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Apps de Saúde Móvel: Uma Nova Ferramenta para Gerenciamento da Hipertensão

Apps de mHealth podem ajudar pacientes a controlar a hipertensão não tratada de forma eficaz.

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A Hipertensão, ou pressão alta, é um problema de saúde sério que pode levar a doenças cardíacas e renais. Todo ano, causa cerca de 8,5 milhões de mortes ao redor do mundo. Muita gente tem hipertensão, e o número cresceu bastante – de 650 milhões em 1990 para 1,28 bilhão em 2019. E o pior é que mais de 700 milhões de pessoas com hipertensão não recebem tratamento. Com esses números alarmantes, é crucial identificar quem tem pressão alta não tratada e gerenciá-la direito, principalmente com remédios acessíveis.

A Importância da Detecção e do Gerenciamento

Identificar hipertensão é relativamente fácil em ambientes de saúde comunitária. Com terapia medicamentosa adequada, dá pra gerenciar efetivamente. Usar remédios para hipertensão pode prevenir o desenvolvimento de doenças cardíacas e outros problemas de saúde sérios. Para lidar com o aumento de pessoas com hipertensão não tratada, esforços estão sendo feitos globalmente para aumentar a conscientização e melhorar o acesso aos serviços de saúde. Mas falta evidência sólida que comprove o início do uso de remédios para quem tem hipertensão não tratada.

Aplicativos de Saúde Móvel para Pacientes

Aplicativos de saúde móvel, conhecidos como apps de mHealth, são programas usados em smartphones e dispositivos que promovem uma saúde melhor. Esses apps oferecem uma variedade de serviços, incluindo prevenção de doenças, gerenciamento e suporte para a saúde mental. Para pacientes com hipertensão, os apps de mHealth podem incentivar mudanças necessárias no estilo de vida, promover a adesão a medicamentos e motivar a galera a começar seu tratamento.

Um desses apps se chama Kencom. Ele ajuda os usuários a acompanharem suas atividades diárias, como peso e o número de passos andados, enquanto fornece informações valiosas sobre saúde.

Visão Geral do App Kencom

O Kencom é desenvolvido pela DeSC Healthcare Corporation no Japão e está disponível tanto para iOS quanto para Android. Para usar o app de graça, a pessoa tem que morar no Japão, ter 19 anos ou mais e pertencer a uma associação de trabalho de seguro social, que faz parte da cobertura universal de saúde do Japão.

Principais Recursos do Kencom

O Kencom inclui cinco recursos principais:

  1. Visualização de Dados de Saúde: Os usuários podem ver os resultados de seus exames de saúde sem precisar inserir as informações manualmente.
  2. Monitoramento Diário e Definição de Metas: O app conta passos usando o pedômetro do celular, permitindo que os usuários monitorem sua atividade e estabeleçam metas diárias.
  3. Informações de Saúde: O app oferece recursos de saúde para ajudar a melhorar o conhecimento sobre estilo de vida e riscos à saúde, revisados por profissionais da saúde.
  4. Competências em Equipe: O Kencom organiza regularmente desafios de exercícios onde equipes competem com base no total de passos dados, promovendo trabalho em equipe e motivação.
  5. Incentivos: Os usuários ganham pontos por usar o app, que podem ser trocados por vales-presente.

Uso de Dados e Privacidade do Paciente

Este estudo usou uma base de dados integrada da DeSC Healthcare Corporation, que combina dados de exames de saúde, reclamações de seguro de saúde e uso do app Kencom. Todos os dados são anonimizados para proteger a privacidade dos usuários, com base em um acordo que permite que os usuários saibam como seus dados podem ser usados e solicitem a exclusão, se desejarem.

Grupo Alvo do Estudo

O estudo analisou 66.339 indivíduos com hipertensão não tratada. Hipertensão não tratada é definida como ter pressão arterial sistólica de 140 mmHg ou mais ou pressão diastólica de 90 mmHg ou mais sem estar tomando nenhum medicamento. Vários participantes foram removidos da análise se fossem menores de 20 anos, tivessem dados laboratoriais incompletos ou não tivessem dados de acompanhamento por mais de um ano.

Examinando o Efeito do Kencom

O objetivo principal era ver se o uso do app Kencom ajudava os pacientes a começarem a tomar medicamentos para hipertensão. A análise dividiu os participantes em dois grupos: os que baixaram o app e os que não baixaram. Os usuários tinham dados de saúde coletados antes de baixar o app, enquanto os não usuários tinham dados de seu primeiro exame.

Principais Descobertas sobre o Início de Medicação

A principal descoberta foi a diferença nas taxas de início de medicamentos anti-hipertensivos entre usuários do app e não usuários. Os usuários tiveram uma taxa de início maior, 23,4%, em comparação com 18,5% dos não usuários. Usando estatísticas, o estudo confirmou uma forte ligação entre o uso do app e o início da medicação.

Mudanças no Estilo de Vida com o Uso do Kencom

Outro resultado interessante mostrou como o app influenciou o estilo de vida dos usuários. Muitos usuários relataram melhores hábitos de exercício e alimentação em comparação com os não usuários. Por exemplo, aqueles que não se exercitavam regularmente antes começaram a fazê-lo após usar o Kencom. Essa melhoria no estilo de vida está potencialmente ligada a uma melhor compreensão da importância de gerenciar a saúde.

Análise Detalhada de Diferentes Grupos

Uma análise mais aprofundada mostrou que pacientes mais jovens eram mais propensos a se beneficiar do app do que os mais velhos. Para aqueles sem síndrome metabólica, ou um conjunto de condições que aumentam o risco de doenças cardíacas, o app também mostrou um impacto mais forte.

Independentemente da gravidade da hipertensão, os usuários do app consistentemente começaram a medicação em taxas mais altas do que os não usuários. Isso sugere que o Kencom pode motivar efetivamente os pacientes a buscar e iniciar o tratamento necessário.

Importância da Alfabetização em Saúde

A alfabetização em saúde, a capacidade de ler e entender informações sobre saúde, desempenha um papel crucial na gestão de condições como hipertensão. Indivíduos com melhor alfabetização em saúde provavelmente conhecem seu estado de saúde, os riscos associados à hipertensão e a importância de exames regulares. Aqueles que não têm esse conhecimento podem ficar sem tratamento, levando a problemas de saúde significativos.

Melhorar a alfabetização em saúde envolve aumentar a conscientização sobre doenças, fornecer informações claras sobre como gerenciar a saúde e garantir acesso a cuidados médicos. Apps de mHealth podem ser uma ferramenta eficaz nesse sentido, já que oferecem informações e suporte aos pacientes.

Forças e Limitações do Estudo

Este estudo se destaca porque foca na hipertensão não tratada, um problema comum que geralmente passa despercebido até que os pacientes busquem mais cuidados. As descobertas sugerem que apps de mHealth podem encorajar efetivamente as pessoas a começar o tratamento para hipertensão, especialmente entre populações mais jovens.

Mas também há limitações. A maioria dos participantes deste estudo eram indivíduos saudáveis japoneses, o que pode não representar outras populações. Além disso, alguns fatores que poderiam influenciar os resultados não foram medidos, mas as análises ainda mostraram resultados consistentes.

Conclusão

Usar apps de mHealth como o Kencom mostrou resultados positivos em ajudar pessoas com hipertensão não tratada a começarem a usar medicação. O app incentiva os usuários a monitorarem suas atividades diárias, melhorarem seu conhecimento sobre saúde e, assim, tomarem as medidas necessárias para gerenciar sua condição.

À medida que mais pessoas usam esses aplicativos, o potencial de reduzir a hipertensão não tratada e seus riscos associados pode levar a uma população mais saudável de forma geral. Focando em medidas preventivas e tratamento precoce, a probabilidade de desenvolver problemas de saúde sérios no futuro pode diminuir significativamente, beneficiando tanto a saúde individual quanto a saúde pública.

Fonte original

Título: Effectiveness of a mobile health app on initiated antihypertensive medications in patients with untreated hypertension

Resumo: BackgroundFew effective tools have been identified that facilitate the initiation of antihypertensive medications in patients with untreated hypertension. To determine whether a mobile health (mHealth) application facilitates the initiation of antihypertensive medications in patients with untreated hypertension. MethodsWe analyzed a large, longitudinal, integrated database mainly comprising middle-aged, working people and their families. The database contained health checkup data, health insurance claims data, and mHealth app data. The mHealth app, kencom, is used to manage daily life logs (i.e. weight, number of steps) and to provide health information tailored to customers. Patients with untreated hypertension were defined using the baseline health checkup data. A multivariable logistic regression analysis was performed to examine the association between use of the mHealth app and the initiation of antihypertensive medications. ResultsAmong 50 803 eligible patients (mean age, 49 years; 78 % male) with a median follow-up period of 3.0 years. The rate of initiation of antihypertensive medication was 23.4 % vs. 18.5 % (p < 0.0001), which was significantly higher in the mHealth application group (n = 14 879) than in the non-user group (n = 35 924). Multivariable analysis revealed that usage of the mHealth app was associated with initiated antihypertensive medications (odds ratio 1.43, 95 % confidence interval 1.36-1.50). ConclusionIn patients with untreated hypertension, the use of the mHealth app, which was not dedicated to hypertension treatment, was associated with the initiation of antihypertensive medications.

Autores: Koichiro Matsumura, A. Nakagomi, E. Yagi, N. Yamada, Y. Funauchi, K. Kakehi, A. Yoshida, T. Kawamura, M. Ueno, G. Nakazawa, T. Tabuchi

Última atualização: 2023-08-08 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.03.23293628

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.03.23293628.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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