Limitações dos Modelos de Linguagem Grande em Representar a Diversidade Demográfica
Analisando como os LLMs distorcem e simplificam demais as identidades demográficas em pesquisas.
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Índice
- Limitações dos Modelos de Linguagem
- Representação Incorreta de Grupos Demográficos
- Redução das Identidades de Grupo
- Essencialização das Identidades
- Contexto Histórico e Implicações
- Recomendações para Uso Responsável
- Cuidado em Cenários de Substituição
- Suplementar a Participação Humana
- Uso de Técnicas Alternativas
- Metodologia de Pesquisa
- Proposta de Estudo
- Coleta de Dados
- Técnicas de Análise
- Resultados
- Conclusão
- Direções Futuras
- Fonte original
- Ligações de referência
Modelos de linguagem grandes (LLMs) tão ficando cada vez mais capazes e populares. Agora, eles são usados em várias áreas, tipo testes de usuário, pesquisa em ciências sociais e muitas tarefas que normalmente precisavam da participação humana. Tradicionalmente, achar amostras diversas e representativas de pessoas é crucial em estudos pra garantir a precisão dos resultados. Pra que os LLMs possam substituir efetivamente os participantes humanos nessas tarefas, eles precisam entender como diferentes identidades sociais, como gênero e raça, influenciam as opiniões das pessoas.
Porém, tem limitações significativas na forma como os LLMs atuais são treinados, o que afeta a capacidade deles de refletir com precisão as perspectivas de vários grupos demográficos. Este artigo discute essas limitações, apoiado por estudos feitos em quatro LLMs diferentes com um grande número de participantes humanos.
Limitações dos Modelos de Linguagem
Representação Incorreta de Grupos Demográficos
A primeira limitação é que os LLMs muitas vezes distorcem as opiniões de diferentes grupos demográficos. Eles tendem a imitar as perspectivas de pessoas de fora, em vez de realmente refletir as vozes dos grupos que tentam representar. Isso acontece porque os dados de treinamento usados para os LLMs são coletados principalmente de textos online, que raramente conectam a identidade demográfica de uma pessoa ao conteúdo que ela escreve.
Por exemplo, se um LLM é solicitado a expressar o ponto de vista de uma pessoa com deficiência visual sobre um determinado assunto, ele pode gerar respostas mais alinhadas com a forma como de fora percebem essa experiência, em vez de refletir as vozes autênticas daquele grupo. Essa representação incorreta pode levar a estereótipos prejudiciais e não captura com precisão as experiências da vida real de grupos marginalizados.
Redução das Identidades de Grupo
A segunda limitação é que os LLMs tendem a reduzir a representação de grupos demográficos, tratando eles como homogêneos em vez de diversos. Quando os LLMs fornecem uma resposta, eles frequentemente geram saídas que não refletem a variedade de perspectivas dentro de um grupo. Por exemplo, os LLMs podem subestimar as diferenças entre mulheres ou entre pessoas de uma certa origem racial.
Essa falta de nuance pode apagar as experiências únicas de indivíduos dentro desses grupos, o que é especialmente prejudicial para populações historicamente marginalizadas. A representação unidimensional dificulta a apreciação da riqueza das experiências deles e pode perpetuar estereótipos nocivos.
Essencialização das Identidades
Outro problema é a essencialização das identidades. Quando os LLMs são provocados com rótulos de identidade, eles às vezes reduzem identidades complexas a traços fixos. Isso significa que eles podem retratar indivíduos de maneira excessivamente simplista ou estereotipada. Por exemplo, se um LLM é solicitado a responder como uma mulher negra, ele pode gerar respostas baseadas em estereótipos gerais, ao invés de refletir a individualidade de pessoas reais.
Mesmo quando a intenção é aumentar a diversidade das respostas, a abordagem pode, sem querer, reforçar ideias rígidas sobre o que significa pertencer a um determinado grupo. Isso pode contribuir para preconceitos e mal-entendidos sobre populações diversas.
Contexto Histórico e Implicações
Essas limitações têm implicações sérias sobre como entendemos e conduzimos pesquisas envolvendo LLMs. A forma como os LLMs são treinados não reflete apenas preocupações tecnológicas; também se conecta a uma história mais ampla de discriminação contra grupos marginalizados. Ao distorcê-los, achatar suas identidades e essencializar suas experiências, os LLMs correm o risco de repetir padrões prejudiciais que já existiam long antes da tecnologia ter um papel.
Historicamente, vozes marginalizadas foram silenciadas ou mal representadas em vários contextos, desde representação na mídia até pesquisa acadêmica. À medida que avançamos com tecnologias como os LLMs, é crucial considerar o peso dessa história e como ela informa as práticas atuais.
Recomendações para Uso Responsável
Cuidado em Cenários de Substituição
Dadas as limitações discutidas, é essencial ter cautela ao considerar o uso de LLMs em cenários onde eles substituem participantes humanos. Embora os LLMs possam fornecer insights valiosos, suas falhas em capturar com precisão as perspectivas demográficas significam que podem não servir como substitutos adequados, especialmente em áreas sensíveis onde a identidade desempenha um papel crucial.
Suplementar a Participação Humana
Em vez de substituir diretamente os participantes humanos, os LLMs podem ser melhor utilizados como suplementos. Por exemplo, em estudos piloto ou pesquisas exploratórias, os LLMs podem gerar ideias iniciais ou rascunhos de respostas, que podem ser refinados depois com a contribuição de participantes humanos reais. Essa abordagem pode ajudar a mitigar alguns dos danos enquanto aproveita as capacidades dos LLMs.
Uso de Técnicas Alternativas
Pra reduzir o impacto negativo dos LLMs, os pesquisadores podem empregar técnicas como provocar com nomes codificados por identidade, em vez de rótulos de identidade amplos. Por exemplo, usar nomes específicos ligados a identidades pode gerar representações mais autênticas. Da mesma forma, ajustar os "parâmetros de temperatura" do modelo pode ajudar a aumentar a variabilidade das respostas, potencialmente melhorando a riqueza do conteúdo gerado.
Metodologia de Pesquisa
Proposta de Estudo
A pesquisa envolveu estudos humanos extensos pra comparar saídas de LLMs com respostas genuínas de humanos em várias identidades demográficas. Um grupo diversificado de participantes foi selecionado pra representar diferentes origens, com foco específico em raça, gênero, idade e deficiência. Perguntas abertas foram elaboradas pra elicitar respostas detalhadas e nuançadas.
Coleta de Dados
As respostas foram coletadas tanto de LLMs quanto de participantes humanos. Os LLMs foram provocados a responder como indivíduos de grupos demográficos específicos. Enquanto isso, os participantes humanos foram feitos perguntas semelhantes pra garantir uma análise comparativa. As respostas foram depois avaliadas por representação incorreta, achatamento e essencialização com base em métricas estabelecidas.
Técnicas de Análise
Várias medidas foram empregadas pra analisar os dados. Pra distorção, métricas de similaridade foram aplicadas pra determinar quão próximas as respostas dos LLMs estavam das representações de grupos internos versus externos. Pra achatamento, métricas de diversidade foram usadas pra avaliar a variedade de respostas geradas pelos LLMs em comparação com as fornecidas pelos participantes humanos.
Resultados
Os resultados enfatizaram as diferenças significativas entre respostas geradas por LLMs e respostas geradas por humanos. Em muitos casos, os LLMs mostraram uma tendência a se alinhar mais com representações de grupos externos do que com as vozes genuínas dos membros de grupos internos. Isso levantou sérias preocupações sobre a validade de usar LLMs como substitutos para a contribuição humana em contextos sensíveis a demografia.
Conclusão
O uso crescente de LLMs em várias áreas destaca a necessidade de uma consideração cuidadosa de suas limitações. Enquanto os LLMs podem oferecer vantagens em eficiência e custo, suas falhas em representar com precisão identidades demográficas podem levar a consequências prejudiciais. Isso pede uma abordagem cautelosa ao empregar LLMs em processos de pesquisa e tomada de decisão onde a identidade importa.
Ao entender o contexto histórico, ter cautela em cenários de substituição e explorar técnicas alternativas, os pesquisadores podem navegar pelas complexidades associadas ao uso de LLMs. Equilibrar os benefícios da tecnologia com a necessidade de honrar e representar com precisão as experiências diversas e ricas de todos os indivíduos é crucial à medida que avançamos nesse cenário em constante mudança.
Direções Futuras
Avançando, é vital que pesquisadores e profissionais continuem avaliando como os LLMs estão sendo utilizados e busquem maneiras de melhorar seus processos de treinamento. Envolver vozes marginalizadas no desenvolvimento e na implementação desses modelos pode ajudar a garantir que a tecnologia sirva como uma aliada, e não como uma fonte de dano. No fim, o objetivo deve ser criar sistemas que respeitem e reflitam todo o espectro das experiências humanas, em vez de simplificar ou distorcê-las.
Título: Large language models should not replace human participants because they can misportray and flatten identity groups
Resumo: Large language models (LLMs) are increasing in capability and popularity, propelling their application in new domains -- including as replacements for human participants in computational social science, user testing, annotation tasks, and more. In many settings, researchers seek to distribute their surveys to a sample of participants that are representative of the underlying human population of interest. This means in order to be a suitable replacement, LLMs will need to be able to capture the influence of positionality (i.e., relevance of social identities like gender and race). However, we show that there are two inherent limitations in the way current LLMs are trained that prevent this. We argue analytically for why LLMs are likely to both misportray and flatten the representations of demographic groups, then empirically show this on 4 LLMs through a series of human studies with 3200 participants across 16 demographic identities. We also discuss a third limitation about how identity prompts can essentialize identities. Throughout, we connect each limitation to a pernicious history that explains why it is harmful for marginalized demographic groups. Overall, we urge caution in use cases where LLMs are intended to replace human participants whose identities are relevant to the task at hand. At the same time, in cases where the goal is to supplement rather than replace (e.g., pilot studies), we provide inference-time techniques that we empirically demonstrate do reduce, but do not remove, these harms.
Autores: Angelina Wang, Jamie Morgenstern, John P. Dickerson
Última atualização: 2024-09-30 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2402.01908
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2402.01908
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
Obrigado ao arxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.
Ligações de referência
- https://synthetic-humans.ai/
- https://www.syntheticusers.com
- https://arxiv.org/abs/1906.09208
- https://persona.qcri.org/blog/persona-demographics-do-matter-use-them-in-the-profiles/
- https://dataverse.harvard.edu/dataverse/cces
- https://osf.io/7gmzq/?view_only=4e0c5680b0e8434eab3733115d4e506d
- https://arxiv.org/abs/2303.17548