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O Crescente Desafio do Câncer de Colo do Útero na África

O câncer cervical é uma ameaça crescente para as mulheres na África, exigindo soluções urgentes.

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Câncer do colo do útero:Câncer do colo do útero:Uma ameaça crescentenas mulheres e nas famílias na África.O tratamento do câncer cervical pesa
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O câncer tá virando um problema maior na África. Até 2040, o número de novos casos de câncer deve aumentar em 37%, e as mortes por câncer podem subir quase 40%. Um tipo de câncer que preocupa bastante é o Câncer do Colo do Útero, que na maioria das vezes pode ser evitado com vacinas e exames. Na África, principalmente nos países da sub-Sahara, os sistemas de Saúde tão lutando pra lidar com o aumento dos casos de câncer. A maioria dos esforços tá mais focada em tratar câncer do que em prevenir.

Razões para os Desafios no Cuidado do Câncer

Vários fatores contribuem pra dificuldade no cuidado do câncer na África. Muita gente que trabalha na saúde não tem o treinamento adequado, e tem poucos lugares onde as pessoas podem ser diagnosticadas. A coordenação entre os serviços de saúde é fraca, e o financiamento geralmente é insuficiente. Essa situação dificulta o acesso das mulheres a exames e Tratamentos de qualidade.

Na sub-Sahara, só alguns países oferecem saúde universal. Por exemplo, Uganda eliminou taxa de uso em 2001, o que fez mais gente buscar tratamento. Mas muitos ainda pagam do próprio bolso pelos serviços. Tem pouca pesquisa sobre como o câncer impacta as finanças de indivíduos e famílias. A maioria dos estudos atuais se concentra em pequenos grupos de mulheres em áreas rurais.

Impacto Econômico do Tratamento do Câncer do Colo do Útero

Entender os efeitos econômicos do tratamento do câncer é super importante. Esses efeitos podem ser diretos, como gastos médicos, e indiretos, tipo perda de renda. Um estudo de Eswatini mostrou que perder o emprego por causa do câncer do colo do útero é um peso financeiro enorme. Em Uganda, muitas mulheres enfrentam dificuldades de emprego depois de serem diagnosticadas com câncer. Além disso, as mulheres costumam fazer mais tarefas em casa que os homens, então um diagnóstico de câncer pode afetar bastante o papel delas como cuidadoras.

Atualmente, só dois estudos de países com pouca grana mostram uma visão mais clara dos custos relacionados ao tratamento do câncer do colo do útero. Ambos os estudos focaram em custos diretos e indiretos, mas eram limitados a dois países. Um estudo mostrou que mulheres na Etiópia tinham gastos significativos com tratamentos e perderam muitos dias de trabalho. Outro estudo da Índia confirmou essas descobertas, destacando o estresse financeiro causado pelo câncer do colo do útero.

Importância da Pesquisa sobre o Custo Econômico

Medir o custo econômico do câncer do colo do útero é necessário. Isso pode servir como prova pra investimentos em programas de prevenção. Expandindo os serviços de saúde, menos mulheres teriam câncer do colo do útero, ajudando a reduzir o fardo financeiro. Mais pesquisa é necessária em diferentes países pra esclarecer essa questão. O objetivo dessa análise é descrever como o tratamento do câncer do colo do útero afeta o bem-estar financeiro das mulheres em Uganda, especialmente considerando seu status socioeconômico.

Coleta de Dados

Essa análise faz parte de um estudo maior que busca entender os efeitos sociais e econômicos do câncer do colo do útero sobre mulheres e suas famílias em Uganda. Recrutamos mulheres entre setembro de 2022 e janeiro de 2023 em unidades de saúde em Kampala e Jinja. Enfermeiros oncologistas treinados coletaram dados por meio de uma pesquisa de 45 minutos, que foi feita oralmente pra incluir mulheres que talvez não saibam ler.

Pra participar do estudo, as mulheres precisavam ter pelo menos 18 anos, serem diagnosticadas com câncer do colo do útero, estarem em tratamento e conseguir dar consentimento na língua que preferirem.

Design da Pesquisa

A pesquisa incluiu perguntas sobre custos médicos pagos do próprio bolso, informadas por estudos existentes do Nepal e Uganda. As mulheres foram questionadas sobre os custos de cuidados médicos que pagaram do próprio bolso, incluindo tratamentos, transporte e outras despesas. Elas também disseram se tinham recebido algum apoio pra tratamento e se cortaram gastos em casa pra pagar por isso.

Além disso, a pesquisa explorou o impacto no emprego, perguntando se as participantes ou membros da família faltaram ao trabalho por causa do tratamento. Outras perguntas focaram no trabalho não remunerado e como as responsabilidades das mulheres em casa mudaram desde o diagnóstico.

Informações demográficas foram coletadas, incluindo idade, estado civil, escolaridade, situação econômica e ocupação. Esses dados foram analisados pra ver como o status socioeconômico influenciou os efeitos econômicos do câncer do colo do útero.

Participantes e Seu Status Econômico

A análise incluiu 155 mulheres em uma categoria de status socioeconômico mais alto e 183 em um grupo de status socioeconômico mais baixo. Entre aquelas com status socioeconômico mais baixo, uma porcentagem maior era viúva e tinha níveis de escolaridade mais baixos em comparação com o grupo de status mais alto. O estágio do diagnóstico de câncer também foi maior no grupo de status econômico mais baixo, provavelmente por causa do acesso reduzido a exames regulares.

Custos do próprio bolso e Pressão Financeira

A maioria das mulheres em ambos os grupos socioeconômicos relatou pagar do próprio bolso por pelo menos um aspecto do cuidado médico. Os custos mais comuns incluíam raios-x, exames e radioterapia. Muitas mulheres disseram que gastaram entre 500.001 e 2.000.000 UGX em tratamento.

Mais de 90% das mulheres em ambos os grupos relataram pagar por custos de alimentação e transporte ligados ao cuidado. No entanto, apenas um pequeno número relatou ter parado o tratamento por causa dos custos. Mulheres do grupo socioeconômico mais baixo eram mais propensas a pegar empréstimos ou vender bens pra conseguir pagar pelo tratamento.

Tempo de Folga no Trabalho e Trabalho Não Remunerado

O estudo encontrou que mulheres do grupo socioeconômico mais baixo eram mais propensas a tirar folga do trabalho pra tratamento. Um número maior de mulheres do grupo socioeconômico mais alto tinha alguém na família que tirou folga pra ajudar a cuidar delas, indicando que a estabilidade financeira pode permitir que as famílias se apoiem durante o tratamento.

Os resultados mostraram que mulheres diagnosticadas com câncer do colo do útero passaram menos tempo cuidando dos filhos e apoiando a educação deles desde o diagnóstico. Essa mudança pode ter efeitos duradouros nas famílias, já que as mulheres costumam ser as principais cuidadoras.

Conclusão: Necessidade de Melhores Soluções em Saúde

Essa análise revela o grande peso financeiro que o tratamento do câncer do colo do útero impõe sobre as mulheres e suas famílias. Apesar dos esforços do governo pra oferecer cuidados cancerígenos subsidiados, muitas mulheres ainda enfrentam custos do próprio bolso, que podem se tornar um fardo significativo, especialmente para aquelas em grupos socioeconômicos mais baixos.

Tem uma necessidade urgente de melhorar o financiamento da saúde em Uganda. O governo poderia explorar um seguro de saúde universal que ajustasse os níveis de prêmio de acordo com a renda. Essa abordagem poderia ajudar a aliviar os custos do tratamento para mulheres em tratamento de câncer.

Além disso, expandir os programas de saúde comunitária poderia reduzir a pressão financeira sobre as famílias. Aumentar o acesso a serviços de rastreamento e educação sobre o câncer do colo do útero também poderia diminuir o número de mulheres afetadas por essa doença. No geral, focar em medidas preventivas pode ajudar a reduzir os impactos econômicos do câncer do colo do útero sobre as mulheres e suas famílias.

Fonte original

Título: The economic burden of cervical cancer on women in Uganda: A cross-sectional study

Resumo: PURPOSEThere is limited research on how a cervical cancer diagnosis financially impacts women and their families in Uganda, including the burden of out-of-pocket costs. This is important to understand because, in addition to being economic providers, women are primary caregivers. The objective of this analysis is to describe the economic impact of cervical cancer treatment, including how this differs by socio-economic status (SES) in Uganda. METHODSWe conducted a cross-sectional study from September 19, 2022 to January 17, 2023. Women were recruited from the Uganda Cancer Institute and Jinja Regional Referral Hospital, and were eligible for this study if they were [≥] of 18 years and being treated for cervical cancer. Participants completed a 45-minute survey which included questions about their out-of-pocket costs, unpaid labor, and changes in their familys economic situation. A wealth index was constructed from the participants ownership of household items to determine their SES. Descriptive statistics were reported. RESULTSOf the 338 participants who completed the survey, 183 were from the lower SES. Women from the lower SES were significantly more likely to be older, have [≤] primary school education, and have a more advanced stage of cervical cancer. Both groups of women reported paying out-of-pocket for cervical cancer care (higher SES 95.5%, lower SES 92.3%). Only 15/338 participants stopped treatment because they could not afford it. Women of a lower SES were significantly more likely to report borrowing money (p-value=0.004) and selling possessions to pay for cancer care (p-value=0.006). With regards to unpaid labor, women from both groups reported a decrease in the amount of time that they spent caring for their children since their cervical cancer diagnosis. CONCLUSIONRegardless of their SES, women in Uganda incur out-of-pocket costs related to their cervical cancer treatment. However, there are inequities as women from the lower SES groups were more likely to borrow funds to afford treatment. Alternative payment models and further financial support could help alleviate the financial burden of cervical cancer of care on women and families in Uganda.

Autores: Hallie Dau, E. Nankya, P. Naguti, M. Basemera, B. A. Payne, M. Vidler, J. Singer, A. McNair, M. AboMoslim, L. Smith, J. Orem, C. Nakisige, G. Ogilvie

Última atualização: 2023-10-29 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.26.23296906

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.10.26.23296906.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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