Abordando a Segurança dos Opioides no Tratamento da Dor Crônica
Uma análise dos indicadores de segurança na prescrição de opioides em meio a preocupações crescentes.
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Índice
- Riscos do Uso Prolongado de Opioides
- Importância de Prescrever Indicadores de Qualidade e Segurança
- Revisão Sistemática dos Indicadores de Segurança de Opioides
- Busca na Literatura e Processo de Seleção de Estudos
- Extração e Análise de Dados
- Tipos de Problemas de Prescrição Identificados
- Descobertas e Recomendações
- Direções Futuras
- Fonte original
Os opioides são medicamentos fortes pra dor que geralmente são usados pra tratar dores moderadas a severas. Eles costumam ser dados depois de cirurgias ou pra dor relacionada ao câncer. Nos últimos anos, esses remédios também foram prescritos com mais frequência pra dor crônica, que dura três meses ou mais. Essa tendência é bem visível em muitos países ocidentais. A dor crônica afeta uma parte significativa da população, com estimativas sugerindo que uma em cada três a uma em cada duas pessoas no Reino Unido a experimenta.
Por causa da complexidade da dor e de seus efeitos tanto no corpo quanto na mente, os especialistas recomendam usar uma mistura de tratamentos que vão além de só tomar analgésicos. Isso pode incluir fisioterapia, aconselhamento e outras opções que não envolvem medicamentos. No entanto, o aumento do uso de opioides pra manejo da dor a longo prazo é uma preocupação em relação à saúde pública.
Riscos do Uso Prolongado de Opioides
As evidências sobre a eficácia a longo prazo dos opioides pra dor crônica são limitadas. Muitos estudos descobriram que, à medida que a dosagem de opioides aumenta, também aumentam os riscos de efeitos colaterais negativos e até danos severos. Isso inclui o potencial de abuso de drogas e dependência. Esses riscos são especialmente importantes em grupos vulneráveis, como os idosos, que podem ser mais sensíveis aos efeitos colaterais desses remédios.
Pacientes mais velhos com dor crônica muitas vezes têm outros problemas de saúde e podem estar tomando vários medicamentos, o que aumenta a chance de interações prejudiciais entre as drogas. Portanto, é importante ter um sistema pra revisar e gerenciar regularmente o uso de opioides nesses pacientes.
Importância de Prescrever Indicadores de Qualidade e Segurança
Pra garantir práticas seguras de prescrição, indicadores de qualidade são frequentemente usados. Esses indicadores ajudam a identificar o uso problemático ou inadequado de medicamentos, permitindo que os profissionais de saúde comparem suas práticas atuais com padrões estabelecidos. Eles focam em questões de segurança, ajudando a detectar hábitos de prescrição perigosos e monitoramento inadequado que podem colocar os pacientes em risco.
O processo de criação desses indicadores deve ser baseado em evidências sólidas, ser fácil de entender e, idealmente, validado por especialistas na área. Embora haja muitas diretrizes pra vários medicamentos, ainda não há um consenso sobre indicadores específicos para a prescrição segura de opioides, o que é crucial pra prevenir danos.
Revisão Sistemática dos Indicadores de Segurança de Opioides
Pra abordar essa lacuna, foi feita uma revisão pra encontrar indicadores claros relacionados à prescrição de opioides que poderiam ser usados pra avaliar a segurança em adultos. Essa revisão seguiu diretrizes estabelecidas pra revisões sistemáticas e incluiu estudos focados no desenvolvimento ou validação desses indicadores de segurança.
Muitos estudos examinando indicadores de prescrição segura foram incluídos, focando em opioides não injetáveis dados a adultos. Estudos que se concentraram apenas em crianças, pacientes com câncer ou opioides injetáveis foram excluídos. Além disso, pesquisas que apenas relataram indicadores existentes sem desenvolver novos não foram incluídas.
Busca na Literatura e Processo de Seleção de Estudos
A busca na literatura teve como objetivo reunir estudos publicados de 1990 a 2022 que discutissem indicadores explícitos relacionados à prescrição de opioides. A busca usou termos relacionados à segurança dos medicamentos e ao desenvolvimento de indicadores. Um grande número de registros foi identificado, mas muitos eram duplicados ou não relevantes para o tema. Após uma triagem cuidadosa dos títulos e resumos, um número significativo de artigos foi excluído. No final, um total de 48 artigos focados especificamente em indicadores relacionados a opioides foi selecionado pra revisão.
Extração e Análise de Dados
Para os estudos incluídos, vários dados foram coletados. Isso abrangeu informações como título, autores, desenho do estudo e os indicadores específicos relacionados às prescrições de opioides. A partir desses estudos, um total de 132 indicadores de prescrição relacionados a opioides foi identificado após mesclar aqueles similares.
Tipos de Problemas de Prescrição Identificados
Os indicadores identificados foram classificados em várias categorias com base no tipo de problemas de prescrição que abordavam. Os problemas mais comuns incluíam:
Interações Medicamentosas: Esses indicadores destacavam os riscos potenciais ao combinar opioides com outros medicamentos. Por exemplo, prescrever opioides com certos antidepressivos ou medicamentos que aumentam o risco de quedas em pacientes mais velhos.
Interações Medicamento-Diabetes: Essa categoria focou nos riscos associados à prescrição de opioides a pacientes com condições de saúde específicas, como constipação ou problemas na próstata.
Prescrição Inadequada a Certas Populações: A maioria desses indicadores envolveu a prescrição de opioides a pacientes mais velhos, enfatizando a necessidade de consideração cuidadosa dadas aos seus riscos únicos.
Omissões: Isso incluiu indicadores pra situações onde opioides foram prescritos sem os medicamentos necessários, como laxantes pra prevenir constipação.
Duração Inadequada de Uso: Alguns indicadores apontaram problemas com a prescrição de opioides fortes por muito tempo ou pra pacientes que não precisam deles.
Monitoramento Inadequado: Essa categoria identificou casos onde pacientes foram prescritos opioides sem o devido monitoramento de sua saúde.
Descobertas e Recomendações
A revisão descobriu que interações medicamentosas eram a preocupação mais comum, destacando a necessidade de os profissionais de saúde serem vigilantes ao prescrever opioides, especialmente pra adultos mais velhos que podem tomar vários medicamentos. Muitos indicadores ressaltaram a importância de considerar todo o histórico médico do paciente e os medicamentos atuais pra evitar efeitos prejudiciais.
Indicadores que tratam de omissões, como não prescrever um laxante com opioides, também eram comuns. Esses indicadores enfatizam como é importante pensar sobre os efeitos colaterais dos medicamentos e priorizar a segurança do paciente.
Apesar dos benefícios de usar esses indicadores, desafios permanecem. Alguns indicadores podem carecer de evidências sólidas de apoio, tornando difícil convencer os profissionais a mudarem seus hábitos de prescrição. Além disso, medir a eficácia desses indicadores pode ser complicado, especialmente ao tentar quantificar os riscos envolvidos.
A revisão concluiu que há uma necessidade urgente de desenvolver indicadores claros e baseados em evidências sobre a segurança dos opioides que possam orientar as práticas de prescrição na atenção primária. Esses indicadores podem ajudar os profissionais de saúde a tomar decisões informadas que priorizem a segurança do paciente e minimizem os riscos associados ao uso de opioides.
Direções Futuras
As descobertas sugerem que mais pesquisas são necessárias pra validar esses indicadores de segurança na prescrição de opioides e implementá-los em vários ambientes de saúde. Estudos futuros também devem investigar quão eficazes esses indicadores são em melhorar a segurança do paciente e como podem ser integrados em práticas clínicas e sistemas de suporte à decisão.
Essa revisão destacou aspectos importantes da segurança dos opioides e a necessidade de uma prescrição cuidadosa no manejo da dor crônica. Focando nas necessidades específicas dos pacientes e considerando cuidadosamente os medicamentos prescritos, os profissionais de saúde podem ajudar a garantir resultados mais seguros pra aqueles que dependem de opioides pra alívio da dor.
Título: Enhancing Patient Safety in Opioid Prescribing: A Systematic Review of Potential Indicators
Resumo: BackgroundThis systematic review aimed to identify a comprehensive list of prescribing safety indicators for opioids in any setting from published literature. MethodsLiterature that reported prescribing indicators from 1990-2019 was retrieved from a published systematic review. A subsequent search was conducted from seven electronic databases to identify additional studies from 2019 to 2022. Potential opioid safety prescribing indicators were extracted from studies that reported prescribing indicators of non-injectable opioids and narcotics prescribed to adults with or without specific conditions, concomitant medications, or laboratory monitoring with concerns about the potential safety risk of harm. Retrieved indicators were split by each opioid and merged for the same drugs. Identified indicators were categorised by the type of problem, medication, patient condition/disease, and the risk of the indicators. ResultsOf the 107 indicators retrieved from 48 included articles, 71 were included. Thirty-five (49.3%) opioid prescribing indicators focused on a specific class of opioids, i.e., opioids (n=30, 42.3%) and strong opioids (n=5, 7.0%); tramadol and fentanyl were the most commonly reported drug (n=6, 8.5%). The indicators account for six types of problems: medication inappropriate to the population (n=16), omission (n=7), inappropriate duration (n=4), inadequate monitoring (n=7), drug-disease interaction (n=16), and drug-drug interaction (n=27). Of all indicators, older age (over 65) is the most common risk factor (n=34, 47.9%). Central nervous system-related adverse effects are the risk of concern for the 27 indicators associated with drug-drug interaction (n=24, 88.9%). Besides, five of the six omission indicators are related to without using laxatives. ConclusionThis review identified a comprehensive list of indicators that can be applied to flag patients with a high risk of opioid-related harm to facilitate complex decision-making in optimising opioids for pain management. Further research is needed to validate and determine the feasibility of identifying hazardous prescribing in various care settings.
Autores: Neetu Bansal, W. Y. Khawagi, N. Shang, L.-C. Chen
Última atualização: 2023-12-09 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.07.23299686
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2023.12.07.23299686.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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