Garantindo Justiça em Modelos de Aprendizado de Máquina
Uma mergulhada na importância da justiça na tomada de decisão em ML.
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Índice
- Entendendo Diferenças Sistemáticas
- Justiça de Grupo vs Justiça Individual
- A Necessidade de Melhores Medidas de Justiça
- Introduzindo Justiça Contraparte
- Estudos de Caso Demonstrando Justiça Contraparte
- Avaliando a Justiça com Testes de Significância
- Aplicação Além da Saúde: Outros Domínios
- Desafios e Avançando
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Aprendizado de máquina (ML) tá virando uma ferramenta popular pra tomar decisões em várias áreas, especialmente na saúde. Enquanto usamos modelos de ML, é importante garantir que esses modelos façam decisões justas. Justiça nesse caso significa que os modelos não discriminam nenhum grupo específico de pessoas.
A discriminação pode afetar especialmente grupos vulneráveis, como minorias ou pessoas economicamente desfavorecidas. Pesquisadores têm trabalhado duro pra encontrar maneiras de medir e melhorar a justiça nos modelos de ML.
Em muitos casos, os métodos existentes analisam grupos definidos por atributos sensíveis, como raça ou gênero. No entanto, esses métodos podem não levar em conta todas as diferenças entre os grupos. Isso é um problema, porque se não considerarmos essas diferenças, podemos avaliar injustamente ou nem perceber onde existem preconceitos.
Entendendo Diferenças Sistemáticas
Uma questão crítica nas avaliações de justiça é o que chamamos de "diferenças sistemáticas." Essas são diferenças entre grupos que não se baseiam em atributos sensíveis, mas relacionadas a outros fatores, como background social ou econômico. Por exemplo, pessoas de diferentes contextos econômicos podem ter diferentes resultados de saúde.
Quando avaliamos a justiça, não considerar essas diferenças sistemáticas pode resultar em resultados enganadores. Por exemplo, se um algoritmo de saúde for avaliado apenas olhando pro número de pessoas que impacta de diferentes grupos raciais, sem considerar seu status econômico, podemos passar por cima de preconceitos críticos dentro do modelo.
Justiça de Grupo vs Justiça Individual
A justiça pode ser avaliada de duas maneiras: justiça de grupo e justiça individual.
Justiça de Grupo
A justiça de grupo foca em comparar diferentes grupos demográficos. Por exemplo, podemos ver se um modelo de ML trata homens e mulheres igualmente em termos de resultados. Métricas usadas normalmente envolvem comparar resultados entre grupos pra garantir que nenhum grupo seja tratado de maneira injusta.
No entanto, a justiça de grupo pode ser problemática quando existem diferenças sistemáticas significativas entre grupos. Se dois grupos têm características básicas diferentes, como condições de saúde ou acesso a cuidados de saúde, olhar apenas pra resultados de grupo pode distorcer a compreensão da justiça.
Justiça Individual
A justiça individual é sobre tratar indivíduos semelhantes de maneira semelhante. A ideia é que, se duas pessoas são parecidas nos aspectos relevantes do processo de decisão, elas deveriam receber resultados semelhantes do modelo. Ou seja, se você tem dois pacientes com condições de saúde parecidas, eles deveriam ser tratados de forma semelhante, independentemente do seu background demográfico.
Mas alcançar a justiça individual é complicado. Exige definições claras de "semelhança" e geralmente precisa de expertise no domínio específico pra estabelecer o que torna indivíduos comparáveis.
A Necessidade de Melhores Medidas de Justiça
As avaliações de justiça atuais muitas vezes dependem de distribuições de dados observadas. Isso significa que elas olham apenas pros dados disponíveis sem considerar relações causais mais profundas. Essa falta de profundidade pode obscurecer preconceitos subjacentes que podem não ser imediatamente aparentes.
Pra abordar melhor a justiça, precisamos considerar tanto os dados observados quanto as conexões entre diferentes variáveis. Assim, conseguimos identificar quando uma variável pode estar influenciando outra.
Além disso, ajustar questões relacionadas à representação e coleta de dados é crucial. Se um grupo está sub-representado em um conjunto de dados, as medidas de justiça podem deixar de notar disparidades significativas.
Introduzindo Justiça Contraparte
Pra criar uma medida de justiça mais robusta, um novo método conhecido como Justiça Contraparte foi desenvolvido. Este método foca em avaliar a justiça entre indivíduos que estão de perto parecidos nas características relevantes, independentemente de seus backgrounds demográficos. Veja como funciona:
Identificando Contrapartes
O conceito de contrapartes envolve encontrar indivíduos de diferentes grupos que são parecidos em características-chave relacionadas ao processo de decisão do modelo. Por exemplo, se estamos analisando um modelo de previsão de saúde, queremos parear pacientes de diferentes grupos raciais com base em indicadores de saúde, status socioeconômico e outros fatores relevantes.
Esse pareamento significa que não estamos mais comparando “maçãs com laranjas”. Em vez disso, queremos comparar “maçãs com maçãs”, o que gera um quadro mais claro de justiça.
Usando Pontuações de Propensão
Uma maneira eficaz de identificar essas contrapartes é através de uma técnica chamada pareamento por pontuação de propensão. Essa abordagem ajuda a reduzir fatores de confusão-outras variáveis que podem influenciar os resultados-garantindo que estamos comparando indivíduos semelhantes.
Uma vez que identificamos as contrapartes, podemos avaliar a justiça das decisões algorítmicas de forma mais eficaz. Isso é essencial porque permite ver se um modelo trata indivíduos semelhantes de forma justa, revelando preconceitos que podem estar ocultos ao comparar grupos maiores.
Estudos de Caso Demonstrando Justiça Contraparte
Vários estudos mostraram a eficácia dessa nova abordagem. Pesquisadores testaram o método em diversos conjuntos de dados, incluindo aqueles relacionados à saúde e justiça criminal.
Conjunto de Dados MIMIC
O conjunto de dados MIMIC contém informações essenciais de cuidados críticos de pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva. Usando essas informações, os pesquisadores avaliaram quão bem os modelos previam resultados de saúde, como se um paciente precisaria de ventilação.
Ao aplicar a justiça contraparte, os pesquisadores conseguiram identificar e avaliar preconceitos dentro das previsões. Eles descobriram que comparações de grupo tradicionais não refletiam com precisão a justiça, enquanto o método de contrapartes forneceu uma compreensão mais clara de como pacientes com condições de saúde semelhantes eram tratados.
Conjunto de Dados COMPAS
O conjunto de dados COMPAS é comumente usado em pesquisas de justiça criminal pra prever risco de reincidência. Esse conjunto inclui informações demográficas e crimes passados.
Ao aplicar o método de contrapartes, os pesquisadores conseguiram encontrar diferenças sistemáticas significativas em como o modelo previu a reincidência para diferentes grupos raciais. Mesmo quando as diferenças visíveis nas previsões pareciam pequenas, as contrapartes destacaram preconceitos subjacentes que de outra forma teriam sido negligenciados.
Avaliando a Justiça com Testes de Significância
Enquanto identificar contrapartes é essencial, medir a significância dos resultados é igualmente crucial. Uma pequena diferença nas previsões não significa necessariamente que não há preconceito.
Pra descobrir se as diferenças medidas entre as contrapartes são significativas, podem ser usados testes de significância estatística. Esses testes ajudam a determinar se as diferenças observadas nas previsões do modelo são causadas por acaso ou se indicam um problema real de preconceito.
Empregando testes de amostras pareadas, os pesquisadores podem averiguar se o modelo se comporta de forma justa entre todas as contrapartes pareadas. Isso acrescenta uma camada adicional de rigor às avaliações de justiça.
Aplicação Além da Saúde: Outros Domínios
Os princípios da justiça contraparte não estão limitados à saúde. Eles podem ser aplicados em várias outras áreas, incluindo finanças, práticas de contratação e justiça criminal.
Aplicações Financeiras
Na finança, algoritmos são frequentemente usados pra pontuação de crédito e aprovações de empréstimos. A justiça contraparte pode ajudar a garantir que os modelos não discriminem injustamente com base em raça ou gênero, enquanto ainda consideram fatores essenciais como histórico de crédito.
Práticas de Emprego
Na contratação, a justiça contraparte poderia ser usada pra avaliar como candidatos de diferentes backgrounds são avaliados. Isso poderia ajudar organizações a criar práticas de contratação mais justas que não favoreçam inadvertidamente certos grupos demográficos em detrimento de outros.
Justiça Criminal
Em configurações de justiça criminal, usar a justiça contraparte poderia garantir que algoritmos usados pra liberdade condicional ou sentenças não discriminem indivíduos com base em raça ou status socioeconômico.
Desafios e Avançando
Apesar da promessa da justiça contraparte, alguns desafios ainda permanecem. Primeiro, definir com precisão o que significa para indivíduos serem "semelhantes" ainda pode ser complexo e pode variar de acordo com o contexto.
Além disso, o processo de encontrar contrapartes exige coleta de dados abrangente, que pode nem sempre ser possível. Isso pode ser especialmente pertinente em áreas como saúde, onde as informações dos pacientes podem estar incompletas.
Por fim, enquanto a justiça contraparte representa um avanço significativo, não é a solução definitiva. Ela precisa ser integrada a outras medidas de justiça pra alcançar avaliações de justiça abrangentes.
Conclusão
A justiça em aprendizado de máquina é crucial pra garantir que os algoritmos beneficiem todos igualmente. Focando em indivíduos equivalentes através de abordagens como a justiça contraparte, podemos melhorar nossa compreensão de preconceitos e garantir que as decisões sejam tomadas de maneira justa.
Esse método pode identificar preconceitos ocultos e promover melhor igualdade em vários setores, levando a resultados mais justos. A jornada em direção a modelos de aprendizado de máquina justos e imparciais tá em andamento, mas com esforços contínuos e inovações, podemos fazer grandes avanços na promoção da justiça em nossas sociedades.
Título: Counterpart Fairness -- Addressing Systematic between-group Differences in Fairness Evaluation
Resumo: When using machine learning to aid decision-making, it is critical to ensure that an algorithmic decision is fair and does not discriminate against specific individuals/groups, particularly those from underprivileged populations. Existing group fairness methods aim to ensure equal outcomes (such as loan approval rates) across groups delineated by protected variables like race or gender. However, in cases where systematic differences between groups play a significant role in outcomes, these methods may overlook the influence of non-protected variables that can systematically vary across groups. These confounding factors can affect fairness evaluations, making it challenging to assess whether disparities are due to discrimination or inherent differences. Therefore, we recommend a more refined and comprehensive fairness index that accounts for both the systematic differences within groups and the multifaceted, intertwined confounding effects. The proposed index evaluates fairness on counterparts (pairs of individuals who are similar with respect to the task of interest but from different groups), whose group identities cannot be distinguished algorithmically by exploring confounding factors. To identify counterparts, we developed a two-step matching method inspired by propensity score and metric learning. In addition, we introduced a counterpart-based statistical fairness index, called Counterpart Fairness (CFair), to assess the fairness of machine learning models. Empirical results on the MIMIC and COMPAS datasets indicate that standard group-based fairness metrics may not adequately inform about the degree of unfairness present in predictions, as revealed through CFair.
Autores: Yifei Wang, Zhengyang Zhou, Liqin Wang, John Laurentiev, Peter Hou, Li Zhou, Pengyu Hong
Última atualização: 2024-11-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2305.18160
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2305.18160
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
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