Estudo Revela Altos Níveis de Imunidade Natural Entre Profissionais de Saúde na África
Pesquisas mostram que a imunidade natural pode aumentar a proteção contra a COVID-19 em trabalhadores da saúde.
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Índice
A Imunidade Natural e a Imunidade Híbrida, que vem de infecções naturais e vacinas, podem oferecer uma proteção melhor e mais duradoura contra a COVID-19 do que apenas a Vacinação. Isso é super importante pra entender como as comunidades vão lidar com futuras ondas do vírus. Em alguns países, as taxas de vacinação eram baixas, com apenas uma pequena porcentagem de pessoas recebendo ao menos uma dose.
A Situação em Diferentes Países
Em agosto de 2022, apenas 4,6% das pessoas na República Democrática do Congo haviam recebido ao menos uma dose da vacina contra a COVID, enquanto em Serra Leoa era 34,1% e em Uganda 40,5%. O nível de imunidade natural e híbrida nessas áreas vai influenciar muito como elas vão lidar com futuros casos de COVID-19. Outros vírus comuns que a galera costuma pegar também podem afetar como o corpo reage à COVID-19.
Antes da COVID-19, os coronavírus humanos mais comuns causavam doenças leves a moderadas. Muita gente pega esses vírus ao longo da vida, levando a sintomas comuns como tosse, dor de garganta e febre. Alguns estudos sugerem que os Anticorpos formados por exposições anteriores a esses coronavírus podem ajudar contra a COVID-19, mas não tá claro quanto de proteção eles realmente oferecem.
O Propósito do Estudo
O objetivo do estudo foi checar a presença de anticorpos específicos relacionados à COVID-19 entre trabalhadores da saúde em Uganda, Serra Leoa e na República Democrática do Congo. Os pesquisadores queriam ver se esses anticorpos estavam ligados a um risco menor de contrair COVID-19 e como a vacinação impactou essas respostas imunes.
O estudo foi observacional e durou quatro meses, rolando em diferentes centros de saúde. Amostras de sangue foram coletadas dos participantes em três momentos diferentes, e eles responderam perguntas sobre sua saúde e qualquer vacinação ou sintomas de COVID-19 que tivessem enfrentado.
Coleta de Amostras
Os trabalhadores da saúde em algumas unidades de saúde selecionadas foram convidados a participar do estudo. Cada participante preencheu um questionário que coletava informações sobre seu estado de saúde, vacinação e qualquer exposição conhecida à COVID-19. Profissionais treinados coletaram amostras de sangue e transportaram elas de forma segura para laboratórios para análise.
Os pesquisadores usaram uma tecnologia especial pra procurar anticorpos específicos no sangue que indicam exposição anterior à COVID-19 ou a vírus relacionados.
Os Participantes do Estudo
O estudo incluiu trabalhadores da saúde de diferentes regiões. No final do estudo, muitos trabalhadores mostraram sinais de terem sido expostos à COVID-19 de forma natural. Isso sugere uma alta taxa de infecção nas áreas onde o estudo aconteceu. A maioria dos participantes havia sido vacinada ou tinha enfrentado infecção por COVID-19, contribuindo pra sua imunidade.
Resultados do Estudo
Entre os participantes não vacinados, uma grande porcentagem mostrou sinais de ter tido COVID-19 em algum momento durante o estudo. Em Goma, cerca de 70% tinham anticorpos indicando exposição à COVID-19, enquanto em Kambia e Masaka, os números eram ainda maiores. Isso sugere que o vírus se espalhou bastante entre trabalhadores da saúde nessas áreas.
Entre aqueles que não foram vacinados, muitos eram inicialmente soronegativos, mas depois testaram positivo para anticorpos de COVID-19, indicando que provavelmente foram infectados durante o estudo. O estudo também olhou se ter anticorpos de outros coronavírus ajudou a proteger esses trabalhadores da COVID-19, mas os resultados foram inconclusivos.
Fatores que Afetam a Imunidade
O estudo tinha como objetivo entender como a imunidade pré-existente de outros coronavírus poderia afetar o risco de contrair COVID-19. Porém, parece que ter esses anticorpos não significava necessariamente que a pessoa tinha menos chance de pegar COVID-19.
Em Goma, um número significativo de participantes não vacinados permaneceu positivo para anticorpos de COVID-19 durante todo o estudo. Isso indica exposição contínua e possível infecção. Por outro lado, alguns participantes vacinados também mostraram sinais de terem imunidade natural de infecções anteriores.
Insights dos Dados
Curiosamente, o estudo notou que diferentes regiões apresentaram níveis variados de respostas de anticorpos, que podem ser resultado de fatores ambientais ou da forma como o vírus se espalhou nessas áreas.
Participantes em Goma, por exemplo, mostraram taxas mais altas de imunidade natural em comparação com aqueles de outras áreas. Isso pode ser devido a fatores como nível de exposição à COVID-19 na comunidade ou diretrizes de saúde seguidas na região.
Resposta à Vacinação
O estudo também examinou como a vacinação afetou as respostas de anticorpos. Muitos que receberam suas vacinas mostraram resultados positivos para anticorpos relacionados à COVID-19. No entanto, alguns participantes tiveram dificuldades em montar uma resposta imune adequada mesmo semanas após receber a vacina. Isso varia bastante entre regiões.
Em Uganda, a maioria dos trabalhadores da saúde vacinados manteve níveis positivos de anticorpos meses após a vacinação. Em Serra Leoa, por outro lado, a resposta foi mista, com alguns participantes não gerando anticorpos suficientes mesmo após a vacinação. Isso destaca a necessidade de estratégias de vacinação adaptadas às condições locais.
Conclusão
Esse estudo mostra que tem um alto nível de imunidade natural entre trabalhadores da saúde em alguns países africanos. Sugere que a infecção natural combinada com a vacinação pode ser um jeito eficaz de construir imunidade contra a COVID-19. Os pesquisadores enfatizam a importância de levar em conta a exposição anterior ao avaliar os esforços de vacinação futuros.
Com campanhas de vacinação em andamento, entender o contexto local da imunidade pode ajudar a formular estratégias de saúde pública voltadas a enfrentar a pandemia. Os insights obtidos nesse estudo podem contribuir para políticas de saúde mais eficazes e ajudar a preparar para futuras ondas de COVID-19. No geral, esses achados refletem a complexa interação entre imunidade natural e vacinação no controle de infecções como a COVID-19.
Título: Prevalence of IgG and IgM to SARS-CoV-2 and other human coronaviruses in The Democratic Republic of Congo, Sierra Leone and Uganda: A Longitudinal Study
Resumo: ObjectivesWe assessed the prevalence of immunoglobulin G (IgG) and immunoglobulin M (IgM) against four endemic human coronaviruses (HCoVs) and two SARS-CoV-2 antigens, among vaccinated and unvaccinated staff at health care centres in Uganda, Sierra Leone, and the Democratic Republic of Congo (DRC). MethodsGovernment health facility staff who had patient contact in Goma (DRC), Kambia District (Sierra Leone), and Masaka District (Uganda) were enrolled. Questionnaires and blood samples were collected at three timepoints over four months. Blood samples were analysed with the Luminex MAGPIX(R). ResultsAmong unvaccinated participants, the prevalence of IgG/IgM antibodies against SARS-CoV-2 RBD or N-protein at enrolment was 70% in Goma (138/196), 89% in Kambia (112/126) and 89% in Masaka (190/213). IgG responses against endemic HCoVs at baseline were not associated with SAR-CoV-2 sero-acquisition during follow-up. Among vaccinated participants, those who had evidence of SARS-CoV-2 IgG/IgM at baseline tended to have higher IgG responses to vaccination compared to those SARS-CoV-2 seronegative at baseline, controlling for the time of sample collection since vaccination. ConclusionsThe high levels of natural immunity and hybrid immunity should be incorporated into both vaccination policy and prediction models of the impact of subsequent waves of infection in these settings.
Autores: Katherine E. Gallagher, B. J. Lawal, J. Kitonsa, D. Tindanbil, K. Kasonia, A. Drammeh, B. Lowe, D. Mukadi-Bamuleka, C. Patterson, B. Greenwood, M. Samai, B. Leigh, K. A. Tetteh, E. Ruzagira, D. Watson-Jones, H. Kavunga-Membo
Última atualização: 2023-03-10 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.08.23286979
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.03.08.23286979.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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