Avaliação da Eficácia das Vacinas Contra Variantes da COVID-19
Uma olhada em como as vacinas atualizadas contra a COVID-19 se saem contra as novas variantes.
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Índice
Com novas Variantes do vírus COVID-19 surgindo, é importante avaliar quão eficazes são as Vacinas atualizadas contra essas cepas. Este artigo resume a eficácia das últimas vacinas contra COVID-19, especialmente contra duas variantes-os linhagens XBB e JN-junto com seus resultados clínicos.
As Variantes e Vacinas
Em 2023, uma nova versão da vacina COVID-19 foi criada para atingir a variante Omicron conhecida como XBB.1.5. Essa variante foi a cepa mais comum nos EUA durante os primeiros meses de 2023. Porém, no final de 2023, várias novas variantes apareceram, incluindo uma chamada BA.2.86, que tem mais de 30 mutações em sua proteína de pico. Essas mutações aumentam a capacidade do vírus de escapar do sistema imunológico e se espalhar facilmente.
Um dos descendentes da variante BA.2.86, conhecido como JN.1, se tornou a variante mais comum nos EUA no início de 2024. Com a propagação dessas novas variantes, surgiram preocupações sobre se as vacinas atualizadas ainda seriam eficazes e se as infecções levariam a resultados mais graves.
Eficácia da Vacina Contra Novas Variantes
Estudos sugeriram que infecções pelas variantes BA.2.86 e JN.1 podem reduzir a eficácia das vacinas atualizadas. As evidências mostraram que, embora as pessoas infectadas por essas variantes possam não apresentar resultados mais graves do que aqueles infectados pelas variantes mais antigas XBB, a proteção oferecida pelas vacinas parecia ser menos eficaz.
Para entender melhor a situação, os pesquisadores queriam estimar a eficácia das vacinas atualizadas contra hospitalizações por variantes XBB e JN. Eles analisaram pacientes adultos admitidos em vários hospitais nos EUA de outubro de 2023 a março de 2024.
Desenho do Estudo e Coleta de Dados
O estudo usou uma abordagem caso-controle, inscrevendo pacientes que mostraram sintomas de COVID-19 e foram testados. Os sintomas incluíam febre, tosse, falta de ar ou outros sinais de doenças respiratórias. Aqueles que testaram positivo para COVID-19 foram considerados pacientes casos, e os que testaram negativo foram pacientes controle.
O estado de vacinação dos pacientes foi verificado por meio de registros hospitalares e entrevistas. Os pesquisadores categorizaram os pacientes em dois grupos: os que receberam a vacina atualizada pelo menos sete dias antes de mostrar sintomas e os que não receberam.
Gravidade da Doença
O estudo caracterizou a gravidade clínica analisando vários resultados graves em hospital, incluindo a necessidade de oxigênio suplementar, suporte respiratório avançado e admissão na unidade de terapia intensiva (UTI).
Entre os pacientes infectados com a variante XBB, uma parte significativa precisou de oxigênio suplementar, enquanto um número semelhante de pacientes com infecções da variante JN teve necessidades comparáveis. No geral, os achados indicaram que os resultados para pacientes infectados pelas linhagens JN não foram significativamente piores do que os infectados pelas linhagens XBB.
Descobertas sobre a Eficácia da Vacina
Os resultados indicaram que a vacina atualizada era cerca de 54% eficaz contra hospitalizações por infecções da linhagem XBB nos primeiros dois a três meses após receber a dose. Para infecções da linhagem JN, a eficácia caiu para cerca de 33% durante o mesmo período.
Com o tempo, a eficácia contra a linhagem JN diminuiu ainda mais. Entre 90 a 179 dias após a vacinação, a eficácia da vacina contra hospitalizações da linhagem JN caiu para cerca de 23%. Essa queda sugere que a vacina atualizada pode oferecer menos proteção contra a variante JN à medida que o tempo passa.
Comparação de Gravidade Entre Variantes
Em termos de gravidade, pacientes com infecções da linhagem JN mostraram probabilidades semelhantes de receber oxigênio suplementar, suporte respiratório avançado, admissão em UTI e ventilação mecânica invasiva em comparação com aqueles com infecções da linhagem XBB. Isso significa que, embora as novas variantes possam escapar da resposta imunológica de forma mais eficaz, elas não parecem levar a uma doença mais grave do que as variantes anteriores.
Limitações do Estudo
O estudo enfrentou algumas limitações. Tamanhos pequenos de amostra em certos grupos tornaram difícil identificar a eficácia exata da vacina para cada variante. Alguns pacientes não puderam ser classificados em variantes específicas devido a dados de amostra insuficientes de suas infecções.
Além disso, embora os hospitais envolvidos fossem geograficamente diversos, os resultados podem não representar totalmente a população dos EUA. Além disso, infecções anteriores podem ter contribuído para a imunidade dos pacientes, o que o estudo não considerou completamente.
Importância do Monitoramento Contínuo
Apesar dessas limitações, os achados ressaltam a importância de continuar monitorando a eficácia das vacinas COVID-19 contra novas variantes. É essencial que os profissionais de saúde pública tenham informações atualizadas para tomar decisões informadas sobre a composição das vacinas e estratégias de vacinação.
Diante das mudanças contínuas no vírus, pode haver a necessidade de vacinas atualizadas que visem especificamente variantes mais novas para melhorar a eficácia. Por exemplo, a Organização Mundial da Saúde recomendou atualizar as vacinas COVID-19 para incluir componentes que visem a linhagem JN.1.
Conclusão
Essa análise destaca que, enquanto as vacinas COVID-19 atualizadas oferecem proteção contra hospitalizações de variantes JN, a eficácia pode ser menor do que contra variantes mais antigas, como a XBB. Além disso, a gravidade clínica das doenças causadas por essas variantes mais novas não parece ser mais grave do que as das variantes anteriores.
À medida que o vírus continua a evoluir, a vigilância contínua e a pesquisa sobre a eficácia das vacinas e suas implicações clínicas são vitais para proteger a saúde pública. O desenvolvimento e a recomendação de vacinas atualizadas mostram uma abordagem proativa para lidar com a natureza sempre em mudança do COVID-19.
Título: Effectiveness of Updated 2023-2024 (Monovalent XBB.1.5) COVID-19 Vaccination Against SARS-CoV-2 Omicron XBB and BA.2.86/JN.1 Lineage Hospitalization and a Comparison of Clinical Severity -- IVY Network, 26 Hospitals, October 18, 2023-March 9, 2024
Resumo: BackgroundAssessing COVID-19 vaccine effectiveness (VE) and severity of SARS-CoV-2 variants can inform public health risk assessments and decisions about vaccine composition. BA.2.86 and its descendants, including JN.1 (referred to collectively as "JN lineages"), emerged in late 2023 and exhibited substantial genomic divergence from co-circulating XBB lineages. MethodsWe analyzed patients hospitalized with COVID-19-like illness at 26 hospitals in 20 U.S. states admitted October 18, 2023-March 9, 2024. Using a test-negative, case-control design, we estimated the effectiveness of an updated 2023-2024 (Monovalent XBB.1.5) COVID-19 vaccine dose against sequence-confirmed XBB and JN lineage hospitalization using logistic regression. Odds of severe outcomes, including intensive care unit (ICU) admission and invasive mechanical ventilation (IMV) or death, were compared for JN versus XBB lineage hospitalizations using logistic regression. Results585 case-patients with XBB lineages, 397 case-patients with JN lineages, and 4,580 control-patients were included. VE in the first 7-89 days after receipt of an updated dose was 54.2% (95% CI = 36.1%-67.1%) against XBB lineage hospitalization and 32.7% (95% CI = 1.9%-53.8%) against JN lineage hospitalization. Odds of ICU admission (adjusted odds ratio [aOR] 0.80; 95% CI = 0.46-1.38) and IMV or death (aOR 0.69; 95% CI = 0.34-1.40) were not significantly different among JN compared to XBB lineage hospitalizations. ConclusionsUpdated 2023-2024 COVID-19 vaccination provided protection against both XBB and JN lineage hospitalization, but protection against the latter may be attenuated by immune escape. Clinical severity of JN lineage hospitalizations was not higher relative to XBB lineage hospitalizations.
Autores: Kevin C. Ma, D. Surie, A. S. Lauring, E. T. Martin, A. M. Leis, L. Papalambros, M. Gaglani, C. Columbus, R. L. Gottlieb, S. Ghamande, I. D. Peltan, S. M. Brown, A. A. Ginde, N. M. Mohr, K. W. Gibbs, D. N. Hager, S. Saeed, M. E. Prekker, M. N. Gong, A. Mohamed, N. J. Johnson, V. Srinivasan, J. S. Steingrub, A. Khan, C. L. Hough, A. Duggal, J. G. Wilson, N. Qadir, S. Y. Chang, C. Mallow, J. H. Kwon, B. Parikh, M. C. Exline, I. A. Vaughn, M. Ramesh, B. Safdar, J. Mosier, E. S. Harris, N. I. Shapiro, J. Felzer, Y. Zhu, C. G. Grijalva, N. Halasa, J. Chappell
Última atualização: 2024-06-05 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.04.24308470
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.06.04.24308470.full.pdf
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