Analisando Mortes a Mais: Insights de Dados Globais
Esse artigo analisa as mortes em excesso em vários países usando métodos inovadores.
― 7 min ler
Índice
- Metodologia do Cálculo de Mortes em Excesso
- Aplicando a Abordagem do Multiverso
- Variabilidade nas Estimativas
- Comparações de Países em Mortes em Excesso
- Padrões de Tempo na Mortalidade
- Mudanças em Períodos Projetados
- Diferenças Entre Países
- Limitações e Pesquisas Futuras
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Calcular as Mortes em Excesso é uma maneira útil de ver como as taxas de morte mudam com o tempo em diferentes países. Esse método compara o total de mortes com o que seria normalmente esperado, considerando tendências passadas. Ele leva em conta vários fatores, como problemas de saúde, qualidade do atendimento médico, escolhas de estilo de vida e desastres naturais que podem influenciar quantas pessoas morrem em um determinado ano. Mas, diferentes pesquisadores costumam chegar a estimativas bem diferentes para o mesmo país e ano, e isso pode gerar debates. As discordâncias surgem principalmente porque não existe um método universal para calcular essas mortes em excesso.
Metodologia do Cálculo de Mortes em Excesso
Para calcular as mortes em excesso, os pesquisadores precisam escolher um período de referência para ver qual deveria ser o número esperado de mortes. Eles também precisam escolher um período projetado onde vão comparar as mortes reais com o número esperado. Muitas vezes rola confusão sobre quais padrões de tempo aplicar - se espera-se que as taxas de morte subam ou desçam e quão rápido isso pode acontecer. As escolhas feitas podem mudar muito os números finais de mortes em excesso.
Uma maneira útil de lidar com essa variabilidade é olhar todos os resultados possíveis mudando as escolhas analíticas feitas nos cálculos. Isso às vezes é chamado de "Análise do Multiverso." Os pesquisadores podem testar centenas ou até milhões de opções diferentes, focando em várias maneiras de tratar os dados. Ao examinar uma ampla gama de cenários, dá pra entender quão sensíveis os resultados são a diferentes escolhas.
Aplicando a Abordagem do Multiverso
Essa abordagem foi aplicada para estudar 33 países ricos, que têm sistemas de registro de mortes confiáveis no mundo todo, durante um período específico de 2009 a 2021. O objetivo era ver como esse método poderia fornecer insights sobre como os padrões de mortalidade mudam em diferentes países ao longo dos anos. A abordagem do multiverso foca em comparar países ao invés de gerar números exatos de mortes em excesso. No entanto, também pode produzir estimativas reais de mortes em excesso durante períodos específicos, como a pandemia.
Variabilidade nas Estimativas
As estimativas de mortes em excesso podem variar bastante dependendo de quais anos são escolhidos como pontos de referência. Os pesquisadores analisaram todos os anos consecutivos de 2009 a 2019 para esses cálculos. Conjuntos diferentes de anos podem fornecer estimativas de mortes em excesso bem diferentes para os anos da pandemia de 2020 e 2021. Ao olhar para valores médios, os pesquisadores encontraram correlações fortes entre as escolhas feitas, mas houve menos correlação com outros valores, como desvios padrão.
Comparações de Países em Mortes em Excesso
Apesar das grandes diferenças nas estimativas absolutas, os rankings dos países baseados em mortes em excesso permaneceram mostly estáveis. Durante os anos da pandemia, os EUA tiveram constantemente as taxas mais altas de mortes em excesso entre os países estudados. Em contraste, países como a Coreia do Sul tiveram as taxas mais baixas. Países da Europa Oriental frequentemente mostraram altas taxas de morte em excesso também, enquanto países como Austrália e Nova Zelândia geralmente estavam entre os mais baixos. Os rankings tendiam a se manter em diferentes análises, mostrando que enquanto os números exatos podem mudar, a posição relativa de cada país muitas vezes continua a mesma.
Padrões de Tempo na Mortalidade
Ao olhar para os padrões de tempo das mortes, os pesquisadores mapearam as tendências de mortalidade em cada um dos países usando vários pontos de referência. Embora houvesse estimativas variadas para cada ano, o ranking dos anos dentro de cada país permaneceu majoritariamente consistente. A maioria dos países viu uma queda nas taxas de mortalidade gerais nos anos que levaram à pandemia, mas os EUA mostraram apenas mudanças mínimas.
Durante os anos da pandemia, os EUA experimentaram um aumento significativo nas mortes em excesso, enquanto muitos outros países da Europa Ocidental tiveram menos interrupções. Alguns países, especialmente na Escandinávia, continuaram a ver uma queda nas taxas de mortalidade, apesar da pandemia. Os padrões sugerem que vários fatores sociais e Sistemas de Saúde desempenham papéis importantes nesses resultados.
Mudanças em Períodos Projetados
Ajustar os períodos projetados de interesse de um para quatro anos também afetou as estimativas de mortes em excesso. Com períodos mais longos, a faixa de mortes em excesso entre os países começou a diminuir. Em alguns países, as diferenças se tornaram menos pronunciadas com o tempo, sugerindo que números mais altos de mortes em excesso poderiam afetar principalmente pessoas com expectativas de vida mais curtas.
Por exemplo, em países onde houve aumentos significativos nas mortes em excesso durante a pandemia, esses números caíram consideravelmente ao olhar para períodos mais longos. Em contraste, os EUA mantiveram altos números de mortes em excesso mesmo com os períodos mais longos, destacando problemas sistêmicos mais profundos dentro do sistema de saúde.
Diferenças Entre Países
Apesar das reduções na variabilidade com períodos projetados mais longos, ficou claro que diferentes países tinham tendências de mortalidade únicas. Por exemplo, enquanto os EUA experimentaram estagnação antes da pandemia, muitos países da Europa Oriental tiveram quedas mais acentuadas nas mortes. Países com sistemas de saúde fortes e programas de bem-estar social tendiam a lidar melhor com a pandemia, enquanto aqueles com fraquezas na infraestrutura de saúde sofreram mais.
Limitações e Pesquisas Futuras
Embora a abordagem do multiverso revelou padrões importantes, algumas limitações devem ser reconhecidas. O estudo cobriu apenas 33 países com dados confiáveis. Os padrões observados podem não se aplicar universalmente, já que circunstâncias locais podem influenciar significativamente as taxas de morte. O método usado para calcular mortes em excesso focou principalmente em dados anuais, o que significa que detalhes mais finos podem ter sido perdidos.
Outra limitação foi que os cálculos não consideraram tendências de tempo específicas antes disso. Estudos futuros poderiam se beneficiar ao examinar essas tendências de tempo enquanto também exploram como elas podem mudar. O impacto contínuo da pandemia também pode afetar as estimativas de mortes em excesso conforme mais dados se tornam disponíveis nos próximos anos.
Conclusão
Em resumo, usar uma abordagem do multiverso para calcular mortes em excesso fornece insights valiosos sobre os padrões de mortalidade em vários países. Esse método apoia a análise sem suposições rígidas sobre padrões de tempo, permitindo que os dados mostrem tendências reais. Demonstra que, enquanto as escolhas feitas nos cálculos podem causar variações nos números absolutos, as comparações relativas oferecem uma compreensão mais clara de como os países se saíram uns contra os outros durante eventos significativos como a pandemia.
No geral, olhar para essas tendências em um contexto mais amplo pode levar a discussões mais informadas sobre saúde e mortalidade, e como lidar com essas questões complexas no futuro.
Título: Excess death estimates from multiverse analysis in 2009-2021
Resumo: Excess death estimates have great value in public health, but they can be sensitive to analytical choices. Here we propose a multiverse analysis approach that considers all possible different time periods for defining the reference baseline and a range of 1 to 4 years for the projected time period for which excess deaths are calculated. We used data from the Human Mortality Database on 33 countries with detailed age-stratified death information on an annual basis during the period 2009-2021. The use of different time periods for reference baseline led to large variability in the absolute magnitude of the exact excess death estimates. However, the relative ranking of different countries compared to others for specific years remained largely unaltered. The relative ranking of different years for the specific country was also largely independent of baseline. Averaging across all possible analyses, distinct time patterns were discerned across different countries. Countries had declines between 2009 and 2019, but the steepness of the decline varied markedly. There were also large differences across countries on whether the COVID-19 pandemic years 2020-2021 resulted in an increase of excess deaths and by how much. Consideration of longer projected time windows resulted in substantial shrinking of the excess deaths in many, but not all countries. Multiverse analysis of excess deaths over long periods of interest can offer a more unbiased approach to understand comparative mortality trends across different countries, the range of uncertainty around estimates, and the nature of observed mortality peaks.
Autores: Michael Levitt, F. Zonta, J. Ioannidis
Última atualização: 2023-03-17 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2022.09.21.22280219
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2022.09.21.22280219.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.