Navegando na Criatividade: IA e Arte
Uma olhada em como a IA desafia nossas opiniões sobre criatividade e arte.
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A Inteligência Artificial (IA) cria conteúdo novo que imita a Criatividade humana. Isso levanta questões sobre como a gente julga essa nova forma de expressão, meio que parecido com como a gente avalia a Arte tradicional. Nossa compreensão de arte evoluiu com o tempo através de várias áreas. Essa história impacta como reagimos ao conteúdo gerado por IA e traz preocupações sobre o futuro.
Quando a gente olha para a arte, pode interpretar de duas maneiras. Primeiro, vemos como um reflexo do tempo cultural em que foi feita. Segundo, às vezes tratamos as obras como se fossem atemporais, representando experiências humanas universais. Essa dualidade também se aplica à IA moderna. Muitas vezes, nos perguntamos se o conteúdo produzido pela IA revela algo sobre seus criadores ou se tem uma qualidade atemporal que nos conecta como humanos.
Historicamente, novas formas de arte mudaram a forma como percebemos toda a obra de arte. À medida que a IA continua a crescer em influência, devemos ter cuidado e avaliar como essa tecnologia afeta nossos Julgamentos sobre criatividade.
Muita gente expressou preocupações sobre o aumento dos chatbots de IA e suas capacidades. Enquanto alguns veem os avanços na IA como promissores, outros se preocupam que essas tecnologias possam enganar as pessoas ou até representar riscos. Críticos argumentam que a ideia de IA ter consciência ou inteligência geral é vaga e sem fundamento. Enquanto isso, alguns pesquisadores destacam que o potencial da IA muitas vezes foi subestimado, o que pode dificultar nossa capacidade de nos prepararmos para seu impacto na sociedade.
As discussões em torno da IA e sua produção criativa geralmente se concentram em seus efeitos potenciais sobre artistas humanos e o cenário criativo. Muitos artistas temem que as obras geradas por IA possam diminuir sua importância ou levar à perda de originalidade e propriedade nas indústrias criativas. No entanto, há uma relação sutil entre como vemos a IA e a história da arte.
A interpretação da arte sempre foi afetada pelo contexto em que existe. Nossa compreensão da arte reflete as necessidades históricas da sociedade. No passado, as pessoas costumavam sobreinterpretar a arte, buscando significados mais profundos independentemente das intenções do artista. Hoje, o mesmo impulso nos leva a buscar entendimento no conteúdo gerado pela IA.
Muita gente se atrai pelos resultados da IA generativa, acreditando que podem revelar significados sobre a humanidade, mas essa crença pode ser enganosa. Assim como na arte, as expectativas para a IA são moldadas por normas culturais. Precisamos reconhecer que nossos padrões para avaliar arte e IA não são estáticos e evoluem com o tempo.
Ao examinar os resultados da IA, muitos de nós buscamos sinais de qualidades humanas. Queremos ver criatividade, profundidade e compreensão nas respostas geradas pela IA. No entanto, quando a IA não atinge essas expectativas, tendemos a sentir decepção, similar à reação de um crítico de arte diante de uma obra sem mérito artístico.
Essa comparação revela como nossas percepções de arte e IA se entrelaçaram. Quando experienciamos os resultados da IA, frequentemente os medimos de acordo com nossas ideias de expressão humana autêntica. Enquanto buscamos entender, podemos nos perder ao aplicar princípios ultrapassados em novas tecnologias.
Um exemplo disso pode ser visto em como interpretamos obras de arte em galerias. Normalmente, lemos placas ao lado das pinturas para aprender sobre sua história. Isso nos ajuda a colocar a obra dentro de um contexto cultural mais amplo. No entanto, ao encontrarmos a IA, essa contextualização se torna mais complexa. As obras geradas pela IA costumam não ter um ponto de origem definitivo, desafiando nossas visões tradicionais de autoria e intenção.
As linhas turvas da autoria com a IA geraram debate. Se uma peça gerada não pertence a uma única pessoa, o que isso significa? Muitas vezes, buscamos clareza, mas essa busca pode resultar em uma simplificação excessiva dos problemas em questão. Devemos ter cuidado para não forçar os resultados da IA em estruturas de entendimento existentes que podem não se aplicar.
À medida que a tecnologia de IA generativa avança, nosso engajamento com ela também deve evoluir. Historicamente, vinculamos o valor da arte a uma sensação de autenticidade e conexão emocional. Muitas vezes, desejamos encontrar uma "alma" na arte que ressoe com nossas experiências. Esse desejo complica como apreciamos a IA, que funciona de forma diferente dos artistas tradicionais.
Apesar dessas diferenças, os resultados da IA podem ocasionalmente evocar respostas genuínas de nós. Podemos ficar surpresos com a habilidade da IA de gerar poesia, criar arte ou elaborar histórias que ressoam emocionalmente. No entanto, devemos permanecer céticos e não assumir que essa habilidade reflete a verdadeira criatividade humana.
Aumentando esses desafios está a questão da representação na IA. Muitas vezes, julgamos os resultados da IA pelos padrões que aplicamos aos criadores humanos, o que pode levar a comparações irreais. Quando a IA parece alcançar um nível humano de sofisticação, nossas expectativas aumentam e nos decepcionamos quando não atende a essas expectativas.
Há também o medo de que a IA possa enfraquecer nossa compreensão do que significa ser humano. Ao aplicar padrões de gosto e julgamento à IA, corremos o risco de mal interpretar a essência da criatividade e da experiência humana.
Críticos como Hofstadter expressaram preocupação sobre os riscos associados à aceitação de resultados da IA sem um olhar crítico. Para ele, o perigo está em nossa potencial incapacidade de ver as limitações e a artificialidade das respostas geradas pela IA. Essa crítica contínua reflete uma ansiedade prevalente sobre o futuro da criatividade em meio ao avanço da tecnologia.
O desafio está em entender como nossos julgamentos sobre a IA podem espelhar nossos julgamentos sobre a arte. Frequentemente vemos a arte como um reflexo da experiência humana, concedendo-lhe importância dentro de Contextos culturais. No entanto, essa perspectiva pode não ser suficiente para apreciar a IA generativa. Precisamos explorar métodos alternativos de interpretação que levem em conta as qualidades únicas tanto da arte quanto da IA.
À medida que lidamos com essas mudanças, devemos reconhecer como nossos padrões de excelência evoluem junto com a tecnologia. Nossas interações contínuas com a IA provavelmente remodelarão nossa compreensão da criatividade, assim como novas formas de arte fizeram ao longo da história.
Os julgamentos estéticos geralmente vêm de várias fontes - influências sociais, políticas e culturais - todas moldando nossas interações com a arte e a IA. Ao avaliarmos esses sistemas, devemos considerar como essas influências se manifestam em nossas avaliações, garantindo que não deixamos de lado a importância do contexto.
Os humanos têm uma tendência natural de buscar significado em várias formas, seja na arte ou nos resultados gerados pela IA. No entanto, devemos estar cientes de que nossas interpretações podem, às vezes, distorcer a essência do que está sendo criado. Para uma compreensão verdadeira, devemos resistir à tentação de impor estruturas rígidas que não considerem a fluidez da criatividade.
Em vez disso, precisamos mudar nosso foco para um engajamento mais dinâmico com a arte e a IA. Aceitar a singularidade de cada meio permite interpretações mais ricas, promovendo uma conexão mais profunda com as experiências humanas que evocam.
Para navegar por esse cenário, é essencial abraçar a complexidade do julgamento na arte e na IA. Ao criticarmos as tecnologias emergentes, devemos questionar nossas suposições e preconceitos, buscando desenvolver uma compreensão mais sutil dos resultados da IA e dos esforços artísticos.
No fim das contas, pessoas que interagem com a IA generativa devem continuar a refiná-las em seu julgamento. Ao reconhecer a história da arte e as maneiras como ela molda nossas percepções, podemos criar um discurso mais inclusivo e reflexivo em torno da IA e seu potencial impacto na criatividade.
Em conclusão, embora a IA generativa apresente oportunidades empolgantes para a expressão criativa, devemos permanecer vigilantes em nossas avaliações. Ao abraçar uma visão holística da criatividade que abarca tanto a arte quanto a tecnologia, podemos entender melhor as influências e desenvolvimentos do cenário atual. Só assim podemos realmente apreciar a natureza em evolução do julgamento estético em um mundo cada vez mais entrelaçado com a inteligência artificial.
Título: Artificial Intelligence and Aesthetic Judgment
Resumo: Generative AIs produce creative outputs in the style of human expression. We argue that encounters with the outputs of modern generative AI models are mediated by the same kinds of aesthetic judgments that organize our interactions with artwork. The interpretation procedure we use on art we find in museums is not an innate human faculty, but one developed over history by disciplines such as art history and art criticism to fulfill certain social functions. This gives us pause when considering our reactions to generative AI, how we should approach this new medium, and why generative AI seems to incite so much fear about the future. We naturally inherit a conundrum of causal inference from the history of art: a work can be read as a symptom of the cultural conditions that influenced its creation while simultaneously being framed as a timeless, seemingly acausal distillation of an eternal human condition. In this essay, we focus on an unresolved tension when we bring this dilemma to bear in the context of generative AI: are we looking for proof that generated media reflects something about the conditions that created it or some eternal human essence? Are current modes of interpretation sufficient for this task? Historically, new forms of art have changed how art is interpreted, with such influence used as evidence that a work of art has touched some essential human truth. As generative AI influences contemporary aesthetic judgment we outline some of the pitfalls and traps in attempting to scrutinize what AI generated media means.
Autores: Jessica Hullman, Ari Holtzman, Andrew Gelman
Última atualização: 2023-08-21 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2309.12338
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2309.12338
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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