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Comparando Métodos de Medição de Proteínas para a Saúde do Coração

Um estudo analisa como dois métodos de medição de proteínas se relacionam com a saúde e a doença.

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As Proteínas são super importantes pra nossa saúde. Vários medicamentos atuam visando proteínas, que incluem enzimas, anticorpos, proteínas de transporte e proteínas estruturais. Medir os níveis de proteínas no nosso sangue pode ajudar a entender como nosso corpo funciona, entender doenças, prever riscos à saúde e encontrar novos alvos pra tratamentos. Com os avanços recentes na tecnologia, os pesquisadores conseguem medir milhares de proteínas de uma vez, o que pode mudar a forma como a medicina personalizada é desenvolvida.

Medindo Proteínas

Os cientistas usam vários métodos pra medir os níveis de proteínas no plasma sanguíneo. Dois dos métodos mais populares são a Espectrometria de Massa e técnicas baseadas em afinidade. A espectrometria de massa identifica proteínas quebrando-as em pedaços menores chamados peptídeos. Esse método tem sido útil pra estudar algumas proteínas específicas ou grandes conjuntos de até 4.500 proteínas. Porém, a espectrometria de massa exige bastante preparo, o que dificulta seu uso em estudos maiores.

Por outro lado, os métodos baseados em afinidade, como OLINK e SomaScan, permitem que os pesquisadores meçam milhares de proteínas ao mesmo tempo a partir de várias amostras. OLINK usa anticorpos pareados pra mirar proteínas específicas, enquanto o SomaScan usa aptâmeros modificados, também conhecidos como SOMAmers.

Ambos os métodos foram bem-sucedidos em grandes estudos populacionais, ajudando a identificar Variantes Genéticas ligadas aos níveis de proteínas e características como índice de massa corporal (IMC) e doenças. As versões mais recentes dessas plataformas conseguem medir mais de 5.000 proteínas pelo OLINK e mais de 11.000 pelo SomaScan.

Visão Geral do Estudo

Esse estudo teve como objetivo comparar o desempenho dos métodos OLINK e SomaScan na medição dos níveis de proteínas. Os pesquisadores analisaram 2.168 proteínas em quase 4.000 participantes de um estudo sobre doenças cardíacas na China. Os principais objetivos eram:

  1. Ver quão similar os dois métodos eram em relação aos níveis de proteínas.
  2. Comparar ligações genéticas aos níveis de proteínas encontrados em diferentes estudos.
  3. Examinar como as proteínas se relacionavam com características como IMC e risco de doença cardíaca.
  4. Avaliar como as proteínas previam o risco de doença cardíaca, tanto sozinhas quanto com outros fatores de risco.

População do Estudo

O China Kadoorie Biobank (CKB) é um estudo grande que recrutou mais de 512.000 adultos de várias regiões entre 2004 e 2008. Dados sobre a demografia dos participantes, histórico de saúde e estilo de vida foram coletados por meio de questionários e medições físicas. Amostras de sangue foram coletadas e armazenadas para análises futuras. A saúde dos participantes foi acompanhada ao longo do tempo através de registros de saúde locais.

A análise atual incluiu 3.977 participantes que tiveram seu DNA testado e que não tinham doenças cardíacas anteriores. Amostras de sangue e dados genéticos foram usados pra comparar os níveis de proteínas entre OLINK e SomaScan.

Ensaios de Proteínas

Para a plataforma OLINK, as amostras de sangue armazenadas foram descongeladas e pequenas quantidades foram preparadas pra teste. Cada amostra foi testada para 3.072 proteínas em duas etapas. Os níveis de proteínas foram ajustados com base em medidas de controle de qualidade.

Para a plataforma SomaScan, as amostras de sangue foram enviadas pra um laboratório onde foram testadas para 7.596 SOMAmers, mirando proteínas humanas. Os resultados foram padronizados pra levar em conta a variabilidade nos testes.

Análise de Dados

Pra comparar as duas plataformas, os pesquisadores mediram quão alinhados estavam os níveis de proteínas. Eles verificaram 1.694 proteínas correspondentes e calcularam coeficientes de correlação. Fatores como abundância de proteínas e qualidade dos dados também foram considerados na análise.

Eles realizaram estudos genéticos pra encontrar ligações entre níveis de proteínas e variantes no DNA. Isso incluiu identificar variantes genéticas comuns que influenciavam os níveis de proteínas.

Os pesquisadores também analisaram como diferentes proteínas se relacionavam com IMC e risco de doença cardíaca. Eles usaram modelos estatísticos pra analisar essas relações e determinar quão bem as proteínas podiam prever o risco de doença cardíaca.

Conclusões: Correlações Entre Plataformas

O estudo descobriu que a concordância entre as duas plataformas era moderada. A correlação mediana entre os níveis de proteínas medidos pelo OLINK e SomaScan foi de cerca de 0,20, indicando algum nível de concordância, mas também diferenças notáveis. Isso sugere que os dois métodos podem capturar diferentes aspectos da biologia das proteínas.

As proteínas com maior abundância mostraram correlações mais fortes entre as plataformas, enquanto as com menor abundância tiveram correlações mais fracas. Fatores como qualidade da amostra também influenciaram as correlações observadas.

Ligações Genéticas aos Níveis de Proteínas

Nos estudos genéticos, os pesquisadores identificaram variantes associadas aos níveis de proteínas, chamadas de loci de características quantitativas de proteínas (pQTLs). Um número significativo de proteínas apresentou essas associações, com algumas mostrando sobreposição entre os resultados de OLINK e SomaScan. Essa sobreposição foi particularmente alta para proteínas com pQTLs colocalizados, indicando consistência entre as plataformas.

O estudo observou que o OLINK normalmente tinha mais proteínas ligadas a variantes genéticas comparado ao SomaScan, mas ambas as plataformas forneceram informações valiosas sobre como os genes influenciam os níveis de proteínas.

Associações com Características

Ao examinar associações com IMC, OLINK e SomaScan identificaram um número comparável de proteínas. No entanto, houve mais associações significativas com doenças cardíacas encontradas pelo OLINK em comparação com o SomaScan. Cerca de 80% das proteínas que estavam associadas a doenças cardíacas em ambas as plataformas mostraram resultados direcionais consistentes, indicando que suas descobertas estavam em grande parte de acordo.

Previsão de Risco para Doença Cardíaca

Os pesquisadores descobriram que os modelos que previam o risco de doença cardíaca funcionavam melhor quando usavam uma combinação de proteínas derivadas de ambas as plataformas junto com fatores de risco tradicionais. Adicionar dados de proteínas melhorou a precisão preditiva dos modelos. Em particular, a plataforma SomaScan mostrou uma tendência a valores mais altos de índice de reclassificação líquida, significando que poderia fornecer melhores previsões quando combinada com outros fatores de risco.

Conclusão

Esse estudo destacou os pontos fortes e fracos das plataformas OLINK e SomaScan na medição dos níveis de proteínas e na previsão de riscos à saúde. Embora tenham mostrado correlações modestas no geral, ambos os métodos contribuíram com informações valiosas. As descobertas indicam que usar múltiplos métodos pode levar a melhores insights sobre a biologia das proteínas e sua conexão com os resultados de saúde.

Conforme a tecnologia avança, podemos ver ferramentas ainda melhores pra estudar proteínas na saúde e na doença. Esses avanços podem incluir novas plataformas que combinem elementos de métodos baseados em anticorpos e aptâmeros ou aumentem a capacidade das técnicas existentes de espectrometria de massa.

Direções Futuras

Com a pesquisa em andamento, esperamos ver mais estudos comparativos envolvendo diferentes plataformas proteômicas. Estudos futuros devem não só olhar pra esses dois métodos, mas também incorporar espectrometria de massa pra uma compreensão mais abrangente das interações das proteínas. Isso pode esclarecer ainda mais como as proteínas impactam várias condições de saúde, levando, em última análise, a diagnósticos e tratamentos melhores adaptados às necessidades individuais.

Além disso, os insights obtidos a partir de diversas populações serão cruciais. À medida que aprendemos mais sobre variação genética e comportamento das proteínas entre diferentes grupos, esse conhecimento pode informar estratégias de saúde pública e práticas clínicas voltadas pra combater doenças como doenças cardíacas e obesidade.

Em resumo, esse estudo enfatiza a importância da medição de proteínas na compreensão da saúde e da doença. A integração de várias tecnologias vai melhorar nossa capacidade de identificar biomarcadores críticos e desenvolver abordagens de medicina personalizada no futuro.

Fonte original

Título: Comparative studies of genetic and phenotypic associations for 2,168 plasma proteins measured by two affinity-based platforms in 4,000 Chinese adults

Resumo: Proteomics offers unique insights into human biology and drug development, but few studies have directly compared the utility of different proteomics platforms. We measured 2,168 plasma proteins in 3,976 Chinese adults using both OLINK and SomaScan platforms and compared their genetic determinants and associations with traits and disease risk. For 1,694 proteins with one-to-one matched reagents, there was a modest between platform correlation (median rho=0.20). OLINK-proteins had fewer trans-pQTLs (766 vs 812 proteins) but more cis-pQTLs (725 vs 565) than SomaScan-proteins, including 342 with colocalising cis-pQTLs. Moreover, 1,095 OLINK- and 963 SomaScan-proteins showed significant associations with BMI, while 279 and 165 proteins were significantly associated with IHD, respectively. Addition of these IHD-associated proteins to conventional risk factors yielded NRIs for IHD of 15.3% and 17.1% for OLINK and SomaScan respectively. The results demonstrate the complementarity of different proteomic platforms and should inform assay selection in future population and clinical studies.

Autores: Zhengming Chen, B. Wang, A. Pozarickij, M. Mazidi, N. Wright, P. Yao, S. Said, A. Iona, C. Kartsonaki, H. Fry, K. Lin, H. Du, D. Avery, D. V. Schmidt, C. Yu, D. Sun, J. Lv, M. Hill, L. Li, D. A. Bennett, R. Collins, R. G. Walters, R. Clarke, I. Y. Millwood, China Kadoorie Biobank Collaborative Group

Última atualização: 2023-12-01 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.01.23299236

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.01.23299236.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

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