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Transformando a Saúde com EHR-ML

EHR-ML melhora a modelagem preditiva na saúde pra ter melhores resultados pros pacientes.

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A Inteligência Artificial (IA) tá mudando a forma como pensamos sobre saúde. Usando técnicas avançadas, a IA ajuda a prever resultados de pacientes, detectar doenças mais cedo e criar planos de tratamento mais personalizados. Uma das principais ferramentas pra isso se chama Registros Eletrônicos de Saúde (RES), que são versões digitais dos prontuários de papel dos pacientes. Os RES fornecem um montão de informações ricas que a IA pode analisar pra melhorar o atendimento.

A Importância da Modelagem Preditiva

Modelagem preditiva é tipo fazer palpites informados sobre como os pacientes podem reagir aos tratamentos. Isso pode ajudar a identificar doenças mais cedo, definir as melhores formas de tratar os pacientes e avaliar quais estão em risco mais alto. Mas rola uma preocupação de que o que funciona em um lugar pode não funcionar em outro. Isso acontece porque diferentes hospitais têm formas diferentes de fazer as coisas e tipos variados de informações dos pacientes.

Pra IA na saúde ser realmente eficaz, é importante criar modelos que sejam específicos pros dados locais disponíveis em cada hospital. Isso significa usar as informações dos pacientes que são geradas naquele local específico.

Desafios no Uso dos RES

Muitos estudos tentaram usar os RES de forma eficaz, mas sempre enfrentam desafios. Nem sempre existem métodos padrão pra preparar os dados ou ferramentas pra construir esses modelos preditivos. Isso pode resultar em resultados difíceis de reproduzir ou comparar. Às vezes, os dados são bem complicados, facilitando a ocorrência de erros.

Pra resolver essas questões, algumas estruturas e diretrizes foram sugeridas pra realizar e compartilhar esse tipo de estudo. Também existem algumas ferramentas gerais disponíveis pra ajudar na modelagem preditiva, mas elas têm suas limitações. Muitas vezes, essas ferramentas precisam que os dados estejam em um formato específico, tornando-as menos flexíveis. Outro problema é que alguns sistemas de IA usados são muito complexos pra serem facilmente entendidos pelos trabalhadores da saúde, o que gera preocupações sobre seu uso.

Além disso, falta processos automáticos que lidem com tudo, desde a Coleta de Dados até a construção de modelos. Isso dificulta a aplicação desses modelos no dia a dia dos hospitais.

Desafios na Coleta de Dados

Criar modelos preditivos fortes a partir dos dados do RES não é tarefa fácil. Um dos maiores desafios é descobrir o tempo certo pra coletar dados. Às vezes, as previsões precisam de informações coletadas apenas algumas horas depois da chegada do paciente, enquanto outras vezes, podemos olhar pra toda a estadia no hospital.

Outro problema é que pode faltar exemplos em algumas categorias de dados, dificultando a previsão de certos resultados. Por exemplo, prever o que acontece com pacientes que ficam muito tempo pode ser mais difícil se não tivermos dados suficientes.

Além disso, os dados de saúde frequentemente enfrentam questões de privacidade e podem ser bem caros pra obter. É essencial saber quanta informação é necessária pra criar modelos confiáveis.

Desbalanceamento de Classes e Problemas de Escalabilidade

Outro desafio no uso dos dados do RES é o desbalanceamento de classes. Isso acontece quando alguns resultados são muito mais comuns que outros. Por exemplo, se estamos prevendo estadias no hospital que duram mais de um certo número de dias, podemos notar que a maioria dos pacientes se encaixa na categoria de estadia mais curta. Essa distribuição desigual pode causar problemas ao treinar modelos preditivos e precisa de um cuidadoso balanceamento dos dados.

Além disso, diferentes medições clínicas podem estar em escalas diferentes, como temperatura e frequência cardíaca. Pra resolver isso, muitas vezes padronizamos ou escalonamos os dados, mas isso pode complicar o processo de modelagem.

As medições do RES são registradas em horários diferentes, o que também pode criar dificuldades. Encontrar a melhor forma de transformar os dados mantendo seu significado pode ser desafiador.

Apresentando o EHR-ML

Pra lidar com esses problemas, apresentamos o EHR-ML, uma ferramenta poderosa projetada pra facilitar a modelagem preditiva. Ela guia os usuários em cada fase, desde a coleta de dados até a construção de modelos, garantindo que tudo siga práticas definidas.

Testamos o EHR-ML usando-o pra prever resultados de pacientes com sepse, que é uma condição séria que precisa de atenção médica rápida. Focamos em dois principais resultados: risco de morte e duração da estadia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Prevendo o Risco de Mortalidade

Primeiro, olhamos pra quão bem conseguimos prever o risco de morte entre esses pacientes. Essa é uma área importante porque saber quais pacientes estão em maior risco pode ajudar os trabalhadores da saúde a tomarem decisões melhores sobre tratamento e alocação de recursos.

Tradicionalmente, sistemas de pontuação têm sido usados pra medir a gravidade do estado do paciente, como SOFA e APACHE. No entanto, a IA pode muitas vezes fazer isso melhor usando dados locais, tornando as previsões mais precisas e relevantes.

Prevendo a Duração da Estadia na UTI (LOS)

Depois de examinar o risco de mortalidade, voltamos nossa atenção pra prever quanto tempo os pacientes ficariam na UTI. Essa previsão pode ser abordada de diferentes maneiras, às vezes apenas verificando se a estadia do paciente ultrapassa um certo número de dias ou usando modelos de regressão mais detalhados.

Prever a LOS pode ser mais complexo do que prever o risco de morte. Isso porque as diferenças entre os pacientes podem não ser tão claras, tornando as previsões mais difíceis.

Objetivos e Aplicações do EHR-ML

O EHR-ML visa fechar lacunas em modelos existentes fornecendo uma plataforma simples que ajuda clínicos e pesquisadores a usarem seus dados de forma eficaz. Ele foi criado pra se adaptar a diferentes necessidades e permite flexibilidade pros usuários.

Usamos dois conjuntos de dados bem conhecidos, MIMIC IV e eICU, pra desenvolver e testar o EHR-ML. O MIMIC IV inclui dados de um grande hospital, enquanto o eICU consiste em dados de várias unidades de terapia intensiva.

Extraindo informações relevantes desses conjuntos de dados, padronizamos os dados pra garantir que possam ser facilmente interpretados e comparados. Isso facilita o uso e a integração com várias ferramentas.

Preparando os Dados para Machine Learning

O próximo passo envolve preparar os dados pra machine learning. Selecionamos cuidadosamente medições que eram mais frequentemente registradas e necessárias pros nossos modelos. Isso elimina medições raras que não contribuiriam muito pras nossas previsões.

Depois da seleção, formatamos os dados pra serem compatíveis com tarefas de machine learning. Dados do RES podem ser bem detalhados e ricos, mas frequentemente apresentam desafios porque algoritmos de machine learning precisam que os dados estejam organizados de uma forma específica.

Pra facilitar isso, usamos uma combinação de diferentes métodos pra resumir os dados, o que reduz o número de características com as quais precisamos trabalhar. Isso ajuda a gerenciar a complexidade do conjunto de dados enquanto mantém informações importantes intactas.

Uma vez que os dados estão estruturados, também abordamos quaisquer valores ausentes usando técnicas inteligentes pra preencher as lacunas, garantindo que os dados sejam de alta qualidade pra nossa análise.

Escolhendo a Janela de Dados Certa

Em seguida, tivemos que determinar como definir o período pra coletar dados, o que é crucial pra fazer previsões precisas. Definimos dois parâmetros-chave: "janela antes" e "janela depois". Isso ajuda a decidir quanta informação passada considerar e quão longe no futuro queremos olhar ao fazer previsões.

Por exemplo, se estamos prevendo o risco de mortalidade dois dias após a admissão do paciente, precisamos selecionar quanta informação considerar antes e depois desse período.

Definindo Resultados para Previsão

Depois de definir os parâmetros pra coleta de dados, estabelecemos nossos resultados-alvo. Pra a previsão de mortalidade, usamos um resultado binário que indica se os pacientes sobreviveram enquanto estavam na UTI. Pra a previsão da duração da estadia, olhamos quanto tempo os pacientes ficaram baseados em certos limites, como 7 ou 14 dias.

A Estrutura do EHR-ML

O EHR-ML usa uma estrutura de dois níveis pra fazer previsões. No primeiro nível, quatro modelos diferentes são treinados usando diferentes conjuntos de características. Cada modelo analisa os dados de uma forma única, e essa combinação resulta em previsões mais confiáveis.

Esses modelos de primeiro nível juntam seus resultados, que são então alimentados em um modelo de segundo nível que processa ainda mais essa informação pra finalizar as previsões. Esse método ajuda a garantir que as previsões feitas sejam tanto precisas quanto interpretáveis, assim os profissionais de saúde podem entender como as decisões são influenciadas.

Avaliação e Validação dos Modelos

Pra ver como nossos modelos estão se saindo, comparamos várias métricas pra avaliar sua eficácia. Olhamos pra indicadores de desempenho importantes como precisão, exatidão e recall pra entender como cada modelo está indo.

Também comparamos o poder preditivo do nosso modelo EHR-ML com sistemas de pontuação tradicionais. Isso nos permite ver o quanto o EHR-ML é melhor em identificar pacientes de alto risco.

Analisando o Design de Estudo Ideal

O EHR-ML vem com ferramentas pra otimizar o design de estudos. Isso inclui analisar proporções de classes, avaliar tamanhos de amostra necessários e testar diferentes janelas de dados.

Ao avaliar como o modelo se comporta sob diferentes condições, podemos determinar a melhor abordagem pra prever um resultado específico. Isso dá aos pesquisadores orientações claras sobre como coletar e processar seus dados de forma eficaz.

Eficácia do EHR-ML

Comparamos o desempenho do EHR-ML contra modelos independentes e descobrimos que ele consistentemente se sai melhor. Isso mostra que sua estrutura única usa efetivamente as forças de vários modelos pra produzir previsões superiores.

Ao fazer isso, o EHR-ML se prova um ativo valioso em ambientes clínicos, ajudando a melhorar os resultados dos pacientes ao fornecer ferramentas confiáveis pra os trabalhadores da saúde fazerem decisões.

A Facilidade de Uso do EHR-ML

O EHR-ML foi projetado pra ser amigável. Ele vem com uma ferramenta de linha de comando pra quem é mais técnico e um portal na web pra usuários com menos conhecimento em programação. Isso facilita pra qualquer um acessar seus recursos e capacidades.

O portal na web permite que os usuários carreguem seus dados formatados e realizem análises sem precisar de um conhecimento técnico complexo. Essa acessibilidade promove melhores práticas de pesquisa e apoia uma gama mais ampla de usuários.

O Futuro da Modelagem Preditiva na Saúde

A modelagem preditiva na saúde tem um potencial significativo pra melhorar a tomada de decisões e o atendimento ao paciente. No entanto, a área ainda enfrenta muitos desafios que precisam ser abordados.

Questões comuns incluem a dependência da intuição pra construir modelos, o uso de códigos pontuais que não podem ser facilmente adaptados, e a falta de métodos padronizados pra comparar diferentes estudos.

O EHR-ML ajuda a resolver muitos desses problemas criando um caminho claro e estruturado pros trabalhadores da saúde construírem modelos confiáveis. Sua flexibilidade e natureza de código aberto convidam à colaboração, incentivando melhorias e refinamentos contínuos no campo.

Ao fornecer uma abordagem bem estruturada e fácil acesso, o EHR-ML visa tornar a modelagem preditiva mais eficaz e confiável, o que pode levar a melhores resultados na saúde pros pacientes.

Com o desenvolvimento contínuo e o engajamento da comunidade, o EHR-ML tem o potencial de fazer avanços significativos na análise de saúde, impulsionando a eficiência e um melhor atendimento aos pacientes.

Fonte original

Título: EHR-ML: A generalisable pipeline for reproducible clinical outcomes using electronic health records

Resumo: The healthcare landscape is experiencing a transformation with the integration of Artificial Intelligence (AI) into traditional analytic workflows. However, this advancement encounters challenges due to variations in clinical practices, resulting in a crisis of generalisability. Addressing this issue, our proposed solution, EHR-ML, offers an open-source pipeline designed to empower researchers and clinicians. By leveraging institutional Electronic Health Record (EHR) data, EHR-ML facilitates predictive modelling, enabling the generation of clinical insights. EHR-ML stands out for its comprehensive analysis suite, guiding researchers through optimal study design, and its built-in flexibility allowing for construction of robust, customisable models. Notably, EHR-ML integrates a dedicated two-layered ensemble model utilising feature representation learning. Additionally, it includes a feature engineering mechanism to handle intricate temporal signals from physiological measurements. By seamlessly integrating with our quality assurance pipelines, this utility leverages its data standardization and anomaly handling capabilities. Benchmarking analyses demonstrate EHR-MLs efficacy, particularly in predicting outcomes like inpatient mortality and the Intensive Care Unit (ICU) Length of Stay (LOS). Models built with EHR-ML outperformed conventional methods, showcasing its generalisability and versatility even in challenging scenarios such as high class-imbalance. We believe EHR-ML is a critical step towards democratising predictive modelling in health-care, enabling rapid hypothesis testing and facilitating the generation of biomedical knowledge. Widespread adoption of tools like EHR-ML will unlock the true potential of AI in healthcare, ultimately leading to improved patient care.

Autores: Sonika Tyagi, Y. Ramakrishnaiah, N. Macesic, G. Webb, A. Peleg

Última atualização: 2024-03-04 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.02.24302664

Fonte PDF: https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2024.03.02.24302664.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao medrxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

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