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Avanços na Interpretação de Sequências Biológicas

A DGEB oferece um novo método pra avaliar modelos de sequência biológica.

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Sequências biológicas, tipo DNA e proteínas, guardam informações importantes sobre como os seres vivos funcionam e evoluem. Recentemente, os pesquisadores têm usado deep learning, um tipo de inteligência artificial, pra extrair informações úteis dessas sequências. Um dos desenvolvimentos mais novos nessa área se chama Diverse Genomic Embedding Benchmark (DGEB). Essa estrutura foi feita pra ajudar os cientistas a avaliar quão bem diferentes modelos podem interpretar sequências biológicas.

Desafios na Previsão de Função

Prever a função de sequências biológicas é mais complicado do que prever sua estrutura. Pra estrutura, os pesquisadores conseguem usar medições claras baseadas nas distâncias entre átomos. Mas as funções biológicas são complexas e dependem de vários fatores, tornando difícil medir diretamente.

Outro problema é que os rótulos funcionais, que descrevem o que uma sequência faz, costumam ser escassos e tendenciosos. Muitos desses rótulos vêm de organismos que são bem estudados, como os humanos. Por isso, quando os modelos são testados em outras espécies, o desempenho deles pode variar bastante. Além disso, os rótulos funcionais em bancos de dados geralmente não têm padronização, levando a inconsistências que precisam de uma revisão cuidadosa de especialistas.

As funções biológicas também podem acontecer em vários níveis. Por exemplo, pequenas mudanças em uma única letra do DNA podem influenciar como um organismo se parece, enquanto grandes segmentos de DNA podem trabalhar juntos pra executar tarefas específicas. Essa complexidade significa que não há benchmarks diversos o suficiente pra testes completos. Os pesquisadores muitas vezes usam suas próprias tarefas personalizadas pra avaliar os modelos, o que pode dificultar comparações justas entre modelos diferentes.

O que é o DGEB?

O DGEB se inspira em benchmarks baseados em texto usados em processamento de linguagem natural (NLP). Ao criar uma plataforma estruturada pra avaliar modelos biológicos, o DGEB busca preencher as lacunas nos atuais ferramentas de avaliação.

O DGEB inclui 18 conjuntos de dados diferentes representando uma ampla gama de diversidade biológica em todos os três domínios da vida: Bactérias, Arqueias e Eucárias. O benchmark avalia modelos usando seis tipos de tarefas: Classificação, BiGene Mining, Similaridade de Distância Evolutiva (EDS), Classificação de Pares, Agrupamento e Recuperação.

Objetivos do DGEB

  1. Diversidade: O DGEB tenta incluir sequências de muitos organismos diferentes. Os benchmarks atuais geralmente se concentram em alguns organismos bem estudados, como humanos e E. coli. Isso pode levar a modelos que não se saem bem em organismos menos estudados. Ao incorporar uma gama mais ampla de sequências, o DGEB busca combater os desequilíbrios de dados na pesquisa biológica.

  2. Simplicidade: O DGEB oferece uma interface fácil de usar pra vários modelos, permitindo que os pesquisadores avaliem como seus modelos se saem com diferentes sequências biológicas.

  3. Extensibilidade: Como as funções biológicas são complicadas, nenhum conjunto de dados único pode capturar todos os seus aspectos. O DGEB permite que os pesquisadores adicionem e atualizem conjuntos de dados facilmente, garantindo que os benchmarks sejam relevantes conforme novas informações surgem.

  4. Reproduzibilidade: O DGEB acompanha versões de softwares e conjuntos de dados, o que ajuda a garantir que os resultados possam ser reproduzidos por outros pesquisadores.

Tipos de Tarefas no DGEB

O DGEB inclui várias tarefas projetadas pra avaliar quão bem os modelos conseguem capturar funções biológicas:

BiGene Mining

Essa tarefa é parecida com encontrar frases traduzidas em diferentes línguas. Ela envolve emparelhar sequências funcionalmente semelhantes de organismos bem diferentes. Por exemplo, os pesquisadores tentam identificar um gene em uma bactéria que seja parecido com um encontrado em uma arqueia. Eles usam pontuações de similaridade pra avaliar quão bem o modelo encontra essas correspondências.

Similaridade de Distância Evolutiva (EDS)

Nessa tarefa, os modelos são avaliados em quão precisamente eles representam as relações evolutivas entre sequências. O objetivo é ver se as distâncias emparelhadas calculadas usando embeddings se correlacionam com as distâncias filogenéticas reais (a história evolutiva das sequências).

Tarefas de Classificação

As tarefas de classificação testam a capacidade de um modelo de atribuir sequências a categorias funcionais específicas. Em um cenário, os pesquisadores podem treinar o modelo pra reconhecer vários tipos de enzimas com base em suas embeddings de sequência. O desempenho é avaliado usando métricas como F1 score e precisão.

Classificação de Pares

Essa tarefa ajuda a avaliar quão bem os modelos entendem as relações entre pares de sequências. Por exemplo, dado duas sequências, um modelo deve determinar se elas compartilham um vínculo funcional específico.

Agrupamento

As tarefas de agrupamento verificam se as embeddings conseguem agrupar corretamente sequências com base em rótulos conhecidos. Os pesquisadores usam algoritmos de agrupamento pra organizar essas representações e avaliar quão bem elas se alinham com categorias conhecidas.

Recuperação

Nas tarefas de recuperação, uma consulta dada é usada pra encontrar sequências semelhantes em um conjunto de dados maior. Por exemplo, se os pesquisadores usam uma sequência de uma arqueia, eles procuram sequências semelhantes em um banco de dados de proteínas bacterianas. O desempenho é avaliado pela precisão com que o modelo recupera as correspondências corretas.

Categorias de Conjuntos de Dados

O DGEB categoriza seus conjuntos de dados em três tipos:

  1. Conjuntos de Dados de Elemento Único: Esses consistem em uma sequência por entrada, cada uma com seu rótulo funcional. Por exemplo, um conjunto de dados pode focar apenas em diferentes tipos de características de RNA em vários organismos.

  2. Conjuntos de Dados Inter-Elementos: Esses conjuntos de dados exploram relações entre pares de sequências. Pesquisadores podem estar interessados em como duas proteínas de organismos diferentes interagem ou compartilham funções semelhantes.

  3. Conjuntos de Dados Multi-Elementos: Esses envolvem sequências genômicas maiores contendo múltiplos genes. Por exemplo, um conjunto de dados poderia consistir em uma coleção de genes que trabalham juntos em um cluster gênico biossintético.

Avaliando o Desempenho do Modelo

O DGEB avalia quão bem os modelos se saem em diferentes tarefas e conjuntos de dados. Os pesquisadores podem analisar o desempenho com base em vários critérios, incluindo:

  • O impacto do tamanho do modelo: Modelos maiores geralmente performam melhor, mas há exceções dependendo da tarefa. Algumas tarefas não veem melhorias mesmo com modelos maiores.

  • Desempenho das camadas: Diferentes camadas de um modelo podem capturar aspectos distintos dos dados. Por exemplo, representações de camadas intermediárias podem superar a última camada em certas tarefas.

  • Comparação de modalidades: O DGEB permite que os pesquisadores comparem modelos treinados em sequências de aminoácidos com aqueles treinados em sequências de nucleotídeos. Isso ajuda a descobrir qual tipo de representação de sequência é mais eficaz pra capturar funções biológicas.

Conclusão

O DGEB representa um grande avanço na avaliação de modelos que trabalham com sequências biológicas. Ao abordar os desafios e limitações presentes em benchmarks anteriores, o DGEB fornece uma maneira estruturada e flexível pros pesquisadores avaliarem seus modelos. A diversidade de conjuntos de dados e tarefas no DGEB oferece uma estrutura abrangente pra comparação e melhoria.

Os pesquisadores podem usar o DGEB pra contribuir com novos conhecimentos, refinar conjuntos de dados existentes e, no final das contas, ampliar o que é possível nos campos de aprendizado de máquina e biologia. Com a estrutura do DGEB, a comunidade científica pode entender melhor e utilizar o poder da IA pra interpretar as complexidades da função biológica.

Fonte original

Título: Diverse Genomic Embedding Benchmark for functional evaluation across the tree of life

Resumo: Biological foundation models hold significant promise for deciphering complex biological functions. However, evaluating their performance on functional tasks remains challenging due to the lack of standardized benchmarks encompassing diverse sequences and functions. Existing functional annotations are often scarce, biased, and susceptible to train-test leakage, hindering robust evaluation. Furthermore, biological functions manifest at multiple scales, from individual residues to large genomic segments. To address these limitations, we introduce the Diverse Genomic Embedding Benchmark (DGEB), inspired by natural language embedding benchmarks. DGEB comprises six embedding tasks across 18 expert curated datasets, spanning sequences from all domains of life and encompassing both nucleic acid and amino acid modalities. Notably, four datasets enable direct comparison between models trained on different modalities. Benchmarking protein and genomic language models (pLMs and gLMs) on DGEB reveals performance saturation with model scaling on numerous tasks, especially on those with underrepresented sequences (e.g. Archaea). This highlights the limitations of existing modeling objectives and training data distributions for capturing diverse biological functions. DGEB is available as an open-source package with a public leaderboard at https://github.com/TattaBio/DGEB.

Autores: Yunha Hwang, J. West-Roberts, J. Kravitz, N. Jha, A. Cornman

Última atualização: 2024-07-16 00:00:00

Idioma: English

Fonte URL: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.10.602933

Fonte PDF: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2024.07.10.602933.full.pdf

Licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Alterações: Este resumo foi elaborado com a assistência da AI e pode conter imprecisões. Para obter informações exactas, consulte os documentos originais ligados aqui.

Obrigado ao biorxiv pela utilização da sua interoperabilidade de acesso aberto.

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