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Mudanças na Maneira de Tratar as Vias Aéreas em Casos de Parada Cardíaca

Estudo revela mudanças nas práticas de manejo das vias aéreas durante emergências cardíacas.

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Índice

Todo ano, cerca de 350.000 pessoas nos EUA sofrem Parada Cardíaca fora de um hospital. Infelizmente, só cerca de 15% dessas pessoas sobrevivem. A chance de sobrevivência nesses casos depende de vários fatores, como se alguém perto faz RCP, se um desfibrilador é usado rapidamente e quão bem a via aérea é gerida. Um bom manejo da via aérea é crucial, pois ajuda na respiração e melhora as chances de ressuscitação bem-sucedida durante uma emergência cardíaca.

Técnicas de Manejo da Via Aérea

Os socorristas têm várias maneiras de gerenciar as vias aéreas em situações de parada cardíaca. As técnicas mais comuns incluem:

  • Máscara com Valva (BVM): Um método não invasivo onde uma máscara é usada para fornecer respirações ao paciente.
  • Dispositivos Supraglóticos (SGA): Ferramentas não invasivas projetadas para manter a via aérea aberta.
  • Intubação Endotraqueal (ETI): Um método invasivo que envolve colocar um tubo diretamente na via aérea.

Por muitos anos, a ETI foi o método preferido para o manejo avançado da via aérea em casos de parada cardíaca fora do hospital. No entanto, estudos recentes mostraram que a SGA pode ser mais eficaz. Pesquisas indicam que pacientes que recebem SGA têm melhores taxas de sobrevivência e menos complicações em comparação com aqueles que são intubados.

Objetivo do Estudo

Apesar das evidências mostrando as vantagens da SGA, há pouca pesquisa sobre como o uso de diferentes técnicas de manejo da via aérea mudou ao longo do tempo. Este estudo tem como objetivo avaliar se o uso da SGA e da ETI entre pacientes de parada cardíaca mudou na última década.

Desenho do Estudo e Coleta de Dados

Este estudo analisou dados do Sistema Nacional de Informação em Serviços Médicos de Emergência (NEMSIS) de 2013 a 2022. Esse sistema coleta informações sobre serviços médicos de emergência (EMS) em todo os EUA e foi criado para ajudar a melhorar o atendimento de emergência.

Focamos em casos de parada cardíaca envolvendo adultos com 18 anos ou mais. Usando critérios específicos, identificamos casos de parada cardíaca fora do hospital onde a RCP foi realizada e se um desfibrilador foi utilizado. Como o NEMSIS não rastreia pacientes individuais, tratamos cada incidente como um caso separado.

Metodologia para Análise de Dados

O estudo utilizou dados de duas versões do sistema NEMSIS. A versão 3 do NEMSIS introduziu novos padrões de codificação para informações de saúde, o que exigiu um manuseio cuidadoso para garantir comparações precisas ao longo do período do estudo.

Coletamos várias informações demográficas sobre os pacientes, como idade, gênero e raça. Também notamos onde o incidente ocorreu, se em áreas urbanas ou rurais, pois esses fatores podem influenciar as escolhas de manejo da via aérea.

Principais Descobertas

Durante o período de dez anos, houve mais de 320 milhões de ativações de EMS relatadas, com mais de 3 milhões de casos identificados como adultos com parada cardíaca fora do hospital. O número de encontros que atenderam aos critérios do nosso estudo ficou em cerca de 1% a cada ano.

Curiosamente, o uso de técnicas de manejo da via aérea mudou ao longo do tempo. Inicialmente, a ETI era o método mais utilizado. Recentemente, os dados mostraram que o uso da SGA aumentou, especialmente em áreas urbanas onde os casos de parada cardíaca são mais frequentes.

A tendência mostrou um aumento significativo no uso da SGA, enquanto o uso da ETI diminuiu, particularmente nas cidades. Isso levanta algumas perguntas importantes sobre como vários fatores, como protocolos de EMS e a composição dos socorristas, podem influenciar qual técnica de manejo da via aérea é escolhida no local.

Fatores que Influenciam as Escolhas de Manejo da Via Aérea

Vários fatores podem afetar a escolha do método de manejo da via aérea em situações de parada cardíaca. Estes incluem:

  • Nível de Treinamento dos Primeiros Socorristas: Diferentes pessoal de EMS podem ter níveis de treinamento variados, levando a diferenças nas práticas.
  • Protocolos Locais: Diferentes regiões podem ter diretrizes variadas sobre quais técnicas usar.
  • Condição do Paciente: A situação do paciente, incluindo sua posição ou condição, pode ditar qual método é mais apropriado.
  • Tempo até o Hospital: Decisões rápidas devem ser tomadas para otimizar os resultados do paciente.

Implicações das Descobertas

À medida que a SGA se torna mais amplamente utilizada, isso pode indicar uma mudança na forma como os clínicos de EMS abordam o manejo da via aérea. O aumento da SGA pode refletir educação e conscientização contínuas sobre sua eficácia em situações de parada cardíaca.

Em ambientes urbanos, essa mudança parece ser mais pronunciada, sugerindo que as equipes de EMS em cidades estão se adaptando mais rapidamente a novas práticas baseadas em evidências. Essa crescente preferência pela SGA também pode levar a melhores resultados para os pacientes, mas mais pesquisas são necessárias para confirmar seu impacto.

Desafios na Avaliação do Manejo da Via Aérea

O estudo enfrentou vários desafios, especialmente em relação à precisão e completude dos dados. A transição de uma versão do conjunto de dados NEMSIS para outra significou que algumas variáveis foram perdidas ou alteradas, complicando a análise dos dados. Além disso, o número de registros ausentes de raça e etnia dificultou a compreensão das diferenças demográficas nos cuidados ao paciente.

As limitações em rastrear certas variáveis importantes também dificultaram nossa capacidade de tirar conclusões mais amplas. Por exemplo, entender como a escolha do dispositivo de via aérea se relaciona diretamente às taxas de sobrevivência dos pacientes exigiria dados mais detalhados.

Ambientes Urbanos vs. Rurais

Um dos aspectos mais interessantes das descobertas gira em torno da diferença nas escolhas de manejo da via aérea entre ambientes urbanos e rurais. As áreas urbanas geralmente têm mais recursos e acesso rápido a cuidados médicos avançados em comparação com regiões rurais, onde os pacientes podem enfrentar tempos de espera mais longos para respostas do EMS.

Em áreas rurais, voluntários muitas vezes compõem a maior parte da força de trabalho de EMS. Esses ambientes podem levar a práticas e resultados diferentes. Compreender essa disparidade é essencial para melhorar o atendimento e garantir que todos os pacientes recebam serviços de emergência de alta qualidade, independentemente de onde vivem.

Direções Futuras

O estudo destaca a necessidade crítica de focar no treinamento e educação sobre técnicas de manejo da via aérea, especialmente em regiões onde o uso da SGA é limitado. Diretores médicos devem buscar disseminar as informações mais recentes para o pessoal de EMS, particularmente em áreas onde podem haver lacunas de conhecimento ou recursos.

Estudos futuros devem buscar estabelecer um link mais forte entre a escolha dos métodos de manejo da via aérea e os resultados dos pacientes, especialmente em diferentes configurações comunitárias. Isso ajudará a identificar as melhores práticas e contribuir para melhores taxas de sobrevivência em casos de parada cardíaca fora do hospital.

Conclusão

Na última década, os métodos usados para gerenciar as vias aéreas em casos de parada cardíaca fora do hospital evoluíram. O aumento do uso da SGA, particularmente em áreas urbanas, mostra uma tendência positiva em direção a um manejo da via aérea mais eficaz.

Para garantir que todos os pacientes se beneficiem das melhorias nos cuidados, é essencial continuar avaliando essas práticas e abordando disparidades em diferentes comunidades. Ao entender essas tendências, os serviços médicos de emergência podem aprimorar a qualidade do atendimento prestado àqueles que precisam durante situações críticas.

Fonte original

Título: Secular Trends in Airway Management of Out-of-Hospital Cardiac Arrest in the National EMS Information System (NEMSIS) Dataset

Resumo: IntroductionAdvanced airway management is essential in resuscitation from out-of-hospital cardiac arrest (OHCA). No longitudinal national studies have described longitudinal trends in airway device choice. We sought to evaluate secular trends of OHCA endotracheal intubation (ETI) and supraglottic airway (SGA) in the United States (US). MethodsWe evaluated ETI and SGA use for 2013-2022 in adult OHCA in the US using the National EMS Information System (NEMSIS) database. We identified OHCA events (CPR performed or defibrillation) and evaluated the proportions of ETI and SGA used during OHCA. We repeated the results stratified by urbanicity. We used descriptive statistics to describe incidence prevalence with nonparametric trend testing for proportional changes over time and a two-sample stochastic rank sum test for equivalence to evaluate airway use differences by urbanicity. ResultsDuring the study period, we observed 320,154,097 adult 9-1-1 events. Of 3,118,703 OHCA, there were 699,568 and 337,458 cases with reported ETI and SGA attempts. The dominant airway choice was ETI, though the trend of ETI choice decreased as SGA increased over time (p-trend

Autores: Christopher B Gage, J. R. Powell, M. Nassal, H. E. Wang, A. R. Panchal

Última atualização: 2023-08-04 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.07.27.23293290

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.07.27.23293290.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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