Eficácia de uma Terceira Dose da Vacina COVID-19
Estudo mostra que a terceira dose aumenta os níveis de anticorpos em adultos que tomaram vacinas inativadas antes.
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Índice
Desde o final de 2020, várias vacinas têm sido usadas pra reduzir os efeitos da COVID-19. As vacinas inativadas foram populares e mostraram eficácia em evitar casos graves do vírus. No entanto, essas vacinas produzem respostas de anticorpos mais fracas comparadas a outros tipos de vacinas. Um estudo foi feito pra ver como uma terceira dose da vacina BNT162b2 se saiu em adultos com mais de 30 anos que já tinham recebido duas doses de uma vacina inativada. Esse estudo acompanhou os Níveis de Anticorpos por até um ano após a terceira dose, avaliando o impacto de infecções e doses adicionais da vacina.
Desenho do Estudo
O estudo foi feito como um teste de grupo único, ou seja, todos os Participantes receberam o mesmo tratamento. Os participantes eram adultos com mais de 30 anos que tinham recebido a segunda dose de uma vacina inativada, pelo menos 90 dias antes de entrar no estudo. Aqueles que tiveram casos confirmados de SARS-CoV-2 antes de entrar, tinham motivos pra não receber a vacina BNT162b2, estavam fazendo uso de medicamentos específicos que afetavam a resposta imunológica, ou estavam grávidas ou planejando engravidar dentro de três meses não foram incluídos no estudo.
Os pesquisadores coletaram amostras de sangue antes de dar a terceira dose da vacina BNT162b2, e novamente em 28 dias, 182 dias, e 365 dias depois. Eles também reuniram informações sobre os antecedentes dos participantes e quaisquer infecções ou vacinações passadas relacionadas à COVID-19.
Ética e Registro
Todos os participantes concordaram em participar do estudo assinando um termo de consentimento. A pesquisa foi aprovada por um comitê de ética. Está registrada em um site de ensaios clínicos pra acompanhamento.
Testes de Laboratório
Soro sanguíneo foi coletado dos participantes e guardado pra testes. Os pesquisadores usaram um teste específico de neutralização viral pra medir os níveis de anticorpos contra a cepa original do vírus e a variante Ômicron. Os testes foram feitos seguindo as diretrizes do fabricante dos kits de teste. Um subconjunto de amostras de sangue também foi testado com um método mais detalhado pra verificar melhor os resultados.
Análise Estatística
Os dados sobre níveis de anticorpos e relatos de infecções foram analisados pra comparar os resultados entre diferentes grupos de participantes. A análise foi feita usando um software estatístico específico. No total, 314 participantes receberam a vacina BNT162b2 como sua terceira dose. Desses, 277 participantes foram acompanhados por um ano, com a maioria fornecendo amostras de sangue em cada intervalo programado.
A idade média dos participantes que completaram o estudo foi de 54 anos, com a maioria sendo masculina. Aqueles que não completaram o acompanhamento tinham características de idade e gênero semelhantes aos que completaram.
Resultados do Estudo
Durante o acompanhamento, 98 participantes receberam uma quarta dose da vacina, a maioria sendo do tipo monovalente BNT162b2. Um número pequeno recebeu outros tipos de vacinas ou relatou ter tomado uma quinta dose. Além disso, 76 participantes confirmaram que foram infectados com SARS-CoV-2 durante um período em que variantes do vírus estavam se espalhando pela comunidade.
Entre aqueles que não tiveram infecções nem receberam uma quarta dose, os níveis de anticorpos contra as cepas original e Ômicron aumentaram após a terceira dose. No entanto, esses níveis diminuíram lentamente ao longo dos seis meses seguintes à vacinação. Ao chegar aos 12 meses, os níveis permaneceram estáveis sem quedas significativas.
Participantes que relataram infecções passadas tiveram níveis de anticorpos mais altos contra a cepa Ômicron. Aqueles que tiveram tanto a quarta dose quanto uma infecção confirmada mostraram ainda níveis de anticorpos mais altos comparados aos que só tiveram um dos dois.
Níveis de Anticorpos ao Longo do Tempo
Os níveis de anticorpos foram avaliados em diferentes momentos após a terceira dose da vacina. Amostras coletadas em 28 dias mostraram respostas significativas de anticorpos. Depois de 182 dias, os níveis tinham diminuído, mas ainda estavam acima dos limites protetores. Essa tendência continuou até 365 dias sem novas quedas importantes.
Participantes que receberam a quarta dose mantiveram altos níveis de anticorpos dois meses depois, mas esses começaram a cair após esse tempo. Por outro lado, aqueles que tiveram uma infecção mostraram uma queda mais lenta nos níveis de anticorpos.
Impacto de Vacinas Adicionais e Infecções
O estudo mostrou que as vacinações, especialmente a terceira e quarta doses, proporcionaram aumentos consideráveis nos níveis de anticorpos. No entanto, aqueles que contraíram o vírus geralmente tiveram melhores respostas de anticorpos. A maioria das infecções relatadas aconteceu durante um pico significativo de casos da variante Ômicron na região.
Enquanto os resultados desse estudo destacam os benefícios de doses adicionais, o número limitado de participantes que receberam alguns tipos de vacinas mostrou que mais dados são necessários pra formar conclusões fortes sobre a eficácia delas.
Limitações do Estudo
Houve algumas limitações no estudo. A taxa de infecção entre os participantes foi menor do que o esperado, provavelmente devido a vacinas anteriores oferecendo algum nível de proteção. Apenas uma pessoa relatou ter COVID-19 novamente durante o período do estudo, indicando uma possível subnotificação de infecções.
Além disso, embora o estudo tenha focado em medir anticorpos, ele não conectou esses níveis diretamente a quão bem eles protegiam contra o vírus. Isso continua sendo uma área importante para pesquisas futuras.
Conclusão
No geral, os resultados indicaram que a terceira dose da vacina ajuda a manter respostas fortes de anticorpos pra quem inicialmente recebeu duas doses de uma vacina inativada. Os participantes do estudo mantiveram altos níveis de anticorpos aos 12 meses após a terceira vacinação, mostrando a importância das doses de reforço na luta contra a COVID-19.
Pesquisas futuras devem continuar a avaliar a eficácia a longo prazo dessas vacinas e explorar a relação entre níveis de anticorpos e a proteção real contra infecções. Isso vai fornecer insights valiosos pra ajudar a gerenciar o desafio contínuo da COVID-19 e suas variantes.
Título: Durability for 12 months of antibody response to a booster dose of monovalent BNT162b2 in adults who had initially received 2 doses of inactivated vaccine
Resumo: We administered BNT162b2 as a third dose to 314 adults [≥]30 years of age who had previously received 2 doses of inactivated vaccine. We collected blood samples before the third dose and again after 1, 6 and 12 months, and found stable levels of antibody responses to the ancestral strain and Omicron BA.2 at 6-12 months after receipt of the BNT162b2 third dose, with increased antibody levels in individuals who also received a fourth vaccine dose or reported a SARS-CoV-2 infection during follow-up.
Autores: Benjamin J. Cowling, E. Y. Shiu, S. M. S. Cheng, M. Martin-Sanchez, N. Au, K. C. K. Chan, J. K. C. Li, L. Fung, L. L. H. Luk, S. Chaothai, T. C. Kwan, D. K. M. Ip, G. M. Leung, L. L. M. Poon, M. Peiris, N. H. L. Leung
Última atualização: 2023-08-21 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.18.23294185
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.08.18.23294185.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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