Avanços na Estimativa de Força para Cirurgia Robótica
A pesquisa melhora a previsão de força em cirurgia robótica usando dados visuais e aprendizado de máquina.
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Índice
A cirurgia robótica avançou bastante nos últimos anos, especialmente nas técnicas minimamente invasivas. Um desafio importante nessas cirurgias é medir com precisão a força aplicada pelas ferramentas robóticas nos tecidos moles. Essa medição é essencial pra evitar danos aos tecidos, que podem causar complicações como sangramentos.
O objetivo dessa pesquisa é melhorar a estimativa dessas forças sem precisar de sensores físicos nas ferramentas. Os métodos tradicionais costumam depender de sensores na ponta dessas ferramentas, que são complicados e caros de implementar. Em vez disso, estamos focando em usar informações visuais junto com dados dos movimentos do robô pra prever as forças.
O Papel dos Dados Visuais
Na cirurgia robótica, os cirurgiões costumam se basear em pistas visuais pra julgar quanta força estão usando. O único problema é que essa abordagem pode ser subjetiva e levar a resultados inconsistentes. Pra resolver isso, os pesquisadores estão usando técnicas de visão computacional e aprendizado profundo pra analisar vídeos das cirurgias. Treinando Modelos com diferentes tipos de dados visuais, conseguimos criar sistemas que preveem as forças aplicadas durante a cirurgia de forma mais confiável.
Pra criar uma base sólida pra essa pesquisa, um novo conjunto de dados foi desenvolvido, incluindo imagens e vídeos de diferentes configurações cirúrgicas. Esse conjunto inclui vários tipos de fantoches de tecidos moles pra simular cenários cirúrgicos reais. A ideia é usar esse conjunto pra treinar modelos que prevejam quanta força um cirurgião está aplicando com base nas informações visuais disponíveis.
Combinando Conjuntos de Dados pra Resultados Melhores
Uma observação significativa de estudos anteriores é que treinar modelos em um único conjunto de dados muitas vezes leva ao overfitting. Isso significa que o modelo se sai bem com esses dados específicos, mas tem dificuldade em lidar com situações diferentes. Pra superar isso, propomos misturar conjuntos de dados de diferentes fontes pra aumentar as habilidades de generalização do modelo.
Combinando vários conjuntos de dados, conseguimos oferecer ao modelo uma gama mais ampla de exemplos. Por exemplo, o novo conjunto inclui vários tipos e estruturas de tecidos moles, enquanto outro conjunto pode focar em diferentes sistemas robóticos. Essa mistura ajuda o modelo a aprender a aplicar o conhecimento obtido de um conjunto de dados em outras situações mais variáveis.
A Importância das Redes Neurais
As redes neurais estão no cerne dessa pesquisa. Essas redes consistem em camadas de nós interconectados que processam informações e ajudam a fazer previsões. No nosso estudo, focamos em dois tipos de arquiteturas de redes neurais: Redes Neurais Convolucionais (CNN) e Transformers de Visão (ViT).
As CNNs são particularmente adequadas pra dados de imagem porque conseguem aprender a reconhecer padrões de forma eficaz. Os ViTs são uma arquitetura mais nova que mostrou potencial em várias tarefas de visão computacional ao usar um mecanismo diferente pra processar informações visuais. Ambas as arquiteturas têm seus pontos fortes, e exploramos como elas se saem na Previsão de Forças em cirurgias robóticas.
Treinando Modelos pra Previsão de Forças
Treinar esses modelos envolve alimentar eles com uma combinação de dados visuais e informações do estado do robô. As informações de estado incluem detalhes sobre a posição e movimento das ferramentas robóticas. Combinando essas duas entradas, o modelo consegue aprender a prever as forças aplicadas durante os procedimentos de maneira mais precisa.
Durante o treinamento, os modelos foram submetidos a vários experimentos. Eles foram treinados em conjuntos de dados mistos, que incluíam ajustes nas suas configurações pra garantir que pudessem generalizar melhor pra novas situações. No processo de treinamento, um método conhecido como retropropagação é usado pra otimizar os pesos da rede, permitindo que o modelo minimize os erros nas suas previsões.
Processo de Coleta de Dados
Pra coletar os dados necessários pro treinamento, foi montado um sistema robótico teleoperado. Esse sistema consistia em um braço robótico controlado por um dispositivo mestre. Fantoches de silicone foram criados pra replicar as propriedades dos tecidos moles reais. Os robôs aplicaram forças em diferentes ângulos e velocidades, enquanto gravações em vídeo capturavam as interações.
Cada interação foi registrada junto com os dados correspondentes do estado do robô, permitindo uma cobertura abrangente dos experimentos. Ao longo desse processo, várias abordagens pra coletar dados visuais foram empregadas pra simular diferentes ambientes cirúrgicos.
Aumento de Dados
Técnicas dePra melhorar ainda mais o processo de treinamento, técnicas de aumento de dados foram usadas. Essas técnicas modificam dados existentes pra criar mais exemplos de treinamento, aumentando assim a variabilidade do conjunto de dados. Por exemplo, as imagens foram rotacionadas, invertidas ou recortadas pra simular diferentes ângulos e perspectivas de câmera. Essa etapa é crucial, já que ajuda a reduzir vieses que poderiam surgir do treino em um conjunto limitado de condições.
Os dados aumentados permitem que os modelos aprendam a partir de um conjunto mais diverso de cenários, melhorando sua capacidade de generalizar quando enfrentam novas situações.
Avaliando os Modelos
Uma vez que o treinamento foi concluído, os modelos foram avaliados minuciosamente pra verificar seu desempenho. Essa avaliação envolveu comparar as forças previstas geradas pelas redes neurais com as forças reais medidas durante os experimentos. O foco foi em quão bem cada modelo conseguia prever resultados em situações que não faziam parte dos dados de treinamento.
Métricas de desempenho, como o Erro Quadrático Médio (RMSE), foram usadas pra quantificar a precisão das previsões. Valores de RMSE mais baixos indicam um desempenho melhor, mostrando que as previsões do modelo se aproximam das forças reais aplicadas.
As Descobertas
As descobertas da pesquisa sugeriram que o uso de conjuntos de dados combinados melhorou significativamente a capacidade de generalização dos modelos além dos dados de treinamento. Em particular, modelos recorrentes, que utilizam sequências de entradas, mostraram um desempenho melhor em rastrear forças ao longo do tempo. Essa capacidade é essencial pra tarefas cirúrgicas, onde a força aplicada pode mudar rapidamente.
Além disso, o estudo descobriu que a escolha da arquitetura da Rede Neural impactou a precisão das previsões. Enquanto as CNNs se saíram bem, os Transformers de Visão mostraram resultados promissores em cenários específicos. No geral, os resultados indicam que misturar conjuntos de dados pode criar modelos mais robustos pra estimativa de força em cirurgias robóticas.
Direções Futuras
O sucesso dessa pesquisa abre várias possibilidades pra trabalhos futuros. Uma necessidade urgente é coletar conjuntos de dados mais diversos pra melhorar ainda mais os modelos. Esses conjuntos poderiam incluir vários tipos de tecidos moles, ambientes cirúrgicos e sistemas robóticos. O objetivo seria aprimorar as capacidades de generalização dos modelos, permitindo que funcionem de forma eficaz em situações cirúrgicas do mundo real.
Além disso, os pesquisadores devem explorar o desenvolvimento de novas arquiteturas e métodos de treinamento. Por exemplo, investigar como integrar dados temporais de forma mais eficaz poderia resultar em modelos que performem ainda melhor em cenários dinâmicos.
Conclusão
Estimar com precisão as forças de contato em cirurgias robóticas é um desafio complexo que pode melhorar significativamente a segurança do paciente. Essa pesquisa demonstra a viabilidade de usar dados visuais e técnicas de aprendizado profundo pra prever essas forças sem depender apenas de sensores físicos. Ao misturar conjuntos de dados e empregar arquiteturas avançadas de redes neurais, podemos desenvolver sistemas que são não apenas mais confiáveis, mas também adaptáveis a vários contextos cirúrgicos.
Conforme continuamos refinando esses métodos e expandindo nossos conjuntos de dados, nos aproximamos do nosso objetivo de cirurgias robóticas mais seguras e eficientes. Com os avanços contínuos na tecnologia e na pesquisa, o futuro da cirurgia minimamente invasiva parece promissor.
Título: DaFoEs: Mixing Datasets towards the generalization of vision-state deep-learning Force Estimation in Minimally Invasive Robotic Surgery
Resumo: Precisely determining the contact force during safe interaction in Minimally Invasive Robotic Surgery (MIRS) is still an open research challenge. Inspired by post-operative qualitative analysis from surgical videos, the use of cross-modality data driven deep neural network models has been one of the newest approaches to predict sensorless force trends. However, these methods required for large and variable datasets which are not currently available. In this paper, we present a new vision-haptic dataset (DaFoEs) with variable soft environments for the training of deep neural models. In order to reduce the bias from a single dataset, we present a pipeline to generalize different vision and state data inputs for mixed dataset training, using a previously validated dataset with different setup. Finally, we present a variable encoder-decoder architecture to predict the forces done by the laparoscopic tool using single input or sequence of inputs. For input sequence, we use a recurrent decoder, named with the prefix R, and a new temporal sampling to represent the acceleration of the tool. During our training, we demonstrate that single dataset training tends to overfit to the training data domain, but has difficulties on translating the results across new domains. However, dataset mixing presents a good translation with a mean relative estimated force error of 5% and 12% for the recurrent and non-recurrent models respectively. Our method, also marginally increase the effectiveness of transformers for force estimation up to a maximum of ~15%, as the volume of available data is increase by 150%. In conclusion, we demonstrate that mixing experimental set ups for vision-state force estimation in MIRS is a possible approach towards the general solution of the problem.
Autores: Mikel De Iturrate Reyzabal, Mingcong Chen, Wei Huang, Sebastien Ourselin, Hongbin Liu
Última atualização: 2024-01-17 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2401.09239
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2401.09239
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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