Simple Science

Ciência de ponta explicada de forma simples

# Ciências da saúde# Malattie infettive (eccetto HIV/AIDS)

Testes Rápidos para Infecções Virais Respiratórias

Estudo analisa a eficácia de testes rápidos no diagnóstico de vírus respiratórios.

― 7 min ler


Eficácia dos TestesEficácia dos TestesRápidos de Vírusambulatorial.vírus respiratórios em atendimentoEstudo analisa testes rápidos para
Índice

Diagnosticar infecções causadas por vírus respiratórios de forma rápida e correta é super importante pra cuidar dos pacientes e controlar a disseminação da doença. Os Testes de Fluxo Lateral, que geralmente chamamos de testes rápidos de antígeno, são ferramentas que conseguem detectar essas infecções ao checar por proteínas específicas do vírus, e eles podem trazer resultados em até 30 minutos. Os principais benefícios dos testes de fluxo lateral em comparação com métodos tradicionais como os testes de reação em cadeia da polimerase (PCR) incluem custos mais baixos e resultados mais rápidos. Os testes PCR precisam de pessoal qualificado e de laboratórios especiais, que podem ser caros e nem sempre estão disponíveis. Durante a pandemia de COVID-19, os testes de fluxo lateral foram amplamente disponibilizados pra ajudar a identificar casos e apoiar medidas como isolamento e quarentena.

Alguns testes atuais conseguem detectar vários vírus, como Influenza A/B, SARS-CoV-2 (o vírus que causa COVID-19) e RSV (vírus sincicial respiratório) tudo em um só kit. Esses testes rápidos ajudam na gestão dos pacientes, especialmente quando são necessários tratamentos antivirais rápidos após o início dos sintomas. Este estudo analisou como três testes rápidos diferentes funcionam na detecção de infecções em pessoas que foram a clínicas de atendimento ambulatorial em Hong Kong.

Quem participou do estudo?

O estudo incluiu pacientes que faziam parte de um projeto em andamento para verificar a eficácia da vacina contra a influenza. Qualquer pessoa com mais de seis meses que mostrasse sinais de uma doença respiratória-como febre, tosse, dor de garganta, nariz escorrendo, dor de cabeça, dor muscular ou catarro-dentro de três dias de se sentir mal poderia participar. Os participantes ou seus responsáveis preencheram questionários pra compartilhar informações sobre idade, histórico e status de vacinação.

Como os testes foram feitos

Depois de obter consentimento, a equipe de pesquisa realizou dois tipos de testes de fluxo lateral. Esses testes foram chamados de "Fluorecare SARS-CoV-2 & Influenza A/B & RSV Antigen Combo Test Kit" e "SARS-CoV-2 + Flu A&B Antigen Combo Rapid Test Cassette." Se esses testes não estivessem disponíveis, um terceiro teste chamado "SARS-CoV-2 & Influenza A/B & RSV Antigen Kit" foi usado. Todos os três testes utilizam um swab nasal e dão resultados em cerca de 15 minutos. Se um resultado não estava claro, um segundo teste foi feito, mas um terceiro não foi realizado se o segundo também falhasse. Aqueles com um terceiro resultado inválido não foram incluídos na análise final.

Testes laboratoriais

Além dos testes rápidos, swabs do nariz e da garganta foram coletados e enviados para um laboratório para testes. Todas as amostras foram verificadas usando RT-PCR para influenza A, influenza B e SARS-CoV-2. Além disso, amostras que testaram positivo para RSV nos testes rápidos e uma seleção de amostras negativas para RSV também foram testadas para RSV usando RT-PCR.

Analisando os resultados

O desempenho dos testes de fluxo lateral foi comparado com os resultados do RT-PCR para determinar o quão bem eles funcionaram na detecção de infecções. O estudo focou nas conexões entre resultados dos testes, idade dos pacientes, gênero, status de vacinação e quando os sintomas começaram. Os resultados foram analisados usando um programa estatístico, e intervalos de confiança de 95% foram calculados para a precisão.

Considerações éticas

O estudo recebeu aprovação do comitê de ética da Universidade de Hong Kong. Cada participante forneceu consentimento por escrito, e permissão dos pais foi necessária para aqueles com menos de 18 anos.

Resultados do estudo

Entre 4 de abril e 20 de outubro de 2023, 1.646 pacientes ambulatoriais com sintomas respiratórios participaram. Cerca de 47% eram homens, e 63% eram crianças. A maioria dos adultos com menos de 50 anos tinha menos de 50 anos, e só 4% tinham 65 anos ou mais. Todos os participantes foram testados para influenza e SARS-CoV-2 usando RT-PCR. Dentre eles, 651 (39,6%) tinham influenza A, e 171 (10,4%) testaram positivo para SARS-CoV-2. As principais cepas circulando durante o estudo foram os subvariantes Omicron XBB. Das 431 amostras testadas para RSV, 75 (17,4%) foram positivas.

O teste Microprofit foi utilizado em 814 participantes, enquanto 832 usaram o teste Goldsite, e quase todos (1.632) utilizaram o teste SureScreen. As razões para não serem testados incluíram problemas de estoque ou circunstâncias pessoais.

Sensibilidade e especificidade dos testes

O teste SureScreen teve uma sensibilidade significativamente maior (89,7%) para detectar influenza A em comparação com 82,1% para o Microprofit e 84,9% para o Goldsite. No entanto, todos os três testes tiveram desempenho semelhante na detecção de SARS-CoV-2, e os testes Microprofit e Goldsite foram parecidos para detecção de RSV.

A sensibilidade, que mede o quão bem um teste identifica verdadeiros positivos, variou dependendo da carga viral presente. Sensibilidades mais altas foram notadas quando as cargas virais eram altas, especialmente para influenza A e SARS-CoV-2. Os níveis de sensibilidade variaram de 87,5% a 100% para cargas virais altas, mas caíram para cargas virais mais baixas. Para aqueles com 65 anos ou mais, os testes Microprofit e SureScreen mostraram sensibilidade significativamente menor na detecção de influenza A.

Os testes foram mais precisos em indivíduos cujos sintomas começaram 1-2 dias antes do teste. O status de vacinação não afetou muito a sensibilidade dos testes.

Especificidade dos testes

A especificidade, que indica quão bem um teste identifica verdadeiros negativos, foi maior para Microprofit e Goldsite do que para SureScreen, resultando em um valor preditivo positivo (PPV) menor para SureScreen. Entre os resultados falso positivos para influenza A, alguns foram confirmados como infecções por SARS-CoV-2, destacando os desafios desses testes.

Avaliação de desempenho

Os três testes rápidos foram avaliados pela capacidade de detectar antígenos virais. Microprofit e Goldsite atenderam aos padrões da Organização Mundial da Saúde para detectar pelo menos 80% de sensibilidade e mais de 97% de especificidade. No entanto, o SureScreen não atendeu a esses critérios para todos os vírus.

O estudo ocorreu durante uma temporada de pico para gripe e SARS-CoV-2, levando a taxas moderadas a altas de PPV e NPV. Os resultados indicaram que um desempenho melhor poderia ser alcançado com indivíduos sintomáticos em vez de assintomáticos.

Limitações

Embora o RT-PCR seja considerado um padrão de ouro, ele também pode resultar em resultados positivos de resíduos virais não infecciosos muito tempo depois que alguém se recuperou. Isso pode levar a uma subestimação da sensibilidade do teste de fluxo lateral. Os dados coletados foram baseados em participantes que começaram a apresentar sintomas dentro de três dias, limitando o número com valores de Ct baixos para RSV. O estudo não verificou a presença de vírus vivos nas amostras, o que poderia impactar a compreensão da infectividade.

Conclusão

Resumindo, cada um dos três testes rápidos mostrou um bom desempenho na detecção de antígenos virais, embora não cobrissem de forma eficiente todos os vírus respiratórios alvo. Os testes de fluxo lateral têm uso mais limitado em instalações com acesso rápido a testes PCR, mas ainda podem fornecer resultados em tempo hábil que ajudam a gerenciar respostas de saúde.

Fonte original

Título: Diagnostic performance of multiplex lateral flow tests in ambulatory patients with acute respiratory illness

Resumo: BackgroundWe assessed the performance of three different multiplex lateral flow assays which provide results for influenza, respiratory syncytial virus (RSV) and SARS-CoV-2. MethodsAmbulatory patients 6 months and older presenting with two or more symptoms or signs of an acute respiratory illness were enrolled in an outpatient clinic in Hong Kong. Multiplex lateral flow tests manufactured by SureScreen, Microprofit and Goldsite were performed by trained research staff using the nasal swabs from each test kit, and separate swabs were collected for RT-PCR testing. ResultsBetween 4 April and 20 October 2023, 1646 patients were enrolled and tested by at least one lateral flow test. The point estimates for all three multiplex tests had high sensitivity above 80% for influenza A and SARS-CoV-2, and the tests manufactured by Microprofit and Goldsite had sensitivity exceeding 84% to detect RSV. Test sensitivity increased with viral load. Specificity was higher than 97% for all three tests except for the SureScreen test which had specificity 86.2% (95% CI: 83.9% to 88.3%) for influenza A. ConclusionsThe multiplex lateral flow tests provided timely diagnosis of influenza, RSV and SARS-CoV-2 infection and can be used to inform clinical management and infection control such as isolation behaviours.

Autores: Benjamin J. Cowling, C. Murphy, L. Mak, S. M. S. Cheng, G. Y. Z. Liu, A. M. C. Chun, K. K. Y. Leung, N. Y. W. Sum, E. Poukka, M. Peiris

Última atualização: 2024-03-18 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.18.24304455

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.18.24304455.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

Mais de autores

Artigos semelhantes