Como Percebemos Números: Insights da Pesquisa
Pesquisas mostram como as características afetam nossa habilidade de estimar números.
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Os humanos conseguem adivinhar rápida e precisamente quantos itens tem em um grupo sem precisar contar um por um. Essa habilidade começa a se desenvolver algumas horas após o nascimento e acontece naturalmente para todo mundo, até pra quem nunca aprendeu a contar formalmente. Pesquisas mostram que tanto humanos quanto animais têm partes específicas do cérebro que ajudam a sentir e processar a quantidade de itens que veem.
Estudos com macacos e corvos descobriram que certas células do cérebro respondem especificamente a números, o que significa que elas estão sintonizadas pra reconhecer diferentes quantidades em grupos de objetos. Nos humanos, enquanto alguns estudos analisaram como o cérebro reage usando técnicas avançadas, a maior parte das evidências sobre como entendemos números vem de testes que medem as reações das pessoas a diferentes quantidades.
Quando somos expostos a uma certa quantidade de itens, isso pode mudar como percebemos números em uma tarefa subsequente. Por exemplo, se uma pessoa olha pra um monte de pontos por um tempo, ela pode depois ver um número menor de pontos como sendo ainda menor do que realmente é. Isso sugere que nossos cérebros têm sistemas que ajudam a analisar quantos itens estão ali.
Além disso, essas adaptações acontecem em diferentes sentidos, não só na visão. Por exemplo, estudos mostraram que se alguém escuta uma sequência de sons, isso também pode afetar como percebe os números de itens visíveis. Essa conexão entre os sentidos mostra que nossa estimativa de números pode ser influenciada por diferentes tipos de informação que recebemos.
A habilidade de distinguir entre diferentes tipos de grupos também é importante. Por exemplo, se vemos uma mistura de frutas maduras e verdes, ajuda a categorizá-las separadamente. Pesquisas destacaram que as pessoas conseguem prestar atenção em diferentes grupos de itens ao mesmo tempo. Isso é parecido com como conseguimos lembrar de diferentes cores em um conjunto de objetos.
Pra entender melhor porque temos essas mudanças de percepção ao ver números, foi feito um estudo com vários experimentos. O objetivo era ver quais características dos itens afetam como nos adaptamos a novos números. Seis experimentos foram realizados, cada um testando diferentes características como Cor, Brilho e forma dos itens.
Os Experimentos
Experimento 1: Cor
No primeiro teste, as pessoas foram mostradas arrays de pontos coloridos. Elas tinham que decidir qual dos dois arrays tinha mais pontos. Se ambos os arrays eram da mesma cor, os participantes costumavam estimar os números de forma parecida. Mas se as cores eram diferentes, as estimativas mudavam.
Experimento 2: Brilho
O próximo experimento envolveu pontos pretos e brancos. Os participantes precisavam adivinhar a quantidade de novo, com alguns pontos sendo pretos e outros brancos. Eles encontraram resultados parecidos: o efeito de adaptação era mais forte quando ambos os pontos tinham o mesmo brilho.
Experimento 3: Forma
No terceiro experimento, foram usadas Formas diferentes. Algumas eram circulares, enquanto outras pareciam flores ou quadrados. Os resultados mostraram que as pessoas estimaram a quantidade de formas de forma diferente dependendo se as formas combinavam ou não.
Experimento 4: Movimento
O quarto teste envolveu objetos estacionários e em movimento. Surpreendentemente, se os pontos estavam se movendo ou parados não mudou como as pessoas percebiam a quantidade de itens. Isso indicou que o movimento não afeta a nossa adaptação numérica tão forte quanto outras características.
Experimento 5: Letras
Os participantes no quinto experimento olharam letras em vez de pontos. Eles foram adaptados a uma letra e depois testados com letras semelhantes ou diferentes. Os resultados mostraram que até pequenas mudanças na fonte afetaram como os números eram percebidos.
Experimento 6: Rostos
O último experimento envolveu rostos. Os participantes viram rostos sorridentes e depois rostos tristes ou embaralhados. O estudo revelou que mudar as expressões faciais não afetou significativamente o efeito de adaptação, indicando que mudar características específicas importava menos quando o contexto geral permanecia o mesmo.
Visão Geral dos Resultados
Quando todos os seis experimentos foram combinados, ficou claro que certas características influenciam como as pessoas se adaptam às estimativas numéricas. Mudanças em cor, brilho e forma tiveram efeitos definitivos, enquanto mudanças em movimento e expressões faciais não mostraram o mesmo nível de adaptação.
As descobertas sugerem que nossos cérebros categorizam e segregam itens com base em suas características pra fazer estimativas numéricas. Essa categorização ajuda a processar informações eficientemente e a fazer sentido do que vemos no nosso ambiente.
Implicações
Essas percepções sobre como percebemos números podem ter aplicações mais amplas. Entender os mecanismos por trás da nossa percepção numérica pode ajudar a criar ferramentas educacionais melhores pra ensinar matemática e contagem, especialmente pra quem tem dificuldades com esses conceitos.
Além disso, esse conhecimento pode ser aplicado pra melhorar tecnologias relacionadas ao processamento visual, como em sistemas de realidade virtual ou realidade aumentada, onde a percepção precisa de números é crucial.
Conclusão
Em resumo, nossa habilidade de estimar números não só está embutida em nós, mas também é influenciada por várias características dos itens que vemos. Os estudos revisados indicam que temos sistemas robustos que nos permitem categorizar e processar esses números com base em características específicas. Essa habilidade desempenha um papel importante na forma como interagimos e entendemos o mundo ao nosso redor.
Título: Feature selective adaptation of numerosity perception
Resumo: Perceptual adaptation has been used to infer the existence of numerosity detectors, which allow humans to quickly estimate the number of objects in a scene. While adaptation was originally thought to affect numerosity perception regardless of the low-level features of the items, a recent study demonstrated that adaptation is more pronounced when the adapting and adapted (test) stimuli share the same color, compared to when they were colored differently. In this study we explored whether such adaptation reduction depends on a novelty effect induced by changes in stimulus features or whether this effect is observed only when implying an identity change of the stimuli. To this aim, we performed six experiments in which numerosity adaptation was investigated in conditions in which adapting and adapted stimuli were either matched or differed for several low-level (color, luminance, shape, and motion) or high-level (letters identity, face emotions) features. Numerosity adaptation was consistently observed across all conditions, but it was reduced when adaptor and test differed in color, luminance and shape. However, when stimuli differed in their motion profile, a very salient perceptual change that does not imply a change in items identity, adaptation selectivity vanished. Moreover, adaptation selectivity was not observed when items identity was changed by spatial rotations of the same stimulus (letters) or when stimuli were matched for the global configuration (face outline) but differed for the arrangement of local features (mouth, nose, eyes). Interestingly, image dissimilarity between test and adaptor, as quantified by Gabor filters simulating a simplified model of the primary visual cortex, nicely predicted the strength of numerosity adaptation across all conditions. Overall, changes in stimulus identity defined by low-level features, rather than novelty in general, determined the strength of the adaptation effects, provided that the changes were readily noticeable. Our findings suggest that numerosity mechanisms may be able to operate on segregated and categorized visual items in addition to the total quantity of the set, with part of the aftereffects induced by numerosity adaptation occurring after feature-binding.
Autores: Elisa Castaldi, C. Caponi, P. Grasso, R. Arrighi
Última atualização: 2024-05-16 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.16.594539
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.05.16.594539.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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