Insights Genéticos na Disinesia Ciliar Primária
Estudo investiga fatores genéticos que afetam sintomas em pacientes com discinesia ciliar primária.
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Índice
A discinesia ciliar primária (PCD) é uma doença genética que afeta as estruturas minúsculas em forma de cabelo chamadas cílios, que revestem as vias respiratórias. Esses cílios são responsáveis por mover o muco e outras partículas para fora dos pulmões. Quando os cílios não funcionam direito, podem rolar vários problemas de saúde, especialmente nos pulmões e seios nasais. A condição está ligada a diferentes Genes, e entender como esses genes afetam os Sintomas pode ajudar a manejar a doença.
O Papel dos Genes na PCD
Tem mais de 50 genes conhecidos que causam PCD. Cada gene pode levar a diferentes problemas na estrutura dos cílios. Isso quer dizer que pessoas com PCD podem experimentar uma variedade de sintomas. Por exemplo, alguns podem ter dificuldades para distinguir esquerda de direita, conhecidas como defeitos de lateralidade, enquanto outros nem têm esse problema. Essa diferença acontece porque alguns genes estão ligados a defeitos de lateralidade, enquanto outros não.
Doenças cardíacas congênitas também podem rolar com PCD. No entanto, isso é menos comum em quem tem mutações em certos genes. Pesquisadores descobriram que o tipo de mutação genética pode influenciar a função pulmonar também. Por exemplo, indivíduos com mutações específicas tendem a ter um declínio mais rápido na função pulmonar em comparação com aqueles com outras mudanças genéticas.
Pesquisando Sintomas na PCD
Apesar do que já se sabe sobre como os genes podem afetar a PCD, ainda rola a necessidade de mais pesquisa sobre como diferentes mudanças genéticas levam a sintomas variados. Alguns estudos já olharam pra essas diferenças, mas os resultados não foram consistentes. Por exemplo, um estudo com crianças na América do Norte não encontrou muitas diferenças em sintomas como tosse crônica ou congestão nasal, dependendo do tipo de mutação genética. Mas um estudo do Reino Unido relatou que certos genótipos tinham menos casos de desconforto respiratório.
Pra entender melhor, os pesquisadores tentaram descobrir como é fácil coletar informações genéticas e de sintomas de pessoas com PCD. Eles também quiseram estudar as conexões entre sintomas e fatores genéticos diretamente dos pacientes.
O Estudo COVID-PCD
Os pesquisadores usaram um estudo global chamado COVID-PCD, que começou em 2020 pra acompanhar pessoas com PCD durante a pandemia de COVID-19. Participantes do mundo todo se inscreveram online, deram consentimento e preencheram questionários. Esses questionários perguntavam sobre testes genéticos, se sabiam de resultados e detalhes sobre seus sintomas nos últimos três meses.
As informações genéticas foram categorizadas de acordo com o tipo de defeitos ciliares associados a diferentes genes. Isso incluiu grupos como:
- Estrutura da Dineína (DS): Inclui genes como DNAH5 e DNAH11.
- Montagem da Dineína (DA): Inclui genes como CCDC103 e DNAAF4.
- Complexo Regulatório Nexina-Dineína (ND-RC): Inclui genes como CCDC39 e CCDC40.
- Fala Radical e Complexo Central (RS-CC): Inclui genes como RSPH4A e RSPH1.
- Outras Funções: Inclui genes que não se encaixam nas categorias acima.
Demografia dos Participantes
O estudo incluiu 759 indivíduos, com média de idade de 28 anos e uma divisão quase igual entre homens e mulheres. Os participantes vieram de 49 países diferentes, com muitos dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Itália e Suíça.
Dos participantes, 58% relataram ter feito testes genéticos. Dentre eles, muitos sabiam sobre o gene responsável pela condição deles. Os pesquisadores focaram nas pessoas que tinham mutações identificadas e analisaram seus sintomas.
Descobertas sobre Sintomas e Grupos Genéticos
A pesquisa mostrou que, mesmo com diferentes grupos genéticos, os sintomas relatados pelos participantes eram bem parecidos. Por exemplo, uma alta porcentagem de indivíduos de todos os grupos relatou sintomas como tosse crônica (84-92%), dor de ouvido (33-43%) e falta de ar (45-62%). A diferença mais notável estava nos sintomas nasais crônicos, que foram mais frequentemente relatados em um grupo comparado aos outros.
Analisando genes específicos, os pesquisadores encontraram padrões interessantes. Por exemplo, indivíduos com o gene CCDC39 tiveram uma idade de diagnóstico mais precoce comparados a outros genes. No entanto, menos relatos de defeitos de lateralidade foram vistos em casos com o gene RS-CC. Isso se alinha com pesquisas anteriores sugerindo que pessoas sem defeitos de lateralidade tendem a ser diagnosticadas mais tarde.
Implicações do Estudo
O estudo mostra que coletar informações genéticas diretamente dos pacientes é possível e pode oferecer insights valiosos. Uma boa quantidade de pessoas conseguiu compartilhar informações sobre seus genes causadores. Os genes mais relatados alinham com tendências globais, confirmando estudos anteriores.
Além disso, os achados destacaram que os sintomas são comuns, independente das mudanças genéticas. Isso sugere que, do ponto de vista do paciente, ter sintomas frequentes é uma experiência comum, não importa a mutação genética específica.
Forças e Limitações
Uma grande força desse estudo é seu tamanho de amostra e a combinação de sintomas relatados com dados genéticos. Isso permite que os pesquisadores explorem novas conexões entre genes e sintomas na PCD. Porém, o estudo também teve limitações. Dependendo de dados genéticos autorrelatados significa que a verificação com registros clínicos não foi possível devido à natureza anônima do estudo. Sem informações detalhadas sobre as mutações específicas, é incerto se todas as mudanças relatadas são realmente prejudiciais.
Apesar dessas limitações, os resultados se alinham com estudos anteriores que usaram dados genéticos clínicos. Isso sugere que informações genéticas relatadas pelos pacientes podem ser confiáveis para fins de pesquisa.
Conclusão
Resumindo, esse estudo lança uma luz sobre como fatores genéticos influenciam os sintomas em pessoas com PCD. Confirma o que já se sabe sobre a relação entre genes específicos e problemas de saúde como defeitos de lateralidade e doenças cardíacas congênitas. Os sintomas da condição continuam comuns entre diferentes grupos genéticos, indicando que todos os pacientes podem enfrentar desafios semelhantes. A capacidade de reunir e analisar essas informações diretamente de indivíduos com PCD abre caminhos para uma melhor compreensão e manejo da condição. Com pesquisas contínuas, há esperança de melhores tratamentos e apoio para quem é afetado pela PCD.
Título: Genotypes and associations with symptoms in primary ciliary dyskinesia
Resumo: BackgroundKnowledge about genotype-phenotype associations is crucial for understanding the clinical variability of primary ciliary dyskinesia (PCD). We studied how feasible it is to collect information about causative genes directly from people with PCD through questionnaires, and investigated associations between clinical characteristics, symptoms, and genotype. MethodsWe used data from the anonymous international participatory cohort COVID-PCD, set up in 2020 to follow people with PCD during the COVID-19 pandemic. A baseline questionnaire asked genetic test results, clinical characteristics, and current symptoms. We grouped reported causative genes into categories based on associated defects and studied differences between groups. ResultsAmong the 759 COVID-PCD study participants, 444 (58%) reported genetic testing, and of these, 289 (65%) reported that a gene was identified. We included 206 who knew and reported a causative gene. The most common genes were DNAH5 (n=71; 34%), DNAH11 (n=27; 13%), CCDC40 (n=21; 10%), DNAI1 (n=18; 9%), CCDC39 (n=13; 6%), and RSPH1 (n=8; 4%). The dynein structure (DS) group was the largest (n=127) followed by the nexin-dynein regulatory complex (ND-RC) group (n=38), dynein assembly (DA) group (n=21), and radial spoke and central complex (RS-CC, n=20) Current age and sex were similar across groups; but median age at diagnosis was markedly higher in the RS-CC group (11 years) compared to 4-7 years in the other groups (p=0.035). Laterality defects were reported by one person (5%) in RS-CC group, compared with 37%-60% in other groups (p=0.001). Overall, symptoms were frequently reported by participants in all 4 groups with little difference between groups. ConclusionOur results confirmed known differences in laterality defects and congenital heart disease between genotypes and showed frequent upper and lower respiratory symptoms in all groups regardless of reported gene.
Autores: Eva SL Pedersen, M. Goutaki, L. D. Schreck, B. Rindlisbacher, L. Dixon, COVID-PCD patient advisory group, J. S. Lucas, C. E. Kuehni
Última atualização: 2023-11-28 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.28.23299010
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.11.28.23299010.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
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