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Combatendo a Ferrugem do Trigo: Um Desafio em Crescimento

A pesquisa foca em desenvolver trigo resistente à séria doença da ferrugem estriada.

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O ferrugem-stripe, também conhecido como ferrugem amarela, é uma doença séria que atinge o trigo, um alimento básico pra muita gente no mundo todo. Essa doença é causada por um fungo chamado Puccinia striiformis f. sp. tritici. Quando a ferrugem-stripe não é controlada, pode causar perdas enormes na produção, custando bilhões de dólares todo ano. O problema tá piorando com a identificação de novas cepas mais agressivas do fungo, principalmente em regiões onde o trigo foi domesticado pela primeira vez, como no Leste Asiático e na África. As mudanças climáticas também tão ajudando a espalhar esses patógenos mais facilmente.

Importância da Resistência Genética

Usar fungicidas pra controlar a ferrugem-stripe é uma opção, mas não é o método mais eficiente ou amigo do meio ambiente. Então, desenvolver variedades de trigo que sejam geneticamente resistentes à doença é uma abordagem bem melhor. Mas, pra isso acontecer, novos genes de resistência precisam ser identificados pra acompanhar a evolução do fungo. Nos últimos cinquenta anos, a prevalência e a gravidade da ferrugem-stripe aumentaram drasticamente. Atualmente, impressionantes 88% do trigo no mundo tá em risco de infecção. Com cerca de 1,2 bilhão de pessoas dependendo do trigo pra se alimentar, a necessidade de novas variedades resistentes é urgente.

Vários genes que conferem resistência à ferrugem amarela já foram identificados, e muitos deles são usados em variedades comerciais de trigo. No entanto, a eficácia desses genes pode variar. Por exemplo, enquanto alguns genes oferecem resistência completa, outros podem oferecer apenas proteção parcial ou causar sintomas indesejados nas plantas. A forma como esses genes respondem também pode depender da composição genética da variedade de trigo, da cepa do fungo e das condições ambientais.

Novas Cepas de Ferrugem-Stripe

Desenvolvimentos recentes mostraram que novas cepas agressivas do fungo da ferrugem amarela estão surgindo, tornando as defesas genéticas existentes menos eficazes. Por exemplo, uma cepa conhecida como 'Warrior' foi reportada no Reino Unido e causou surtos generalizados. Essas novas cepas estão se espalhando pra diferentes regiões e se adaptando a condições mais quentes e secas, o que pode torná-las ainda mais perigosas pra colheitas de trigo.

A necessidade de novas variedades de trigo resistentes nunca foi tão crítica. Até agora, algumas variedades de trigo mostraram potencial pra resistir à doença, mas é essencial desenvolver opções que consigam aguentar cepas futuras também. Uma descoberta recente de uma cepa na China chamada TSA-6 que consegue superar a resistência oferecida por um gene importante chamado Yr5 destaca a urgência dessa necessidade.

Mecanismos de Resistência

As diferentes funções dos genes de resistência à ferrugem amarela indicam que há várias maneiras pelas quais as plantas podem resistir à doença. Uma reação comum é o desenvolvimento de Lesões necróticas onde o fungo tenta infectar. Essa reação, conhecida como resposta hipersensível, pode ser um sinal de defesa bem-sucedida contra o patógeno. No entanto, algumas mutações podem levar à formação de lesões sem a presença de patógenos, o que é frequentemente visto em certos tipos de milho e outras gramíneas.

Alguns dos genes responsáveis por essas respostas foram clonados e estudados. Por exemplo, genes associados a lesões em milho foram examinados em detalhe. Esses fenótipos que imitam lesões podem fornecer insights sobre como as plantas resistem a infecções, ao mesmo tempo que destacam a importância da temperatura nesses processos.

Coocorrência de Patógenos

A ferrugem-stripe frequentemente aparece junto com outras doenças do trigo, e entender as relações entre esses patógenos é essencial pra um melhor cruzamento. Na verdade, regiões sobrepostas pra doenças como a ferrugem amarela e mancha foliar indicam que as variedades de trigo precisam ser resistentes a múltiplos patógenos. Isso levou os pesquisadores a avaliar linhas de trigo pela sua resposta a ambos os tipos de patógenos em estágios iniciais e finais de crescimento.

O Genoma do Trigo e Análise de Mutação

As plantas de trigo têm um genoma complexo, que permite aos pesquisadores identificar novas características benéficas. Essa poliploidia, ou ter múltiplas cópias de genes, significa que o trigo consegue resistir a algumas mutações prejudiciais melhor do que outras plantas. Os pesquisadores estudaram mais de 2.000 linhas de um tipo específico de trigo, analisando suas mutações pra identificar características que podem ser úteis em programas de melhoramento.

Dos estudos, dezesseis linhas de trigo mostraram uma resistência forte e consistente à ferrugem-stripe. Essas linhas foram avaliadas ao longo de várias safras, e os pesquisadores também avaliaram suas respostas a outros patógenos. Algumas linhas apresentaram características únicas que poderiam ser úteis pra desenvolver variedades melhores de trigo.

Classes Fenotípicas de Linhas EDR

Durante a triagem de linhas resistentes, várias classes de respostas foram observadas. As melhores linhas foram classificadas com base na sua capacidade de resistir à ferrugem amarela, mostrando diferentes níveis de dano nas folhas quando expostas ao patógeno. Algumas linhas tiveram pouco ou nenhum dano visível, enquanto outras apresentaram lesões extensas.

Pra entender melhor a relação entre essas lesões e a resistência à ferrugem-stripe, os pesquisadores compararam a expressão de genes específicos associados à doença. Mudanças no nível desses genes frequentemente corresponderam à gravidade das lesões, indicando uma ligação entre a resposta imune da planta e sua capacidade de resistir à doença.

Testes em Diferentes Condições

Os experimentos incluíram testes em várias condições. As linhas de trigo foram avaliadas tanto em testes de campo quanto em ambientes controlados, o que permitiu examinar como elas responderam à ferrugem-stripe ao longo do tempo. Diferentes temperaturas e níveis de umidade também foram considerados pra ver como afetavam a resistência à doença.

Notavelmente, algumas das linhas se mostraram mais sensíveis a outras doenças também, principalmente aquelas que se comportam como patógenos necrófilos, que causam morte celular. Isso destaca a necessidade de uma seleção cuidadosa dos materiais de melhoramento pra garantir que, ao desenvolver resistência à ferrugem-stripe, a suscetibilidade a outras doenças não aumente.

Trocas na Resistência a Doenças

A ideia de uma troca na resistência das plantas significa que aumentar a resistência a um patógeno pode tornar a planta mais suscetível a outro. Linhas autoimunes, ou aquelas que mostram lesões naturais mesmo sem infecção, foram exploradas pra ver como elas responderam a patógenos necrófilos. Os resultados indicaram que essas linhas apresentaram pior desempenho contra algumas doenças, sugerindo que os sistemas de defesa da planta estão equilibrando suas respostas.

No entanto, quando se tratou de peso de grão, a maioria das linhas resistentes não mostrou nenhuma desvantagem em comparação com a variedade comum de trigo Kronos. Essa descoberta é promissora e sugere que os melhoristas podem trabalhar pra melhorar a resistência a doenças sem sacrificar a produtividade.

Mapeamento de Mutações para o Genoma

Pra entender melhor as mutações presentes nas linhas de trigo resistentes, os pesquisadores remapearam dados genéticos pra um novo genoma de alta qualidade da variedade de trigo Kronos. Esse processo ajudou a identificar um número vasto de mutações e seus potenciais impactos nas características da planta. A maioria dessas mutações foi encontrada afetando genes específicos, e essa informação é crucial pra programas de melhoramento que buscam introduzir características desejáveis em novas variedades de trigo.

Conclusão

Resumindo, o aumento da ferrugem-stripe no trigo exigiu uma ação urgente pra identificar e desenvolver variedades resistentes. A resistência genética é um método de controle preferido devido à sua eficiência e à redução da necessidade de tratamentos químicos. A pesquisa contínua é crítica, focando na identificação de novos genes de resistência e na compreensão dos mecanismos de resposta das plantas aos patógenos. O cultivo de variedades de trigo resistentes não só promete proteger os recursos alimentares, mas também dá passos em direção à agricultura sustentável. As novas linhas de trigo descritas representam recursos valiosos pra futuras pesquisas e desenvolvimentos, oferecendo esperança pra colheitas mais resilientes contra a ferrugem-stripe e outras doenças.

Fonte original

Título: Wheat Enhanced Disease Resistance EMS-Mutants Include Lesion-mimics With Adult Plant Resistance to Stripe Rust

Resumo: Tetraploid durum wheat Triticum turgidum subsp. durum cv Kronos has extensive genetic variation resources, including a sequenced and cataloged ethyl methanesulfonate (EMS) mutagenized population. To utilize this allelic diversity, we screened over 2,000 mutant lines and identified over 30 enhanced disease resistance (EDR) mutants in a forward genetic field screen against stripe rust. Sixteen of the EDR lines have persistent resistance to stripe rust after four years, and several mutants showed differential disease responses against other fungal pathogens, indicating that the lines possess diverse alleles that affect multiple routes of pathogen suppression. Five of these 16 lines showed spontaneous lesion formation in the absence of pathogens. Only one showed a reduction in kernel weight under pathogen pressure, a testimony to the high mutational density that wheat can tolerate. Phenotypic selection for resistance at the adult stage identified useful EMS alleles for stripe rust resistance. The mutations in the 16 EDR lines were newly mapped to a recently released long-read Kronos genome to enhance their utility in molecular breeding for fungal resistance and for fundamental studies of plant-pathogen interactions.

Autores: Ksenia V Krasileva, C. Lunde, K. Seong, R. Kumar, A. Deatker, B. Chhabra, M. Wang, S. Kaur, S. Song, A. Palayur, C. Davies, W. Cumberlich, U. Gill, N. Rawat, X. Chen, M. Aoun, C. Mundt

Última atualização: 2024-05-13 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.10.593581

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.10.593581.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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