Avanços Recentes na Tecnologia de Sequenciamento de Proteínas
Novas técnicas melhoram a precisão na leitura e identificação de proteínas.
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Nos últimos anos, houve grandes melhorias na forma como os cientistas leem o código genético encontrado no nosso DNA e as Proteínas criadas a partir desse código. Esses avanços são super importantes, já que as proteínas desempenham papéis vitais em quase todas as funções dos organismos vivos. Vamos simplificar esses desenvolvimentos.
Entendendo o DNA e a Sequência de Proteínas
A sequenciação de nucleotídeos é o processo de determinar a ordem dos nucleotídeos em uma amostra de DNA. Os cientistas usam várias tecnologias para fazer isso, e nos últimos dez anos, alguns métodos ficaram mais eficazes. Por exemplo, técnicas como sequenciação por nanoporo permitem que os pesquisadores leiam o DNA em uma escala muito pequena com alta precisão.
Quando se trata de proteínas, que são feitas de blocos de construção chamados Aminoácidos, a sequenciação é um pouco mais complicada. Diferente do DNA, as proteínas são compostas por 20 aminoácidos diferentes, cada um com formas e cargas únicas. Isso torna mais desafiador identificar aminoácidos específicos em uma sequência em comparação com as quatro bases encontradas no DNA.
Tecnologias Atuais na Sequenciação de Proteínas
A Espectrometria de Massa é uma das maneiras tradicionais de identificar proteínas. Esse método mede a massa das proteínas e compara com proteínas conhecidas armazenadas em um banco de dados. No entanto, muitos pesquisadores focam em identificar proteínas em vez de determinar suas sequências completas, porque às vezes saber parte da sequência já é suficiente para a identificação.
Apesar de seu uso amplo, a espectrometria de massa tem limitações. Por exemplo, pode não funcionar bem para proteínas presentes em quantidades muito baixas. Para lidar com esse problema, os pesquisadores estão explorando novos métodos de sequenciação de proteínas que podem oferecer melhor sensibilidade.
Alguns métodos mais novos envolvem marcar aminoácidos específicos com marcadores fluorescentes para criar uma impressão digital única para cada proteína. Estudos recentes sugerem que pode ser possível marcar um pequeno número de aminoácidos sem que os marcadores interfiram entre si. Isso pode permitir que os cientistas identifiquem proteínas com base nessas impressões digitais.
A Promessa da Sequenciação por Nanoporo para Proteínas
A sequenciação por nanoporo está surgindo como uma técnica promissora para ler sequências de proteínas. Ela poderia permitir que os cientistas sequenciassem proteínas em tamanho total, o que ofereceria uma identificação mais precisa. Os avanços atuais incluem nanoporos engenheirados que podem mover suavemente peptídeos (cadeias curtas de aminoácidos) através de uma abertura minúscula enquanto capturam sinais elétricos que correspondem a aminoácidos específicos.
Os pesquisadores também estão investigando o uso de sinais ópticos que podem fornecer mais informações sobre os aminoácidos específicos que estão sendo sequenciados. Para que a sequenciação de proteínas seja bem-sucedida, melhorias significativas são necessárias, incluindo métodos que possam ler os 20 aminoácidos com precisão.
Desafios na Sequenciação de Proteínas
Mesmo com esses avanços, ainda há desafios a serem superados quando se trata de sequenciar proteínas de forma eficaz. Os dispositivos projetados para esse propósito provavelmente incorporarão várias estratégias para facilitar a identificação das proteínas. Por exemplo, pode ser necessário focar na leitura de apenas alguns tipos de aminoácidos ou usar fragmentos de proteínas para aumentar a precisão.
Há a possibilidade de que os primeiros dispositivos possam fornecer leituras com erros, o que significa que pode ser difícil obter uma identificação exata dos aminoácidos. Como resultado, os cientistas provavelmente desenvolverão algoritmos que forneçam uma probabilidade para cada aminoácido com base nos sinais recebidos, o que pode ajudar a identificar a sequência correta de aminoácidos.
Usando Probabilidades para Identificação
Para entender as informações coletadas a partir dos dispositivos de sequenciação, os cientistas podem começar com uma suposição básica sobre os aminoácidos presentes. Por exemplo, se eles souberem que uma proteína específica contém muitos de um aminoácido específico, podem ajustar suas estimativas de probabilidade de acordo. Quando os sinais de sequenciação chegam, eles podem atualizar essas probabilidades para refletir os aminoácidos prováveis representados nos sinais.
Ao analisar os dados, eles constroem uma matriz que mostra as probabilidades de cada aminoácido aparecer em cada posição na sequência. No entanto, devido a erros nas leituras, nem sempre é possível reconstruir cada parte da proteína com precisão. Portanto, a melhor abordagem é comparar os resultados com um banco de dados conhecido de proteínas.
Testando os Novos Métodos
Em estudos para testar métodos de identificação de proteínas, os pesquisadores usaram uma variedade de condições para ver como bem seus sistemas funcionavam. Eles focaram em muitos fatores, como a eficácia do dispositivo em resolver sinais, o comprimento dos segmentos de proteínas analisados e o tipo de erros que poderiam ocorrer durante o processo. Diferentes algoritmos e modelos estatísticos, como Modelos Ocultos de Markov (HMMs), foram usados para analisar os dados e melhorar a precisão.
Os resultados mostraram que mesmo com segmentos de proteína mais curtos ou sinais de qualidade moderada, uma porcentagem significativa de proteínas ainda podia ser identificada com precisão. Isso é encorajador, já que sugere que esses métodos podem ser úteis em cenários do mundo real.
Incorporando Múltiplos Fragmentos
Em muitos casos, usar múltiplos fragmentos da mesma proteína pode aumentar a precisão da identificação. Quando os pesquisadores combinaram resultados de vários fragmentos, descobriram que a precisão melhorou em todos os casos. Isso significa que mesmo se um fragmento não gerar um resultado claro, combinar informações de múltiplos fragmentos pode fornecer dados suficientes para identificar uma proteína com confiança.
Avaliando Diferentes Conjuntos de Aminoácidos
Outro aspecto interessante dessa pesquisa é usar conjuntos reduzidos de aminoácidos para identificação. Por exemplo, alguns métodos podem focar em identificar apenas um número limitado de aminoácidos, especialmente aqueles que são mais abundantes nas proteínas. Estudos mostraram que usar apenas alguns aminoácidos abundantes pode alcançar boas taxas de identificação, enquanto o uso de aminoácidos de baixa abundância muitas vezes resultou em menor precisão.
Isso destaca a importância de saber quais aminoácidos focar ao tentar identificar proteínas, já que alguns aminoácidos são mais informativos que outros.
Avaliando o Impacto dos Erros
Como em qualquer tecnologia, erros podem ocorrer nos processos de sequenciação. Os pesquisadores projetaram experimentos para avaliar como diferentes taxas de erro, como inserções ou deleções na sequência, afetaram a precisão geral do método de identificação. Eles descobriram que o sistema de identificação permaneceu altamente eficaz mesmo com taxas de erro modestas, especialmente quando uma sequência completa de proteína estava disponível.
No entanto, usar fragmentos de proteína mais curtos mostrou redução de precisão sob condições propensas a erros, o que traz desafios para aplicações práticas onde os erros podem ser mais comuns.
Direções Futuras na Sequenciação de Proteínas
À medida que as tecnologias de sequenciação continuam a se desenvolver, o objetivo permanece criar dispositivos que possam identificar proteínas de maneira precisa e eficiente, mesmo em cenários desafiadores. O potencial de alcançar alta precisão, mesmo com sinais de menor qualidade ou proteínas presentes em quantidades ínfimas, torna esses avanços empolgantes para o futuro da biologia e da medicina.
Além disso, as técnicas que estão sendo desenvolvidas agora podem abrir caminho para novos métodos que poderiam um dia revolucionar nossa compreensão das proteínas e seus papéis nos processos biológicos. Isso poderia levar a descobertas em áreas como descoberta de medicamentos e medicina personalizada, onde entender as funções das proteínas é crucial.
Conclusão
Resumindo, os avanços nas tecnologias de sequenciação de proteínas estão tornando possível ler e identificar proteínas com mais eficiência. Embora ainda haja desafios, técnicas como a sequenciação por nanoporo e abordagens estatísticas inovadoras estão abrindo caminho para métodos mais eficazes de identificação de proteínas. A pesquisa e o desenvolvimento contínuos provavelmente levarão a melhores estratégias para analisar proteínas, beneficiando, em última análise, várias áreas da ciência e da medicina.
Título: A generalised protein identification method for novel and diverse sequencing technologies
Resumo: Protein sequencing is a rapidly evolving field with much progress towards the realisation of a new generation of protein sequencers. The early devices, however, may not be able to reliably discriminate all 20 amino acids, resulting in a partial, noisy and possibly error-prone signature of a protein. Rather than achieving de novo sequencing, these devices may aim to identify target proteins by comparing such signatures to databases of known proteins. However, there are no broadly applicable methods for this identification problem. Here, we devise a hidden Markov model method to study the generalized problem of protein identification from noisy signature data. Using a hypothetical sequencing device that can simulate several novel devices, we show that on the human protein database (N=20,181) our method has a good performance under many different operating conditions such as various levels of signal resolvability, different numbers of discriminated amino acids, sequence fragments and insertion and deletion error rates. Our results demonstrate the possibility of protein identification with high accuracy on many early experimental devices. We anticipate our method to be applicable for a wide range of protein sequencing devices in the future.
Autores: Nick Goldman, B. K. Bhandari
Última atualização: 2024-03-04 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.29.582769
Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.02.29.582769.full.pdf
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