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# Ciências da saúde# HIV/AIDS

Risco de HIV entre Mulheres Jovens na África Subsaariana

Jovens mulheres enfrentam altas taxas de infecção por HIV, precisando de estratégias de prevenção específicas.

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Na África subsaariana, as jovens, principalmente as de 15 a 29 anos, estão em alto risco de infecção por HIV. Esse grupo representa 28% da população na região, mas responde por 44% das novas infecções. A taxa de infecção pelo HIV entre as jovens é bem mais alta do que a dos jovens homens da mesma faixa etária. Vários motivos contribuem para esse aumento de risco, como pressões sociais, diferenças de idade entre os parceiros sexuais e fatores biológicos. Por causa desses desafios, as jovens foram identificadas como um grupo chave para focar nos esforços de prevenção do HIV.

Estratégia Global de Prevenção do HIV

Em 2021, a ONU lançou uma nova estratégia para guiar os esforços de redução das infecções por HIV. Essa estratégia reconhece que nem todas as jovens estão no mesmo nível de risco e sugere adaptar os programas de prevenção com base nas taxas locais de HIV e no comportamento de risco individual. Para isso, quatro grupos foram identificados:

  1. Baixo Risco: Áreas com taxas de HIV muito baixas.
  2. Risco Moderado: Áreas com alguns casos de HIV e pessoas com comportamentos de risco.
  3. Alto Risco: Áreas com altas taxas de HIV.
  4. Muito Alto Risco: Áreas com taxas extremamente altas e onde muitas pessoas têm comportamentos que aumentam seu risco.

O objetivo é levar os recursos certos para as pessoas certas, de acordo com seu nível de risco.

Acesso a Serviços de Prevenção

Todas as jovens devem ter acesso a serviços básicos de prevenção do HIV. Para aquelas que estão em maior risco, especialmente nas áreas com muitas novas infecções, recomenda-se serviços mais intensivos. Isso pode incluir triagens regulares para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), acesso a medicamentos que podem ajudar a prevenir o HIV antes e depois da exposição, educação sobre saúde sexual e apoio para independência financeira.

Necessidade de Dados

Para implementar essas estratégias direcionadas, é crucial ter dados precisos sobre o tamanho da população, taxas de HIV e as necessidades específicas de cada grupo de risco em diversas localidades. Pesquisadores criaram um modelo complexo para dividir as jovens nesses Grupos de Risco com base em localização, idade e ano. Eles focaram em 13 países na África subsaariana que foram identificados como prioridades para os esforços de prevenção do HIV.

Analisando Dados Históricos

Os pesquisadores usaram dados de pesquisas coletados de vários estudos nesses países entre 1999 e 2018. Nessas pesquisas, as jovens foram questionadas sobre seus comportamentos sexuais e experiências com parceiros. Os pesquisadores conseguiram categorizar as mulheres em diferentes grupos de risco com base em suas respostas, garantindo que considerassem o risco mais alto reportado.

As pesquisas também coletaram dados sobre Sexo Transacional, onde as mulheres trocavam sexo por dinheiro ou presentes. Uma pequena porcentagem de jovens relatou esse comportamento, mas a inclusão dessa pergunta na pesquisa foi crucial para estimar com precisão o número de mulheres envolvidas em sexo transacional.

Grupos de Risco de HIV e Suas Características

Os pesquisadores definiram quatro grupos principais com base no comportamento sexual:

  1. Não Sexualmente Ativas: Jovens que relataram não ter atividade sexual no último ano.
  2. Um Parceiro Cohabitante: Aqueles que moram com um parceiro com quem têm relações sexuais regularmente.
  3. Parceiros Não Regulares ou Múltiplos: Mulheres que têm parceiros com quem não moram, ou têm mais de um parceiro sexual.
  4. Sexo Transacional: Mulheres que relataram trocar sexo por dinheiro ou presentes.

Ao analisar esses grupos, os pesquisadores puderam entender melhor os riscos associados ao HIV entre as jovens.

A Importância da Idade e Localização

A idade das jovens foi um fator significativo para entender seu risco de HIV. A maioria das mulheres de 15 a 19 anos relatou não estar sexualmente ativa, enquanto uma porcentagem maior das de 20 a 29 anos relatou ter parceiros coabitantes ou múltiplos. Também foram notadas diferenças entre regiões-alguns países tinham mais mulheres coabitando, enquanto outros tinham mais mulheres com múltiplos parceiros.

Além disso, o estudo mostrou como a localização influencia essas variações. A cultura e as normas sociais únicas de cada país afetam os comportamentos e os riscos associados ao HIV.

Resultados Esperados de Estratégias Direcionadas

Quando as estratégias de prevenção são adaptadas para atingir grupos específicos, elas podem ser muito mais eficazes na redução das novas infecções por HIV. A pesquisa indicou que atingir uma porcentagem menor dos grupos de risco mais alto poderia levar à prevenção de um número significativo de novas infecções. Focar nos riscos associados ao sexo transacional pode fazer uma grande diferença.

Necessidade de Pesquisa Contínua

Os resultados dessa análise destacam a necessidade de pesquisas contínuas sobre os comportamentos e riscos que as jovens enfrentam na África subsaariana. Embora os achados atuais sejam cruciais, ainda é preciso atualizar os dados à medida que novas pesquisas se tornem disponíveis. Isso ajudará a manter a compreensão dos riscos do HIV relevante e precisa.

Desafios na Coleta de Dados

Existem desafios para medir com precisão os riscos e comportamentos relacionados ao HIV. Algumas jovens podem não se sentir confortáveis em relatar seus comportamentos sexuais devido ao estigma. Isso pode resultar em subnotificação, o que pode afetar a confiabilidade das estimativas.

Além disso, entender os fatores de risco para diferentes populações, incluindo demografia e atitudes locais, é essencial para criar programas de prevenção eficazes. É importante ter em mente a necessidade de respeito e sensibilidade ao abordar esses tópicos para garantir que as jovens não se sintam culpadas por suas situações.

Conclusão

As jovens de 15 a 29 anos na África subsaariana enfrentam um alto risco de infecção por HIV, tornando-as uma prioridade para os esforços de prevenção. Reconhecer diferentes níveis de risco com base no comportamento e na localização permite estratégias adaptadas que podem ser mais eficazes na prevenção de novas infecções. A necessidade de dados precisos e de pesquisa contínua é fundamental para entender e responder à epidemia do HIV. Focando nas necessidades únicas de cada grupo, é possível reduzir significativamente o número de novas infecções por HIV e melhorar a saúde geral das jovens nessa região.

Fonte original

Título: Spatio-temporal estimates of HIV risk group proportions for adolescent girls and young women across 13 priority countries in sub-Saharan Africa

Resumo: The Global AIDS Strategy 2021-2026 identifies adolescent girls and young women (AGYW) as a priority population for HIV prevention, and recommends differentiating intervention portfolios geographically based on local HIV incidence and individual risk behaviours. We estimated prevalence of HIV risk behaviours and associated HIV incidence at health district level among AGYW living in 13 countries in sub-Saharan Africa. We analysed 46 geospatially-referenced national household surveys conducted between 1999-2018 across 13 high HIV burden countries in sub-Saharan Africa. Female survey respondents aged 15-29 years were classified into four risk groups (not sexually active, cohabiting, non-regular or multiple partner[s] and female sex workers [FSW]) based on reported sexual behaviour. We used a Bayesian spatio-temporal multinomial regression model to estimate the proportion of AGYW in each risk group stratified by district, year, and five-year age group. Using subnational estimates of HIV prevalence and incidence produced by countries with support from UNAIDS, we estimated new HIV infections in each risk group by district and age group. We then assessed the efficiency of prioritising interventions according to risk group. Data consisted of 274,970 female survey respondents aged 15-29. Among women aged 20-29, cohabiting (63.1%) was more common in eastern Africa than non-regular or multiple partner(s) (21.3%), while in southern countries non-regular or multiple partner(s) (58.9%) were more common than cohabiting (23.4%). Risk group proportions varied substantially across age groups (65.9% of total variation explained), countries (20.9%), and between districts within each country (11.3%), but changed little over time (0.9%). Prioritisation based on behavioural risk, in combination with location- and age-based prioritisation, reduced the proportion of population required to be reached in order to find half of all expected new infections from 19.4% to 10.6%. FSW were 1.3% of the population but 10.6% of all expected new infections. Our risk group estimates provide data for HIV programmes to set targets and implement differentiated prevention strategies outlined in the Global AIDS Strategy. Successfully implementing this approach would result in more efficiently reaching substantially more of those at risk for infections.

Autores: Adam Howes, K. A. Risher, V. K. Nguyen, O. Stevens, K. M. Jia, T. M. Wolock, R. Esra, L. Zembe, I. Wanyeki, M. Mahy, C. Benedikt, S. R. Flaxman, J. W. Eaton

Última atualização: 2023-03-09 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2022.07.12.22277551

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2022.07.12.22277551.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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