e Participação dos Laboratórios
- Coleta e Análise de Amostras
- Qualidade dos Dados de Sequenciamento
- Análise de Variantes
- Tempo de Resposta
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Os vírus, incluindo o SARS-CoV-2 que causa COVID-19, mudam com o tempo. Eles pegam mudanças aleatórias no seu código genético, levando a novas variantes. Pra acompanhar essas mudanças, os cientistas começaram a usar um método chamado sequenciamento genômico, que analisa todo o material genético do vírus. Esse método é especialmente útil quando novas variantes do vírus podem se espalhar mais rápido, causar sintomas diferentes ou driblar vacinas.
No início de 2021, apareceram as primeiras variantes notáveis do SARS-CoV-2. Algumas delas incluíram as variantes Alpha, Beta e Gamma. Com o surgimento dessas variantes, apenas testar a presença do vírus não era suficiente. Os cientistas precisavam de sequências genômicas completas pra identificar e monitorar essas novas cepas.
Programa GenomeTrakr
A FDA criou um programa chamado GenomeTrakr, que monitora a genética de patógenos, incluindo vírus como o SARS-CoV-2. Esse programa, que tá em funcionamento desde 2012, colabora com várias agências de saúde pra garantir a segurança alimentar e investigar surtos de doenças. A rede conta com muitos laboratórios de saúde espalhados pelos Estados Unidos, todos prontos pra fazer sequenciamento de patógenos.
Embora o SARS-CoV-2 não cause doenças transmitidas por alimentos, a rede GenomeTrakr foi usada pra analisar águas residuais e ajudar a rastrear a disseminação do vírus. As águas residuais podem revelar a presença do vírus em uma população mesmo antes das pessoas infectadas apresentarem sintomas. Isso permite uma detecção precoce de novas variantes.
Vigilância de Águas Residuais
A partir de 2021, a FDA usou a rede GenomeTrakr pra estabelecer um programa de monitoramento de esgoto. Isso envolveu coletar amostras de sistemas de esgoto, especialmente em áreas com muitos trabalhadores da agricultura e alimentação. O objetivo era coletar regularmente amostras de águas residuais pra SARS-CoV-2 e analisá-las por meio de sequenciamento genômico.
Pra fazer isso, várias etapas foram necessárias, incluindo financiamento de laboratórios, desenvolvimento de novos métodos laboratoriais e estabelecimento de diretrizes pra compartilhamento de dados. Os laboratórios selecionaram locais pra coleta de águas residuais e analisaram o material genético encontrado nas amostras. Até outubro de 2021, eles já tinham coletado e estudado o material genético do vírus a partir dessas amostras.
Métodos de Laboratório
No início do projeto, os laboratórios precisavam desenvolver métodos pra extrair e sequenciar o SARS-CoV-2 das águas residuais. Técnicas existentes pra testar amostras clínicas foram adaptadas pra essas amostras ambientais. Uma coleção de protocolos cobrindo todo o processo foi criada, desde a coleta das amostras até a análise e compartilhamento dos dados.
Medidas de Controle de Qualidade foram implementadas pra garantir que os dados de sequenciamento fossem precisos e confiáveis. Os laboratórios tinham que atender a padrões específicos durante o processamento das amostras de águas residuais pra garantir que os dados resultantes pudessem ser utilizados de forma eficaz.
Controle de Qualidade
O controle de qualidade é crucial pra qualquer processo científico. Pra esse projeto, os laboratórios tiveram que ter checagens de qualidade eficazes em várias etapas do fluxo de trabalho. Amostras que não mostraram nenhum RNA do SARS-CoV-2 foram descartadas. As que mostraram qualquer presença do vírus foram levadas adiante nas próximas etapas do processo.
A qualidade dos dados de sequenciamento foi monitorada usando métricas específicas. Os laboratórios eram obrigados a atender padrões estabelecidos pra que seus dados fossem considerados confiáveis. Várias checagens garantiram que dados de baixa qualidade não fossem submetidos.
Estruturação e Compartilhamento de Dados
Todos os dados de sequenciamento genético foram armazenados em um formato estruturado pra facilitar comparação e compartilhamento. Um modelo padrão de dados foi desenvolvido pra garantir consistência em todas as submissões. Esse modelo capturou vários detalhes, incluindo métodos usados pra coleta de amostras, extração de material genético e técnicas de sequenciamento.
Cada laboratório enviou seus dados de sequenciamento pra um banco de dados comum, permitindo uma visão detalhada das mudanças genéticas do vírus ao longo do tempo.
Painel Interativo
Pra apresentar os dados de forma eficaz, foi criado um painel interativo. Essa ferramenta amigável permitiu que autoridades de saúde e o público visualizassem os dados coletados das amostras de águas residuais. O painel forneceu atualizações em tempo real sobre variantes do vírus detectadas em diferentes áreas e destacou tendências ao longo do tempo.
Os usuários podiam filtrar os dados com base em vários fatores, como localização e laboratório, tornando as informações facilmente acessíveis. O painel também mostrava quantas amostras foram coletadas e processadas, oferecendo uma visão abrangente do impacto do projeto.
Exercício Piloto e Participação dos Laboratórios
Antes de lançar o projeto totalmente, foi feito um exercício piloto. Os laboratórios receberam amostras brutas de águas residuais pra testar seus métodos. Isso garantiu que todas as instituições participantes pudessem processar amostras de forma consistente e atender aos padrões de qualidade.
Vinte laboratórios participaram desse projeto, avaliando águas residuais em diversos locais pelo país. Cada laboratório teve que selecionar locais específicos de águas residuais, permitindo que eles capturassem dados diversos sobre a presença do vírus em diferentes comunidades.
Coleta e Análise de Amostras
Começando em setembro de 2021, os laboratórios começaram a coletar amostras de águas residuais de forma sistemática. Eles coletaram e testaram mais de 3.400 amostras, que foram examinadas quanto à presença do SARS-CoV-2. Uma parte dessas amostras passou por sequenciamento genômico.
A ênfase na coleta sistemática e aleatória permitiu a coleta de dados relevantes de várias regiões. Essa abordagem ampla ajudou a fornecer um quadro abrangente de como o vírus estava se espalhando na comunidade ao longo do tempo.
Qualidade dos Dados de Sequenciamento
À medida que as amostras eram processadas, variações na qualidade dos dados surgiram. Diferentes laboratórios usaram vários métodos, resultando em uma gama de qualidade de sequenciamento. Muitas amostras produziram dados de sequenciamento de alta qualidade, enquanto outras não atenderam aos padrões do projeto.
Pra garantir confiabilidade, os laboratórios enviaram seus dados de sequenciamento junto com avaliações de controle de qualidade. O monitoramento contínuo ajudou a identificar qualquer problema logo no início, permitindo melhorias nos processos laboratoriais.
Análise de Variantes
Através do painel, o público podia ver como diferentes variantes do SARS-CoV-2 surgiram ao longo do tempo. À medida que novas amostras eram processadas, as visualizações de dados eram atualizadas pra refletir as tendências atuais. Isso permitiu que os oficiais de saúde rastreassem a circulação de variantes significativas e seus potenciais impactos na saúde pública.
A análise focou na identificação da abundância relativa de diferentes variantes e sublinhagens. Os dados mostraram como certas variantes substituiram outras, destacando a natureza em evolução do vírus.
Tempo de Resposta
Um dos principais objetivos do projeto de vigilância era fornecer resultados rápidos para as necessidades de saúde pública. O tempo que levava desde a coleta das amostras até a liberação dos dados variava significativamente entre os laboratórios.
Alguns laboratórios processaram amostras rapidamente, enquanto outros enfrentaram atrasos devido à falta de recursos e problemas operacionais. Acompanhar esse tempo de resposta foi essencial pra entender quão rápido os dados poderiam ser disponibilizados pra informar as respostas de saúde.
Conclusão
Esse projeto ilustrou o potencial de usar águas residuais como uma ferramenta pra vigilância em saúde pública. A colaboração entre múltiplos laboratórios permitiu uma análise rápida e detalhada das variantes do SARS-CoV-2.
Apesar dos desafios, incluindo se adaptar às mudanças contínuas na composição genética do vírus, a abordagem se mostrou eficaz. As lições aprendidas podem servir como um modelo pra futuras iniciativas de saúde pública que requerem dados rápidos e confiáveis sobre a disseminação de patógenos.
Ao investir na capacidade laboratorial e estabelecer protocolos eficazes de compartilhamento de dados, os esforços de vigilância podem ser aprimorados pra detectar e responder a novas ameaças à saúde. O sucesso desse programa destaca a importância da coleta e análise rápidas de dados na gestão de crises de saúde pública.
No geral, os esforços contínuos na vigilância de águas residuais continuarão a desempenhar um papel essencial na monitorização de patógenos e na proteção da saúde pública. Os insights obtidos a partir desse projeto podem guiar futuras estratégias não apenas para o SARS-CoV-2, mas também para outros patógenos que representam riscos para as comunidades.
Título: SARS-CoV-2 wastewater variant surveillance: pandemic response leveraging FDA's GenomeTrakr network
Resumo: Wastewater surveillance has emerged as a crucial public health tool for population-level pathogen surveillance. Supported by funding from the American Rescue Plan Act of 2021, the FDAs genomic epidemiology program, GenomeTrakr, was leveraged to sequence SARS-CoV-2 from wastewater sites across the United States. This initiative required the evaluation, optimization, development, and publication of new methods and analytical tools spanning sample collection through variant analyses. Version-controlled protocols for each step of the process were developed and published on protocols.io. A custom data analysis tool and a publicly accessible dashboard were built to facilitate real-time visualization of the collected data, focusing on the relative abundance of SARS-CoV-2 variants and sub-lineages across different samples and sites throughout the project. From September 2021 through June 2023, a total of 3,389 wastewater samples were collected, with 2,517 undergoing sequencing and submission to NCBI under the umbrella BioProject, PRJNA757291. Sequence data were released with explicit quality control (QC) tags on all sequence records, communicating our confidence in the quality of data. Variant analysis revealed wide circulation of Delta in the fall of 2021 and captured the sweep of Omicron and subsequent diversification of this lineage through the end of the sampling period. This project successfully achieved two important goals for the FDAs GenomeTrakr program: first, contributing timely genomic data for the SARS-CoV-2 pandemic response, and second, establishing both capacity and best practices for culture-independent, population-level environmental surveillance for other pathogens of interest to the FDA. IMPORTANCEThis manuscript serves two primary objectives. Firstly, it summarizes the genomic and contextual data collected during a Covid-19 pandemic response project, which utilized the FDAs laboratory network, traditionally employed for sequencing foodborne pathogens, for sequencing SARS-CoV-2 from wastewater samples. Secondly, it outlines best practices for gathering and organizing population-level Next Generation Sequencing (NGS) data collected for culture-free, surveillance of pathogens sourced from environmental samples.
Autores: Ruth E Timme, J. Woods, J. L. Jones, K. R. Calci, R. Rodriguez, C. Barnes, E. J. Hyde-Leard, M. Craven, H. Chen, C. Boerner, C. J. Grim, A. Windsor, P. Ramachandran, T. Muruvanda, H. Rand, B. Tesfaldet, J. Amirzadegan, T. Kayikcioglu, T. Walsky, M. W. Allard, M. Balkey, C. H. Bias, E. Brown, K. Judy, T. Lusk Pfefer, S. M. Tallent, M. Hoffmann, J. Pettengill, GenomeTrakr Laboratory Consortium
Última atualização: 2024-01-11 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.10.24301101
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.01.10.24301101.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/publicdomain/zero/1.0/
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