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Integrando Dados de Imagem e Genéticos para Prognóstico do Câncer

Um método combina imagens e dados genéticos pra melhorar as previsões de sobrevivência ao câncer.

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Metodologia de PrevisãoMetodologia de Previsãode Sobrevivência aoCâncergenética para resultados de câncer.Uma nova abordagem integra imagem e
Índice

A previsão de sobrevivência do câncer é uma parte importante da pesquisa médica. Ajuda os médicos a entender como diferentes fatores influenciam os resultados dos pacientes. Neste estudo, estamos analisando dois tipos de dados que podem ajudar a prever por quanto tempo os pacientes com câncer podem sobreviver: Imagens de Lâmina Inteira (WSIs) de amostras de tumor e dados de transcriptômica em massa, que mostram como os genes são expressos nesses tumores. Ao combinar esses dois tipos de informação, esperamos criar ferramentas melhores para prever a sobrevivência dos pacientes.

Contexto

Imagens de lâmina inteira são fotos detalhadas do tecido canceroso tiradas sob um microscópio. Elas contêm muitas informações sobre a estrutura e a composição do tumor. No entanto, essas imagens são complexas e podem ser muito grandes, o que dificulta a análise eficaz.

Por outro lado, a transcriptômica em massa oferece uma visão mais ampla de como os genes estão se comportando em um tumor, mas não dá informações sobre onde dentro do tecido esses genes estão ativos. Ao combinar os detalhes visuais das WSIs com as informações genéticas da transcriptômica, podemos ter uma compreensão mais completa dos tumores.

Desafios

Temos dois desafios principais nesta pesquisa:

  1. Tokenização dos Dados de Transcriptômica: Precisamos descobrir como dividir os dados de transcriptômica em partes menores e significativas que possam ser analisadas junto com as WSIs.

  2. Captura de Interações: Precisamos encontrar maneiras de entender como os dados das WSIs e a transcriptômica interagem entre si para dar insights sobre a sobrevivência dos pacientes.

Abordagem Proposta

Para enfrentar esses desafios, apresentamos um novo método que gira em torno do conceito de "Tokens". Tokens são pedaços menores de informação que representam diferentes aspectos dos nossos dados.

Tokens de Vias Biológicas

Primeiro, criamos tokens a partir dos dados de transcriptômica com base em vias biológicas. Vias biológicas são grupos de genes que trabalham juntos em um processo específico no corpo. Agrupando os genes nessas vias, conseguimos criar tokens que representam funções específicas dentro das células. Essa abordagem nos ajuda a capturar os papéis essenciais dos genes em relação ao câncer.

Tokens de Patches Histológicos

Depois, criamos tokens a partir das imagens de lâmina inteira. Dividimos as imagens em patches menores e analisamos esses patches para criar uma representação dos diferentes padrões morfológicos presentes no tumor. Focando nesses patches, conseguimos processar de maneira eficiente os dados grandes e complexos das WSIs.

Combinando os Dados

Uma vez que temos tanto os tokens de vias biológicas quanto os tokens de patches histológicos, precisamos de uma forma de combiná-los. Propomos usar um tipo especial de modelo chamado Transformer, que nos permite analisar as interações entre os tokens de vias e os tokens de patches.

Transformers são ferramentas poderosas comumente usadas em processamento de linguagem natural e também foram adaptadas para dados de imagem. No nosso caso, eles podem nos ajudar a entender como diferentes aspectos do tumor interagem, permitindo, assim, fazer melhores previsões sobre a sobrevivência do paciente.

Prevendo Sobrevivência

Com nossos tokens combinados de ambos os conjuntos de dados, agora podemos prever a sobrevivência dos pacientes. Nosso método classifica os pacientes em diferentes grupos de risco com base na probabilidade de sobrevivência. Comparamos nossa abordagem com métodos existentes e descobrimos que ela tem um desempenho melhor em prever os resultados de sobrevivência.

Interpretabilidade em Múltiplos Níveis

Uma das forças da nossa abordagem é a interpretabilidade. Isso significa que conseguimos entender e explicar por que o modelo faz certas previsões. Podemos olhar para os tokens de vias para ver quais genes e vias são importantes na determinação da sobrevivência. Da mesma forma, podemos avaliar os tokens de patches para entender a importância das características morfológicas nas WSIs.

Analisando Contribuições Genéticas

Para interpretar as contribuições dos dados de transcriptômica, usamos um método chamado Gradientes Integrados. Isso nos ajuda a classificar a importância de diferentes vias e genes na previsão dos resultados dos pacientes. Ao destacar quais genes estão associados a maior ou menor risco, conseguimos tirar insights que podem influenciar decisões de tratamento.

Analisando Padrões Celulares

Quanto à histologia, podemos analisar quais patches estão associados a diferentes níveis de risco. Isso nos permite ver como aspectos da estrutura do tumor se relacionam com a sobrevivência do paciente. Estudando essas relações, conseguimos identificar características que podem ser críticas para entender o risco do câncer.

Interações Cross-Modal

Investigamos também como as vias biológicas e as características histológicas influenciam umas às outras. Essa análise cross-modal nos ajuda a construir uma imagem mais completa da biologia tumoral, mostrando como vias específicas interagem com certas características morfológicas.

Resultados

Nosso estudo avalia a eficácia do nosso método em cinco conjuntos de dados de câncer diferentes. Avaliamos o quão bem nosso modelo prevê a sobrevivência em comparação com abordagens existentes. Os resultados mostram que nosso método tem um desempenho melhor em identificar os níveis de risco dos pacientes.

Métricas de Desempenho

Usamos várias métricas para medir o desempenho do nosso modelo, como o índice de concordância, que indica quão precisamente nosso modelo classifica os tempos de sobrevivência dos pacientes. Pontuações mais altas sugerem um melhor desempenho na previsão de quais pacientes estão em maior risco.

Análise de Kaplan-Meier

Realizamos a análise de Kaplan-Meier para visualizar as probabilidades de sobrevivência de diferentes grupos de risco. Essa análise fornece uma representação clara de quão bem nosso modelo distingue entre pacientes de alto e baixo risco ao longo do tempo.

Discussão

Os achados do nosso estudo sugerem várias conclusões importantes sobre a integração da transcriptômica e das WSIs para previsão do câncer.

Vantagens da Fusão Precoce

Nossa abordagem enfatiza a fusão precoce dos dois tipos de dados, o que nos permite entender as relações detalhadas entre as diferentes características. Isso é uma melhoria significativa em relação aos métodos tradicionais que costumam combinar dados mais tarde no processo, podendo perder interações críticas.

Importância da Tokenização de Vias

Usar vias biológicas como base para nossos tokens nos proporciona insights significativos que melhoram nossas previsões. Esse método nos permite capturar a biologia complexa do câncer, que muitas vezes é ignorada quando se depende apenas de classificações mais amplas de famílias de genes.

Implicações para Pesquisas Futuras

Nosso trabalho abre caminhos para explorar mais como interações específicas entre morfologia e expressão genética podem influenciar os resultados dos pacientes. Pesquisas futuras podem expandir nossa abordagem incorporando tipos adicionais de dados, como imagens de radiologia ou informações clínicas, para aprimorar a prognóstico do câncer.

Limitações

Embora nosso estudo apresente resultados promissores, reconhecemos algumas limitações. A estrutura de interpretabilidade que construímos se concentra em insights qualitativos, e desenvolver métricas padronizadas para avaliar esses achados continua sendo um passo crucial.

Além disso, notamos os desafios em integrar interações patch-a-patch de forma eficaz. Esse aspecto do modelo requer investigação adicional para entender completamente seus potenciais benefícios.

Conclusão

Desenvolvemos um método inovador para combinar imagens de lâmina inteira e dados de transcriptômica em massa para previsão de sobrevivência do câncer. Ao criar tokens de vias biológicas e tokens de patches histológicos, conseguimos capturar as interações entre funções celulares e morfologia dos tecidos. Nossa abordagem não só melhora o desempenho da previsão de sobrevivência, mas também fornece insights detalhados sobre a biologia subjacente do câncer.

À medida que avançamos, mais refinamentos na interpretabilidade e robustez do modelo irão aprimorar nossa compreensão dos mecanismos do câncer, levando, em última instância, a um melhor cuidado e resultados para os pacientes.

Fonte original

Título: Modeling Dense Multimodal Interactions Between Biological Pathways and Histology for Survival Prediction

Resumo: Integrating whole-slide images (WSIs) and bulk transcriptomics for predicting patient survival can improve our understanding of patient prognosis. However, this multimodal task is particularly challenging due to the different nature of these data: WSIs represent a very high-dimensional spatial description of a tumor, while bulk transcriptomics represent a global description of gene expression levels within that tumor. In this context, our work aims to address two key challenges: (1) how can we tokenize transcriptomics in a semantically meaningful and interpretable way?, and (2) how can we capture dense multimodal interactions between these two modalities? Specifically, we propose to learn biological pathway tokens from transcriptomics that can encode specific cellular functions. Together with histology patch tokens that encode the different morphological patterns in the WSI, we argue that they form appropriate reasoning units for downstream interpretability analyses. We propose fusing both modalities using a memory-efficient multimodal Transformer that can model interactions between pathway and histology patch tokens. Our proposed model, SURVPATH, achieves state-of-the-art performance when evaluated against both unimodal and multimodal baselines on five datasets from The Cancer Genome Atlas. Our interpretability framework identifies key multimodal prognostic factors, and, as such, can provide valuable insights into the interaction between genotype and phenotype, enabling a deeper understanding of the underlying biological mechanisms at play. We make our code public at: https://github.com/ajv012/SurvPath.

Autores: Guillaume Jaume, Anurag Vaidya, Richard Chen, Drew Williamson, Paul Liang, Faisal Mahmood

Última atualização: 2024-04-15 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2304.06819

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2304.06819

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

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