Modelos de Linguagem Podem Ajudar no Pensamento Crítico?
Analisando o papel dos modelos de linguagem em apoiar o pensamento crítico entre filósofos.
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Índice
- O Papel da Filosofia no Pensamento Crítico
- Entrevistando Filósofos
- As Descobertas: Modelos de Linguagem Deixam a Desejar
- A Importância da Individualidade e Iniciativa
- Melhorando os Modelos de Linguagem para o Pensamento Crítico
- 1. O Interlocutor
- 2. O Monitor
- 3. O Respondente
- Modelos de Linguagem e Questões Metafilosóficas
- Desafios para os Modelos de Linguagem
- Conclusão
- Fonte original
- Ligações de referência
Modelos de linguagem (MLs) são programas de computador que conseguem entender e gerar a linguagem humana. Eles estão ficando cada vez mais populares em várias áreas, especialmente em ajudar com tarefas que precisam de pensamento e escrita. Tem uma pergunta que vale a pena explorar: será que esses modelos podem ajudar a gente a pensar criticamente e profundamente sobre ideias, como os filósofos fazem? Este artigo mergulha em quão bem os MLs podem ajudar no pensamento crítico, examinando as experiências de filósofos profissionais.
O Papel da Filosofia no Pensamento Crítico
Filosofia é sobre examinar profundamente ideias e o mundo ao nosso redor. Envolve questionar nossas suposições, esclarecer nossos pensamentos e descobrir novas formas de pensar. O pensamento crítico é uma habilidade chave na filosofia. É saber pensar de forma clara e cética. Filósofos são treinados para explorar conceitos como existência, conhecimento, moralidade e justiça. Esse processo de investigação é rico e complexo, exigindo um exame cuidadoso de diferentes pontos de vista e ideias.
Entrevistando Filósofos
Para entender como os modelos de linguagem podem ajudar no pensamento crítico, foram feitas entrevistas com 21 filósofos profissionais. O objetivo era coletar insights sobre como eles pensam, como usam modelos de linguagem e o que acreditam sobre a utilidade deles no trabalho filosófico.
Durante essas entrevistas, os filósofos compartilharam de onde vêm suas ideias e como as desenvolvem. Eles destacaram a importância das conversas com outros e da leitura de textos filosóficos. Essas interações ajudam a descobrir enigmas e tensões em seu pensamento. Por exemplo, eles podem enfrentar um dilema ético que desafia suas crenças ou encontrar lacunas no raciocínio que precisam ser abordadas.
As Descobertas: Modelos de Linguagem Deixam a Desejar
Apesar dos potenciais benefícios dos modelos de linguagem, os filósofos entrevistados geralmente os acharam decepcionantes para ajudar em seu pensamento crítico. Eles destacaram duas razões principais para isso.
Falta de Profundidade: Os modelos de linguagem foram vistos como muito neutros e distantes. Eles muitas vezes oferecem respostas genéricas e sem graça que não provocam uma reflexão profunda. Os filósofos notaram que os MLs frequentemente evitavam tópicos controversos e apresentavam ideias sem tomar posições fortes. Essa neutralidade pode levar a conversas que parecem improdutivas e sem inspiração.
Engajamento Passivo: Os modelos de linguagem frequentemente se comportam como respondingores passivos em vez de participantes ativos das discussões. Eles não iniciam perguntas ou desafiam as ideias dos usuários, o que é crucial para fomentar um pensamento mais profundo. Os filósofos enfatizaram que as melhores discussões vêm de engajar-se com outros que podem impulsionar seu pensamento e introduzir novas perspectivas.
Iniciativa
A Importância da Individualidade eCom base nas respostas dos filósofos, fica claro que ferramentas de pensamento crítico bem-sucedidas devem ter duas qualidades principais: individualidade e iniciativa.
Individualidade refere-se à capacidade de uma ferramenta ter suas próprias perspectivas e crenças. Essa qualidade permite que ela forneça insights e julgamentos únicos. Filósofos valorizam discussões onde seus parceiros de conversa trazem seus próprios pontos de vista para a mesa.
Iniciativa é sobre a capacidade da ferramenta de engajar ativamente e liderar discussões. Uma boa ferramenta de pensamento crítico não deve apenas responder, mas também fazer perguntas e desafiar os limites do pensamento. Deve ser capaz de conduzir conversas de formas significativas e não apenas esperar por sugestões.
Infelizmente, os modelos de linguagem atuais têm uma classificação baixa em ambas essas áreas. Eles não têm um senso de si mesmos e tendem a refletir os pensamentos do usuário em vez de desafiá-los.
Melhorando os Modelos de Linguagem para o Pensamento Crítico
Entender as limitações dos modelos de linguagem ajuda a projetar melhores ferramentas para o pensamento crítico. Com base no modelo de individualidade-iniciativa, três papéis para os MLs podem ser imaginados:
1. O Interlocutor
O papel de Interlocutor sugere que os modelos de linguagem devem assumir uma parte mais ativa nas discussões. Eles não devem apenas fornecer respostas neutras, mas também compartilhar seus pontos de vista, desafiar os usuários e fazer perguntas. Esse papel ajudaria a fomentar uma discussão mais dinâmica e envolvente, semelhante àquela que ocorre entre filósofos humanos.
2. O Monitor
Como um Monitor, um modelo de linguagem pode servir como um checador do pensamento filosófico. Esse modelo forneceria várias ideias e perspectivas para ajudar os usuários a refletir sobre seus próprios processos de pensamento. Em vez de empurrar um ponto de vista específico, o Monitor apresentaria diferentes abordagens e levantaria questões que podem não ter ocorrido ao usuário. Esse papel ajuda a esclarecer processos de pensamento e tornar a tomada de decisões mais explícita.
Respondente
3. ONo papel de Respondente, os MLs adotariam perspectivas específicas e forneceriam feedback sobre as ideias do usuário. Essa abordagem envolve engajar-se mais de perto com os pensamentos do usuário, reagindo com insights significativos em vez de respostas genéricas. O Respondente teria um conjunto consistente de crenças, mas permaneceria aberto a mudanças com base nas contribuições do usuário.
Modelos de Linguagem e Questões Metafilosóficas
Engajar-se com modelos de linguagem também pode levar a reflexões mais profundas sobre o que é a filosofia em si. Filósofos estão constantemente tentando entender o que significa fazer filosofia e quem ou o que pode participar disso. Ao considerar como os MLs se encaixam nessas discussões, os filósofos são levados a refletir sobre a natureza da investigação filosófica e como ela pode evoluir.
Desafios para os Modelos de Linguagem
Enquanto a ideia de melhorar modelos de linguagem para o pensamento crítico é atraente, há desafios significativos a serem abordados:
Consistência e Memória: Os modelos de linguagem atualmente não têm uma memória consistente de interações passadas. Isso limita sua capacidade de se envolver em conversas contínuas e seguir discussões anteriores de maneira significativa.
Profundidade de Engajamento: Para serem eficazes como ferramentas de pensamento crítico, os MLs precisam ser capazes de se engajar com ideias complexas e desafiar os usuários efetivamente. Isso requer melhorias em raciocínio e a capacidade de operar em um pensamento mais abstrato.
Interação com o Usuário: Filósofos apreciam a conexão pessoal que vem da interação humana. Os modelos de linguagem precisam complementar, em vez de substituir essas conexões, enriquecendo as discussões em vez de diminuir o elemento humano.
Conclusão
O potencial dos modelos de linguagem para servir como ferramentas de pensamento crítico é promissor, mas requer um refinamento significativo. Para serem verdadeiramente eficazes, os MLs precisam incorporar tanto a individualidade quanto a iniciativa, permitindo que se engajem em diálogos significativos e forneçam insights valiosos. Ao desenvolver os MLs de formas que respeitem a profundidade da investigação filosófica, podemos criar ferramentas que aprimorem o pensamento crítico e apoiem o trabalho de filósofos e outros pensadores.
À medida que avançamos em direção a um futuro onde os MLs são parte integrante do trabalho intelectual, continua sendo essencial considerar cuidadosamente seu papel e continuar empurrando os limites do que eles podem alcançar para fomentar um pensamento mais profundo e significativo.
Título: Language Models as Critical Thinking Tools: A Case Study of Philosophers
Resumo: Current work in language models (LMs) helps us speed up or even skip thinking by accelerating and automating cognitive work. But can LMs help us with critical thinking -- thinking in deeper, more reflective ways which challenge assumptions, clarify ideas, and engineer new concepts? We treat philosophy as a case study in critical thinking, and interview 21 professional philosophers about how they engage in critical thinking and on their experiences with LMs. We find that philosophers do not find LMs to be useful because they lack a sense of selfhood (memory, beliefs, consistency) and initiative (curiosity, proactivity). We propose the selfhood-initiative model for critical thinking tools to characterize this gap. Using the model, we formulate three roles LMs could play as critical thinking tools: the Interlocutor, the Monitor, and the Respondent. We hope that our work inspires LM researchers to further develop LMs as critical thinking tools and philosophers and other 'critical thinkers' to imagine intellectually substantive uses of LMs.
Autores: Andre Ye, Jared Moore, Rose Novick, Amy X. Zhang
Última atualização: 2024-08-07 00:00:00
Idioma: English
Fonte URL: https://arxiv.org/abs/2404.04516
Fonte PDF: https://arxiv.org/pdf/2404.04516
Licença: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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