Prevendo Parto Prematuro: Novas Ferramentas e Insights
A pesquisa explora MRI e aprendizado de máquina para prever os resultados de partos prematuros.
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Índice
- Desafios do Parto Prematuro
- Classificando o Parto Prematuro
- Fatores de Risco e Preditores
- O Papel da Ressonância Magnética na Previsão do Parto Prematuro
- Aprendizado de Máquina e Previsões de Parto Prematuro
- Coleta e Processamento de Dados
- Seleção de Recursos e Treinamento de Modelos
- Avaliação e Resultados
- Importância do Estudo
- Direções Futuras
- Conclusão
- Fonte original
O parto prematuro acontece quando um bebê nasce antes de 37 semanas de gestação. Todo ano, cerca de 13,4 milhões de bebês nascem muito cedo, representando cerca de 9,9% de todos os nascimentos no mundo. O parto prematuro é a maior causa de morte para crianças com menos de 5 anos, levando a 17,7% das 5,3 milhões de mortes nessa faixa etária anualmente. As complicações de nascer prematuro também causam muitas mortes neonatais, representando 36% desses casos.
A chance de sobrevivência para bebês prematuros depende em grande parte de quão cedo eles nascem. Por exemplo, bebês nascidos com 22 semanas têm menos de 18% de chance de sobreviver, enquanto os nascidos com 29 semanas ou mais têm uma taxa de sobrevivência acima de 95%. Embora o cuidado para mães e recém-nascidos tenha melhorado, cada semana a mais no útero é crucial para melhores taxas de sobrevivência.
Desafios do Parto Prematuro
Apesar das melhores taxas de sobrevivência para bebês prematuros, muitos ainda enfrentam problemas de saúde tanto a curto quanto a longo prazo. Os problemas a curto prazo podem incluir infecções, problemas respiratórios, distúrbios oculares e questões relacionadas ao cérebro. Os efeitos a longo prazo podem incluir uma maior chance de condições de saúde mental, deficiências que afetam o movimento e problemas de aprendizado e comportamento. Quanto mais cedo um bebê nasce, mais provável é que enfrente essas complicações.
O parto prematuro não afeta apenas os bebês, mas também coloca uma grande carga nas famílias e nos sistemas de saúde. Nos Estados Unidos, os custos ao longo da vida associados a Partos prematuros foram estimados em cerca de $25,2 bilhões em 2016. Há uma conexão clara entre os custos econômicos e a Idade Gestacional quando um bebê nasce, mostrando que partos mais precoces geralmente levam a gastos mais altos.
Classificando o Parto Prematuro
Os partos prematuros são categorizados em três grupos:
- Extremamente prematuro: menos de 28 semanas.
- Muito prematuro: de 28 a 32 semanas.
- Tardiamente prematuro: de 32 a 37 semanas.
Essas categorias podem ser divididas ainda mais com base em como o parto acontece: induzido medicamente ou espontâneo. Enquanto as razões para partos prematuros induzidos medicamente são bem conhecidas, as causas de partos prematuros espontâneos permanecem obscuras. Infecções, inflamações, problemas de fluxo sanguíneo e lesões físicas podem contribuir para partos prematuros espontâneos, mas em muitos casos, nenhuma causa clara é identificada.
Fatores de Risco e Preditores
Vários fatores de risco foram identificados que podem ajudar a entender e prever quais mulheres podem estar em maior risco de parto prematuro. Os fatores variam muito, refletindo a natureza complicada dos partos prematuros. Por exemplo, um baixo índice de massa corporal (IMC) pode levar a problemas de crescimento Fetal, mas também protege contra certas complicações na gravidez. Por outro lado, a obesidade pode aumentar os riscos em ambas as áreas.
Atualmente, os médicos usam três indicadores principais para identificar mulheres em alto risco de parto prematuro:
- Um histórico anterior de parto prematuro ou cirurgia cervical ou lesão.
- Uma medida de comprimento cervical abaixo de 25 mm durante a gravidez.
- Níveis altos de uma proteína chamada fibronectina fetal no colo do útero, que indica possíveis complicações.
Quando nenhum desses fatores está presente, a chance de dar à luz na próxima semana é de apenas cerca de 1%.
O Papel da Ressonância Magnética na Previsão do Parto Prematuro
A Ressonância Magnética (RM) surgiu como uma ferramenta promissora para estudar o parto prematuro. A RM fetal fornece imagens mais claras do que a ultrassonografia padrão, facilitando a análise dos bebês no útero. Esse método não apresenta riscos para a mãe ou para o bebê e pode ajudar a visualizar diferentes partes do feto e da placenta.
A RM pode reunir vários tipos de informações, incluindo a estrutura e a função dos órgãos do bebê. Estudos anteriores focaram principalmente em órgãos específicos, mas métodos mais abrangentes estão sendo explorados para ver o quadro geral.
Aprendizado de Máquina e Previsões de Parto Prematuro
O aprendizado de máquina (ML) está sendo cada vez mais usado na saúde para melhorar as previsões sobre o parto prematuro. Enquanto muitos estudos focaram principalmente na classificação (ou seja, determinar se um parto será prematuro ou não), este trabalho visa prever a idade gestacional do nascimento de forma mais precisa. A ideia é usar uma abordagem avançada que combina as previsões de vários modelos para melhores resultados.
Neste estudo, um método inovador em várias etapas foi desenvolvido, levando em conta diferentes tipos de dados coletados por meio de exames de RM. O objetivo é prever a idade gestacional quando o bebê nascerá. Essa abordagem envolve enfrentar desafios comuns, como ter muitas características em comparação com o número de casos e lidar com informações faltantes.
Coleta e Processamento de Dados
Os dados usados nesta pesquisa envolveram registros clínicos e dados de RM de 313 gestações. Após remover os casos que não tinham idade gestacional na entrega ou que envolveram exames realizados após 37 semanas, 243 casos permaneceram para análise.
O processo de recrutamento focou em mulheres com histórico de complicações relacionadas a partos prematuros. Isso resulta em um conjunto de dados mais tendencioso em relação a partos a termo, dificultando a obtenção de informações equilibradas.
Imagens foram coletadas por meio de exames de RM usando um protocolo específico que garante conforto para a mãe enquanto obtém imagens de alta qualidade. Além da RM, exames de ultrassom foram realizados para coletar medidas fetais adicionais.
Seleção de Recursos e Treinamento de Modelos
Para melhorar as previsões, foi necessária uma cuidadosa seleção de recursos dos dados coletados. Os recursos mais importantes estavam relacionados ao histórico da gravidez, informações estruturais da RM e medições obtidas por meio de exames de ultrassom.
Lidar com dados faltantes foi uma parte crucial da pesquisa. Técnicas foram implementadas para preencher as lacunas com base em tendências observadas no conjunto de dados geral. Isso incluiu a regressão de certas características para garantir que as informações não fossem distorcidas.
Uma vez que os dados foram limpos e organizados, modelos de aprendizado de máquina foram treinados usando várias combinações dessas características. Modelos foram escolhidos por sua capacidade de capturar relações complexas e minimizar erros nas previsões.
Avaliação e Resultados
O modelo com melhor desempenho demonstrou a capacidade de prever a idade gestacional ao nascimento com um grau razoável de precisão. Os resultados mostraram boa concordância entre a idade gestacional prevista e a real, o que é crucial para antecipar partos prematuros.
Nos testes, o modelo alcançou altas taxas de precisão para classificar se um parto seria prematuro ou não. Comparado a outros modelos existentes, teve um desempenho superior em várias métricas importantes, sugerindo que essa abordagem pode ter aplicações práticas em ambientes clínicos.
Importância do Estudo
Este estudo ilustra como a combinação de técnicas avançadas de imagem com aprendizado de máquina pode levar a previsões aprimoradas para a idade gestacional ao nascimento. Previsões precisas e oportunas podem ajudar hospitais a se prepararem para os cuidados necessários, potencialmente reduzindo riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.
Os achados destacam que mais pesquisas podem refinar essa abordagem. Investigando diferentes tipos de partos prematuros separadamente e incorporando características preditivas adicionais, os modelos futuros podem se tornar ainda mais eficazes.
Embora o conjunto de dados atual seja relativamente pequeno, ele serve como uma base sólida para a continuação da exploração nesta área. A metodologia estabelecida aqui abre caminho para estudos maiores que podem confirmar e expandir esses achados.
Direções Futuras
Trabalhos futuros terão como alvo melhorar a compreensão dos partos prematuros examinando vários subgrupos de mulheres e suas circunstâncias únicas. Integrar mais características conhecidas que influenciam os resultados de nascimento pode levar a um poder preditivo ainda melhor.
Há também potencial para usar técnicas de aprendizado profundo diretamente nas imagens de RM, reduzindo a dependência da extração manual de características. Isso poderia agilizar o processo e aumentar a precisão.
À medida que o uso da RM fetal se torna mais comum, as técnicas desenvolvidas neste estudo podem ser aplicadas em várias situações, melhorando os cuidados para todas as gestações, sejam de alto risco ou rotineiras.
Conclusão
Ao abordar os complexos desafios associados ao parto prematuro, esta pesquisa oferece uma abordagem promissora para prever a idade gestacional ao nascimento. Previsões precisas podem levar a melhores resultados de saúde, tornando essencial continuar avançando nesta área de estudo.
Título: Predicting gestational age at birth in the context of preterm birth from multi-modal fetal MRI
Resumo: Preterm birth is associated with significant mortality and a risk for lifelong morbidity. The complex multifactorial aetiology hampers accurate prediction and thus optimal care. A pipeline consisting of bespoke machine learning methods for data imputation, feature selection, and regression models to predict gestational age (GA) at birth was developed and evaluated from comprehensive multi-modal morphological and functional fetal MRI data from 176 control cases and 67 preterm birth cases. The GA at birth predictions were classified into term and preterm categories and their accuracy, sensitivity, and specificity were reported. An ablation study was performed to further validate the design of the pipeline. The pipeline achieves an R2 score of 0.51 and a mean absolute error of 2.22 weeks. It also achieves a 0.88 accuracy, 0.86 sensitivity, and 0.89 specificity, outperforming previous classification efforts in the literature. The predominant features selected by the pipeline include cervical length and various placental T2* values. The confluence of fast, motion-robust and multi-modal fetal MRI techniques and machine learning prediction allowed the prediction of the gestation at birth. This information is essential for any pregnancy. To the best of our knowledge, preterm birth had only been addressed as a classification problem in the literature. Therefore, this work provides a proof of concept. Future work will increase the cohort size to allow for finer stratification within the preterm birth cohort. Author summaryPreterm birth is defined as the birth of a baby before the 37th week of pregnancy. It poses a serious risk to the life of a newborn and it is associated with a variety of severe lifelong health problems. Currently, the causes of preterm birth are not completely understood and therefore predicting when a baby will be born prematurely remains a challenging problem. Fetal MRI is an imaging technique that can provide detailed information about the development of the fetus and it is used to support the care of pregnancies at high-risk of preterm birth. Our work combines machine learning techniques with fetal MRI to predict gestational age at birth. The ability to predict this information is crucial for providing adequate care and effective delivery planning. The main contribution of our study is demonstrating that it is possible to make use of all the information obtained from fetal MRI to estimate the delivery date of a baby. To the best of our knowledge, this is the first study to combine machine learning with such a rich data set to produce these important predictions.
Autores: Diego Fajardo-Rojas, M. Hall, D. Cromb, M. A. Rutherford, L. Story, E. Robinson, J. Hutter
Última atualização: 2024-02-18 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.17.24302791
Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.02.17.24302791.full.pdf
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.
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