Sci Simple

New Science Research Articles Everyday

# Ciências da saúde # Oncologia

Nova Esperança na Detecção Precoce do Câncer de Pâncreas

Pesquisas identificam microRNAs chave que podem melhorar o diagnóstico precoce do câncer de pâncreas.

Wenjie Shi, Jianying Xu, Yi Zhu, Chao Zhang, Julia Nagelschmitz, Maximilian Doelling, Sara Al-Madhi, Ujjwal Mukund Mahajan, Maciej Pech, Georg Rose, Roland Siegfried Croner, Guo Liang Zheng, Christoph Kahlert, Ulf Dietrich Kahlert

― 7 min ler


Avanço na Detecção Avanço na Detecção Precoce do Câncer pra diagnóstico de câncer de pâncreas. Estudo encontra microRNAs promissores
Índice

O Câncer de Pâncreas é um dos mais cabulosos de lidar. Ele geralmente aparece sem aviso, porque no começo não tem muitos sinais. Quando os pacientes percebem que algo tá errado, o câncer já costuma estar em um estágio bem sério. Infelizmente, apenas cerca de 13 de cada 100 pessoas diagnosticadas sobrevive por cinco anos. Uma estatística bem tensa.

O pâncreas, o órgão envolvido, ajuda na digestão e controla o açúcar no sangue. Quando o câncer atinge essa área, é o que os médicos chamam de adenocarcinoma ductal pancreático (PDAC). A maioria das vezes, o câncer não aparece em exames padrão até ser tarde demais.

Por que a Detecção Precoce é Difícil?

Um dos principais problemas é que não tem um jeito eficaz de pegar o câncer de pâncreas cedo. Os médicos geralmente dependem de exames de imagem como tomografias e ressonâncias para ver o que tá rolando dentro do corpo. Eles também analisam certos marcadores sanguíneos, que são substâncias que podem indicar câncer, mas não são 100% confiáveis. Por exemplo, se os teste de sangue mostram altos níveis de antígeno carboidrato 19-9 (CA19-9) ou antígeno carcinoembrionário (CEA), não quer dizer que você definitivamente tem câncer de pâncreas. Eles só dão uma ideia do que pode estar acontecendo.

Os pesquisadores estão tentando encontrar novos sinais da doença. Uma área empolgante é analisar pedacinhos de RNA chamados microRNAs no sangue. Eles são como mensageiros que ajudam a controlar o que rola nas nossas células. Eles não só dão dicas sobre o câncer, mas podem ajudar a detectar a doença mais cedo do que os métodos atuais.

O que São MicroRNAs?

MicroRNAs (miRNAs) são pequenas porções de RNA que têm um papel importante em como nossos genes se comportam. Pense neles como pequenos gerentes que dizem para nossas células o que fazer. Se eles não funcionam direito, podem contribuir para doenças, incluindo câncer. Os pesquisadores acham que olhar para esses miRNAs em amostras de sangue especiais pode ajudar os médicos a detectar câncer de pâncreas mais cedo.

Mas não é qualquer miRNA que importa. O foco tá nos que são encontrados em vesículas extracelulares (EVs), que são bolhas pequenas liberadas pelas células na corrente sanguínea. Essas bolhas carregam informações específicas sobre as células de onde vieram. Então, estudá-las pode dar uma visão mais clara do que tá acontecendo, especialmente com o câncer.

O Objetivo do Estudo

Um estudo recente foi feito com a intenção de encontrar uma maneira melhor de detectar câncer de pâncreas analisando esses miRNAs. A ideia é juntar dados de imagem, como tomografias, e ligar com essas partículas de RNA minúsculas. Se der certo, esse trabalho pode não só ajudar a diagnosticar câncer de pâncreas mais cedo, mas também permitir que os médicos classifiquem os diferentes tipos da doença com mais precisão.

Coletando os Dados

Os pesquisadores colheram dados de vários hospitais ao redor do mundo, incluindo lugares na Alemanha e na China. Eles reuniram tomografias e amostras de sangue de pacientes com condições tanto benignas quanto cancerígenas. Isso permitiu que eles garantissem uma diversidade de dados para melhores insights.

Para este estudo, 272 pacientes forneceram suas imagens de tomografia e amostras de sangue. Dentre eles, havia 46 pacientes com condições pancreáticas benignas e 127 com câncer de pâncreas. Os pesquisadores compararam cuidadosamente os resultados de diferentes centros para garantir a precisão.

O Processo de Descoberta de Novos Marcadores

Os pesquisadores primeiro analisaram como isolar EVs das amostras de sangue. Eles usaram técnicas especiais para obter essas bolhas minúsculas e depois as analisaram quanto ao conteúdo de RNA. Eles queriam garantir que tinham amostras de alta qualidade para trabalhar.

Depois de isolar os EVs, o próximo passo foi sequenciar o RNA dentro deles para ver quais miRNAs estavam presentes. O objetivo era descobrir quais miRNAs poderiam ser úteis para prever câncer de pâncreas.

Analisando Características nas Imagens de Tomografia

Enquanto olhavam as amostras de sangue, os pesquisadores também analisaram as imagens de tomografia. Eles usaram uma ferramenta de software para marcar as áreas que mostraram sinais de lesões benignas ou câncer. Analisar essas imagens ajudou eles a identificar padrões ou características que poderiam estar ligadas à doença.

Usando ferramentas de aprendizado de máquina, eles conseguiram filtrar uma grande quantidade de dados de imagem e encontrar características significativas que poderiam indicar se uma pessoa tinha câncer ou não. Depois, eles criaram um modelo baseado nessas características para melhorar a precisão das previsões.

Descobertas do Estudo

O estudo encontrou três miRNAs específicos que parecem ter um papel importante em diferenciar entre condições benignas e cancerígenas. Eles foram chamados de hsa-miR-1260b, hsa-miR-151a-3p e hsa-miR-5695.

Curiosamente, ao comparar as amostras de sangue de indivíduos saudáveis com aquelas de pacientes com câncer de pâncreas, esses três miRNAs estavam muito mais presentes nos pacientes com câncer. Isso sugere que eles poderiam ser marcadores potenciais para detecção precoce.

Os pesquisadores também descobriram que esses miRNAs poderiam estar ligados a certas características das imagens de tomografia. Eles classificaram os pacientes com base em se eram considerados de baixo ou alto risco para câncer e determinaram que os miRNAs selecionados poderiam prever resultados efetivamente com base nessa classificação.

O Papel da Previsão Clínica

Ao analisar mais a fundo os dados dos pacientes, eles descobriram que aqueles classificados em um grupo chamado C1 tinham um prognóstico pior do que os que estavam em um grupo chamado C2. Os pacientes C1 costumavam ser mais velhos, ter tumores maiores e características de doença mais agressivas. Por outro lado, os pacientes C2 mostraram sinais de melhores respostas imunológicas, indicando que poderiam responder melhor a tratamentos como a imunoterapia.

Essa informação é crucial porque pode ajudar os médicos a tomarem decisões melhores sobre as opções de tratamento para pacientes com câncer de pâncreas. Entender quais pacientes estão em maior risco pode levar a abordagens de tratamento mais personalizadas.

O Desafio de Usar MicroRNAs

Embora a identificação desses três miRNAs seja promissora, é importante lembrar que usá-los em situações do dia a dia tem seus desafios. Há um risco de contaminação de células não cancerígenas no sangue que poderia afetar a precisão. Além disso, muitas pessoas têm níveis variados desses miRNAs no sangue, dependendo de diferentes fatores, como saúde geral ou outras condições.

Direções Futuras

Os pesquisadores acreditam que suas descobertas podem levar a novas formas de diagnosticar câncer de pâncreas mais cedo e melhorar as opções de tratamento. Eles sugerem que estudos futuros devem continuar explorando esses miRNAs e seu papel potencial em outros tipos de câncer também.

Além disso, à medida que a tecnologia evolui, pode haver maneiras de simplificar o processo, facilitando para os médicos utilizarem essas descobertas na prática do dia a dia. Por exemplo, desenvolver testes que sejam fáceis de realizar e entender, como usar amostras de sangue para triagens de rotina, seria um passo significativo à frente.

Conclusão

O câncer de pâncreas continua sendo um adversário difícil no mundo do câncer. Mas com pesquisas em andamento e uma compreensão melhor de componentes como os miRNAs, há esperança para uma detecção precoce melhorada e estratégias de tratamento mais eficazes.

O foco agora está nesses três microRNAs e, à medida que mais estudos surgirem, podemos descobrir novos métodos para pegar essa doença mortal antes que ela tenha uma chance de se espalhar. O caminho à frente é desafiador, mas cheio de possibilidades para melhores resultados no tratamento do câncer de pâncreas.

Fonte original

Título: Multiethnic radio genomics reveals low-abundancy microRNA signature in plasma-derived extracellular vesicles for early diagnosis and subtyping of pancreatic cancer

Resumo: PurposeCurrently there is a lack of effective methods to accurately detect pancreatic cacer. In our study, we develop a liquid biopsy signature of EV miRNAs based on associated radiomics features of patients tumors in order to provide new insights for the early diagnosis of pancreatic cancer. Experimental DesignA total of eight datasets enrolled in this study, featuring clinical and imaging data from different benign pancreatic lesions and malignant pancreatic cancers as well as small RNAseq data from cargo of plasma extracellular vesicles of tumor patients. Radiomics Feature Extraction and different features analysis performed by limma packages. Feature selection was performed by Boruta algorithms and radiomics related signature model was build and validated by lasso regression algorithms. Radiomic signature related to low abundance EV miRNAs was analyzed by weighted gene co-expression network analysis. The diagnosis ability of above miRNA are validated by ten machine-learning algorithms. The shared target of candidate miRNAs were predicted and clustered followed by subsequently probing for predicting survival benefit of the patient, drug sensitivity of tumor cells and functional differences. ResultsA total of 88 significant radiologic features demonstrate differences between benign lesion and pancreatic cancer. Three radiomics factor related signature related a plasma EV-miRNAs triplet possessing high accuracy in diagnosis cancer from benign lesions. Moreover, clustering miRNA and there predicted molecular signaling partners in tumor tissue identified tow molecular subtypes of pancreatic cancer. Cluster stratification separates low risk tumors in terms of severely prolonged overall survival time of patients, higher sensitivity to immune therapies. We also propose the potential of purposing selected targeted drugs to specifically targeting the molecular activation markers in high-risk tumor cluster. ConclusionOur three radiogenomics related blood plasma extracellular vesicle microRNA signature is a useful liquid biopsy tool for early diagnosis and molecular subtyping of pancreatic cancer, which might treatment decision making. Statement of translational relevanceThe identification of a low-abundance microRNA signature in plasma-derived extracellular vesicles offers significant translational potential for the early diagnosis and subtyping of pancreatic cancer, particularly across diverse ethnic populations. This discovery could lead to the development of non-invasive liquid biopsies that improve early detection rates, a critical need for a cancer with notoriously poor prognosis due to late diagnosis. By incorporating this microRNA signature into clinical practice, oncologists may be able to detect pancreatic cancer at earlier, more treatable stages, enhancing patient survival rates. Additionally, the subtyping capability of this signature could guide personalized treatment strategies, allowing for more targeted therapies based on specific cancer subtypes. This could ultimately reduce the need for invasive diagnostic procedures and optimize treatment efficacy, reducing adverse effects and improving outcomes. The integration of radiogenomics and liquid biopsy technologies promises to be a powerful tool in the future of cancer medicine, particularly in underserved populations.

Autores: Wenjie Shi, Jianying Xu, Yi Zhu, Chao Zhang, Julia Nagelschmitz, Maximilian Doelling, Sara Al-Madhi, Ujjwal Mukund Mahajan, Maciej Pech, Georg Rose, Roland Siegfried Croner, Guo Liang Zheng, Christoph Kahlert, Ulf Dietrich Kahlert

Última atualização: 2024-11-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.11.22.24317764

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.11.22.24317764.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Mais de autores

Artigos semelhantes