Entendendo a Ruptura Prematura de Membranas (PPROM)
Um olhar detalhado sobre o impacto do PPROM nas gravidezes.
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Índice
- Cuidado Inconsistente para o PPROM
- Propósito do Estudo
- Método de Coleta de Dados
- Tamanho da Amostra e Análise
- Resultados para Mães e Bebês
- Conclusões sobre Gestações Únicas
- Resultados sobre Sobrevivência dos Bebês
- Resultados da Saúde Materna
- Resultados em Gestações Múltiplas
- Conclusão e Implicações
- Fonte original
- Ligações de referência
A ruptura prematura das membranas antes do trabalho de parto (PPROM) acontece quando a bolsa amniótica estoura antes do início do trabalho de parto e antes da 37ª semana de gestação. Essa situação pode ocorrer em 30-40% de todos os partos prematuros. Quando o PPROM acontece cedo, antes das 24 semanas, pode levar a problemas sérios tanto para a mãe quanto para o bebê. Algumas dessas complicações incluem infecções na mãe e no bebê, sangramentos e até mesmo natimortos.
No Reino Unido, as diretrizes médicas para lidar com o PPROM só se aplicam a gestações que já atingiram 24 semanas. Antes desse período, os médicos costumam oferecer a interrupção da gestação devido ao alto risco de o bebê não sobreviver, além de preocupações sobre possíveis problemas de saúde a longo prazo se o bebê nascer muito cedo. Como o número de casos de PPROM antes das 23 semanas é bastante baixo, os hospitais normalmente lidam com menos de cinco casos por ano. Essa experiência limitada pode dificultar a gestão dessas situações por parte dos médicos.
Cuidado Inconsistente para o PPROM
Mulheres e suas famílias em todo o Reino Unido relatam que o cuidado para o PPROM é bem diferente dependendo de onde estão sendo tratadas. Mesmo em situações semelhantes, algumas mulheres recebem conselhos ou opções diferentes, o que pode aumentar o estresse durante um período difícil.
Propósito do Estudo
O estudo tinha como objetivo coletar informações sobre gestações com PPROM entre 16 e 22 semanas de gestação no Reino Unido. Essa pesquisa foi feita usando um sistema nacional que coleta dados de hospitais, garantindo uma compreensão ampla e detalhada da situação.
Método de Coleta de Dados
O Sistema de Vigilância Obstétrica do Reino Unido (UKOSS) coleta dados sobre eventos raros de gestação de todos os hospitais de maternidade dirigidos por consultores em todo o Reino Unido. Os clínicos eram responsáveis por notificar o sistema sobre quaisquer casos de PPROM entre 16 e 22 semanas. Alguns casos foram excluídos, como aqueles em que as membranas romperam antes de 16 semanas, mas só foram descobertos mais tarde.
Para ter uma visão completa, é importante notar quanto tempo a mulher permaneceu grávida após o diagnóstico de PPROM. As informações foram coletadas usando formulários padronizados, e lembretes regulares foram enviados para garantir que os dados fossem coletados com precisão. O estudo foi inicialmente planejado para um ano, mas foi expandido devido à pandemia de COVID-19 para ver se os resultados mudaram por causa disso. O período final para coleta de dados foi de setembro de 2019 a fevereiro de 2021.
Tamanho da Amostra e Análise
Como este foi um estudo observacional em nível nacional, não houve um cálculo específico para determinar o tamanho da amostra necessário. O número de casos foi baseado no total de nascimentos no Reino Unido durante 2020. A análise foi feita usando software para garantir relatórios precisos. Os resultados foram compartilhados seguindo diretrizes estabelecidas para garantir que os dados fossem claros e confiáveis.
Informações demográficas foram coletadas de todos os participantes e divididas entre aqueles que tiveram manejo expectante e aqueles que optaram por interromper a gravidez por razões médicas. Fatores como idade materna, índice de massa corporal (IMC) e problemas de gravidez anteriores também foram considerados.
Para avaliar o impacto da COVID-19, o estudo comparou dois grupos de gestações: aquelas antes da pandemia e aquelas durante. Isso ajudou a avaliar se a pandemia influenciou algum resultado.
Resultados para Mães e Bebês
Os resultados da gravidez foram relatados separadamente para gestações únicas e múltiplas. Os resultados dos bebês incluíram taxas de sobrevivência e complicações de saúde. Para gestações únicas, o resultado foi categorizado de acordo com a idade gestacional quando ocorreu o PPROM. O estudo focou em certas faixas etárias, já que as diretrizes para manejo de partos prematuros começaram a mudar a partir das 22 semanas.
Entre os bebês, o estudo definiu questões de saúde severas, que incluíram hemorragias cerebrais e a necessidade de oxigênio extra após o nascimento. Dados foram coletados sobre outras condições sérias, como deformidades nos membros e problemas respiratórios.
Para levar em conta os diferentes resultados dependendo de se as gestações continuaram ou foram encerradas, três taxas diferentes foram calculadas: nascimentos vivos, mortes e resultados desconhecidos.
Conclusões sobre Gestações Únicas
No total, o estudo encontrou 368 mulheres com PPROM que atenderam aos critérios. Reportaram uma taxa de casos de cerca de 1 em 2750 nascimentos. Os dados demográficos mostraram que os casos de manejo expectante e interrupção tinham características maternas semelhantes, embora aqueles que interromperam suas gestações o fizessem mais cedo.
Curiosamente, o número de casos de PPROM reportados foi maior antes da pandemia do que durante, apontando possíveis mudanças nos cuidados ou relatórios. No entanto, os resultados para bebês e mães não mostraram diferenças significativas com base no momento do PPROM em relação à pandemia.
Entre as mulheres que continuaram suas gestações, muitas deram à luz logo após o PPROM. A chance de parto aumentou significativamente nas primeiras semanas após a ruptura das membranas. À medida que a gestação avançava, a perspectiva melhorava para mães e bebês.
Resultados sobre Sobrevivência dos Bebês
As taxas de sobrevivência dos bebês foram examinadas com base em quando o PPROM ocorreu. À medida que a idade gestacional aumentava, a probabilidade de nascimentos vivos também aumentava. Por exemplo, entre as mulheres que experimentaram PPROM com 16-17 semanas, apenas cerca de um terço teve partos vivos, enquanto a taxa subiu para cerca de dois terços para aquelas com 22 semanas.
Embora alguns bebês tenham sobrevivido para ter alta do hospital, muitos enfrentaram desafios de saúde severos. As taxas de sobrevivência sem complicações também foram calculadas, indicando que um número significativo de bebês enfrentou problemas de saúde contínuos após o nascimento.
Resultados da Saúde Materna
A saúde das mães que enfrentaram PPROM também foi analisada. Uma pequena porcentagem desenvolveu complicações graves, como infecções que exigiram intervenção cirúrgica. A taxa geral de problemas maternos sérios nesse grupo indicou uma necessidade crítica de apoio e monitoramento contínuos durante e após o PPROM.
Resultados em Gestações Múltiplas
Algumas mulheres no estudo tiveram gestações múltiplas, o que apresentava riscos adicionais. Os resultados de gestações gemelares foram relatados separadamente para destacar os desafios enfrentados. Por exemplo, a taxa de sobrevivência para gêmeos foi menor que a de gestação única, mas variou dependendo das circunstâncias específicas da gravidez.
O estudo mostrou que, embora algumas gestações gemelares resultassem na sobrevivência de ambos os bebês, o número de resultados saudáveis ainda era limitado.
Conclusão e Implicações
Essa pesquisa pinta um quadro complexo do que acontece quando o PPROM ocorre antes da 23ª semana de gestação. Enquanto algumas gestações resultaram em bebês saudáveis, os riscos para mães e bebês eram significativos. O estudo ressalta a necessidade de diretrizes médicas consistentes e claras para apoiar famílias que enfrentam essa situação desafiadora.
Avançando, os achados podem informar práticas de saúde para gerenciar o PPROM precoce, garantindo que todas as mães e seus bebês recebam o melhor cuidado possível. Essa pesquisa fornece uma base para futuros estudos com o objetivo de melhorar os resultados para gestações afetadas pelo PPROM precoce, ajudando as famílias a entender suas opções em um momento difícil.
Título: Preterm Prelabour Rupture Of Membranes (PPROM) before 23 weeks gestation: A prospective observational study
Resumo: ObjectivesDescribe infant and maternal outcomes of a national cohort of women with preterm prelabour rupture of membranes (PPROM) under 23 weeks gestation. DesignProspective national population-based cohort study using the UK Obstetric Surveillance System (UKOSS). SettingAll 194 obstetric units in the UK. Participants330 women with singleton and 38 with multiple pregnancies and PPROM between 16+0 and 22+6 weeks gestation 1/9/19-28/2/21. Main outcome measuresInfant outcomes: livebirth, survival to hospital discharge and severe morbidity, defined as intraventricular haemorrhage grade 3 or 4 and/or supplemental oxygen requirement at 36 weeks postmenstrual age. Maternal outcomes: surgery for placental removal; sepsis; admission to intensive treatment unit (ITU) and death. MethodsAll data including rates of termination of pregnancy for medical reasons (TFMR) were reported. Three rates were calculated for infant outcomes: i) all TFMR excluded; ii) assuming that all TFMR and those with missing data would have died; iii) assuming that all TFMR and those with missing data would be liveborn. Rates are presented as i (ii to iii). ResultsFor singleton pregnancies the livebirth rate was 44% (30 to 62%), infant survival to discharge was 26% (16 to 54%) and 18% (12 to 49%) of infants survived without severe morbidity. Maternal sepsis rate was 12% for singleton and 26% for twin pregnancies. Surgery for placental removal was 20% and 14%, respectively. Five women became severely unwell with sepsis, 2 died and a further 3 required ITU care. ConclusionsAlthough significant numbers of pregnancies with very early PPROM have favourable outcomes, morbidity and mortality rates in this cohort are high for mothers and infants. These data can be used in counselling families facing PPROM prior to 23 weeks gestation and to underpin research into the complex pathologies, including sepsis, related to this condition. Currently available guidelines should be updated accordingly. What is already known on this topicO_LIPPROM under 23 weeks gestation is a serious pregnancy complication with high rates of morbidity for mothers and infants C_LIO_LIWomen are often advised to consider termination for medical reasons (TFMR) C_LIO_LIContemporary, population based, pregnancy outcomes are not available, making counselling even more difficult C_LI What this study addsO_LIThis study identified significant maternal morbidity; 12% of women developed sepsis and 2 women (0.6%, 95%CI 0.17-2.2%) died C_LIO_LIConversely infant outcomes were relatively favourable; 26% of expectantly managed infants survived to hospital discharge and the potential worst-best case survival range including those that had termination for medical reasons (TFMR) was 16-54% C_LIO_LIUnderstanding of these results are imperative to appropriate counselling and management of women facing this difficult complication C_LI
Autores: Laura Goodfellow, A. Care, C. Curran, D. Roberts, M. Turner, M. Knight, Z. Alfirevic
Última atualização: 2023-03-09 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.07.23286863
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.07.23286863.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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