Novas Descobertas sobre Diabetes e Risco de Doenças Cardíacas
Pesquisas mostram diferenças no risco de doenças cardíacas entre homens e mulheres com diabetes.
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Índice
Diabetes e níveis altos de açúcar no sangue estão se tornando mais comuns no mundo todo. Essas condições podem levar a problemas de saúde sérios, especialmente doenças cardíacas. Sabe-se que homens e mulheres com diabetes enfrentam diferentes níveis de risco quando se trata de problemas cardíacos, mas ainda não está claro o que causa essas diferenças. Além disso, não se sabe se homens e mulheres que têm açúcar no sangue ligeiramente alto, mas não o suficiente para serem diagnosticados com diabetes, também estão em risco de doenças cardíacas. Pesquisar como os Níveis de Açúcar no Sangue se relacionam com doenças cardíacas entre os sexos pode ajudar a revelar fatores importantes em jogo.
Estudos mostraram que mulheres com diabetes enfrentam um risco maior de doenças cardíacas em comparação com homens. Para as mulheres, o risco pode ser de duas a três vezes maior, enquanto para os homens é de uma a duas vezes maior. Mesmo após considerar vários outros fatores de saúde, esse risco maior para as mulheres tende a permanecer. No entanto, os achados podem ser difíceis de interpretar porque diferentes estudos usam métodos variados e se concentram em diferentes resultados. Algumas evidências recentes sugerem que o risco de problemas cardíacos pode variar de acordo com o tipo de problema cardíaco-mulheres podem ter menos risco para condições como insuficiência cardíaca ou AVC em comparação aos homens. Essas diferenças podem estar ligadas a quão bem cada gênero é diagnosticado, tratado e gerenciado para a saúde do coração. Descobrir quais fatores contribuem para essas diferenças pode ajudar a criar diretrizes de tratamento melhores para o diabetes.
Para investigar isso, os pesquisadores queriam estudar os riscos de doenças cardíacas para homens e mulheres com diferentes níveis de açúcar no sangue.
Visão Geral do Estudo
Essa pesquisa envolveu um grande grupo de participantes do UK Biobank, que incluiu centenas de milhares de homens e mulheres entre 40 e 69 anos. Os participantes foram avaliados em relação a vários fatores, como estilo de vida, histórico médico e níveis de açúcar no sangue. Aqueles com diabetes tipo 1 foram excluídos da análise.
Todos os participantes tiveram seus níveis de açúcar no sangue medidos e foram categorizados com base em seus resultados: baixo-normal, normal, pré-diabetes, diabetes não diagnosticada e diabetes diagnosticada. Os pesquisadores acompanharam ocorrências de vários problemas cardíacos, incluindo doença arterial coronariana, problemas de ritmo cardíaco, coágulos sanguíneos, AVCs e insuficiência cardíaca ao longo de vários anos.
O estudo tinha como objetivo identificar os fatores de estilo de vida e de saúde que poderiam influenciar a relação entre os níveis de açúcar no sangue e doenças cardíacas, especialmente com foco nas diferenças entre homens e mulheres.
Principais Descobertas
Depois de acompanhar os participantes por cerca de 12 anos, um número substancial teve eventos relacionados ao coração. Os homens tinham uma taxa geral de doenças cardíacas maior do que as mulheres em todas as categorias de níveis de açúcar no sangue. Tanto homens quanto mulheres com pré-diabetes ou diabetes diagnosticada estavam em maior risco de doenças cardíacas em comparação com aqueles com níveis normais de açúcar no sangue, sendo que o risco era mais significativo para as mulheres.
Curiosamente, aqueles com níveis de açúcar no sangue baixo-normal tinham um risco menor de doenças cardíacas em comparação com aqueles com níveis normais. Essa descoberta desafia crenças anteriores de que açúcar no sangue mais baixo poderia levar a piores resultados de saúde.
Ao olhar de perto os dados, foi descoberto que fatores como Obesidade e o uso de medicamentos para controlar a pressão arterial e o colesterol desempenhavam um grande papel no aumento do risco de doenças cardíacas associado ao açúcar alto. Depois de ajustar esses fatores, as diferenças no risco de doenças cardíacas entre homens e mulheres desapareceram na maioria.
Detalhes da População do Estudo
De quase meio milhão de participantes, cerca de 427.000 foram incluídos na análise final. Os participantes do estudo mostraram perfis de saúde variados com base em seus níveis de açúcar no sangue. Aqueles com níveis mais altos de açúcar no sangue tendiam a ter pesos corporais mais altos, pior função renal e mais casos de hipertensão.
Mulheres com diabetes mostraram fatores de risco mais significativos em comparação com os homens. Elas tinham taxas mais altas de obesidade e eram menos propensas a usar medicamentos para gerenciar a pressão arterial e o colesterol de forma eficaz.
Risco de Doenças Cardíacas com Base nos Níveis de Açúcar no Sangue
O estudo revelou que tanto homens quanto mulheres com níveis mais altos de açúcar no sangue, mesmo aqueles abaixo do limite para diabetes, estavam em maior risco de doenças cardíacas. O risco foi particularmente notável para aqueles com diabetes diagnosticada, que continuaram em maior risco mesmo após considerar outros fatores de saúde.
Enquanto homens e mulheres com pré-diabetes e diabetes não diagnosticada tinham riscos observados mais altos em comparação com aqueles com açúcar normal, esse risco diminuiu após ajustes para fatores de estilo de vida e clínicos. Em análises específicas de resultado, homens com pré-diabetes ou diabetes não diagnosticada continuaram a mostrar um risco maior de doença arterial coronariana.
Importância dos Fatores de Estilo de Vida
A análise destacou que fatores de estilo de vida, como peso e uso de medicamentos, foram significativos para explicar os riscos associados aos diferentes níveis de açúcar no sangue. O estudo enfatizou que, embora o diabetes diagnosticado levasse a altos riscos para doenças cardíacas, grande parte do risco excessivo poderia ser atribuída a fatores como obesidade e a falta do uso apropriado de medicamentos para reduzir o risco de doenças cardíacas.
Ele também descobriu que a maior parte do efeito do açúcar alto sobre o risco de doenças cardíacas poderia ser explicada por essas características de estilo de vida e clínicas.
Limitações e Forças do Estudo
Os pesquisadores reconheceram que seu estudo tinha limitações, como o foco em uma população mais saudável, que poderia afetar as taxas gerais de doenças cardíacas observadas. Apesar disso, as relações encontradas entre os níveis de açúcar no sangue e o risco de doenças cardíacas são provavelmente confiáveis.
O estudo também se beneficiou de um grande tamanho de amostra e coleta de dados diversificada, permitindo uma visão mais abrangente de como diferentes fatores de saúde interagem com o diabetes e o risco de doenças cardíacas.
Conclusão
Em conclusão, este estudo lança luz sobre a relação entre os níveis de açúcar no sangue e o risco de doenças cardíacas, destacando particularmente as diferenças entre homens e mulheres. Ele enfatiza a necessidade de melhores estratégias de manejo para o diabetes que considerem essas diferenças de sexo.
Abordar fatores de risco como obesidade e melhorar o acesso a medicamentos para doenças cardíacas poderia ajudar a reduzir a diferença no risco de doenças cardíacas entre homens e mulheres com diabetes. Os achados sugerem que a atenção a fatores de estilo de vida pode ter um impacto significativo na redução do risco de doenças cardíacas em diversos níveis de açúcar no sangue, mesmo antes de chegar ao ponto do diabetes.
Essa pesquisa sublinha a importância de olhar além dos níveis de açúcar no sangue no manejo do diabetes e considerar o quadro mais amplo da saúde do coração para melhorar os resultados para todos os indivíduos.
Título: Sex-specific risks for cardiovascular disease across the glycaemic spectrum: a population-based cohort study using the UK Biobank
Resumo: BackgroundWe sought to examine sex-specific risks for incident cardiovascular disease (CVD) across the full glycaemic spectrum. MethodsUsing data from UK Biobank, we categorised participants glycosylated haemoglobin (HbA1c) at baseline as low-normal (
Autores: Christopher T Rentsch, V. T. Garfield, R. Mathur, S. V. Eastwood, L. Smeeth, N. Chaturvedi, K. Bhaskaran
Última atualização: 2023-03-17 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.16.23287310
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.16.23287310.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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