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# Ciências da saúde# Epidemiologia

Cintura em alta: um risco à saúde que não se vê

Explorando as preocupações de saúde que estão aumentando ligadas à circunferência da cintura em vez do IMC.

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Índice

As medidas corporais são fundamentais pra entender a saúde. O índice de massa corporal (IMC) é uma ferramenta comum. Mas ele tem suas limitações. Não mostra todo o quadro quando se trata de avaliar riscos de saúde. A circunferência da cintura (CC) é outra medida que pode dar uma ideia sobre a gordura corporal. Essa medida é especialmente boa pra mostrar a quantidade de gordura na região abdominal, que pode ser mais perigosa do que em outras partes do corpo.

O Que Já Sabemos

O IMC é uma medida que relaciona peso e altura. Embora seja útil, não conta onde a gordura tá localizada no corpo. Isso é importante porque ter gordura na barriga pode estar ligado a mais problemas de saúde do que ter gordura em outras áreas. Estudos mostram que a CC e o IMC costumam aumentar juntos. Mas tá rolando uma preocupação crescente de que a CC pode estar aumentando mais do que o IMC, levando a riscos de saúde maiores.

Novas Descobertas

Estudos recentes analisaram as mudanças na CC em comparação com o IMC em vários países das Américas e na Inglaterra. As descobertas revelaram que de 1997 a 2020, a circunferência da cintura aumentou mais do que o esperado, especialmente entre mulheres. Essa mudança liga um alerta sobre riscos de saúde que muitas vezes passam despercebidos quando só o IMC é considerado.

Por Que Essas Descobertas Importam

Confiar apenas no IMC pode esconder riscos relacionados à Gordura visceral-aquele tipo de gordura que envolve os órgãos vitais. Isso pode levar a uma subestimação dos riscos de saúde que as pessoas enfrentam baseadas só no IMC. Por isso, precisa ter mais pesquisa pra descobrir quais fatores estão impulsionando o aumento recente da circunferência da cintura, principalmente nas mulheres.

Tendências Globais em Obesidade

A obesidade virou um grande problema no mundo todo. Os números mostram que em 2016, mais de 1,9 bilhão de adultos estavam acima do peso, e mais de 650 milhões eram considerados obesos. O IMC é frequentemente usado pra acompanhar como a obesidade tá mudando com o tempo. Embora o IMC seja uma ferramenta útil, é importante lembrar das suas limitações. Ele não dá informações detalhadas sobre a distribuição da gordura no corpo.

Circunferência da Cintura Como Medida de Saúde

A circunferência da cintura tá sendo mais reconhecida nas avaliações de saúde. Ela é vista como uma medida mais sensível da gordura abdominal do que o IMC. As diretrizes agora sugerem usar a circunferência da cintura junto com o IMC pra entender melhor os riscos de saúde. Essa mudança é importante, já que um aumento na circunferência da cintura tá ligado a vários problemas de saúde, incluindo diabetes e doenças cardíacas.

Padrões Observados Entre Diferentes Países

Estudos nos EUA, México, Chile, Peru e Inglaterra mostraram resultados mistos. Geralmente, a circunferência da cintura tem aumentado tanto em homens quanto em mulheres, mas as mulheres costumam mostrar um aumento maior em muitos lugares. Também há diferenças entre grupos raciais e étnicos, com alguns mostrando aumentos maiores que outros.

Nos EUA, por exemplo, os resultados mostraram que as mulheres tiveram um aumento significativo na circunferência da cintura independentemente das mudanças no IMC ao longo de um período específico. Outros países relataram tendências semelhantes, com aumentos mais pronunciados em mulheres adultas jovens.

Em países como Chile e Peru, os pesquisadores estão preocupados com a rapidez com que as taxas de obesidade estão subindo. Esses países estão vendo aumentos rápidos tanto no IMC quanto na circunferência da cintura, o que pede uma ação imediata para lidar com questões de saúde pública relacionadas à obesidade.

A Necessidade de Pesquisa Contínua

As mudanças na circunferência da cintura em relação ao IMC sugerem que há mais fatores envolvidos do que só ganho de peso geral. Mais estudos são necessários pra explorar o que tá causando essas mudanças. Fatores como comportamento sedentário aumentado, hábitos alimentares ruins e possíveis influências genéticas são acreditados como contribuidores para a circunferência da cintura crescente.

Dados de saúde pública são essenciais pra entender essas tendências. Coletar dados sobre a circunferência da cintura pode ajudar a avaliar melhor os riscos de saúde futuros ligados à obesidade. À medida que esses dados crescem, podem ajudar a moldar políticas de saúde eficazes pra lidar com o aumento das taxas de obesidade em várias populações.

Implicações para o Monitoramento da Saúde

As tendências que vemos hoje indicam a necessidade de um monitoramento melhor da circunferência da cintura nas avaliações de saúde. Como a circunferência da cintura é um forte indicador de riscos de saúde, seu acompanhamento regular pode levar a intervenções mais eficazes. Isso é especialmente relevante para as mulheres, que podem enfrentar maiores riscos de saúde associados ao aumento da gordura abdominal.

Conclusão

Evidências emergentes mostram que a circunferência da cintura está subindo, especialmente entre as mulheres. Essa mudança indica a necessidade de ajustar como medimos e entendemos a obesidade. A pesquisa contínua sobre os fatores por trás dessas mudanças será essencial para estratégias de saúde pública voltadas a reduzir os riscos de saúde relacionados à obesidade. É crucial olhar além do IMC e focar na circunferência da cintura pra ter uma visão mais clara da saúde em várias populações. Assim, podemos lidar melhor com as disparidades de saúde e melhorar os resultados para aqueles em risco.

Fonte original

Título: Sex differences in the secular change in waist circumference relative to body mass index in the Americas and England from 1997 to 2020

Resumo: ObjectiveTo quantify changes over time in waist circumference (WC) relative to body mass index (BMI) by sex in the Americas (United States of America, Mexico, Chile, Peru) and England. MethodsData from adults aged 25-64 years between 1997 and 2020 was analysed; US data was stratified by racial-ethnic groups. Sex-specific BMI and WC means, and obesity and abdominal obesity prevalence, were compared between the first and last surveys. Using data from all survey years, secular changes across the BMI and WC distributions were estimated applying quantile regression models. BMI was added as a predictor of WC to estimate secular changes in WC relative to BMI. Interaction terms were included in all models to evaluate differences by sex. ResultsBMI and WC (except Peru) showed larger secular increases at the upper-tails of the distributions in both sexes. Increases at the 50th and 75th WC centiles relative to BMI were more pronounced in women than in men, with larger increases in US non-Hispanic whites and in England. In men, increases in WC independently of BMI were most evident in Mexico. ConclusionsDisease risk associated with visceral fat, is potentially underestimated by national surveillance efforts that quantify secular changes only in BMI.

Autores: Shaun Scholes, L. M. Sanchez-Romero, J. Sagaceta-Mejia, J. S. Mindell, A. Passi-Solar, A. Bernabe-Ortiz, L. Tolentino-Mayo, A. Moody

Última atualização: 2023-12-11 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.10.23299756

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.10.23299756.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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