O Papel da Nutrição na Vacinação contra COVID-19 em Grávidas
Analisando como a nutrição afeta a resposta imunológica às vacinas contra a COVID-19 em gestantes.
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Desde o início da COVID-19, muitos países trabalharam duro pra criar vacinas e remédios pra combater o vírus. Agora já tem várias vacinas contra a COVID-19 aprovadas. No entanto, mulheres grávidas não foram incluídas nos primeiros estudos dessas vacinas, o que significa que tem pouca informação sobre quão seguras e eficazes elas são pra elas. Mulheres grávidas estão em maior risco de pegar COVID-19, ter doenças graves e até morrer devido às mudanças no sistema imunológico durante a gravidez. Por isso, é importante olhar pros riscos que elas enfrentam e como a nutrição pode ajudar.
Uma boa nutrição é essencial pra um sistema imunológico forte, e tomar suplementos pode ajudar. Quando uma pessoa não recebe nutrientes suficientes, seu sistema imunológico pode enfraquecer, tornando-a mais propensa a ficar doente, o que pode levar a mais desnutrição. Por outro lado, tomar nutrientes demais também pode prejudicar o sistema imunológico. Portanto, é fundamental que mulheres grávidas tenham uma dieta equilibrada cheia de alimentos saudáveis e suplementos adequados pra evitar infecções e manter seus sistemas imunológicos funcionando bem.
Alguns nutrientes são particularmente importantes durante a gravidez. Por exemplo, o Ácido Fólico é crucial pra ajudar a evitar defeitos congênitos no cérebro e na coluna. Tomar ácido fólico durante a gravidez também pode reduzir o risco de complicações como pré-eclâmpsia e parto prematuro.
O Ferro é outro nutriente vital pra mulheres grávidas. Ele ajuda a formar a hemoglobina, que transporta oxigênio no sangue. O ferro também ajuda a formar enzimas que o corpo precisa. Muitas mulheres grávidas enfrentam anemia por deficiência de ferro, que pode levar a problemas sérios durante o parto, como hemorragias, parto prematuro e baixo peso ao nascer. Mulheres com anemia ferropriva também estão mais vulneráveis à COVID-19.
DHA é uma gordura importante encontrada nas células do cérebro e é necessária pro desenvolvimento cerebral do feto. A suplementação de DHA durante a gravidez pode apoiar o crescimento do cérebro do bebê e melhorar habilidades de raciocínio e visão. A Organização Mundial da Saúde recomenda que mulheres grávidas consumam pelo menos 300mg de DHA por dia. O DHA também pode ajudar a melhorar a saúde imunológica do bebê.
O estado nutricional durante a gravidez é essencial, pois pode impactar a resposta imunológica da mulher a infecções como a COVID-19. Isso levanta uma pergunta importante: será que tomar suplementos nutricionais pode melhorar a resposta imunológica às vacinas contra a COVID-19? Pra responder isso, um estudo foi feito pra investigar como suplementos alimentares afetam os Níveis de Anticorpos em mulheres grávidas que receberam uma vacina específica contra a COVID-19.
Visão Geral do Estudo
O estudo foi realizado em três hospitais na província de Guangdong, na China, de dezembro de 2021 a julho de 2022. Os pesquisadores incluíram mulheres grávidas que haviam recebido pelo menos uma dose da vacina inativada contra a COVID-19 e que não tinham tido COVID-19 antes ou durante a gravidez. No total, 873 mulheres grávidas atenderam aos critérios pra participar do estudo.
Os pesquisadores coletaram informações das participantes, incluindo idade, índice de massa corporal (IMC), número de gravidezes, hábitos de fumar, doses da vacina recebidas, efeitos colaterais da vacina e detalhes sobre quaisquer suplementos nutricionais que elas estavam tomando. Eles também coletaram amostras de sangue pra medir os níveis de anticorpos que indicam uma resposta à vacina.
Principais Resultados
Entre as 873 mulheres grávidas no estudo, a maioria tomou ácido fólico (94,5%). Um número menor tomou suplementos de ferro (18,9%) e DHA (22,6%). O estudo descobriu que 44,7% das mulheres tinham anticorpos neutralizantes contra o SARS-CoV-2, e 46,4% tinham anticorpos IgG, que também mostram uma resposta imunológica.
Quando os pesquisadores analisaram os dados, encontraram algumas diferenças com base em se as mulheres tomavam suplementos nutricionais ou não. Para aquelas que tomaram ácido fólico, houve diferenças no número de gravidezes, partos e nível de educação. Em relação às que tomaram suplementos de ferro, observaram diferenças em hábitos de fumar, frequência de exercícios e o tempo desde a vacinação. Mulheres que tomaram DHA também mostraram diferenças nessas áreas.
No entanto, ao olhar especificamente pro impacto dos suplementos nutricionais nos níveis de anticorpos, o estudo não encontrou diferenças significativas. Após considerar vários fatores como idade e detalhes da vacinação, a presença de anticorpos neutralizantes e anticorpos IgG em mulheres que tomaram ácido fólico, ferro ou DHA não foi significativamente diferente daquelas que não tomaram esses suplementos.
Importância da Nutrição para Mulheres Grávidas
Não há dúvida de que a nutrição desempenha um papel crucial durante a gravidez. Nutrientes como o ácido fólico são necessários pra síntese de DNA e proteínas e podem ajudar o sistema imunológico a responder às infecções. Níveis adequados de ferro também são importantes, pois ajudam a prevenir anemia, que pode levar a sérios problemas de saúde tanto pra mãe quanto pra criança.
O DHA é particularmente importante pro desenvolvimento cerebral do feto e já foi mostrado que influencia resultados cognitivos e comportamentais em crianças depois. Estudos mostraram que mães que tomam DHA durante a gravidez podem ter filhos que se saem melhor em tarefas de resolução de problemas. Além disso, a suplementação de DHA está ligada a níveis mais baixos de estresse em mulheres grávidas, contribuindo pra uma melhor saúde geral.
Embora este estudo não tenha encontrado uma conexão entre tomar esses suplementos e níveis de anticorpos melhorados, ainda é fundamental que mulheres grávidas fiquem atentas à sua ingestão nutricional. O papel da nutrição na saúde geral e na função imunológica não pode ser ignorado, especialmente durante um período em que o corpo passa por mudanças significativas.
Direções Futuras
Enquanto o estudo atual forneceu insights importantes, também destacou algumas áreas pra mais pesquisas. O estudo se baseou em dados relatados pelas próprias participantes sobre a ingestão de suplementos, o que pode levar a imprecisões. Estudos futuros poderiam melhorar medindo os níveis reais de nutrientes em mulheres grávidas e examinando o impacto de suplementos adicionais como vitamina D, cálcio e zinco na resposta imunológica.
Dado os riscos potenciais associados à COVID-19 para mulheres grávidas, será essencial continuar estudando como a nutrição, junto com a vacinação, pode ajudar a proteger esse grupo vulnerável.
Em conclusão, embora a pesquisa não tenha mostrado uma ligação direta entre a suplementação de ácido fólico, ferro ou DHA e níveis de anticorpos em resposta às vacinas contra a COVID-19, manter uma boa nutrição continua sendo vital pra saúde de mulheres grávidas e seus bebês. Pesquisas contínuas são necessárias pra fornecer as melhores recomendações sobre ingestão de nutrientes durante a gravidez.
Título: Effects of nutritional supplements on antibody levels in pregnant women vaccinated with inactivated SARS-CoV-2 vaccines
Resumo: BackgroundBecause of the significantly higher demand for nutrients during pregnancy, pregnant women are more likely to have nutrient deficiencies, which may adversely affect maternal and fetal health. The effect of nutritional supplements on the immune effects of inactivated SARS-CoV-2 vaccines during pregnancy is not clear. MethodsIn a multicenter cross-sectional study, we enrolled 873 pregnant women aged 18-45 y in Guangdong, China. The general demographic characteristics of pregnant women and their use of nutritional supplements were investigated, and the serum antibody levels induced by inactivated SARS-CoV-2 vaccines were measured. A logistic regression model was used to analyze the association between nutritional supplements and SARS-CoV-2 antibody levels. ResultsOf the 873 pregnant women enrolled, 825 (94.5%) took folic acid during pregnancy, 165 (18.9%) took iron supplements, and 197 (22.6%) took DHA. All pregnant women received at least one dose of inactivated SARS-CoV-2 vaccine, and the positive rates of serum SARS-CoV-2 neutralizing antibodies (NAbs) and immunoglobulin G (IgG) antibodies were 44.7% and 46.4%, respectively. After adjustment for confounding factors, whether pregnant women took folic acid, iron supplements, or DHA did not influence NAb positivity or IgG positivity (P > 0.05).Compared with pregnant women who did not take folic acid, the odds ratios (ORs) for the presence of SARS-CoV-2 NAb and IgG antibody in pregnant women who took folic acid were 0.69 (P = 0.282; 95% CI, 0.35-1.35) and 1.31 (P = 0.456; 95% CI, 0.64-2.67), respectively. Compared with pregnant women who did not take iron supplements, the ORs for the presence of NAb and IgG antibody in pregnant women who took iron supplements were 1.22 (P = 0.336; 95% CI, 0.81-1.84) and 1.01 (P = 0.956; 95% CI, 0.66-1.54), respectively. Similarly, the ORs for NAb and IgG antibody were 0.74 (P = 0.125; 95% CI, 0.51-1.08) and 0.97 (P = 0.881; 95% CI, 0.66-1.44) in pregnant women who took DHA compared with those who did not. ConclusionsNutritional supplementation with folic acid, iron, or DHA during pregnancy was not associated with antibody levels in pregnant women who received inactivated SARS-CoV-2 vaccines.
Autores: Qingsong CHEN, X. Zhang, X. Han, B. Chen, X. Fu, Y. Gong, W. Yang
Última atualização: 2023-07-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.07.16.23292747
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.07.16.23292747.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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