Dados de satélite impulsionando mudanças na agricultura em Ruanda
Imagens de satélite de alta resolução ajudam a acompanhar a produção agrícola em Ruanda.
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Índice
- Combatendo a Fome: A Grande Meta
- O Poder dos Satélites na Agricultura
- Acompanhando o Progresso com Dados de Satélite
- A Desigualdade nos Rendimentos
- Identificando Soluções para Equidade
- O Custo de Melhorar os Rendimentos
- Contexto Histórico: Aprendendo com o Passado
- Encontrando Equilíbrio nas Políticas Agrícolas
- Olhando para o Futuro: O Papel da Tecnologia na Agricultura
- Esperando um Futuro Melhor
- A Importância de Coletar Dados
- O Caminho para a Melhoria
- Reconhecendo Limitações
- Pensamentos Finais: Um Chamado à Ação
- Fonte original
- Ligações de referência
Imagens de satélite de alta resolução tão mudando a forma como vemos a agricultura. Elas ajudam a acompanhar a produção das colheitas, especialmente em lugares como Ruanda, onde os fazendeiros costumam ter dificuldade em produzir comida suficiente. Analisando dados de 15 mil vilarejos, conseguimos ver quais áreas estão indo bem e quais estão devagar na produção de Milho, um alimento básico. A meta é dobrar a Produtividade até 2030 e garantir que ninguém fique de fora.
Combatendo a Fome: A Grande Meta
Um dos grandes desafios que enfrentamos no mundo é a fome. O mundo estabeleceu metas específicas para acabar com a fome e promover a agricultura sustentável até 2030. Isso é chamado de Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 (ODS 2). Os pequenos agricultores têm um papel fundamental para alcançar essa meta, como destacado na meta 2.3, que visa dobrar a produtividade deles. A parte complicada é que, mesmo com indicadores para medir isso, tem sido difícil acompanhar o progresso com precisão. Ainda existem muitas lacunas de dados que dificultam ver quem está se beneficiando e quem ainda está ficando para trás.
O Poder dos Satélites na Agricultura
Usar satélites para monitorar o crescimento das colheitas pode ser a solução. A tecnologia de satélite melhorou, permitindo prever as colheitas com detalhes. Embora tenhamos visto alguns exemplos de sucesso, muitas pequenas propriedades no mundo ainda não têm as ferramentas para monitorar suas colheitas de forma eficaz. A necessidade de um monitoramento melhor é clara, especialmente em sistemas de agricultura familiar.
Para Ruanda, criamos dados de séries temporais precisos que mostram a cobertura e a produtividade do milho em um nível detalhado. Com uma resolução de apenas 10 metros e atualizações a cada temporada, esses dados podem ajudar a detectar tendências e desempenho nos milhares de vilarejos em Ruanda. Essas informações também poderiam ser úteis para outros países e culturas.
Acompanhando o Progresso com Dados de Satélite
Os métodos atuais de monitoramento por satélite mostram que os rendimentos de milho em Ruanda não estão atingindo as metas necessárias para dobrar a produtividade até 2030. Mesmo com políticas nacionais e esforços em andamento, os dados revelam um gap entre o que se espera e o que realmente está sendo alcançado.
Por exemplo, a média nacional de rendimento de milho foi avaliada e mostra que Ruanda está ficando para trás, com apenas uma pequena parte dos vilarejos no caminho certo para alcançar essas metas. Algumas regiões, como a Província Oriental e a Província Central Ocidental, estão progredindo, enquanto outras estão lutando para acompanhar. É uma mistura e é claro que algumas áreas precisarão de mais apoio.
A Desigualdade nos Rendimentos
Enquanto alguns vilarejos estão conseguindo aumentos notáveis nos rendimentos de milho, ainda existem desigualdades significativas. A diferença entre os vilarejos com maior e menor produção está aumentando, especialmente durante a pandemia de COVID-19. Embora dados recentes indiquem que essa diferença pode estar diminuindo, ainda é um lembrete de que temos um longo caminho a percorrer. No momento, os vilarejos com os maiores rendimentos têm uma média cerca de 2,4 vezes maior que os vilarejos com os menores rendimentos.
Identificando Soluções para Equidade
Várias situações consideram como melhorar a produtividade do milho e lidar com as desigualdades existentes. Se continuarmos no caminho atual, talvez vejamos apenas um leve aumento na média nacional de rendimento de milho até 2030, com somente uma pequena porcentagem de vilarejos provavelmente dobrando sua produtividade. Isso mostra que precisamos pensar fora da caixa para ver mudanças reais, focando em intervenções específicas que poderiam levar a melhores resultados para todos.
Uma abordagem seria melhorar os rendimentos uniformemente entre todos os vilarejos, o que poderia ajudar a reduzir desigualdades. Outra opção poderia focar em aumentar os rendimentos nas áreas de menor desempenho, permitindo que elas alcancem seus vizinhos mais produtivos. Equilibrar essas duas estratégias poderia levar a um progresso geral maior, garantindo que todos se beneficiem.
O Custo de Melhorar os Rendimentos
Para alcançar as metas estabelecidas no ODS 2, estima-se que custaria cerca de 33 bilhões de dólares por ano. Uma grande parte desse custo precisaria vir dos orçamentos nacionais. No entanto, coletar os dados necessários para monitorar efetivamente o progresso em direção a essas metas tem sido um desafio devido à falta de financiamento.
A boa notícia? O monitoramento por satélite pode ajudar a reduzir custos enquanto fornece dados valiosos. Em Ruanda, o sistema que criamos permite o monitoramento quase em tempo real da produção agrícola por apenas 20 dólares por temporada. Esse tipo de acesso de baixo custo poderia ser implementado em outros países da África Subsaariana também.
Contexto Histórico: Aprendendo com o Passado
Devemos olhar para as revoluções agrícolas do passado para entender onde estamos hoje. A Revolução Verde no século 20 viu aumentos significativos nos rendimentos de colheitas globalmente, mas, infelizmente, muitos países africanos não se beneficiaram tanto desses avanços. Se repetirmos os erros do passado ao ignorar as necessidades dos pequenos agricultores, corremos o risco de deixar muitos para trás novamente.
Investimentos direcionados em pesquisa, infraestrutura e políticas são cruciais para os pequenos agricultores. Ao identificar os sistemas em risco de serem deixados para trás, podemos trabalhar para garantir que o progresso seja inclusivo e disseminado.
Encontrando Equilíbrio nas Políticas Agrícolas
Ao desenvolvermos políticas agrícolas, é essencial entender que alcançar a igualdade na produtividade e cumprir as metas nacionais podem andar de mãos dadas. Os formuladores de políticas enfrentam escolhas sobre como usar os recursos limitados de forma eficaz.
Por exemplo, focar no crescimento igual de rendimentos em todo o país pode parecer mais fácil de monitorar, mas também pode manter as disparidades existentes. Por outro lado, direcionar recursos para vilarejos com baixa produção pode trazer maiores benefícios para o país como um todo, levando ao crescimento econômico e redução da pobreza.
Olhando para o Futuro: O Papel da Tecnologia na Agricultura
Soluções de alta tecnologia precisam desempenhar um papel na redução da diferença de rendimentos. As diferenças de financiamento, instituições e sistemas de apoio dificultam a adaptação dos pequenos agricultores a novas metodologias agrícolas. Pesquisadores podem ajudar os formuladores de políticas a identificar quais intervenções investir para alcançar as taxas de crescimento desejadas.
Sistemas de monitoramento baseados em dados detalhados de satélite podem fornecer forte suporte para decisões baseadas em evidências. Embora esse monitoramento se concentre principalmente no milho, esforços futuros também devem considerar outras culturas para melhorar a segurança alimentar e a diversidade nutricional.
Esperando um Futuro Melhor
Ao reunir cientistas, formuladores de políticas e organizações locais, podemos trabalhar para alcançar metas de desenvolvimento agrícola que beneficiem a todos. Com novas tecnologias e análise de dados, temos o potencial de oferecer suporte de maneiras que podem parecer distantes hoje.
A Importância de Coletar Dados
Em nossa pesquisa, usamos dados de alta resolução para acompanhar os rendimentos de milho em Ruanda. Com uma riqueza de informações de milhares de agricultores, criamos modelos para prever o uso da terra e os rendimentos com precisão. Agrupando os rendimentos por vilarejo, tornamos os dados mais fáceis de entender e analisar. Essa abordagem nos permitiu apresentar uma imagem mais clara da produtividade e identificar áreas que precisam de mais atenção.
O milho em Ruanda geralmente é cultivado em duas temporadas: de setembro a fevereiro e de março a junho. Ao calcular um rendimento anual com base nas médias sazonais, podemos avaliar melhor a produtividade e monitorar o progresso em direção às metas estabelecidas.
O Caminho para a Melhoria
Acompanhar as mudanças na produtividade do milho de 2019 a 2024 nos dá uma ideia de onde estamos. Ao observar tendências, podemos entender se o país está se aproximando das metas do ODS 2.3.
Ao examinar os rendimentos por vilarejo, aprendemos que a igualdade entre os produtores é uma medida crítica. Comparando rendimentos altos e baixos, conseguimos ver as disparidades na produção e direcionar nossos esforços de acordo.
Reconhecendo Limitações
Embora a perspectiva possa parecer promissora, existem limitações devido a fatores biofísicos que podem limitar o potencial de rendimento. Quando avaliamos os dados em relação aos maiores rendimentos observados de milho em cada zona agroecológica, ficou claro que Ruanda pode não atingir suas metas sem mudanças significativas.
No entanto, alguns estudos indicam que, nas condições certas, é possível conseguir rendimentos mais altos com melhores práticas de manejo e insumos. Isso sugere que, com o foco e investimento adequados, uma maior produtividade é alcançável.
Pensamentos Finais: Um Chamado à Ação
Para ter sucesso, é preciso fazer esforços concentrados no desenvolvimento de políticas agrícolas eficazes. As lacunas em financiamento e instituições permanecem barreiras significativas para muitos agricultores. Pesquisadores e formuladores de políticas precisam trabalhar juntos para identificar as estratégias mais eficazes para apoiar os pequenos agricultores e melhorar a produtividade geral.
Ao aproveitar novas tecnologias e focar na tomada de decisões baseada em dados, podemos ajudar Ruanda - e outros países similares - a acompanhar melhor o progresso agrícola. Com o investimento, recursos e compromisso certos, o futuro da agricultura pode ser brilhante. Vamos arregaçar as mangas e pôr a mão na massa!
Título: Satellite monitoring uncovers progress but large disparities in doubling crop yields
Resumo: High-resolution satellite-based crop yield mapping offers enormous promise for monitoring progress towards the SDGs. Across 15,000 villages in Rwanda we uncover areas that are on and off track to double productivity by 2030. This machine learning enabled analysis is used to design spatially explicit productivity targets that, if met, would simultaneously ensure national goals without leaving anyone behind.
Autores: Katie Fankhauser, Evan Thomas, Zia Mehrabi
Última atualização: 2024-10-21 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2411.03322
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2411.03322
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.
Ligações de referência
- https://www.nature.com/natsustain/content
- https://www.nature.com/natfood/content
- https://www.nature.com/natsustain/submission-guidelines/aip-and-formatting
- https://www.springernature.com/gp/authors/campaigns/latex-author-support
- https://www.nature.com/documents/NRJs-guide-to-preparing-final-artwork.pdf
- https://doi.org/10.5281/zenodo.10659095