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# Biologia Quantitativa# Aprendizagem de máquinas# Processamento de Sinal# Neurónios e Cognição

Simplificando a Classificação Neuronal com Técnicas de Aprendizado Profundo

Esse artigo fala sobre uma nova abordagem pra classificar neurônios usando aprendizado profundo.

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O cérebro é um órgão super complexo que controla várias funções no nosso corpo. Ele tem bilhões de células chamadas Neurônios, que são as principais peças do sistema nervoso. Entender esses neurônios é crucial pra descobrir como o cérebro funciona tanto em estados saudáveis quanto doentes. Recentemente, avanços na tecnologia tornaram mais fácil classificar neurônios usando Aprendizado de Máquina. Mas muitos desses métodos são complicados e não explicam muito bem como funcionam. Esse artigo fala sobre uma nova abordagem que simplifica a classificação de neurônios usando técnicas de aprendizado profundo pra analisar a Atividade Elétrica deles.

A Importância da Classificação Neuronal

Os neurônios se comunicam entre si mandando sinais. Pra o sistema nervoso funcionar direitinho, é essencial entender como a informação é trocada entre diferentes neurônios em várias partes do cérebro. Os pesquisadores têm trabalhado na classificação dos neurônios por um tempão, desde os primeiros estudos que tentavam categorizar os tipos baseados em suas formas e funções.

Classificar neurônios com precisão é importante porque dá uma ideia de como o cérebro opera. Existem dois grandes desafios na definição dos tipos de neurônios. Primeiro, os esforços anteriores de classificação eram muitas vezes limitados pela quantidade de amostras e eram trabalhosos, levando a resultados tendenciosos. Com as melhorias tecnológicas recentes, os cientistas agora podem analisar centenas de neurônios de forma mais eficiente. O segundo desafio é encontrar o equilíbrio certo na classificação; se as classificações forem muito amplas, podem faltar informações úteis, enquanto classificações muito específicas podem não ser relevantes.

Esse artigo descreve um novo esquema para classificar neurônios com base na sua atividade elétrica. Essa abordagem foca em medir características específicas relacionadas ao comportamento dos neurônios, como a velocidade e a força dos sinais. Essas medições são mais fáceis de fazer do que olhar as estruturas físicas dos neurônios e podem ajudar a classificar eles em categorias mais amplas, como neurônios excitatórios que estimulam a atividade e neurônios inibitórios que a reduzem.

Estrutura do Estudo e Fontes de Dados

Os pesquisadores usaram um banco de dados conhecido chamado Allen Cell Types Database, que tem gravações da atividade elétrica de neurônios tanto de camundongos quanto de humanos. O primeiro passo foi classificar os tipos de neurônios nos dados dos camundongos, focando na identificação de neurônios excitatórios e inibitórios. Depois, eles usaram as descobertas dos camundongos pra ajudar a classificar os neurônios humanos.

Essa nova abordagem utiliza duas tarefas de classificação. A primeira tarefa envolve distinguir entre neurônios excitatórios e inibitórios, enquanto a segunda tarefa categoriza os neurônios inibitórios em subtipos. Os pesquisadores combinaram dados de ambas as espécies pra construir um classificador confiável que pode analisar os tipos de neurônios humanos.

Obter dados de neurônios humanos é muitas vezes difícil, então usar dados de camundongos é útil. A pesquisa mostra que criar um modelo que considera informações de ambas as espécies pode dar previsões melhores sobre os tipos de neurônios humanos.

Tipos de Neurônios

Os neurônios se dividem em duas categorias principais: excitatórios e inibitórios. Os neurônios excitatórios são responsáveis por mandar sinais que ativam outros neurônios. Eles normalmente liberam uma substância química chamada glutamato. Em contraste, os neurônios inibitórios liberam um químico chamado ácido gama-aminobutírico (GABA), que impede neurônios próximos de disparar. Mesmo que os neurônios inibitórios representem apenas 10% a 20% do total de neurônios no cérebro, eles têm um papel vital na forma como percebemos sensações, nos movemos e pensamos.

Os neurônios excitatórios geralmente têm uma estrutura mais complexa, o que torna difícil distinguir entre os diferentes tipos só com medições elétricas. Já os neurônios inibitórios são mais variados em suas propriedades elétricas, o que pode ajudar na identificação.

Os pesquisadores ainda classificaram os neurônios inibitórios GABAérgicos em quatro subtipos principais com base em marcadores únicos. Esses subtipos incluem parvalbumina, peptídeo intestinal vasoativo, somatostatina e receptor de 5-hidroxitriptamina positivo, mas peptídeo intestinal vasoativo negativo. Esses subtipos são importantes porque cada um tem características e funções distintas no cérebro.

Avanços em Aprendizado de Máquina para Classificação Neuronal

Nos últimos anos, a acessibilidade do Banco de Dados de Tipos Celulares de Allen e os avanços no aprendizado de máquina melhoraram bastante os esforços de classificação neuronal. O banco de dados levou à identificação de vários tipos de neurônios com base na sua atividade elétrica. Enquanto os estudos anteriores focavam em neurônios de camundongos, tem havido um crescente interesse em aplicar esses métodos a neurônios humanos.

Pesquisas anteriores são limitadas pela disponibilidade de dados de neurônios humanos, já que é complicado obtê-los. Essa discrepância pode levar a modelos que funcionam bem em um tipo de dado, mas não no outro. Pra resolver isso, uma solução nova foi desenvolvida que usa um método chamado Adaptação de Domínio pra classificar melhor os neurônios de ambas as espécies.

Adaptação de Domínio

A adaptação de domínio é uma técnica que ajuda a ajustar modelos pra funcionarem melhor em diferentes tipos de dados. Nesse estudo, os dados dos neurônios de camundongos servem como a fonte abundante, enquanto os neurônios humanos são os dados-alvo. O objetivo é construir um modelo que possa classificar os neurônios humanos usando os dados ricos disponíveis dos neurônios de camundongos.

Os pesquisadores usaram um método de treinamento especial que envolve otimizar dois processos diferentes ao mesmo tempo. Uma parte do modelo foca em identificar corretamente os tipos de neurônios, enquanto a outra parte se ajusta pra minimizar as diferenças entre os neurônios de camundongos e humanos. Essa abordagem permite que o modelo faça previsões com base nas características comuns compartilhadas entre os dois.

Rede Neural Localmente Espessa

Além do método de adaptação de domínio, os pesquisadores também usaram um novo tipo de rede neural chamada rede neural localmente espessa. Esse modelo é desenhado pra funcionar bem com pequenas quantidades de dados, que é frequentemente o caso quando se estuda neurônios humanos.

A rede neural localmente espessa inclui dois componentes que trabalham juntos: uma rede de gating que identifica as características mais importantes e uma rede de previsão que faz classificações sobre os tipos de neurônios. Ao focar nas características mais relevantes para cada amostra, o modelo reduz as chances de errar por falta de informação.

Resultados e Desempenho

Os resultados da aplicação desse novo esquema pra classificar neurônios mostraram resultados promissores. O método de adaptação de domínio alcançou taxas de precisão altas ao classificar neurônios humanos e de camundongos, demonstrando que o modelo generaliza efetivamente pra ambos os tipos de dados. A rede neural localmente espessa também se saiu bem, identificando com precisão diferentes subtipos de neurônios e fornecendo insights sobre quais características eram mais importantes pra classificação.

Conclusão

Em resumo, os pesquisadores estão avançando na forma como classificamos neurônios usando técnicas de aprendizado profundo pra analisar sua atividade elétrica. Esse trabalho tem implicações significativas pra entender melhor como o cérebro funciona e pode levar a melhorias no diagnóstico e tratamento de condições neurológicas. Combinando dados de neurônios de camundongos e humanos, os pesquisadores podem criar modelos robustos que classificam com precisão diversos tipos de neurônios, abrindo caminho pra futuros estudos em neurociência.

Fonte original

Título: Neuronal Cell Type Classification using Deep Learning

Resumo: The brain is likely the most complex organ, given the variety of functions it controls, the number of cells it comprises, and their corresponding diversity. Studying and identifying neurons, the brain's primary building blocks, is a crucial milestone and essential for understanding brain function in health and disease. Recent developments in machine learning have provided advanced abilities for classifying neurons. However, these methods remain black boxes with no explainability and reasoning. This paper aims to provide a robust and explainable deep-learning framework to classify neurons based on their electrophysiological activity. Our analysis is performed on data provided by the Allen Cell Types database containing a survey of biological features derived from single-cell recordings of mice and humans. First, we classify neuronal cell types of mice data to identify excitatory and inhibitory neurons. Then, neurons are categorized to their broad types in humans using domain adaptation from mice data. Lastly, neurons are classified into sub-types based on transgenic mouse lines using deep neural networks in an explainable fashion. We show state-of-the-art results in a dendrite-type classification of excitatory vs. inhibitory neurons and transgenic mouse lines classification. The model is also inherently interpretable, revealing the correlations between neuronal types and their electrophysiological properties.

Autores: Ofek Ophir, Orit Shefi, Ofir Lindenbaum

Última atualização: 2023-06-01 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2306.00528

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2306.00528

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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