A IA transforma a análise de ECG para a saúde do coração
Novos métodos de IA revelam insights para avaliação de risco de doenças cardíacas.
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Índice
Um eletrocardiograma (ECG) é um exame comum usado pra checar a saúde do coração. Ele registra a atividade elétrica do coração, dando uma visão sobre várias condições cardíacas. Os médicos usam ECGS pra identificar problemas como cardiomiopatia, que afeta o músculo cardíaco, e questões sobre como os sinais elétricos se movimentam pelo coração.
Características Principais do ECG
Existem vários padrões específicos que aparecem nos ECGs que podem indicar problemas. Por exemplo, um bloqueio de ramo esquerdo (LBBB) ou uma duração prolongada do QRS podem sugerir um risco maior de futuros problemas cardíacos. Esses padrões normalmente dependem da interpretação do médico ou de medições precisas. No entanto, pode haver características adicionais que não são fáceis de serem vistas pelos médicos, mas que podem ser importantes pra cuidar do paciente.
O Papel da Inteligência Artificial na Análise de ECG
Recentemente, o uso de inteligência artificial (IA) na análise de ECGs cresceu bastante. Um método comum aqui é o Aprendizado de Máquina supervisionado (ML), onde um modelo de computador aprende a reconhecer rótulos específicos, como detectar o risco de condições como fibrilação atrial ou má função cardíaca. Normalmente, esses modelos de IA usam uma estrutura chamada rede neural convolucional (CNN) pra identificar uma ampla gama de características do ECG, ampliando muito os dados analisados além dos métodos tradicionais.
O Potencial de Novas Características do ECG
Modelos de aprendizado de máquina podem descobrir novas características do ECG que podem não ter sido reconhecidas antes. Isso pode levar a insights importantes e aplicações em várias situações médicas.
Os pesquisadores acreditam que as características aprendidas por esses modelos de IA podem fornecer mais do que apenas um único diagnóstico e podem estar ligadas a informações clínicas, genéticas e fenotípicas mais amplas. Eles usaram um modelo de IA treinado que foca em problemas comuns de ritmo cardíaco e condução pra extrair essas novas características. A abordagem envolveu aprendizado de máquina não supervisionado pra categorizar os pacientes em grupos significativos, cada um com previsões de sobrevivência diferentes.
Visão Geral do Estudo
A pesquisa incluiu vários conjuntos de dados externos de populações diversas ao redor do mundo. Isso incluiu voluntários saudáveis, além de pacientes diagnosticados com condições cardíacas específicas. Os pesquisadores buscavam entender como os novos grupos de ECG identificados se relacionam com os resultados de saúde ao longo do tempo.
Considerações Éticas
Antes de começar o estudo, os pesquisadores garantiram que todas as aprovações éticas necessárias estivessem em vigor, seguindo diretrizes pra proteger os direitos e dados de saúde dos participantes.
Conjuntos de Dados de ECG Utilizados
Os pesquisadores coletaram dados de várias fontes:
Cohort CODE: Esse conjunto de dados incluiu mais de 2 milhões de registros de ECG de pacientes em Minas Gerais, Brasil. Ele conecta dados clínicos a registros públicos de Mortalidade.
Cohort ELSA-Brasil: Esse estudo focou em servidores públicos brasileiros, com milhares de participantes fornecendo dados de ECG.
Cohort SaMi-Trop: Essa coorte envolveu pacientes com doença de Chagas crônica, uma condição cardíaca específica comum em algumas regiões.
Cohort UK Biobank: Um grande estudo que inclui mais de meio milhão de voluntários que ofereceram informações de saúde, incluindo dados de ECG, pra pesquisa.
Cohort Whitehall II: Esse estudo acompanhou servidores públicos britânicos ao longo do tempo, coletando dados de saúde de exames médicos repetidos.
Cohort BIDMC: Dados de ECG foram coletados de pacientes em um centro médico em Boston, fornecendo outra camada de informação.
Analisando os Dados de ECG
Pré-processamento de Sinais de ECG
Antes de analisar os sinais de ECG, os pesquisadores limparam e ajustaram eles. Isso envolveu remover ruídos e padronizar as gravações pra garantir consistência entre diferentes testes.
Extraindo Características
Os pesquisadores usaram uma CNN treinada que inicialmente focava em identificar anormalidades comuns de ECG. Eles removeram a camada final da rede pra acessar características antes da etapa de classificação, permitindo estudar 5120 características diferentes de ECG. Essas características foram analisadas pra agrupar os pacientes em três fenogrupos diferentes usando um método chamado agrupamento K-means.
Análise de Sobrevivência
Os pesquisadores realizaram análises de sobrevivência com base nos fenogrupos identificados. Eles observaram como diferentes grupos se correlacionavam com taxas de mortalidade, descobrindo que grupos distintos tinham riscos diferentes de morte.
Resultados do Cohort CODE
Na principal coorte CODE, a análise descobriu que um grupo (Fenogrupo B) tinha um risco de mortalidade significativamente maior em comparação com outros grupos. Mesmo ao ajustar por vários fatores de saúde conhecidos, esse grupo ainda mostrava um risco aumentado.
Validação Externa
Pra garantir que os achados eram válidos, os pesquisadores testaram seus resultados nas outras coortes. Eles confirmaram que os fenogrupos permaneciam significativos e podiam prever resultados de mortalidade nesses diferentes grupos, mostrando que os achados eram robustos e aplicáveis em vários contextos.
Associações Fenotípicas
Pra entender melhor as características dos fenogrupos identificados, os pesquisadores realizaram análises estatísticas. Esses estudos revelaram que certas condições cardíacas eram mais comuns em grupos de alto risco, potencialmente guiando estratégias de tratamento e prevenção.
Conexões Genéticas
Os pesquisadores também realizaram estudos Genéticos pra ver se marcadores genéticos específicos estavam associados aos fenogrupos. Eles identificaram várias variantes genéticas ligadas à saúde do coração, proporcionando uma compreensão mais profunda de como a genética pode influenciar condições cardíacas.
Explicabilidade do Modelo
Entender como o modelo de aprendizado de máquina tomou suas decisões é crucial. Os pesquisadores usaram uma técnica chamada Grad-CAM pra visualizar quais partes do sinal de ECG eram mais importantes pra determinar a qual fenogrupo um paciente pertencia.
Conclusão
Esse estudo destacou o grande potencial do uso de técnicas avançadas de aprendizado de máquina pra analisar dados de ECG. Ao identificar fenogrupos distintos com base em características do ECG, os pesquisadores podem obter insights que podem melhorar o cuidado e as estratégias de tratamento dos pacientes. Os achados mostraram resultados consistentes em diversas populações e confirmaram a relevância dessas novas características de ECG na previsão de resultados de saúde.
Ao aplicar essas técnicas avançadas, o estudo abre um caminho pra melhor avaliação de riscos em pacientes, o que pode levar a estratégias personalizadas de tratamento e monitoramento da saúde do coração. A integração desses achados na prática clínica pode melhorar muito como as condições cardíacas são diagnosticadas e gerenciadas no futuro.
Título: Neural network-derived electrocardiographic features have prognostic significance and important phenotypic and genotypic associations
Resumo: BackgroundSubtle prognostically-important ECG features may not be apparent to physicians. In the course of supervised machine learning (ML), many thousands of ECG features are identified. These are not limited to conventional ECG parameters and morphology. HypothesisNovel neural network (NN)-derived ECG features can predict future cardiovascular disease and mortality Methods and ResultsWe extracted 5120 NN-derived ECG features from an AI-ECG model trained for six simple diagnoses and applied unsupervised machine learning to identify three phenogroups. In the derivation cohort (CODE, 1,558,421 subjects), the three phenogroups had significantly different mortality profiles. After adjusting for known covariates, phenogroup B had a 20% increase in long-term mortality compared to phenogroup A (HR 1.20, 95% CI 1.17-1.23, p < 0.0001). The predictive ability of the phenogroups was retained in a group with physician confirmed normal ECGs. We externally validated our findings in five diverse cohorts (Figure) and found phenogroup B had a significantly greater risk of mortality in all cohorts. Phenome-wide association study (PheWAS) showed phenogroup B had a higher rate of future AF, ischaemic heart disease, AV block, heart failure, VT, and cardiac arrest. Phenogroup B had increased cardiac chamber volumes and decreased cardiac output. A single-trait GWAS yielded four loci. SCN10A, SCN5A and CAV1 have roles in cardiac conduction and arrhythmia. ARHGAP24 does not have a clear cardiac role and may be a novel target. Gradient-weighted Class Activation Mapping (Grad-CAM) identified the terminal QRS and terminal T wave as important regions of the ECG for identification of phenogroup B. ConclusionNN-derived ECG features can be used to predict all-cause mortality and future cardiovascular diseases. We have identified biologically plausible and novel phenotypic and genotypic associations that describe mechanisms for the increased risk identified.
Autores: Arunashis Sau, A. H. Ribeiro, K. A. McGurk, L. Pastika, N. Bajaj, M. Ardissino, J. Y. Chen, H. Wu, X. Shi, K. Hnatkova, S. Zheng, A. Britton, M. Shipley, I. Andrsova, T. Novotny, E. Sabino, L. Giatti, S. M. Barreto, J. W. Waks, D. B. Kramer, D. Mandic, N. S. Peters, D. P. O'Regan, M. Malik, J. S. Ware, A. L. Ribeiro, F. S. Ng
Última atualização: 2023-06-16 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.06.15.23291428
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.06.15.23291428.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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