Melhorando Interfaces Cérebro-Computador com Aprendizado no Dispositivo
Um novo método melhora o desempenho da BCI ao se adaptar aos sinais cerebrais de cada pessoa.
Sizhen Bian, Pixi Kang, Julian Moosmann, Mengxi Liu, Pietro Bonazzi, Roman Rosipal, Michele Magno
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Índice
- O Desafio do Desvio na Distribuição de Características
- Aprendizado no dispositivo para Sistemas Baseados em EEG
- O Papel da Arquitetura EEGNet
- Implementação do Motor de Aprendizado no Dispositivo
- Materiais e Técnicas Usadas
- Resultados e Avaliação de Desempenho
- Consumo de Energia e Eficiência
- Conclusão e Direções Futuras
- Fonte original
- Ligações de referência
Interfaces Cérebro-Computador (BCIS) permitem a comunicação entre o cérebro e dispositivos externos. Elas são especialmente úteis para pessoas com problemas de mobilidade, permitindo que controlem computadores ou sistemas robóticos com os pensamentos. Uma das formas mais comuns de captar a atividade cerebral é através de Eletroencefalogramas (EEG), que medem sinais elétricos gerados pelo cérebro.
À medida que a tecnologia avança, os BCIs estão se tornando mais eficazes e acessíveis. Porém, existem desafios a serem superados, especialmente ao usar esses sistemas com diferentes indivíduos. Os sinais de EEG podem variar muito de uma pessoa pra outra, o que pode dificultar o funcionamento de um modelo de BCI treinado em uma pessoa para outra. Essa variação nos sinais é conhecida como desvio na distribuição de características.
O Desafio do Desvio na Distribuição de Características
O desvio na distribuição de características acontece quando as características dos sinais de EEG mudam de um usuário para outro. Isso pode ocorrer por vários fatores, como diferenças na pele, cabelo ou até mesmo a forma como os eletrodos se conectam ao couro cabeludo. Quando os BCIs são treinados usando dados de indivíduos específicos, eles podem não funcionar bem com dados de novos usuários. Isso resulta em uma queda no desempenho e na efetividade do sistema.
Pesquisadores desenvolveram vários métodos pra melhorar o desempenho entre diferentes indivíduos. Uma abordagem comum é coletar dados adicionais de treinamento de cada novo usuário. Mas esse processo pode ser demorado e exigir muitos recursos computacionais, o que pode dificultar a implementação desses modelos em cenários reais.
Aprendizado no dispositivo para Sistemas Baseados em EEG
Pra lidar com o desvio na distribuição de características, o aprendizado no dispositivo oferece uma solução viável. Esse método permite que o modelo aprenda com novas informações diretamente no dispositivo, se adaptando aos sinais de cada novo usuário sem precisar de um retraining extenso em um computador. Aplicando essa abordagem, o sistema pode melhorar continuamente sua precisão e desempenho à medida que encontra mais dados de EEG de diferentes usuários.
A ideia é criar um motor de aprendizado leve e eficiente que possa rodar em dispositivos wearables, como óculos inteligentes ou faixas na cabeça equipadas com sensores de EEG. Esses dispositivos serão capazes de ajustar seus modelos e melhorar seu desempenho enquanto estão em uso, tornando a experiência mais fluida para os usuários.
EEGNet
O Papel da ArquiteturaUm dos modelos usados nessa pesquisa é o EEGNet, uma arquitetura de rede neural compacta projetada especificamente para BCIs baseados em EEG. A arquitetura é leve, tornando-a adequada para dispositivos de borda com processamento e memória limitados. O objetivo era adaptar o EEGNet para treinamento no dispositivo, permitindo que ele aprendesse diretamente dos dados de EEG à medida que eram coletados.
O modelo começa capturando recursos básicos dos sinais de EEG através de uma convolução temporal. Isso permite que a rede identifique padrões nos dados. Em seguida, uma convolução separável analisa aspectos individuais do sinal pra reunir informações adicionais. Por fim, um classificador é adicionado pra prever as intenções do usuário com base nos dados processados.
Implementação do Motor de Aprendizado no Dispositivo
Pra construir o motor de aprendizado no dispositivo, os pesquisadores usaram um processador de baixa potência projetado pra aplicações de IA. Esse processador combina vários núcleos pra lidar com tarefas de forma eficiente enquanto consome energia mínima. Isso é crucial pra dispositivos wearables, onde a duração da bateria é uma grande preocupação.
O motor de aprendizado proposto atualiza gradualmente os parâmetros do modelo enquanto o dispositivo coleta novos dados de EEG. O modelo é inicialmente treinado em um conjunto de dados de vários usuários, permitindo que ele reconheça padrões gerais. Quando um novo usuário interage com o sistema, o modelo pode se ajustar com base nos dados que chegam, melhorando sua precisão em tempo real.
Materiais e Técnicas Usadas
Os pesquisadores usaram um conjunto de dados disponível publicamente conhecido como conjunto de dados Physionet EEG Motor Imagery, que contém gravações de EEG de voluntários realizando várias tarefas motoras. Esse conjunto de dados é ideal pra treinar o modelo BCI, pois inclui uma variedade de sinais de vários sujeitos.
Durante os experimentos, os voluntários realizaram várias tarefas de imaginação motora enquanto sua atividade cerebral era registrada usando sensores de EEG. Os dados foram coletados de maneira estruturada, permitindo que os pesquisadores avaliasssem o quão bem o motor de aprendizado no dispositivo se saiu com diferentes níveis de entrada de usuários novos.
Resultados e Avaliação de Desempenho
O desempenho do motor de aprendizado no dispositivo foi avaliado comparando a precisão do sistema BCI com e sem o treinamento no dispositivo. Os resultados mostraram melhorias significativas na precisão da classificação quando o sistema utilizava o método de aprendizado no dispositivo.
Os experimentos mostraram que quando o dispositivo se treinou usando dados de usuários não registrados, ele conseguiu um aumento de mais de 7% na precisão de classificação em comparação a usar o modelo sem treinamento no dispositivo. Isso indica que a habilidade do sistema de se adaptar foi eficaz em enfrentar os desafios impostos pelo desvio na distribuição de características.
Consumo de Energia e Eficiência
Além da precisão, avaliar o consumo de energia do motor de aprendizado também foi vital. Os pesquisadores analisaram como o sistema se comportava sob diferentes velocidades de clock e configurações de potência. As descobertas mostraram que usar um tamanho de entrada menor resultou em menor consumo de energia e tempos de inferência mais rápidos.
Por exemplo, ao processar dados com uma configuração específica, o dispositivo conseguiu um tempo de inferência de cerca de 2,1 milissegundos e consumiu apenas 0,10 milijoules de energia por inferência. Essa performance eficiente é crucial para dispositivos wearables, já que permite tempos de uso mais longos entre as recargas.
Conclusão e Direções Futuras
No geral, a implementação de um motor de aprendizado no dispositivo para sistemas de imaginação motora baseados em EEG mostrou resultados promissores. Ao se adaptar aos sinais únicos de EEG de cada usuário, o sistema conseguiu manter uma alta precisão e melhorar a usabilidade. O modelo leve EEGNet e a unidade de processamento avançada tornam essa tecnologia prática pra aplicações do dia a dia.
À medida que a tecnologia continua avançando, o potencial dos BCIs em áreas como reabilitação e tecnologias assistivas cresce. A capacidade de personalizar esses sistemas de forma eficiente vai melhorar as experiências dos usuários, tornando os BCIs mais acessíveis para indivíduos com desafios de mobilidade ou distúrbios neurológicos.
No futuro, mais pesquisas e desenvolvimentos podem aprimorar ainda mais o desempenho desses sistemas. Explorar diferentes arquiteturas, estruturas de entrada e estratégias de treinamento será invaluable pra criar a próxima geração de BCIs que sejam confiáveis, adaptáveis e fáceis de usar.
Título: On-device Learning of EEGNet-based Network For Wearable Motor Imagery Brain-Computer Interface
Resumo: Electroencephalogram (EEG)-based Brain-Computer Interfaces (BCIs) have garnered significant interest across various domains, including rehabilitation and robotics. Despite advancements in neural network-based EEG decoding, maintaining performance across diverse user populations remains challenging due to feature distribution drift. This paper presents an effective approach to address this challenge by implementing a lightweight and efficient on-device learning engine for wearable motor imagery recognition. The proposed approach, applied to the well-established EEGNet architecture, enables real-time and accurate adaptation to EEG signals from unregistered users. Leveraging the newly released low-power parallel RISC-V-based processor, GAP9 from Greeenwaves, and the Physionet EEG Motor Imagery dataset, we demonstrate a remarkable accuracy gain of up to 7.31\% with respect to the baseline with a memory footprint of 15.6 KByte. Furthermore, by optimizing the input stream, we achieve enhanced real-time performance without compromising inference accuracy. Our tailored approach exhibits inference time of 14.9 ms and 0.76 mJ per single inference and 20 us and 0.83 uJ per single update during online training. These findings highlight the feasibility of our method for edge EEG devices as well as other battery-powered wearable AI systems suffering from subject-dependant feature distribution drift.
Autores: Sizhen Bian, Pixi Kang, Julian Moosmann, Mengxi Liu, Pietro Bonazzi, Roman Rosipal, Michele Magno
Última atualização: 2024-08-25 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2409.00083
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2409.00083
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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