Uma Nova Maneira de Identificar Problemas no Coração Cedo
Este estudo apresenta um método pra identificar problemas do coração usando imagens de ECG.
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Índice
Problemas de coração podem causar sérios problemas de saúde, incluindo insuficiência cardíaca e morte precoce. Um problema comum é a disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (VE). Essa condição significa que a principal câmara de bombeamento do coração não está funcionando bem. Se não for identificada cedo, pode causar riscos à saúde significativos. No entanto, muitas pessoas descobrem que têm esse problema só depois que aparecem os sintomas, principalmente porque não existem muitos métodos bons para fazer triagem disso cedo.
Desafios Atuais de Triagem
Os médicos normalmente usam um teste chamado ecocardiografia para diagnosticar a disfunção sistólica do VE, mas esse teste requer equipamentos especiais e pessoal treinado, tornando difícil seu uso em todos os lugares. Uma opção mais acessível, como detectar problemas por meio de eletrocardiogramas (ECGS), poderia ajudar a identificar esses problemas cardíacos mais cedo. Infelizmente, muitos prestadores de saúde, especialmente em áreas remotas, não têm acesso aos dados de ECG necessários para esses testes. Diferentes máquinas de ECG armazenam dados em vários formatos, complicando ainda mais a situação.
Uma Nova Abordagem
Desenvolvemos um método usando imagens de ECGs para identificar melhor a disfunção sistólica do VE. Esse método não depende dos sinais originais do ECG, mas usa imagens, que podem ser mais fáceis de compartilhar e acessar em várias unidades médicas. O objetivo é criar uma ferramenta de diagnóstico que possa ser usada de forma ampla e barata, especialmente em locais com recursos limitados.
Usando Aprendizado Profundo
Nossa nova abordagem utiliza aprendizado profundo, um tipo de programa de computador que aprende com dados. Construímos um modelo que pode analisar imagens de ECG e identificar problemas relacionados à disfunção sistólica do VE com precisão. Esse método funciona bem com qualquer formato de imagens de ECG, tornando-se adaptável a diferentes ambientes médicos.
Dados Usados para Desenvolvimento
Para criar nosso modelo, coletamos dados de ECG de um grande hospital ao longo de vários anos. Cada ECG deve ter um ecocardiograma relacionado feito em um curto período para a análise ser confiável. Juntamos esses dados para ajudar a treinar e testar nosso modelo de aprendizado profundo.
Preparando os Dados
Antes de alimentar os dados no modelo, garantimos que cada gravação de ECG estivesse clara e contínua. Fizemos um processamento básico de imagem para melhorar a qualidade das imagens de ECG. Isso incluiu limpar as imagens para remover qualquer ruído de fundo indesejado e padronizar seu tamanho.
O Processo de Estudo
Dividimos os dados de ECG em três grupos: um para treinar o modelo, um para validar seu desempenho e um para testá-lo depois. Essa configuração ajuda a garantir que o modelo aprenda efetivamente sem ser influenciado pelos dados em que foi treinado.
Treinando o Modelo
O modelo que criamos se baseia em um tipo específico de arquitetura de aprendizado profundo conhecido como EfficientNet-B3. Essa arquitetura é projetada para aprender de forma eficiente com imagens, tornando-a adequada para nosso propósito. Treinamos o modelo com vários tipos de imagens de ECG para ajudá-lo a reconhecer sinais de disfunção sistólica do VE com precisão em diferentes formatos.
Teste e Validação
Depois que o modelo foi treinado, avaliamos seu desempenho usando um conjunto separado de dados que ele não tinha visto antes. Essa etapa é crucial para entender como o modelo se sai em situações da vida real. Também validamos o modelo usando dados de outros ambientes médicos para garantir que funcione bem em diferentes populações e cenários de saúde.
Medindo o Desempenho
Para medir o desempenho do modelo, olhamos para quão precisamente ele podia identificar pacientes com disfunção sistólica do VE comparando suas previsões com os resultados reais do ecocardiograma. Usamos métricas como Sensibilidade (quão bem o modelo identifica corretamente quem tem a condição) e especificidade (quão bem ele identifica corretamente quem não tem a condição).
Resultados do Estudo
Os resultados mostraram que nosso modelo podia identificar disfunção sistólica do VE a partir de imagens de ECG com alta precisão. Ele teve um bom desempenho de forma consistente em diferentes grupos de pacientes, faixas etárias e origens raciais. Validamos também sua eficácia em vários cenários clínicos, confirmando sua utilidade em ambientes diversos.
Entendendo as Dicas Preditivas
Para entender como o modelo faz suas previsões, usamos uma técnica chamada Grad-CAM. Essa técnica ajuda a visualizar quais partes das imagens de ECG são mais importantes para o processo de decisão do modelo. Ela destacou áreas específicas das imagens de ECG associadas à baixa fração de ejeção, uma medida crítica da função cardíaca.
Implicações dos Resultados
Nossos achados sugerem que esse novo método pode servir como uma ferramenta eficaz de triagem para disfunção sistólica do VE, especialmente em lugares sem acesso à ecocardiografia avançada. Esse modelo permite a detecção precoce, o que pode levar a intervenções oportunas e melhor gerenciamento da saúde do coração.
Considerações Futuras
Embora nosso estudo seja promissor, há limitações a serem observadas. Desenvolvemos o modelo principalmente usando dados de pacientes que já tinham indicações para Ecocardiogramas, o que pode não representar a população mais ampla. Estudos futuros devem avaliar seu desempenho em configurações mais gerais, especialmente entre indivíduos que não têm sinais claros de problemas cardíacos.
Conclusão
Resumindo, nossa pesquisa indica que usar imagens de ECG com aprendizado profundo pode fornecer uma solução prática para a triagem da disfunção sistólica do VE. Essa abordagem pode melhorar o acesso a diagnósticos de saúde cardíaca, especialmente em áreas com poucos recursos, levando potencialmente a melhores resultados de saúde. À medida que avançamos, mais avaliações e refinamentos serão necessários para garantir a eficácia do modelo em diversos ambientes de saúde.
Título: Detection of Left Ventricular Systolic Dysfunction from Electrocardiographic Images
Resumo: BackgroundLeft ventricular (LV) systolic dysfunction is associated with over 8-fold increased risk of heart failure and a 2-fold risk of premature death. The use of electrocardiogram (ECG) signals in screening for LV systolic dysfunction is limited by their availability to clinicians. We developed a novel deep learning-based approach that can use ECG images for the screening of LV systolic dysfunction. MethodsUsing 12-lead ECGs plotted in multiple different formats, and corresponding echocardiographic data recorded within 15 days from the Yale-New Haven Hospital (YNHH) during 2015-2021, we developed a convolutional neural network algorithm to detect LV ejection fraction < 40%. The model was validated within clinical settings at YNHH as well as externally on ECG images from Cedars Sinai Medical Center in Los Angeles, CA, Lake Regional Hospital (LRH) in Osage Beach, MO, Memorial Hermann Southeast Hospital in Houston, TX, and Methodist Cardiology Clinic of San Antonia, TX. In addition, it was validated in the prospective Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Gradient-weighted class activation mapping was used to localize class-discriminating signals in ECG images. ResultsOverall, 385,601 ECGs with paired echocardiograms were used for model development. The model demonstrated high discrimination power across various ECG image formats and calibrations in internal validation (area under receiving operation characteristics [AUROC] 0.91, area under precision-recall curve [AUPRC] 0.55), and external sets of ECG images from Cedars Sinai (AUROC 90, AUPRC 0.53), outpatient YNHH clinics (AUROC 0.94, AUPRC 0.77), LRH (AUROC 0.90, AUPRC 0.88), Memorial Hermann Southeast Hospital (AUROC 0.91, AUPRC 0.88), Methodist Cardiology Clinic (AUROC 0.90, AUPRC 0.74), and ELSA-Brasil cohort (AUROC 0.95, AUPRC 0.45). An ECG suggestive of LV systolic dysfunction portended over 27-fold higher odds of LV systolic dysfunction on TTE (OR 27.5, 95% CI, 22.3-33.9 in the held-out set). Class-discriminative patterns localized to the anterior and anteroseptal leads (V2-V3), corresponding to the left ventricle regardless of the ECG layout. A positive ECG screen in individuals with LV ejection fraction [≥] 40% at the time of initial assessment was associated with a 3.9-fold increased risk of developing incident LV systolic dysfunction in the future (HR 3.9, 95% CI 3.3-4.7, median follow-up 3.2 years). ConclusionsWe developed and externally validated a deep learning model that identifies LV systolic dysfunction from ECG images. This approach represents an automated and accessible screening strategy for LV systolic dysfunction, particularly in low-resource settings. CLINICAL PERSPECTIVEO_ST_ABSWhat is New?C_ST_ABSO_LIA convolutional neural network model that accurately identifies LV systolic dysfunction from ECG images across subgroups of age, sex, and race. C_LIO_LIThe model shows robust performance across multiple institutions and health settings, both applied to ECG image databases as well as directly uploaded single ECG images to a web-based application by clinicians. C_LIO_LIThe approach provides information for both screening of LV systolic dysfunction and its risk based on ECG images alone. C_LI What are the clinical implications?O_LIOur model represents an automated screening strategy for LV systolic dysfunction on a variety of ECG layouts. C_LIO_LIWith availability of ECG images in practice, this approach overcomes implementation challenges of deploying an interoperable screening tool for LV systolic dysfunction in resource-limited settings. C_LIO_LIThis model is available in an online format to facilitate real-time screening for LV systolic dysfunction by clinicians. C_LI
Autores: Rohan Khera, V. Sangha, A. Aghajani Nargesi, L. S. Dhingra, A. Khunte, B. J. Mortazavi, A. H. Ribeiro, E. Banina, O. Adeola, N. Garg, C. Brandt, E. J. Miller, A. L. P. Ribeiro, E. Velazquez, L. Giatti, S. M. Barreto, M. Foppa, N. Yuan, D. Ouyang, H. Krumholz
Última atualização: 2023-03-14 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2022.06.04.22276000
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2022.06.04.22276000.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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