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# Estatística# Neurónios e Cognição# Computação Neural e Evolutiva# Aprendizagem automática

Conectando Neurociência e Redes Neurais

Avanços recentes conectam funções do cérebro a modelos de redes neurais pra entender melhor.

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Índice

Desenvolvimentos recentes em neurociência têm se concentrado em conectar o que observamos nas funções cerebrais e como podemos modelar essas funções usando sistemas de computador conhecidos como redes neurais (NNs). O objetivo é entender como os neurônios processam informações criando estruturas que nos ajudem a ligar observações fisiológicas a princípios computacionais.

O que é um Quadro Normativo?

Um quadro normativo é uma maneira organizada de pensar que ajuda os pesquisadores a identificar os objetivos e processos que os neurônios usam para aprender e computar informações. Começa com um alvo computacional claro e desenvolve algoritmos que podem imitar esses comportamentos dentro de uma Rede Neural. Esses algoritmos são então testados com dados reais do cérebro para ver se funcionam.

Um dos primeiros passos nessa área envolveu a criação de algoritmos para Análise de Componentes Principais (PCA), que é um método estatístico usado para simplificar dados complexos identificando padrões. Os pesquisadores descobriram uma forma de implementar esse método em um único neurônio, permitindo que ele aprendesse com base em suas conexões.

A Importância dos Neurônios Multi-Compartimentais

A maioria dos neurônios no cérebro não é simples; eles têm estruturas complexas conhecidas como designs multi-compartimentais. Isso significa que eles têm partes diferentes que podem receber informações separadamente. Por exemplo, os neurônios piramidais, que são essenciais para o processamento no córtex, recebem sinais em áreas distintas, processam separadamente e depois integram os resultados.

Esses neurônios podem gerenciar sinais elétricos em vários compartimentos, o que desempenha um papel fundamental em como eles aprendem. Entender as regras pelas quais esses neurônios mais complexos operam e como eles aprendem é essencial para desenvolver modelos precisos.

Desenvolvimentos Recentes em Tarefas de Aprendizado

Em estudos recentes, os pesquisadores expandiram os quadros existentes para lidar com tarefas de aprendizado complexas de forma mais eficaz. Eles exploraram vários objetivos computacionais, como Análise de Correlação Canônica (CCA), Análise de Recursos Lentos (SFA), Análise de Componentes Independentes (ICA) e uma versão contrastiva da PCA (cPCA*). Cada uma dessas tarefas aborda diferentes aspectos de como informações podem ser processadas e aprendidas por redes neurais.

Por exemplo, a CCA se concentra em maximizar a relação entre dois conjuntos de entradas, semelhante a como o cérebro pode integrar informações de duas fontes diferentes. Os algoritmos derivados da CCA podem ser facilmente adaptados em redes neurais que refletem o design natural dos neurônios em nosso cérebro.

Resolvendo o Problema da Plasticidade Não-Hebbiana

Além da plasticidade hebbiana, que descreve como as conexões entre neurônios se fortalecem com o uso repetido, os pesquisadores também estão examinando formas não-hebbianas de plasticidade. Essas incluem regras de aprendizado mais sofisticadas que não dependem apenas da atividade dos neurônios conectados, permitindo uma compreensão mais rica e sutil de como a informação é processada.

Ao identificar esses novos objetivos, os pesquisadores criaram algoritmos que podem ser implementados em redes com múltiplos compartimentos e regras de aprendizado que refletem como neurônios reais se comportam. Por exemplo, os ajustes feitos durante o aprendizado consideram uma ampla variedade de sinais e entradas, imitando de perto a complexidade do cérebro.

Conectando Objetivos Computacionais e Regras de Aprendizado Neural

Um avanço significativo neste campo é o estabelecimento de uma conexão clara entre os objetivos das tarefas computacionais e as regras de aprendizado usadas pelas redes neurais. Isso significa que, se identificarmos um tipo específico de regra de aprendizado em uma rede neural, podemos prever a tarefa computacional que ela foi projetada para lidar, e vice-versa.

Essa relação oferece uma estrutura útil para desenvolver modelos melhores que podem lidar com uma variedade de tarefas de aprendizado. Abre as portas para avanços em como entendemos e replicamos os processos de aprendizado do cérebro em sistemas artificiais.

Exemplos de Redes Neurais em Ação

Os pesquisadores têm implementado esses conceitos em redes neurais reais e observado como elas se saem em tarefas complexas. Por exemplo, no caso da CCA, redes neurais conseguiram aprender a integrar sinais de diferentes fontes de forma eficaz. Eles descobriram que essas redes replicaram características vistas em circuitos biológicos onde neurônios se comunicam de maneiras altamente estruturadas.

Da mesma forma, com a SFA, redes neurais conseguiram identificar características de movimento lento em um fluxo de dados. Isso é particularmente importante porque muitos elementos no nosso ambiente mudam lentamente, e reconhecer essas mudanças em meio ao ruído é crucial para um processamento inteligente.

Além disso, a ICA forneceu um método para reduzir a redundância no processamento sensorial, permitindo que redes neurais fizessem a separação de entradas sensoriais em componentes independentes. Isso reflete como nosso cérebro lida eficientemente com grandes quantidades de dados sensoriais, ignorando informações irrelevantes para focar nos detalhes importantes.

Implicações Futuras Desta Pesquisa

O trabalho em andamento para relacionar estruturas e funções neurais a modelos computacionais é apenas o começo. À medida que os pesquisadores continuam a desenvolver e refinar esses quadros, podemos esperar avanços que não apenas melhoram nossa compreensão do cérebro, mas também aprimoram sistemas de inteligência artificial.

Tendo uma visão unificada que combina os insights biológicos de como aprendemos e processamos informações com os aspectos computacionais das redes neurais, pesquisas futuras podem desbloquear novos potenciais na criação de sistemas de IA mais inteligentes e adaptáveis.

Conclusão

Avanços na neurociência estão moldando nossa compreensão de como a informação é processada no cérebro. Ao ligar a computação neural a tarefas de aprendizado eficazes, os pesquisadores estão construindo modelos que refletem o funcionamento complexo de neurônios reais. Essa abordagem unificada não só ajuda a entender as funções cerebrais, mas também abre caminho para inovações no campo da inteligência artificial. À medida que continuamos nesse caminho, a sinergia entre neurociência e modelagem computacional provavelmente resultará em ferramentas poderosas para enfrentar uma ampla variedade de desafios, desde a pesquisa em neurociência até o desenvolvimento de tecnologias inteligentes.

Fonte original

Título: Normative framework for deriving neural networks with multi-compartmental neurons and non-Hebbian plasticity

Resumo: An established normative approach for understanding the algorithmic basis of neural computation is to derive online algorithms from principled computational objectives and evaluate their compatibility with anatomical and physiological observations. Similarity matching objectives have served as successful starting points for deriving online algorithms that map onto neural networks (NNs) with point neurons and Hebbian/anti-Hebbian plasticity. These NN models account for many anatomical and physiological observations; however, the objectives have limited computational power and the derived NNs do not explain multi-compartmental neuronal structures and non-Hebbian forms of plasticity that are prevalent throughout the brain. In this article, we unify and generalize recent extensions of the similarity matching approach to address more complex objectives, including a large class of unsupervised and self-supervised learning tasks that can be formulated as symmetric generalized eigenvalue problems or nonnegative matrix factorization problems. Interestingly, the online algorithms derived from these objectives naturally map onto NNs with multi-compartmental neurons and local, non-Hebbian learning rules. Therefore, this unified extension of the similarity matching approach provides a normative framework that facilitates understanding multi-compartmental neuronal structures and non-Hebbian plasticity found throughout the brain.

Autores: David Lipshutz, Yanis Bahroun, Siavash Golkar, Anirvan M. Sengupta, Dmitri B. Chklovskii

Última atualização: 2023-08-03 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2302.10051

Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2302.10051

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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