Riscos de Identificabilidade na Realidade Virtual Social
Esse artigo fala sobre como os movimentos dos usuários em VR podem revelar informações pessoais.
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Índice
Nos últimos anos, a realidade virtual social (VR) tem ganhado popularidade. Muitas vezes chamada de "metaverso," essa tecnologia oferece uma maneira única de interagir socialmente em espaços virtuais. Mas, com o aumento do uso, as preocupações sobre Privacidade também crescem. Este artigo explora a Identificabilidade na VR, focando em como os movimentos dos usuários podem revelar informações pessoais ao longo do tempo.
Visão Geral do Estudo
Pra lidar com os riscos envolvidos, fizemos um estudo detalhado com 232 usuários de VR. Cada participante participou de oito sessões semanais de cerca de trinta minutos, contribuindo para um total de 764 horas de interação social. Esse conjunto de Dados nos permitiu examinar os impactos das diferenças entre os usuários, a duração das sessões e o momento das atividades na identificabilidade.
Descobrimos que mais sessões gravadas aumentam a chance de identificar usuários com base em seus movimentos. Embora a duração de cada sessão também tenha um papel, seu impacto não foi tão significativo quanto o número de sessões. Curiosamente, um intervalo maior entre as sessões de coleta de dados reduziu a identificabilidade, sugerindo que o tempo pode ter um papel protetor.
Identificabilidade e Riscos à Privacidade
O crescimento da VR social traz riscos de privacidade, especialmente sobre como os usuários podem ser identificados por seus comportamentos não verbais em ambientes virtuais. A identificabilidade permite que atacantes relacionem os movimentos dos usuários com suas identidades, o que pode ser uma violação da privacidade.
Um método comum de identificar indivíduos envolve usar várias informações juntas. Por exemplo, saber o código postal de uma pessoa, gênero e data de nascimento pode reduzir bastante o número de identidades potenciais em um grande grupo, como a população dos Estados Unidos. Da mesma forma, na VR, padrões de movimento únicos podem tornar os usuários identificáveis.
Já houve algumas pesquisas sobre como as características identificáveis mudam ao longo do tempo. Estudos anteriores indicaram que a identificabilidade de uma pessoa diminui com longos períodos. No entanto, esses estudos frequentemente se concentraram em atividades curtas e não compararam consistentemente os dados coletados em várias sessões. O tamanho maior da amostra do nosso estudo ao longo de várias semanas traz novas percepções nessa área.
O Papel das Sessões e do Tempo
Na nossa análise, percebemos que as sessões poderiam ser agrupadas com base em se foram gravadas em horários semelhantes ou não. Sessões repetidas podem revelar mais sobre uma pessoa do que sessões únicas e mais longas. Ao examinarmos quão rapidamente os dados de sessões anteriores poderiam identificar usuários em sessões seguintes, observamos uma tendência clara: um intervalo menor entre a coleta de dados produziu maior identificabilidade.
O efeito do atraso no tempo foi notável nos nossos achados. Por exemplo, identificar alguém após um curto atraso de 30 minutos resultou em uma alta taxa de sucesso em comparação com situações em que havia semanas ou meses entre os conjuntos de dados. Isso indica que a precisão da identificação depende significativamente de quão próximas no tempo as sessões estão.
Explorando Riscos no Ambiente VR
As plataformas de VR social podem, sem querer, criar oportunidades para violações de privacidade. Os sistemas de VR coletam continuamente vários tipos de dados, incluindo ações e movimentos dos usuários, além de informações biométricas, que podem ser usadas para inferir características pessoais como altura ou até mesmo etnia.
Além disso, é essencial considerar as implicações éticas para os espectadores que podem estar no mesmo espaço virtual que um usuário de VR. Muitas vezes, os dados deles podem ser coletados sem consentimento, deixando-os vulneráveis a violações de privacidade.
Identificação Baseada em Movimento
Uma área relacionada de preocupação é a Autenticação baseada em movimento em ambientes de VR. Os usuários podem ser autenticados com base em movimentos corporais identificáveis, como a maneira como caminham ou interagem com objetos virtuais. Os pesquisadores têm usado ações específicas para desenvolver sistemas que verificam identidades com precisão.
Autenticação e identificação diferem principalmente na intenção do usuário. Quando as pessoas se autenticam, elas buscam ativamente provar sua identidade. Em contraste, a identificação pode ocorrer sem o conhecimento do usuário, muitas vezes sem intenção de que participem do processo.
Nós exploramos tanto a autenticação quanto a identificação no contexto da VR. Focamos em entender o que torna algumas situações mais fáceis de identificar do que outras, junto com possíveis soluções para melhorar a privacidade.
Fatores que Afetam a Identificabilidade
Vários fatores-chave influenciam quão facilmente os indivíduos podem ser identificados a partir dos dados de VR.
Número de Usuários: Estudos mostram que identificar indivíduos se torna cada vez mais desafiador à medida que o número de usuários aumenta. Um maior tamanho de classificação diminui a precisão em distinguir entre os usuários.
Tipo de Atividade: Diferentes atividades geram níveis variados de sucesso na identificação. Ações que ocorrem naturalmente em interações sociais tendem a fornecer dados mais claros para identificação do que movimentos menos comuns.
Seleção de Recursos: A escolha dos recursos usados para identificar usuários é bastante significativa. Alguns tipos de dados podem não contribuir efetivamente para distinguir um usuário de outro, enquanto outros podem fornecer uma identificação mais clara.
Os pesquisadores desenvolveram defesas contra esses métodos de identificação, incluindo a redução da precisão geral dos recursos identificáveis, alterando os dados utilizados. Essas mudanças mostram que a identificação pode ser menos eficaz quando os atacantes não conseguem acessar dados brutos abrangentes.
Implicações para a Privacidade
Dada a compreensão detalhada da identificabilidade na VR, os desenvolvedores e designers devem tomar medidas para proteger a privacidade dos usuários. Recomendamos que os desenvolvedores de VR adotem medidas robustas para proteger os dados pessoais coletados durante as sessões de VR. Isso inclui minimizar o tempo de armazenamento dos dados e reduzir a variabilidade das atividades compartilhadas com terceiros.
O cenário legal em torno da privacidade de dados precisa evoluir para lidar com essas preocupações. As regulações devem esclarecer como os dados de VR serão tratados para garantir um equilíbrio entre a privacidade dos usuários e os benefícios das tecnologias de VR.
Limitações do Estudo
Apesar dos avanços na compreensão da identificabilidade na VR, o estudo teve limitações. Nem todos os participantes estavam plenamente cientes dos aspectos específicos de seus movimentos que poderiam torná-los identificáveis. As interações ocorreram em um ambiente controlado com equipamentos específicos, o que pode afetar os resultados.
Além disso, embora ambos os conjuntos de dados tenham usado o mesmo sistema de VR, variações entre diferentes headsets de VR podem influenciar as capacidades de identificação, mas essas nuances não foram totalmente capturadas neste estudo.
Direções Futuras de Pesquisa
Daqui pra frente, vai ser crucial continuar explorando intervenções eficazes para melhorar a privacidade dos usuários na VR. Isso inclui desenvolver técnicas para ofuscar dados de movimento e dificultar os esforços de identificação. Entender como os dados visuais e auditivos coletados durante as experiências de VR também podem contribuir para identificar indivíduos acrescenta outra camada à pesquisa.
Além disso, avaliar como mudanças no comportamento do usuário podem influenciar a coleta de dados e a identificabilidade oferece um caminho promissor para futuros estudos. Os pesquisadores também podem descobrir mais sobre como diferentes atividades de VR social impactam a privacidade dos usuários e como as pessoas podem modificar suas interações pra reduzir a identificabilidade.
Conclusão
À medida que a VR social continua a crescer, lidar com os riscos de privacidade associados é essencial. Nossa pesquisa ilumina os fatores que influenciam a identificabilidade e fornece insights que podem ajudar a moldar melhores práticas no design e uso de VR. Ao aumentar a conscientização e tomar medidas proativas, podemos criar ambientes virtuais mais seguros e respeitosos para todos.
Em última análise, entender a dinâmica dos dados de movimento na VR social vai capacitar desenvolvedores, usuários e formuladores de políticas a tomar decisões informadas sobre privacidade e segurança, garantindo uma experiência positiva para todos os participantes no reino virtual.
Título: A Large-Scale Study of Personal Identifiability of Virtual Reality Motion Over Time
Resumo: In recent years, social virtual reality (VR), sometimes described as the "metaverse," has become widely available. With its potential comes risks, including risks to privacy. To understand these risks, we study the identifiability of participants' motion in VR in a dataset of 232 VR users with eight weekly sessions of about thirty minutes each, totaling 764 hours of social interaction. The sample is unique as we are able to study the effect of user, session, and time independently. We find that the number of sessions recorded greatly increases identifiability, and duration per session increases identifiability as well, but to a lesser degree. We also find that greater delay between training and testing sessions reduces identifiability. Ultimately, understanding the identifiability of VR activities will help designers, security professionals, and consumer advocates make VR safer.
Autores: Mark Roman Miller, Eugy Han, Cyan DeVeaux, Eliot Jones, Ryan Chen, Jeremy N. Bailenson
Última atualização: 2023-03-02 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2303.01430
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2303.01430
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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