Novos Organoides Revelam Insights sobre o Impacto da COVID-19
Pesquisadores desenvolvem organoides pra estudar como a COVID-19 afeta a resposta imunológica.
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A pandemia de COVID-19 afetou os sistemas de saúde e as comunidades em todo o mundo. O vírus responsável, o SARS-CoV-2, pode causar doenças graves, muitas vezes levando a problemas em vários órgãos devido a uma resposta imunológica forte que pode danificar os vasos sanguíneos. Os pesquisadores têm se esforçado para entender como esse vírus afeta o corpo, estudando animais, amostras humanas e resultados de autópsias. Uma ferramenta que ganhou interesse são os Organoides, que são versões pequenas e simplificadas dos órgãos feitas em laboratório. Esses organoides podem imitar a estrutura e a função dos tecidos reais. No entanto, os organoides tradicionais frequentemente faltam células imunes importantes e vasos sanguíneos, que são cruciais para entender o impacto total do vírus.
Organoides e a Necessidade de Células Imunes
Como os organoides são compostos principalmente de células epiteliais, eles geralmente não têm componentes essenciais como Macrófagos, que desempenham um papel chave na resposta imunológica. Por causa dessa lacuna, os pesquisadores não conseguem entender completamente os efeitos do vírus no corpo. Para tornar os organoides mais úteis, os cientistas têm trabalhado na criação de versões que incluam tanto redes de vasos sanguíneos quanto células imunes. Essa abordagem pode fornecer novos insights sobre o comportamento do vírus durante a infecção.
Desenvolvendo Organoides Imunes Vasculares
Para estudar como o SARS-CoV-2 afeta o corpo, os pesquisadores criaram um novo tipo de organoide chamado organoides imunes vasculares (VIOs). Esses são projetados para incluir tanto vasos sanguíneos quanto macrófagos. Para fazer esses VIOs, os cientistas começaram com células-tronco humanas, que são células especiais que podem se transformar em vários tipos celulares. Eles guiaram essas células-tronco para se tornarem tipos específicos de células que formam vasos sanguíneos e células imunes. O resultado foi uma estrutura tridimensional que contém ambos os componentes.
Quando os cientistas olharam para esses VIOs, eles puderam ver uma estrutura única. Eles identificaram os vasos sanguíneos usando marcadores específicos que destacavam a rede vascular. Depois de expor os VIOs ao vírus, os pesquisadores observaram sinais de dano, incluindo morte celular na superfície do organoide. A presença de certas proteínas indicou que o vírus havia infectado o organoide com sucesso e provocado morte celular.
Estudando a Resposta Imune
Em seguida, para entender como o sistema imunológico reage ao SARS-CoV-2, os cientistas analisaram mais a fundo os VIOs. Usando técnicas avançadas, confirmaram que tanto as células endoteliais (que revestem os vasos sanguíneos) quanto os macrófagos estavam presentes. Eles também descobriram que os macrófagos estavam ativados, o que significa que estavam respondendo à infecção.
Os pesquisadores usaram uma técnica chamada sequenciamento de RNA de célula única para ver quais genes estavam ativos nos VIOs. Essa análise revelou que os VIOs expressam receptores importantes para o vírus. Eles descobriram que, enquanto alguns receptores estavam presentes nos macrófagos e nas células endoteliais, alguns receptores chave estavam ausentes. Isso significava que alguns aspectos da resposta imunológica seriam limitados nessas células.
Células Inflamadas e Ativadas
Nos VIOs infectados, os cientistas viram um aumento nos sinais inflamatórios. Isso indicava que o sistema imunológico estava respondendo ao vírus. Especificamente, eles notaram que genes associados à Inflamação estavam sobre-regulados, o que significa que mais dessas moléculas sinalizadoras estavam sendo produzidas. Essa resposta inclui a produção de uma molécula sinalizadora bem conhecida chamada IL-6, que desempenha um papel na inflamação. A presença de macrófagos ativados na superfície dos VIOs destacou a resposta imunológica desencadeada pela infecção.
Para obter insights mais profundos, os pesquisadores também examinaram macrófagos isolados. Eles descobriram que, quando essas células imunes foram infectadas separadamente com o vírus, mostraram respostas inflamatórias semelhantes. Isso indicou que os macrófagos foram diretamente afetados pelo vírus, levando à super-regulação de genes ligados à resposta imunológica.
Entendendo o Papel do Sistema Imune
Ao reunir e analisar dados tanto dos VIOs quanto dos macrófagos isolados, os pesquisadores descobriram que os macrófagos tinham respostas únicas ao vírus. Eles identificaram vias responsáveis pela reação imunológica, especialmente aquelas relacionadas à inflamação. As descobertas sugeriram que, enquanto os macrófagos desempenham um papel crucial na resposta, outros tipos celulares também têm funções importantes na mediação da resposta inflamatória.
Os insights gerais dos VIOs, incluindo como eles reagem ao SARS-CoV-2, destacam a interconexão das células imunes e dos vasos sanguíneos na resposta do corpo às infecções. Esse entendimento é vital, pois pode ajudar os pesquisadores a encontrar novas maneiras de tratar ou prevenir complicações severas da COVID-19 e outras infecções semelhantes.
Conclusão
Em resumo, o desenvolvimento de organoides imunes vasculares representa um avanço significativo no estudo de como o SARS-CoV-2 e outros vírus afetam o corpo humano. Esses VIOs podem modelar as interações entre células imunes e vasos sanguíneos, fornecendo uma plataforma valiosa para pesquisa. As descobertas enfatizam a importância dos macrófagos e de outras células imunes na resposta inflamatória ao vírus. À medida que os cientistas continuam a aprimorar esses organoides, eles podem descobrir novos conhecimentos que podem levar a tratamentos eficazes para a COVID-19 e condições relacionadas.
Pesquisas futuras podem envolver a incorporação de tipos adicionais de células imunes para fornecer uma imagem mais clara de toda a resposta imune. Ao expandir as capacidades desses organoides, os cientistas pretendem criar um modelo mais abrangente para estudar infecções e os processos inflamatórios resultantes. Essa exploração contínua ajudará a informar estratégias terapêuticas para mitigar os efeitos da COVID-19 e outras doenças infecciosas no futuro.
Título: SARS-CoV-2 infection activates inflammatory macrophages in vascular immune organoids
Resumo: SARS-CoV-2 provokes devastating tissue damage by cytokine release syndrome and leads to multi-organ failure. Modeling the process of immune cell activation and subsequent tissue damage is a significant task. Organoids from human tissues advanced our understanding of SARS-CoV-2 infection mechanisms though, they are missing crucial components: immune cells and endothelial cells. This study aims to generate organoids with these components. We established vascular immune organoids from human pluripotent stem cells and examined the effect of SARS-CoV-2 infection. We demonstrated that infections activated inflammatory macrophages. Notably, the upregulation of interferon signaling supports macrophages role in cytokine release syndrome. We propose vascular immune organoids are a useful platform to model and discover factors that ameliorate SARS-CoV-2-mediated cytokine release syndrome.
Autores: Ryohichi Sugimura, C. W. Chau, A. To, R. K. H. Au-Yeung, K. Tang, Y. Xiang, D. Ruan, L. Zhang, H. Wong, S. Zhang, M. T. Au, S. Chung, E. Song, D.-H. Choi, P. Liu, S. Yuan, C. Wen
Última atualização: 2024-03-21 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.20.585837
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.03.20.585837.full.pdf
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