Melhorando o Reconhecimento de Expressões Faciais com Aprendizado Ativo
Um método de duas etapas melhora a precisão no reconhecimento de expressões faciais.
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O Reconhecimento de Expressões Faciais (FER) é a tarefa de detectar e interpretar as emoções humanas a partir das expressões faciais. Esse campo ganhou atenção porque pode ser aplicado em várias áreas, como tecnologia inteligente, saúde e sistemas automotivos. Avanços recentes em deep learning ajudaram a melhorar bastante o desempenho do FER. No entanto, um grande desafio nessa área é a necessidade de grandes quantidades de Dados Rotulados, que podem ser difíceis de coletar e caros em termos de tempo e dinheiro.
O Desafio dos Dados Rotulados
Em machine learning, dados rotulados são exemplos que foram marcados com a resposta correta. Para o FER, isso significa que imagens de rostos precisam ser rotuladas com as emoções que expressam, como felicidade, tristeza, raiva, etc. Coletar e rotular essas imagens pode ser muito trabalhoso.
Alguns trabalhos anteriores tentaram reduzir a dependência de grandes conjuntos de dados rotulados usando técnicas não supervisionadas; no entanto, um método promissor que não foi muito explorado no FER é o Aprendizado Ativo. O aprendizado ativo é um processo onde o modelo escolhe quais amostras não rotuladas devem ser rotuladas a seguir com base no valor potencial delas para melhorar o aprendizado.
O Conceito de Aprendizado Ativo
O aprendizado ativo começa com um pequeno conjunto de amostras rotuladas. O modelo treina nesses exemplos iniciais e, à medida que aprende, escolhe amostras adicionais do conjunto não rotulado que acredita serem mais benéficas para seu treinamento. Ao focar nessas amostras representativas, o modelo faz o melhor uso de um orçamento de rotulagem limitado.
Apesar dos benefícios, o aprendizado ativo não teve um bom desempenho para o FER em estudos anteriores. Um problema comum é conhecido como o problema do "cold start". Isso acontece quando as amostras iniciais rotuladas não representam adequadamente todo o conjunto de dados, o que pode levar a previsões ruins conforme o modelo aprende.
Uma Solução em Duas Etapas
Para lidar com as limitações do aprendizado ativo no FER, foi proposta uma abordagem em duas etapas. Na primeira etapa, um modelo é pré-treinado usando todos os dados não rotulados disponíveis. Esse pré-treinamento auto-supervisionado ajuda o modelo a aprender as características subjacentes dos dados sem a necessidade de rótulos. Após esse treinamento inicial, o modelo é então ajustado usando aprendizado ativo.
Ao aprender primeiro com todos os dados não rotulados disponíveis, o modelo pré-treinado pode selecionar amostras mais úteis quando começa o processo de aprendizado ativo, melhorando, assim, o desempenho geral do modelo.
Testando os Métodos
Na pesquisa, vários métodos de aprendizado ativo foram testados em três conjuntos de dados públicos de FER: FER13, RAF-DB e KDEF. Oito técnicas diferentes de aprendizado ativo foram comparadas, incluindo métodos que focam na incerteza nas previsões.
Os resultados mostraram que as abordagens comuns de aprendizado ativo não melhoraram significativamente o desempenho nas tarefas de FER, principalmente devido ao problema do cold start. Surpreendentemente, métodos mais simples como "Least Confidence" tiveram um desempenho melhor do que técnicas mais complexas.
Impacto do Problema do Cold Start
O problema do cold start surgiu como um desafio notável. Nesse cenário, se o lote inicial de dados rotulados for muito pequeno ou não representativo, o modelo não consegue aprender de forma eficaz. Como resultado, a qualidade das amostras selecionadas nos ciclos seguintes sofre, o que pode afetar negativamente a precisão geral do modelo.
A abordagem em duas etapas, que combina Aprendizado Auto-Supervisionado com aprendizado ativo, visa reduzir o problema do cold start. Usando o pré-treinamento auto-supervisionado, o modelo fica melhor equipado para fazer seleções informadas na fase de aprendizado ativo, levando a resultados melhores no reconhecimento de emoções a partir das expressões faciais.
Melhoria de Desempenho
O método em duas etapas mostrou melhorias em relação às abordagens tradicionais de aprendizado ativo. Especificamente, o método obteve um desempenho melhor em comparação com amostragem aleatória. Em termos práticos, isso significa que o modelo conseguiu identificar expressões emocionais com mais precisão do que se tivesse simplesmente escolhido amostras aleatoriamente, sem nenhuma estratégia.
Por exemplo, usar essa abordagem em duas etapas levou a melhorias visíveis de desempenho em diferentes conjuntos de dados. Mesmo para o menor conjunto KDEF, que antes sofria com o problema do cold start, o método proposto resultou em melhor precisão.
Principais Descobertas
O estudo destacou várias descobertas importantes:
- Métodos existentes de aprendizado ativo mostraram benefícios limitados em tarefas de FER devido ao problema do cold start.
- Abordagens mais simples, como Least Confidence, muitas vezes superaram métodos mais complexos.
- O problema do cold start é mais pronunciado em conjuntos de dados menores, levando a um desempenho ruim.
- A solução proposta em duas etapas, combinando aprendizado auto-supervisionado e aprendizado ativo, abordou efetivamente questões relacionadas ao problema do cold start e melhorou o desempenho geral.
Importância do Aprendizado Auto-Supervisionado
O aprendizado auto-supervisionado desempenha um papel significativo nessa abordagem. Ele permite que o modelo aprenda com dados não rotulados antes de lidar com as complexidades do aprendizado ativo. Diferentes técnicas de aprendizado auto-supervisionado foram testadas, mostrando que métodos como SimCLR forneceram os melhores resultados. No final das contas, a escolha do framework de treinamento auto-supervisionado pode influenciar bastante o sucesso do processo de aprendizado ativo.
Implicações Práticas
Em aplicações do mundo real do FER, essas descobertas podem ajudar a reduzir os custos e o tempo associados à rotulagem de dados. Usando a abordagem em duas etapas proposta, os desenvolvedores podem criar sistemas de reconhecimento de expressões faciais mais eficazes sem precisar de grandes quantidades de dados rotulados.
Essa eficiência pode levar a uma melhor integração da tecnologia FER em dispositivos inteligentes, aplicações de saúde e soluções automotivas, onde entender as emoções humanas pode melhorar a experiência do usuário e a segurança.
Direções Futuras
Embora o estudo mostre resultados promissores, ainda há espaço para melhorias. Pesquisas futuras podem focar em abordagens alternativas para aprendizado ativo que possam funcionar melhor em cenários específicos. Investigar viés e justiça em sistemas de detecção de emoções é outra área importante para trabalhos futuros. Garantir que os sistemas de FER funcionem bem em diversos grupos demográficos é crucial para aplicações éticas.
Além disso, explorar diferentes estratégias de aprendizado ativo ou refinar ainda mais os métodos de aprendizado auto-supervisionado poderia resultar em modelos ainda melhores para reconhecer emoções humanas.
Conclusão
A pesquisa destaca a importância de abordar os desafios no reconhecimento de expressões faciais, especificamente a necessidade de grandes conjuntos de dados rotulados. Ao empregar aprendizado ativo e pré-treinamento auto-supervisionado, é possível navegar por esses desafios de forma mais eficaz.
Através da solução proposta em duas etapas, o processo de aprendizado ativo pode ser melhorado, levando a um reconhecimento mais preciso das expressões faciais. À medida que a tecnologia continua a evoluir, encontrar métodos eficientes para treinar modelos com dados rotulados limitados será essencial para futuros avanços na área.
Título: Active Learning with Contrastive Pre-training for Facial Expression Recognition
Resumo: Deep learning has played a significant role in the success of facial expression recognition (FER), thanks to large models and vast amounts of labelled data. However, obtaining labelled data requires a tremendous amount of human effort, time, and financial resources. Even though some prior works have focused on reducing the need for large amounts of labelled data using different unsupervised methods, another promising approach called active learning is barely explored in the context of FER. This approach involves selecting and labelling the most representative samples from an unlabelled set to make the best use of a limited 'labelling budget'. In this paper, we implement and study 8 recent active learning methods on three public FER datasets, FER13, RAF-DB, and KDEF. Our findings show that existing active learning methods do not perform well in the context of FER, likely suffering from a phenomenon called 'Cold Start', which occurs when the initial set of labelled samples is not well representative of the entire dataset. To address this issue, we propose contrastive self-supervised pre-training, which first learns the underlying representations based on the entire unlabelled dataset. We then follow this with the active learning methods and observe that our 2-step approach shows up to 9.2% improvement over random sampling and up to 6.7% improvement over the best existing active learning baseline without the pre-training. We will make the code for this study public upon publication at: github.com/ShuvenduRoy/ActiveFER.
Autores: Shuvendu Roy, Ali Etemad
Última atualização: 2023-07-05 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2307.02744
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2307.02744
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/
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