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Entendendo a Amplificação de Oncogene na Tumorogênese

Um olhar sobre o papel do ecDNA na progressão do câncer.

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Tumorigenese é o processo de formação de tumores, que pode ser causado por várias mudanças genéticas nas células. Um evento importante que contribui para a formação e crescimento desses tumores é a amplificação de oncogenes. Quando certos genes que promovem o crescimento e a divisão celular são copiados em excesso, isso pode levar à proliferação celular descontrolada e ao câncer.

O que é Amplificação de Oncogenes?

Amplificação de oncogenes se refere ao aumento no número de cópias de um oncogene específico no genoma de uma célula. Isso pode acontecer por várias razões e é uma característica comum em muitos tipos de câncer. Os oncogenes amplificados podem impulsionar o crescimento e a progressão do tumor, fazendo as células se dividirem mais rápido ou escapando dos mecanismos regulatórios normais que normalmente desacelerariam a divisão celular.

O Papel do DNA extracromossômico ([EcDNA](/pt/keywords/dna-extracromossomico--k9m75pp))

Uma forma que a amplificação de oncogenes ocorre é pela formação de pedaços circulares de DNA conhecidos como DNA extracromossômico (ecDNA). Essas moléculas de DNA circulares podem existir fora dos cromossomos na célula. Elas costumam conter oncogenes amplificados e podem contribuir significativamente para o desenvolvimento do tumor e resistência a tratamentos.

Importância da Análise de ecDNA

Estudar e analisar essas estruturas de ecDNA é importante para entender como os tumores progridem e como podem responder a diferentes terapias. Ao analisar as características genéticas e estruturais dessas moléculas de DNA em tumores, os pesquisadores podem identificar os mecanismos que impulsionam o câncer e desenvolver melhores terapias.

Desafios na Estudo do ecDNA

A complexidade e o tamanho do ecDNA tornam difícil identificar e analisar com precisão as estruturas presentes nos tumores. Métodos tradicionais de sequenciamento, especialmente os que usam leituras curtas de DNA, podem ter dificuldades em capturar os detalhes intrincados desses pedaços de DNA grandes e rearranjados.

Abordagens Existentes para Análise de ecDNA

Os métodos atuais geralmente dependem de técnicas de sequenciamento de leituras curtas em pares. Isso envolve pegar pedaços curtos de DNA e usá-los para identificar áreas onde o DNA foi copiado ou quebrado. As informações são então representadas em um formato gráfico para ajudar a visualizar as relações entre diferentes segmentos de DNA. Embora esses métodos tenham tido algum sucesso, eles enfrentam limitações.

Primeiro, os métodos de leitura curta frequentemente têm problemas com a natureza fragmentada do ecDNA e podem falhar em encontrar com precisão os pontos de quebra no DNA. Em segundo lugar, como o ecDNA pode ter várias cópias de regiões que não aparecem no genoma de referência, essas técnicas podem mascarar ou distorcer a estrutura real do DNA. Por último, a diversidade do ecDNA pode levar a amplificações sobrepostas da mesma região genômica, complicando ainda mais a análise.

Limitações dos Métodos Tradicionais

As limitações das abordagens tradicionais de leitura curta levaram ao uso de métodos heurísticos. Esses métodos fazem suposições educadas para extrair ciclos de DNA da representação gráfica até que uma parte significativa dos dados seja explicada. Embora essas estratégias possam oferecer alguma visão, ainda estão restritas pelos desafios subjacentes das tecnologias de leitura curta.

Sequenciamento de Longa Leitura para Reconstrução de ecDNA

As tecnologias de sequenciamento de longa leitura surgiram como uma solução promissora para superar as limitações dos métodos de leitura curta. Usar leituras longas facilita a captura da estrutura completa do ecDNA, oferecendo uma representação mais detalhada e precisa. Por exemplo, estudos recentes utilizaram sequenciamento de longa leitura de plataformas como Oxford Nanopore para reconstruir estruturas de ecDNA mais simples.

No entanto, os métodos de longa leitura também vêm com seu próprio conjunto de suposições. Por exemplo, eles frequentemente assumem que o genoma é diploide e que regiões de alta multiplicidade podem ser cobertas por leituras longas únicas. Essa suposição pode ser problemática devido à natureza do ecDNA, que pode apresentar um alto grau de variabilidade e complexidade.

CoRAL: Um Novo Método para Análise de ecDNA

Para melhorar a análise de ecDNA, foi desenvolvido um novo método chamado CoRAL (Reconstrução Completa de Amplificações com Leituras Longas). O CoRAL tem como objetivo reconstruir a sequência e a estrutura do ecDNA usando dados de longa leitura.

O CoRAL começa identificando regiões com números de cópias aumentados, conhecidas como intervalos-semente. Esses intervalos podem ser derivados de dados existentes sobre variações no número de cópias no genoma. Usando essa informação, o CoRAL constrói um gráfico complexo que captura as relações entre diferentes segmentos de DNA.

Uma vez que o gráfico é construído, o CoRAL usa uma abordagem matemática para extrair ciclos dele. Esses ciclos simbolizam as estruturas de ecDNA. O algoritmo otimiza o processo de reconstrução garantindo que a saída reflita com precisão os dados observados e mantenha a consistência com o mapeamento de longa leitura.

Testando a Eficácia do CoRAL

Para avaliar quão bem o CoRAL se sai na reconstrução das estruturas de ecDNA, ele foi testado contra dados simulados e métodos existentes. Os resultados indicaram que o CoRAL melhorou significativamente a detecção de pontos de quebra e inferiu de forma mais precisa as ordens de segmentos complexos no ecDNA em comparação com outros métodos.

Comparação com Outros Métodos

Nos testes de simulação, o CoRAL superou tanto os métodos baseados em leitura curta quanto outras abordagens de longa leitura na reconstrução de amplificons de ecDNA. O método forneceu uma porcentagem maior de reconstruções precisas, mostrando seu potencial para oferecer melhores insights sobre a estrutura do ecDNA em vários tipos de câncer.

Aplicação em Estudos de Linhagens Celulares

A eficácia do CoRAL foi ainda validada através de sua aplicação na reconstrução de estruturas de ecDNA em linhagens celulares de câncer reais. Ao comparar dados de sequenciamento de longa leitura e leitura curta compatíveis, o CoRAL foi capaz de identificar várias estruturas de ecDNA enquanto explicava com precisão os números de cópia observados.

Conclusão

Em resumo, a amplificação de oncogenes por meio de ecDNA desempenha um papel crítico no desenvolvimento e progressão de tumores. Compreender a estrutura e a função do ecDNA é vital para desenvolver terapias contra o câncer mais eficazes. Métodos tradicionais de sequenciamento de leitura curta enfrentam desafios na reconstrução precisa da complexa natureza do ecDNA, enquanto o CoRAL oferece uma nova abordagem poderosa usando sequenciamento de longa leitura. À medida que nosso conhecimento sobre a amplificação de oncogenes continua a crescer, métodos como o CoRAL serão essenciais para desvendar as complexidades dos genomas do câncer, ajudando, em última análise, na criação de tratamentos mais direcionados e eficazes.

Fonte original

Título: CoRAL accurately resolves extrachromosomal DNA genomestructures with long-read sequencing

Resumo: Extrachromosomal DNA (ecDNA) is a central mechanism for focal oncogene amplification in cancer, occurring in approximately 15% of early stage cancers and 30% of late-stage cancers. EcDNAs drive tumor formation, evolution, and drug resistance by dynamically modulating oncogene copy-number and rewiring gene-regulatory networks. Elucidating the genomic architecture of ecDNA amplifications is critical for understanding tumor pathology and developing more effective therapies. Paired-end short-read (Illumina) sequencing and mapping have been utilized to represent ecDNA amplifications using a breakpoint graph, where the inferred architecture of ecDNA is encoded as a cycle in the graph. Traversals of breakpoint graph have been used to successfully predict ecDNA presence in cancer samples. However, short-read technologies are intrinsically limited in the identification of breakpoints, phasing together of complex rearrangements and internal duplications, and deconvolution of cell-to-cell heterogeneity of ecDNA structures. Long-read technologies, such as from Oxford Nanopore Technologies, have the potential to improve inference as the longer reads are better at mapping structural variants and are more likely to span rearranged or duplicated regions. Here, we propose CoRAL (Complete Reconstruction of Amplifications with Long reads), for reconstructing ecDNA architectures using long-read data. CoRAL reconstructs likely cyclic architectures using quadratic programming that simultaneously optimizes parsimony of reconstruction, explained copy number, and consistency of long-read mapping. CoRAL substantially improves reconstructions in extensive simulations and 9 datasets from previously-characterized cell-lines as compared to previous short-read-based tools. As long-read usage becomes wide-spread, we anticipate that CoRAL will be a valuable tool for profiling the landscape and evolution of focal amplifications in tumors.

Autores: Vineet Bafna, K. Zhu, M. G. Jones, J. Luebeck, X. Bu, H. Yi, K. L. Hung, I. T.-L. Wong, S. Zhang, P. S. Mischel, H. Y. Chang

Última atualização: 2024-05-18 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.15.580594

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.15.580594.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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